A Museologia em Portugal

May 22, 2017 | Autor: Manuel Antunes | Categoria: Nova Museologia, Museologia e Patrimônio, Museologia Social
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MOVIMENTOINTERNACIONAL PARAUMANOVAMUSEOLOGIA

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Trintaanos de SuseologlaSocialem Portugal,MárioMoutinho Jornadassobre a FungãoSocialdo iluseu, CésarLopes A Museologiaem Portugal,Manuelde AzevedoAntunes MINOMPortugal,30 years of Museology,Aida Rechena NovosDêsaÍiosparaa illuseologiaSocial,PedroPereiraLeite Soclomuseologiae Género,Aida Rechena *oy.o" Patrimónios,NoyasÍfluseologias,MariaLouro

Memórlasda Noite Contâdasno Museu

Pág-34-35

Pá9.3-5 Pá9.6-9 Pág.10-14 Pá9.í5-16 Pâ9.17-18 Pâ9.19-22 Pâ9.23-24

r 40 anos depois de Abril Que cidadania? Que museologia? Moura, 7 e 8 de novembrode 2O14

Pá9.26-29

r A Ìúudança pelo Patrlmónio Anonches,6 a 9 de outubrode 2015

Pá9.30-32

Guarda,18 de outubrode 2014 Alte, Aldela Cultural? Alte, 6 de junho de 2015

Pás.36-37

Pás-38-40 A Vlda para Além da Mlna Mina de São Domingos,9 de junho de 2016 Museum Festum Monte Redondo,I de agosto de 2015

?â9.42

Economia do Património António Queirós, 30 de janeiro de 2015

?âs.44

T?ocas,Tensões e Democratlzação de $3!s7gs DanielReis,2 de marçode 2016

Pá9-44

lúuseologia Social e Género Aida Rechena,Í9 de novembrode 2016

Pâg-44

Pág-45 Processos e Expografias Aida Rechena,EmanuelSanchoe JoaquimJorge,16 de julho de 2016

tisslva de Nazaré - llemória Acesa Nazaré,Amazónia, Brasil, 3 a 7 de agosto de 2016 r Ê|eigão dos Novos Gorpos Soclais do ìllNOM lnternacional

Pâ9.46-47

Pág.48

A MUSEOLOGIA EM PORTUGAL Manuelde AzevedoAntunes Isso aconteceuna Grécia, no império romano e pelo oriente. O mais famoso museu dessestempos ficava em A l e x a n d r i a , c r i a d o p o r P t o l o m e uI , n o s é c . I I I a. C., inicialmentecomo uma escolade filosofia,que. mais tarde, veio a dar origem à famosaBibliotecade Alexandria,financiadapelo Estado,paraa manutençãoe produçãode conhecimento. Durantea IdadeMédia europeia,manteve-sea prática do colecionismo:com os acervosde preciosidades. património que podia ser convertidoem moeda,para financiamentosestatais;coleçõesde objetosligados ao culto, relíquiasde santos,manuscritosrequintadamente ilustradose objetoslitúrgicos. floresceo colecionismoprivaNo Renascimento, do de banqueirose comerciantes,que financiavama arte sagradae profana, ou se dedicavamà busca de objetosda antiguidadeclássica.A apreciaçãodessas coleçõese o acessoao local onde se encontravamguardadasera privilegio dos nobres,clérigose artistas. Nos sécs.XVI e XVII, com a modernaglobalização. surgiram, pela Europa, "Gabinetesde Curiosidades" ou "Câmarasde Maravilhas",com coleçõesde peças das mais variadas naturezase múltiplas procedências. E aparecem,pela primeira vez.,na Europa,Museus (termo resgatadopelos humanistas)com o objetivo de educar o público, ao contrário do que até então acontecia,como ocorreuem Basileia,em 1671,com o primeiro museuuniversitário,e, na lnglaterra,em 1683. com o Museu Ashmolean,na Universidadede Oxford. Seguiram-seoutros,como o Museu Britânico, aberto em Londres,em 1759,e o Museu do Louvre, em Paris. í- DA ARCA DE NOÉ A CASA DAS MUSAS O mesmo em 1793,já por iniciativa governamental. aconteceunoutrospaíses,do ocidenteao oriente,passanA humanidadecomeçoucom a "recoleção".Mas passou, do pela América, muito devido ao impulso colonialista. depois,também à "coleção".Não é, pois, de admirar que colecionarseja,ainda hoje,uma das tarefasdos museus. O mito bíblico da Arca de Noé (Génesis,6-9), "pla2. OS MUSEUS EM PORTUGAL giado" da lenda sumériado "Ciclo de Ziusudra",representa,na tradiçãojudaico-cristã,a ideia de salvação Portugalnão ficou indiferenteaosnovosventosmuseode pessoas(a família de Noé) e animais. Enfim, uma iluministae encilógicos,soba inlÌuênciado pensamento espéciede Jardim Zoológicoou de Museu de "Estória" pombalina reforma clopédico. Assim, da de 1772,resultaNatural, em que está presentea ideia de colecionis(com Museu de História ram Real Museu da.{iuda um o mo. E, em termos simbólicos,é bem a expressãodo de Física). Natural, Botânico e um Gabinete um Jardim que se passacom a escassapreservaçãodo patrimópara príncipe pelo D. Marquêsde Pombal o José,neto nio cultural que tem acontecidoao longo da história. feito Por sua vez, na antiga Grécia, de onde vem o étimo, de D. JoséI, e os Museusda Universidadede Coimbra o museu ("mouseion")era o templo das musas,as (tambémcom um Museude HistóriaNatural,um Jardim nove filhas de Mnemosinee Zeus, divindadesmitoló- Botânicoe um Gabinetede FísicaExperimental),destigicas,inspiradorasda criaçãoartísticaou científica. nadosa estudantes. Outrosse lhes seguiram,incluindo Fez 30 anos,em 2015,que foi criado o MINOM (Movimento Internacionalpara uma Nova Museologia), em Lisboa. na AssembleiaGeral Constituinte deste Movimento, em l0 de novembro de 1985.Dez anos depois,por EscrituraPúblicade 23 de junho de 1995, na mesma cidade, era constituído também, como Associação,o MINOM em Portugal.O ano de 2015, foi, pois, um tempo de comemoraçõespara a museologia.Principalmentepara a Nova Museologia. Daí esta oportunidadepara analisaro percursoda museologia,em Portugal,que, graçasao MINOM, muito tem a ver com a museologialatino-americana. Após um enquadramentogeral, tenciona-seobservar o aparecimentoe evoluçãodos museusportugueses. Seguir-se-áa tentativa de esclarecera rutura mus e o l ó g i c aq u e s i g n i f i c o u a " M e s a R e d o n d as o b r e a I m p o r t â n c i ae o D e s e n v o l v i m e n t od o s M u s e u s n o M u n d o C o n t e m p o r â n e o "d, e S a n t i a g od o Chile, em 1972,com as suas ondasde repercussão p o r t o d o o m u n d o , n o m e a d a m e n t ee m P o r t u g a l . Passando, depois,à verificação/ compreensãodas aplicaçõesda Nova Museologiaem Portugal,tanto a nível do pensamentoteórico como da práxis museológica. Como metodologia,além da experiênciapessoalsobre estasmatérias,foi-se buscar,à espumados tempos, alguns dos textos e autoresa quem a museologia tanto deve. Aqui fica, para eles (e para muitos mais que ficaram por evocar) esta singela homenagem.

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A Museologia em Portugal

o Museu Nacional, criado pela entãojovem sociedade cientifica,a Academiadas Ciênciasde Lisboa, de 1779. De destacar,neste contexto, a criação, cerca de meio século mais tarde, do Museu Real do Rio de Janeiro, instituído por decreto do ainda Principe Regente, futuro D. João VI, com data de 6 de junho de 1818. Com a chegadado liberalismo, ainda durante o cerco ai um do Porto,D. Pedrodeliberou,em 1833,estabelecer "Museu de Pinturas,Estampas,e outrosobjectosde Bellas Artes" (Ramos,1993,p. 30).Mas o primeiro museuaberto ao público, no Porto, em 1838,foi o MuseuAllen, um muum seuprivado,pertençade "(...) JoãoAllen (1785-1848) que, depois de um rico comerciantede origem britânica curto período de estadiano estrangeiro,estabeleceuos seusnegóciosna cidadedo Porto"(Pimentel,2005,p. 36). Com a vitória dos liberais, em 1834,aparecetoda uma legislação,nomeadamente'com PassosManuel (1801-1862), com vista, além do mais, a promover a formação dos portugueses,reformar a instrução pública, criar conservatórios,academias,bibliotecase museus,a nível nacional e regional. Além da qualidade e quantidadedos museusdeste período, o grande legado do liberalismo foi a impiementaçãoda ideia de museu público (Ramos, 1993,pp. 30-35). O incremento do colonialismo,na segundametadedo séc.XIX, levou à criaçãodo Museu Colonial,em 1870, e da Sociedadede Geografia de Lisboa, com o seu museu,em 1875.E por essaépocaque aparecemtambémos Museusde Belas Artes, de Arqueologiae da Indústria. O Museu Colonial de Lisboa, aberto ao público em 15 de maio de 1870,tinha por objetivo dar a conhecer as riquezasdas colónias,paranacionaise estrangeiros. Essemuseu, integradono Ministério dos Negóciosda Marinha e do Ultramar, foi, em 1892,anexadoao Museu da Sociedadede Geografia, do que resultou o Museu Colonial e Etnográfico da Sociedadede Geografia de Lisboa, que foi, no dizer de ErnestoVeiga de Oliveira, "(.. .) até à criação do Museu de Etnologiado Ultramar (...) o único verdadeiromuseìlde etnologiageralde Lisboa" (Oliveira, 197I, p. 27, apud Ramos, 1993,p. 42). O último (grande) museu da monarquia foi o Museu dos CochesReaes,inauguradoem 23 de maio de 1905, o qual, em l9ll, apósa implantaçãoda República,se passoua designarMuseu Nacionaldos Coches.Foi uma e ficou instalainiciativada rainhaD.'Amélia(1865-1951) do no PicadeiroReal do Paçode Belem,com um grande e variadoaceÍvode viaturas,incluindoos CochesReais. Estemuseumudoude instalaçõesem 23 de maio de 2015.

O primeiro museu da República foi o Museu da Revolução, inaugurado logo em 29 de dezembrode 1910,aproveitandomuitos dos objetos dispersos,que se encontravamna associação"O Vintém Preventivo", recordaçõesde alguns que haviam lutado pela causarepublicana.Ficou instaladoem cinco salas,nas dependênciasdo então Colegio do Quelhas:Sala da Marinha, Sala do Exército,Salados Documentos,Sala do Povo e Sala Buiça e Costa (Ramos, 1993,p. 45). Mas o primeiro ato importante da República, quanto aosmuseus,foi a publicaçãodo Decreton.' 1, de 26 de além do mais, uma maio de l9ll. Nele se estabelecia. divisão territorial em três circunscriçõesartísticas,sediadasem Lisboa, Coimbra e Porto, e consideravao contributo dos museus para o ensino artístico e a educaçãogeral, realçandotambém a importânciados museusregionais,do que resultariaa criaçãode l3 destes museus,entre l9l2 e 1924(Ramos, 1993,pp. 45-46). E, no aspeto legislativo, reveste-sede singular importância o "Regulamento Geral dos Museus de Arte, História e Arqueologia",publicadocom o Decreto-Lei n." 46758,de l8 de dezembro de 1965. Uma referênciaespecialmereceo Museu de Etnologia do Ultramar, criado pelo Decreto n." 46254,de 19 de março de 1965,herdeiro,por caminhossinuosos, do velho Museu Colonial, de 1870.Durante vários anos a funcionar em instalaçõesprovisórias,no Palácio Vale Flor, no Alto de Santo Amaro, em Lisboa, passou,em 1974,a designar-sesimplesmenteMuseu de Etnologia. Nessemesmo ano, foi transferido,para um novo edifício construídopara o efeito, na zona do Restelo,inauguradoem 1976.Em 1989,já na dependênciado então IPM (Instituto Portuguêsde Museus), passou a chamar-seMuseu Nacional de Etnologia. Foi ainda, no já longínquo ano de 1965,que foi criada a APOM (AssociaçãoPortuguesade Museologia) e começoua funcionar, no Museu Nacional de Arte Antiga, o "Curso de Conservadorde Museu". Depoisdo 25 de Abril de 1974,muitasoutrasinstituiçõese movimentoshaveriamde surgir, de uma forma ou outra ligadasà defesae valorizaçãodo património cultural, com evidentesrepercussõesno âmbito da museologia.

P O R T U G ABLO L E T Ì MI I MINOM

A Museologiaem Portugal

3. UMA RUTURA EPISTEMOMUSEOLOGTCA

4- A NOVA MUSEOLOGIA EM PORTUGAL

No século XX, na museologia,há um antes e um depois de Santiago do Chile de 1972.De facto, foi nesse ano que o ICOM (Conselholnternacional de Museus),a pedido da UNESCO, agência das Nações Unidas, organizou a "Mesa Redondasobre o Desenvolvimentoe o Papel dos Museus no Mundo Contemporâneo",em Santiagodo Chile, de 20 a 3l de maio de 1972, onde foi aprovada uma Declaração que marca um virar de página, no pensamentoe prática da museologia,uma verdadeirarutura epistemológica. Na referida declaração,começa-sepor estabelecer os princípios de base do Museu Integral. Aqui, depois de analisar as apresentaçõessobre os problemasdo meio rural e urbano. bem como o desenvolvimento técnico-científico e da educaçãopermanente,os participantesreconhecerama importânciadessaproblemática, para o futuro da sociedadelatino-americana. Por isso, considerarama necessidadede os museus terem em conta a atual situaçãoe as diferentessoluções para melhorá-la, como condição essencialpara a sua integraçãona vida da sociedade.Nessesentido,acharam os participantesque os museuspodem e devem desempenharum papel na educaçãoda comunidade. Na linha de pensamentoe ação de Santiagodo Chile, vários marcos fundadores importantes aconteceram, ainda no século passado,nomeadamente:a Declaração do Quebec,no Canadá,de 12 de outubro de 1984;a Declaração de Oaxtepec, no México, de l8 de outubro de 1984;a criação do MINOM, em l0 de outubro de 1985;a Declaraçãode Caracas,na Venezuela,de 5 de fevereiro de 1992; a constituição do MINOM em Portugal, por Escritura Pública de 23 de junho de 1995.E muitos outros encontrosse realizarame documentação foi e continua a ser produzida,já por esteséculoadentro, que seria fastidiosoenumerar.O mais difícil foi lançar as basese prosseguircom esta aventuraepistemomuseológica,iniciadaem Santiagoda Chile, vai para45 anos.

Como movimcnto bastante abrangente,tanto a nível teórico como metodológico,a Nova Museologiaanda a par com outrasdesignaçõespara a renovaçãopretendida aa museologia.Assim, com sentidomais ou menos equivalente,há, hoje, outras expressõescom significado semelhante:MuseologiaCrítica; MuseologiaPós-Moderna; MuseologiaSocial; Sociomuseologia;Ecomuseologia; MuseologiaIntegral;MuseologiaAtiva: Museologia da Comunidade;etc. A primeira tentativa de criar um museu,em Portugal, dentro da perspetivado que veio a designar-secomo Nova Museologia,remontaa 1975. quando se pretendeu fazer um ecomuseu,a que se seguiram outros projetos museológicoscom a utilização de tal denominação(Pimentel,2005,pp. 155-156).Essa intençãoocorreu com o projeto do arquiteto paisagista FernandoPessoa,que contou com a ajuda direta do próprio Georges-HenriRivière, para o "Ecomuseudo ParqueNatural da Serra da Estrela", que incluiria uma unidade museológicacentral e vários departamentos disseminadospor diversosedifícios e aldeias,à semelhança do que aconteciacom os ecomuseusfranceses. No entanto,tal projeto nunca se viria a concretizar (Pimentel,2005, p. 182).Por isso, foi precisoesperarpela inauguraçãodo "EçomuseuMunicipal do Seixal", em l8 de maio de 1982,para aparecero primeiro ecomuseuem Portugal,por iniciativa de António Nabaise a suaequipa. Outraspráticase experiênciasinovadorassurgiram em Portugal,tanto a nivel local como municipal. Apenas para referir algumas,sem pretenderser exaustivo: Museu de Mértola; Núcleo MuseológicoNaval de Almada; Museu Municipal de Alcochete; Museu Rural e do Vinho do Concelho do Cartaxo; Museu Agrícola de Entre Douro e Minho; CasaRural e Tradicionalda Chamusca;Núcleo Museológico de Alverca; Museu Municipal de Vila Francade Xira; Museu da Cidadee Museu do Trabalho,em Seúbal; Museu do Traje, em S. Brás de Alportel; Museu do Casal de Monte Redondo. a Casa Mãe da Nova Museologiaem Portugal; enfim, o Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna, surgido de

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qualo frrturoda rmrseologia'Ì Nestascondições, uma ideia dos anos sessenta,do séculopassado,quanRecorde-se, a propósito,a respostade Huguesde Varinea do se tornou inevitável a construçãoda barragemque haveria de submergir a aldeia que lhe deu o nome. Em MrárioChagas( 1996,pp. I l-12).nosidosde23 denovetnbro torno do Museu de Vilarinho, inauguradoem 14de maio de 1995: "Penso,pessoalmente. não como museólogo,mascomo de 1989,já se veio a constituir um Núcleo Museológilocale militantede acçãocolÌruactor de desenvolvirnento co, no Campo do Gerês,que, além do museu original, nitariaqueo lnuseupodee deveescolherentretrêsfonnas compreendeuma das Portas do ParqueNacional da principais: Peneda-Gerês, o Museu da Geira e o Museu Subaquático de Vilarinho da Furna, além de todo um espaçomuseal, o musell-espectáculo, distinadoa públicoscativos: onde, além do mais, se faz a conservaçãoda herança turistas,meios cultos; escolaresem grllpos orgaromana (com a sua via e marcos miliários), da rede dos nizadose guiados.Essesmuseusserãocada vez trilhos pedestres,das cabanasdos pastores,do fojo do maiores,cadavezmaisdispendiosos, cadavez mals lobo, numa área de 2000 hectares,nas serrasAmarela visitados,quer dizer "consumidos".Serãosupere Gerês,no norte de Portugal(Antunes, 1985,2005). mercadosda cultura oficial. Ao final. scrãotodos A Nova Museologia, em Portugal, tem sido diparecidos. fundida principalmente pelo MINOM, através da organização (quase) anual das "Jornadas sobre a o museu-colecção, destinadoàs pesquisasavanFunção Social do Museu", desde as primeiras, em produções às complexas,a públicosmais çadas, 1988, em Vila Franca de Xira, passandopor depara os quaisa colecção ou menosespecializados, z € n a s d e l o c a i s d i s p e r s o sp o r P o r t u g a l i n t e i r o . é a primeirajustificativa.Essesmuseusatrairão Os EncontrosNacionaisde Museologiae Autarquias cadavez mais públicos"inteligentes",utilizarão também muito têm contribuído para a divulgação da métodosde comunicaçãosofisticados,abrir-se-ão Nova Museologia.E, talvezaindamais importantepara tantoquantopossívelàscomunidades de geometrias essadivulgação,tenha sido o incrementoda formação diferentes.Serãotodosúnicos e criarão entre eles museológica,a nível académico,desdeo "Curso de Esperedesde cooperaçãoanálogasàsredesuniversitárias cializaçãoem MuseologiaSocial",seguidodo "Mestrado actuais. em Museologia Social", no início da última décadado século passado,por iniciativa de Mário Moutinho, até o mlrseu-comunitário, saídoda sua comunidadee aos dias de hoje,já com doutoramentosem museologia, o conjunto cobrindo do scuterritório,com vocação em algumasuniversidadesportuguesas.Nestaárea,foi "integral", processovivo que implica a global ou pioneira a Universidade Lusófona de Hunanidades e populaçãoe não sepreocupacom o público quc é ao Tecnologias,de Lisboa, com o primeiro doutoramento mcsmotempoo centroc a periferia.A vida desses em museologia,em Portugal e no espaçolusófono,apromuseusserácurta ou longa, alguns nem se chamavado em 2007.Yârias tesesjá aqui foram elaboradase rão museus,mas todos seguirãoos princípios da defendidas,sobretudopor doutoradosde Portugal e do nova mlrseologia(Santiago,Quebec,Caracas,etc.) Brasil, devido a uma excelentecooperaçãode professores no seuespírito,senãona sualetra". e alunosdos dois países.Como vão longe os temposdo modesto"Curso de Conservadorde Museu",de 1965!...

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A Museologiaem Portugal

Conclusão Nesteandarpeloscaminhosda museologia em Porpercoreram-se que tugal, as tortuosasveredas vêm da Arca de Noéaté aos nossosdias. Voltandoao mito,sem abandonarciência,é alturade participativa, apontarparaumamuseologia não restritiva,longedo nepotismobíblicodos temposdo velho patriarca,comvocaçãodemocrática, pelostrilhosdesbravadosdesdeSantiagodo Chilea estaparte. No caso da Nova Museologiaem Portugal,reconhece-seque o MINOM,nascidoem Lisboa,a 10 de novembrode 1985,tem desempenhado um papel fundamental,procurandofomentara reflexãosobre que coloquemos muideiase práticasmuseológicas, seusao serviçodas comunidades em que se inserem e das suasperspetivas de desenvolvimento. Comuma política, Museologia Socialqueencorajea consciência o exercícioda cidadania,a participação comunitáriae o espíritode iniciativa, ao serviçoda realizaçãodo ser cultural,enfim,do ser humano. REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS Estetexto é uma síntesedo artigo de Antunes, Manuel de Azevedo-(2015).Peloscaminhosda Museologiaem Portugal. Revistalbetoamericana de Ttrismo. 5,142-156.Acedido em 6 de março de 2017,em http://www.seer.ufal.br/index.php/ritur/ article/vieV2Ol3 I Antunes, Manuel de Azevedo. (2005,outubro). Vilarinho < da Furna: memórìasdo passado e dofuíuro (2.^ed.). Lisboa: CEPAD/ULHT. Antunes,Manuel & Azevedo.(1985).ïilarinho da Furna: uma aldeia afundada.Lisboa:A Regrado Jogq Edições. Bíblia Sagrada.Lisboa:Difusora Bíblica,1964. (Original em hebraicoe grego,compostoentreo séc.XI a.Ce o séc.I d.C). Chagas,Mririo. (196). Respostasde llugues de Varineàspetguntas de Mário Chagas.Cademosde Sociomuseologia,5(5),5-18. Junior, Josédo Nascimento,Tamp,Alan, & Santos,Paula Assunçãodos (Org-).(2012a).Mesa Redondasobre la Irnportancia y el Desatollo de los Museos en el Mundo Contemporáneo:Mesa Redondade Santiagode Chile, 1972(Yol. l). Brasília:IBRAM. Junior, Josédo Nascimento;Tamp,Alan, & Santos,Paula Assunçãodos (Org). (2012b).Mesq Redondasobre la Importancia y el Desarrollo de los Museosen el Mundo Contemporáneo:RevistaMuseum, 1973(Vol.2). Brasília:IBRAM. I

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