A noção de homem em Lacan: entre discurso e lógica

July 4, 2017 | Autor: Pedro Ambra | Categoria: Psychoanalysis, Gender Studies, Jacques Lacan, Masculinities, Psicanálise, Gênero
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A noção de h omem em Lacan: entre discurso e lógica P e d r o e d u A r d o S i LV A A M B r A Os desenvolvimentos aqui apresentados referem-se a resultados parciais de uma pesquisa de mestrado financiada pela Fapesp. Manifestamos aqui a mais sincera gratidão ao apoio dado pela fundação, sem o qual o presente capítulo e, muito possivelmente, o projeto deste livro não seriam possíveis

Já que está difícil ter macho por aí, eu estou me apresentando como macho e ela [Marta Suplicy] aloprou. Estou sofrendo preconceito heterossexual. d e P u tA d o J A i r B o L S o n A r o

A psicanálise tem uma dívida para com os homens. S i LV i A B L e i C h M A r

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que é o homem? A pergunta suscita ambiguidade uma vez que, neste caso, a semântica da linguagem natural é dúbia. E não o é acidentalmente.

Fora de uma relação sintática, não é possível afirmar com exatidão se trata-se aqui do homem sinônimo de pessoa, cidadão e sujeito, ou se a pergunta faria referência ao homem como pessoa do sexo masculino, definido majoritariamente em relação à mulher. A duplicidade apresentada pela questão pode dar a dimensão da problemática noção de masculino. Por muito tempo concreta e juridicamente coincidente com a noção de humano ou cidadão (SCOTT, 1995), a concepção que apresenta a espécie humana como dividida em dois sexos é relativamente recente. O one-sex-model, que compreendia a mulher como uma inversão – inclusive anatômica – do homem, pautou grande parte dos desenvolvimentos teóricos ocidentais sobre as diferenças sexuais até o século XVIII (COSTA, 1995, p. 100).

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