A ocupação neolítica do Cabeço da Velha (Vila Velha de Ródão). Trabalhos realizados em 1989.

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ISSN 0873-4941

M USE U FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR

.. Série • Ano 1 N° O • Agosto 1 996 Volume 1

10 Museu de Francisco Tavares Proença Júnior

Publicação Bianual Ano I, na O, I ° Volume 1996 Director Clara Vaz Pinto Editor, Redacção e Sede Museu de Francisco Tavares Proença Júnior Largo da Misericórdia - 6000 CASTELO BRANCO Tel. 072/24277 • Fax 072/27880 Arranjo gráfico e Arte Final avalon, l~e:...,. ~~.q~u., lI.,.. Impressão e Acabamentos Albigráfica, Ida . Tiragem 500 exemplares Depósito Legal na 101844-96 ISSN 0873-4941 Direitos de autor: Os artigos, desenhos e fotografia s publicados no presente número estão sob a protecção do Código de Direitos de Autor e não podem ser total ou parcialmente reproduzidos sem a permissão prévia por escrito do editor da revista . O editor envidou todos os esforços para que o material mantenha toda a fidelidade ao original, pelo que não podem ser responsabilizados por gralhas ou outros erros gráficos entreta nto surgidos.

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A Ocupação Neolítica do Cabeço da Velha (Vila Velha de Rodão) Trabalhos realizados em 1989 João L uis Cardos o J( Carlos Ta vares da5i1va J(J( JOão Carlos Caninas J(J(J( Francisco Henriques J(J(J(

I. Int rodução , Situação Geográfica

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Em fins de Março de 1988, integrado no Programa de Prospecção Arqueológica Concelho de Vila Velha de Ródão, foram localizados no sítio designado por Cabeço da Velha, próximo da aldeia do Juncal, vestígios de uma ocupação pré-histórica , por membros do NRIA. As respectivas coordenadas hectométricas de um ponto central são as seguintes(Fig 1) : M-231,0 P - 292,0 (Carta Militar d e Portugal na esc/ l :50 .000, folh a n ° 313)

Tal programa tinha como objectivo a verificação do potencial interesse arqueológico das plataformas detríticas situadas nas proximidades da grande plataforma onde foi localizada, e se encontrava, na época, em curso de escavação, o importante povoado fort ificado calcolítico da Charneca de Fratel. Os vest ígios então recolhidos à superfície eram constituídos por escassos fragmentos de cerâmica , de característ icas indiscutivelmente pré-históricas, avultando entre o material lítico,

Fig . l - Localização da estação arqueológica na folha 313 da Carta Militar d e Portu ga l.

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Fig . 2 - Planta com as estruturas de "habitat", no final da escavação .

fragmentos de uma enxó de rocha anfibolítica . Dado o interesse que tal achado poderia revestir para o conhecimento da estratégia de povoamento pré-histórico do território de Fratel, foi programada e concretizada, em 1989, uma sondagem arqueológica no local, cujos resultados agora se apresentam, a qual teve o apoio financeiro da Comissão Nacional para o Ano Europeu do Ambiente. Os trabalhos decorreram de 31 de Março a 8 deAbril de 1989; colaboraram com os signatários nos trabalhos de campo Antónia Coelho Soares eJúlio Costa (desenho de estruturas). do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, um grupo de elementos do Núcleo Regional de

Investigação Arqueológica -Associação de Estudos doAlto do Tejo, e três dos habituais colaboradores do primeiro dos signatários (Leonel Spencer, Carlos Sousa, Jorge Rodrigues) . Os desenhos dos materiais são da autoria de B. Ferreira .

C. Trabalhos Realizados A área a escavar foi quadriculada segundo um sistema de eixos ortogonais, divididos em segmentos de 1m. Cada quadrado (1 m2) é designado por dois números árabes, correspondendo o primeiro ao eixo dos XX e o segundo ao dos YY (Fig 2) . A escavação abrangeu a superfície de 384m 2,

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Fig.3 - Perfil estratigráfico e perfis de algumas estruturas escavadas: cinzeiros (est. O e E) e buracos de poste (est. F, G e H) .

tendo-se atingido, em toda a área, o topo da formação plistocénica (camada 3). •

3. Estratigrafia e Fases de Ocupação De cima para baixo, observou-se a seguinte sequência (Fig. 3): • •

C.1 . esp . ca. 0,15 a 0,20 m. Sedimento areno-argiloso castanho-acinzentado, rico em calhaus rolados. Pertubada pelas lavouras. Forneceu fragmentos de cerâmica pré-histórica em geral

rolados e utensilagem Iitíca de sílex, quartzito e quartzo. C.2a esp. ca. 0,05-0,1 m . Sedimento castanho-amarelado arena-argiloso, com pequenos calhaus. Além de utensilagem de sílex, quartzito e quartzo, alguns quadrados ofereceram numerosos fragmentos de cerâmica pré-histórica, pouco rolados ou sem rolamento . Trata-se do nível correspondente à fase de ocupação pré-histórica do local. C.2b. esp. ca. 0,05 m. Sedimento castanho-amarelado arena-argiloso rico em calhaus rolados de maiores dimensões do que os de C. 2a; quase arqueologicamente estéril. No seu topo, afloravam estruturas de habitat:

°



de origem térmica, com dimensões máximas compreendidas entre 0,07 m e 0,20 m, mais frequentemente entre 0, I e 0 , 13m . Preenchia cavidade aberta na C.2b com eixo maior de 0,5 m e orientação N-S, e eixo menor com 0,35 m . Não foi desmontado . Estrutura D . (Os. X=2; Y=-5 e - 6). " Cinzeiro" (0.7 5 a 0,90 m) . Depressão aberta nas Cs 2b e 3, simétrica, subcircular (0,75m a 0,90m) com 0,20m de profundidade máxima, preenchida por areia cinzenta escura contendo pequenos fragmentos de calhaus que apresentam fracturas de origem térmica . Estrutura E. (Os. X= 2 e 3; Y= 3 e 4). "Cinzeiro". Depressão aberta nas Cs. 2b e 3, ovalou subcircular (escavada somente em cerca de metade), dissimétrica (maior profundidade, de 0,25 m, junto do lado SE), preenchida por areia argilosa negra , contendo fragmentos de calhaus com fracturas de origem térmica . Estrutura F. (O. X= 2; Y= -I). "Buraco de poste" estruturado por lages de xisto , actualmente em posição oblíqua, delimitando área com 0,12m por 0,20m; no fundo, pequenas lages de xisto sub-horizontais. Estrutura G (O. X= I; Y=-2 e -3). "Buraco de Poste" estruturado por grandes calhaus rolados (alguns com 0,2 m. de dimensão máxima). por vezes sobrepostos, delimitando área subcircular com ca . 0,2 m de diâmetro; profundidade máxima ca . 0,16 m. O fundo é formado por calhaus rolados. Estrutura H (O . X=-2 ; Y= -2 e -3 ). "Buraco de poste " (7) estruturado por calhaus rolados (dimensão máxima ca. 0,16 mI, alguns dispostos de cutelo, delimitando área sub-triangular (O, 15 m por 0, 15 mI . O fundo é formado por um calhau rolado . Estrutura I. Estrutura de reforço da base de cabana (7) . Integra a Estrutura H . Fiada , em arco de círculo, de grandes calhaus rolados (atingem frequentemente 0,2 m de dimensão máxima) assentes sobre o topo da C. 2b. Aberta a sul, corda e flecha com aproxidamente 5 me 2 m , respectivamente .

"empedrados de combustão"; "cinzeiros"; "buracos de poste". C. 3. esp. indeterminada. Cascalheira formada por abundantes calhaus rolados de quartzo, quartzito e rochas metassedimentares embalados por sedimentos arena-argilosos castanhosamarelados.

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Da estratigrafia descrita verifica-se que, do ponto de vista arqueológico, não é detectável mais do que uma ocupação pré-histórica.

4. Estruturas Como atrás se disse, as estruturas implantam-se no topo da camada 2b, distribuindo-se por diversos tipos: "empedrados de combustão", "cinzeiros" e "buracos de poste". Estrutura A (Os X=2 a 4; Y=-2 e -3). "Emp edrado de combustão" . Planta oval. Contorno bem definido. Eixo maior, de orientação N-S, comca.I,75m;eixomenorcomca .I,I Om . Acumulação muito densa de calhaus rolados, preenchendo depressão aberta na C. 2b. Os calhaus, com raras fracturas de origem térmica (alguns estalados "in situ ") são de quartzito (muito abundantes) e de quartzo de filão (raros); as dimensões máximas situam-se entre 0,04 m e 0, 15m, mais frequentemente entre 0, 10 e 0, 13 m . Não foi desmontado. Estrutura B. (Os. X= -I; Y=-5 e -6). "Empedrado de combustão". Densa acumulação, de contorno irregular, de calhaus rolados de quartzito, grauvaque e quartzo de filão (raros). por vezes com fracturas de origem térmica. Preenche depressão aberta na C.2b, com 0,9m por 0, 8m . As dimensões máximas dos calhaus oscilam entre 0,04 m e 0,22m, sendo mais frequentes os de 0, 15m. Não foi desmontado . Estrutura C. (Os. X=2; Y=2 e 3) . "Empedrado de combustão". Densa acumulação oval de calhaus rolados de quartzito, grauvaque e quartzo de filão, por vezes com fracturas

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como lareiras onde o fogo teria um aproveitamento directo, idêntico às mais antigas estruturas de combustão conhecidas na Europa (Terra Amata, Lumeyet. a/. 1984) ou às identificadas no Neolítico antigo da região de Sines (Vale Pincel I, Tavares da Silva e Soares 1981 ); em alternativa, poderíamos admiti-los como destinados à recolha das cinzas produzidas nas estruturas de combustão anteriormente referidas - os "empedrados". Segundo esta interpretação, a estrutura O ("cinzeiro") recolheria os detritos da estrutura A e da estrutura B. Do mesmo modo a estrutura E poderia recolher os detritos produzidos na estrutura C. No entanto deve salientar-se que a posição relativa de ambas, face aos ventos dominantes, não é a mais adequada. Estas duas estruturas poderiam estar relacionadas com outra unidade habitacional situada em área não escavada. Aser assim, teríamos várias cabanas-paraventos, constituídas por estruturas perecíveis, em que a fixação ao solo das paredes laterais seria denunciada actualmente por alinhamentos de seixos, fundadas através de postes estruturados que as suportariam em altura. A estratégia de ocupação do espaço, na área escavada, onde se encontra bem documentada uma zona de descanso (cabana), uma zona de actividade (empedrados de combustão) e uma zona de acumulação de detritos (numa área conjungada da anterior), apresenta múltiplos exemplos, desde o Paleolítico Superior, como são as estruturas identificadas em Pincevent (Julien et ali, 1987) até ao final da Pré-história recente do território português (Bronze final jazida da Tapada da Ajuda-, Cardoso et ali, 1986, e resultados ainda inéditos).

5. Interpretação Funcional As estruturas descritas, todas elas de carácter habitacional e funcionalmente complementares, configuram pelo menos uma unidade habitacional que se considerou integralmente escavada. Esta conclusão é consubstanciada pelos seguintes elementos de observação :

a) a existência de uma zona onde a densidade de espólio (cerâmico) é mínima. Em planta verifica-se que essa área corresponde à localização das estruturas F, G e H e ainda a parte da estrutura A. b) constata-se que a concentração de espólio é máxima numa área situada a Sul e SO destas estruturas . Considerando o regime actual dos ventos na região, verifica-se que estes sopram predominantemente do quadrante de NO (Carta de Ventos, Atlas do Ambiente, Comissão Nacional do Ambiente) . Desta forma, a estrutura A (empedrado de combustão), a maior deste tipo das três reconhecidas (estrutura B e estrutura C) necessitaria de uma protecção cujos vestígios no terreno importava reconhecer. Esses vestígios poderiam configurar-se num paravento ou numa cabana. Considerando as estruturas F, G, H (interpretadas como buracos de poste estruturados) verifica-se que a sua disposição é consentânea com aquela necessidade de protecção; ficava por esclarecer se integrariam um paravento ou uma cabana . Em reforço da primeira hipótese observa-se um alinhamento de calhaus rolados em arco (estrutura I), aberta a sul, fixada em postes cujas fundações se identificavam como sendo as estruturas F, G e H. Assim se explica também a escassez do espólio observado no interior deste recinto, bem como ajá mencionada concentração a Sul e SO deste espaço (área ex te rior de actividade).

6. Espólio 61. Indústria lítica (Est. I a 5) 6 II. Pedra polida

As restantes estruturas situavam-se no exterior

Recolheu-se apenas um fragmento de artefacto de pedra polida à superfície, antes do início dos trabalhos de escavação . Trata-se de porção de

desta unidade habitacional: repartindo-se por "empedrados" e "cinzeiros "; estes funcionariam

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3cm

Estampa 1: 4 l-Raspadeira sobre seixo. 2-Denticulado sobre lasca. Ouartzito . 3-Raspador sobre seixo . Rocha metassedimentar. 4-Raspadeira semicircular sobre lasca . Ouartzito .

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Estampa I - Raspador simples rectilineo sobre seixo . Quartzito . 2 - Raspador duplo sobre fragmento de seixo . Quartzo. 3 - Lasca com indicias e utilização no bordo esquerdo em raspador simples convexo. Quartzi to .

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Estampa 3: I - Lasca com vestlgios de utilização. Quartzo translúcido . 2 - Peça comp6sita ("encoche" e furador). Quartzo. 3 - "Encoche" sobre fragmento de seixo. Quartzito . 4 - Lasca retocada . Quartzito . S - Fragmento de núcleo de crista. Quartzito .

6 - Raspador simp les rectilineo sobre lasca. Qu artzito . 7 - Lasca retocada com bico na extremidade superior. Quartzito. 8 - Raspador duplo convexo e convergente, espesso, sobre seixo . Quartzo . 9 - Raspador simp les recti/ineo. Xisto silicioso .

uma enxó de rocha anfi bólica (Est. 1, n ° 5) .

n ° 3; est. 3, n ° 1 e n ° 4; est. 4, n° 4, n° 5, n ° 6, n° 9, n ° 10, n° 11 , n° 18; est. 5, n° 2, n ° 6, n ° 22 e n ° 23) .

6.1.2 - Pedra lascada A matéria-prima em que são executados os artefactos de pedra lascada recolhidos na área escavada pode ser subdividida em dois grandes grupos: a de origem local e a que é exógena . Dentro do primeiro grupo, referência para a macro-utensilagem de quartzito, xisto-silicioso e quartzo filonenano, sob a forma de lascas de talhe, utilizadas como raspadores (por vezes com indícios de utilização) e de seixos afeiçoados (técnica "Ianguedocense") . Quanto ao grupo das rochas exógenas, é nele que se acantona a micro-utensilagem, quase exclusivamente de sílex; acessoriamente ocorre o quartzo hialino (cristal de rocha) e a opala. Na análise tipológica da macro-utensilagem consideraram-se os segu intes grupos : A - Raspadeiras e raspadores

Dentro da utensilagem microlítica podem individualizar-se os seguintes grupos: A - Raspadeiras •

B - "Encoches" •



• quatro raspadores sobre lasca, dos quais três simples rectilíneos (est. 2, n 01; est. 3, n° 6 e n° 9) e um duplo levemente denticulado (est. 2, n ° 2) ; - um raspador duplo sobre seixo (est. 3, n° 8)





uma peça compósita com furador pronunciado num dos vértices e larga "encoche " contígua (est. 3, n ° 2) ; dois "bicos" retocados, pouco pronunciados (est. 3, n ° 7; est. 5, n ° 23) .





• •

• D - "Encoches", denticulados e diversos uma "encoche " sobre fragmento de seixo (est. 3, n 03);



dois denticulado sobre lasca (est. 1, n ° 2, est. 4, n ° 4) ; diversas lascas com indícios de retoques ou de util ização junto dos bordos (est. 2,



uma lamela de quartzo hialino, com o bordo esquerdo retocado e o bordo direito possuindo "entalhe" profundo (est. 5, n° 9).

G - Micrólitos

um buril de ângulo (est. 5, n ° 5) .



quatro exemplares, dois retocados (est. 5, n ° 16 e nO 19) e dois não retocados (est. 4, n° 2 e n° 17).

F - Lamelas

c - Buris •

dois exemplares, dos quais um laminar de retoque cobridor (est. 4, n° 14), sendo o outro sobre lasca (est. 4, n° 19) .

E - Lâminas

B - Furadores e peças aparentadas •

furador espesso de talha bifacial (est. 4, n° 22) .

D - Denticulados

uma raspadeira sobre lasca (est. 1, n 04) ;

• um seixo raspador (est. 1, n 03) ;

uma "encoche " dupla sobre lasca laminar (est. 4, n03).

c - Furadores

• uma raspadeira sobre seixo (est. 1, n ° 1); •

uma raspadeira (est. 4, n° 12) .

duas truncaturas simples oblíquas retocadas sobre lasca (est. 4, n ° 20; est. 5, n° 8); uma truncatura dupla sobre lasca, oblíqua e rectilínea na metade superior do bordo esquerdo, côncava na base (est. 5, n° 3); um triângulo de base côncava, retocado (est. 5, n ° 10) .

H - Pontas de seta •

todos os exemplares apresentam base convexa (est. 5, n O4, n ° 7, n° 11 e n° 15) ou triangular (est. 5, nO 14). Os retoques, em geral são marginais, deixando entrever as lâminas em que foram afeiçoadas. Apenas

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