A ORDEM DA VÍRGULA: UMA QUESTÃO DE SINTAXE OU DE PROSÓDIA? Alex Pereira de Araújo1
[email protected] Resumo: Este artigo busca refletir sobre o uso da vírgula não como um simples caso de pontuação ou de pausa inclusa que marca na escrita um momento de silêncio na enunciação, mas como parte de um sistema de sinais ou grafemas construído por sujeitos e para sujeitos inscritos no mundo social da linguagem, cuja relação é permeada pelo caráter ideológico comum ao trabalho simbólico da linguagem humana. Daí, identificamos dois grupos de estudiosos que divergem entre si pela maneira de conceber tal sinal gráfico. Esta divergência, a nosso ver, é responsável pela grande confusão que se dá no emprego da vírgula. Um grupo trata a vírgula como pausa, o outro como uma quebra sintática. Ambos tentam normatizar o uso da vírgula. Palavras-chave: pontuação; vírgula; pausa; escrita; quebra sintática. Abstract: This essay reflects on the use of the comma not as a simple case of punctuation or pause included marking writing a moment of silence in enunciation, but as part of a system of signs or graphemes built by subjects and subjects enrolled in the social world of language, whose relationship is permeated by common ideological character to the symbolic work of human language. Hence, we identified two groups of scholars who differ from each other by way of conceiving such a graphic sign. This difference, in our view, was responsible for the confusion that occurs in the colon employment. A group treats the comma as pause, the other as a syntactic break. Both seek to regulate the use of the comma. Keywords: punctuation; comma; break; writing; syntactic breaks. Résumé: Cet article va refléchir sur l'utilisation de la virgule, non pas comme un simple cas de signes de ponctuation ou de pause inclus marquant la rédaction d'un moment de silence en l'énonciation, mais dans le cadre d'un système de signes ou graphèmes construit par sujets et les sujets inscrits dans le monde social de la langue, dont la relation est imprégné par le caractère idéologique commun à l'œuvre symbolique du langage humain. Par conséquent, nous avons identifié deux groupes de chercheurs qui diffèrent entre eux par le biais de concevoir un tel signe graphique. Cette différence, à notre avis, était responsable de la confusion qui se produit dans l'emploi du côlon. Un groupe traite la virgule comme pause, l'autre comme une rupture syntaxique. Les deux cherchent à réglementer l'usage de la virgule. Mots-clés: ponctuation; virgule; pause; écrit; pause syntaxique.
Bolsista de doutorado da CAPES pelo PPGMLS da UESB, integra a equipe de colaboradores do Laboratório de Estudos do Discurso e do Corpo (LABEDISCO). Realizou estágio doutoral pelo PDSE da CAPES na Universidade Paris III em 2014. É ainda pesquisador no Projeto Traduzir Derrida: políticas e desconstruções da UESC (CNPq). 1
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A ORDEM DA VÍRGULA: UMA QUESTÃO DE SINTAXE OU DE PROSÓDIA? Introdução
podemos nos esquecer que a vírgula faz parte do
A língua, na sua modalidade escrita, exige o uso de
código e como “todo código é um sistema
certos
a
convencional de sinais” (LUFT, 1996, p. 9). Neste
ambiguidade; isto é, a falta de clareza nos textos ou
sentido, podemos dizer que o caminho ou rastro da
para “reproduzir” o ritmo da prosódia da língua
vírgula é margeado pela arbitrariedade, isto é, o uso
oral (falada) na leitura. Um destes recursos é a
da vírgula é arbitrário e cultural; pode variar de
vírgula, definida seja nos manuais didáticos de
língua para língua. Dessa forma, podemos verificar
língua portuguesa, seja nos dicionários, como sendo
com Luft (ibidem) que, na língua alemã, toda
um sinal de pontuação usado para indicar a menor
oração subordinada é colocada entre vírgula;
de todas as pausas (na escrita). Vejamos como os
exemplificamos com o enunciado abaixo:
recursos
para
evitar,
sobretudo,
principais gramáticos da língua portuguesa no Brasil a definem:
(1) “Der Mann, der dort geht, ist krank.” (O homem que ali vai está doente).
• “a vírgula (,) indica uma pausa pequena, deixando
No português, sabemos que é diferente, que a regra
a voz em suspenso à espera da continuação da
de uso da vírgula varia conforme os diversos casos
frase”. (TUFANO, 1998, p. 198);
de orações subordinadas, ou seja, não é tão geral
• “a vírgula serve para mostrar ao leitor as
quanto no alemão. As subordinadas adjetivas
separações breves de sentidos entre termos
restritivas, por exemplo, não pedem vírgula(s), mas
vizinhos, as inversões e as intercalações, quer na
as subordinadas adjetivas explicativas, sim; o uso da
oração, quer no período”. Geralmente, a vírgula é
vírgula para este tipo de oração é obrigatório.
interpretada, na leitura, por breve pausa (ANDRÉ,
Vejamos nos exemplos a seguir:
1998, p. 29). (2) O brasileiro que gosta de futebol assiste aos Estas definições, vulgarizadas por vários gramáticos e dicionarista da língua portuguesa, têm levado a vários equívocos e confusões no seu emprego. Para tentar resolver isso, Celso Pedro Luft escreveu o livro A vírgula. Linguista gaúcho de origem germânica, Luft conhecia bem a língua de Goëthe, Marx, Nietzsche, Beethoven etc. É justamente com a língua alemã que ele vai fazer uma comparação com as formas de uso da vírgula no português, evidenciando diferenças culturais e prosódicas em cada uma das línguas; Luft nos lembra que não
jogos da seleção (restritiva). (3) O brasileiro, que gosta de futebol, assiste aos jogos da seleção (explicativa). Mas o que é então a vírgula? Luft (ibidem) a define como um “sinal de pontuação que indica falta ou quebra sintática (regente + regido, determinado + determinante) no interior da frase”. Nesta mesma direção, pensam os gramáticos Faraco e Moura (2000, p. 499), ou seja, “as justificativas para sua colocação são de ordem sintática e não de 2
A ORDEM DA VÍRGULA: UMA QUESTÃO DE SINTAXE OU DE PROSÓDIA? pronúncia.” Anteriormente, o grande mestre dos
qualquer pausa, ainda que haja dois vocábulos
gramáticos da nossa língua, Napoleão Mendes de
mórficos,
Almeida, já alertava, em sua consagrada Gramática
fonológico ou podemos dizer que estão no mesmo
Metódica da Língua Portuguesa,
grupo de força; haverá somente pausas entre os
pausas existem que na leitura se fazem meramente por ênfase; vezes há – e isso facilmente poderá comprovar o aluno – em que separamos, na leitura ou em um discurso, o sujeito do verbo; outras, em que separamos o verbo do seu conhecimento, mas erro cometemos se graficamente representarmos tais pausas por vírgula, porque não se pode pôr vírgula entre sujeito e o verbo nem entre o verbo e o seu complemento, ou seja, não se concebe que se separem termos que mantêm entre si íntima relação sintática (ALMEIDA, 1989, p.571 [grifo do autor]).
Como nos mostra Napoleão Mendes de Almeida, as pausas, comuns na oralidade, nem sempre correspondem às pausas na/da escrita. Se nós desejamos uma explicação linguística para as questões prosódicas da nossa língua, buscando compreender melhor sobre as pausas da oralidade, podemos seguir as pistas deixadas pelo pai da
eles
juntos
formam
o
vocábulo
grupos de força, isto é, entre o grupo formado pelo substantivo com o grupo do verbo em dado enunciado. Na língua portuguesa, o vocábulo fonológico depende da força de emissão das suas sílabas. Essa força é que se chama de “acento”. Assim, uma sílaba emitida com força excepcional pode ser precedida por outras, cujo número é muito variável, onde o acento é muito fraco, podendo ser seguida de mais uma ou mais duas, ainda de emissão mais débil. Isso pode ser ilustrado, como nos mostra Câmara Júnior (ibidem, p. 35), da seguinte forma no enunciado abaixo: (4) O brasileiro gosta de futebol.
Linguística Brasileira, Joaquim Mattoso Câmara Júnior através das noções de vocábulo mórfico e de vocábulo fonológico, na sua obra Problemas de Linguística Descritiva (1971[1996]). Para Câmara Júnior (1996, p. 34), há certa correspondência entre o vocábulo mórfico com o fonológico, mas nem sempre eles coincidem. O vocábulo “fonológico” corresponde a uma divisão espontânea na cadeia da emissão vocal, ao passo que os espaços em branco, usuais na escrita, não são indicações de interrupção de emissão de voz na oralidade. Há pausas que marcam uma divisão acima dos vocábulos, é a dos “grupos de força”. Desse modo, podemos dizer que entre um substantivo e o adjetivo não há
Neste enunciado, podemos perceber que há uma pausa
entre
os
grupos
de
força,
isto
é,
consideremos como grupo de força (I), “o brasileiro” [ubrazi’leiru] e como grupo de força (II), “gosta de futebol” [gostadifuti’bol]. Como vimos na observação de Almeida (1989), às vezes, isso se torna
mais
enfático
quando
lemos,
mas
necessariamente não podemos usar a vírgula para marcar este tipo de pausa. Isso tem a ver com a prosódia, com o acento da língua e não com a nossa pontuação, visto que ela é de base sintática, estrutural, e não auditiva, como nos adverte Luft (op. cit., p. 40). Na verdade, seria uma pausa da respiração, uma vez que articulamos os sons da 3
A ORDEM DA VÍRGULA: UMA QUESTÃO DE SINTAXE OU DE PROSÓDIA? língua fazendo uso do sistema respiratório, ou
o linguista da PUC de São Paulo, Flávio Di Giorgi
melhor, paradas para tomar fôlego e em seguida
na revista Superinteressante.
enunciarmos outra palavra num grupo de força. Como vimos anteriormente, esta questão é arbitrária; isto é, varia conforme o uso de uma determinada língua. Vejamos como tudo isso começou mais adiante. A origem da vírgula (ou do problema)
É somente no século XV que a vírgula surge, uma invenção dos gráficos italianos; mas a palavra “vírgula” é derivada do grego antigo κóμμα (vírgula) = cortar, fazer uma seção. Ela é usada também na linguagem matemática, sobretudo, para separar um número decimal. Não podemos nos esquecer de que “tal ‘tecnologia’, a duras penas
A história da pontuação no Ocidente tem um rastro
construída, não poderia deixar de ser objeto de
de vinte e quatro séculos, isto é, remonta à Grécia
desejo e instrumento de dominação”, ou seja, o uso
Antiga (Império Bizantino). Sua criação está ligada
da técnica da escrita pretendeu estancar a fluidez da
diretamente com a propagação e evolução da
palavra; entorpecer-lhes os poderes; impedir toda
escrita. De acordo com Silva e Zilberman (2005, p.
futura desordem pela fixação dos significantes e
12), o emprego da escrita, motivado por razões
seus significados; definir, orientar e projetar as
econômicas, vai aos poucos se expandindo; sua
realizações humanas, enfim reger a mutante vida
generalização, porém, teve de aguardar até o século
dos homens e seus signos (GERALDI, 1996, p.
IV a. C., quando ocorre a fixação da literatura
100-101).
produzida pelos poetas e pensadores gregos.
Aos poucos, o domínio dessa tecnologia passa a ser
Os primeiros sinais de pontuação surgiram
visto como distinção social; ele dá poder àquele que
aproximadamente entre 330 a 1453. Aristófanes de
a domina. Por isso,
Bizâncio é quem definiu para o alfabeto grego, um sistema com três tipos de sinal de pontuação: o “ponto alto" ao final de uma frase, o "médio " para marcar pausa no meio e o "ponto baixo", uma curta pausa. Ele é também o autor de sinais diacríticos
cada vez que a literatura torna-se uma disciplina escolar – como, por exemplo, no caso dos sofistas ou na Idade Média – constata-se o surgimento da preocupação de classificar, quase sempre mediante gêneros e autores, de estabelecer hierarquias e distinguir na massa as obras dos “clássicos”, dignos de serem conservados pela transmissão escolar (BOURDIEU, 2005, p. 215).
neste alfabeto, com os quais o latim vai fazer uso na sua escrita igualmente alfabética. O uso da
Neste sentido, “a propagação da escola e a
pontuação nessa época era diferente dos dias atuais.
valorização da alfabetização, enquanto etapa básica
O ponto, por exemplo, era usado para separar uma
e imprescindível do ensino, coincidiram com a
palavra da outra. Os espaços em branco,
instalação plena da economia capitalista e da
mencionados por Câmara Júnior anteriormente, só
sociedade burguesa” (SILVA; ZILBERMAN, 2005,
apareceram no século VII, na Europa, como conta
p. 9). Dessa forma, “a capacidade de ler e escrever é 4
A ORDEM DA VÍRGULA: UMA QUESTÃO DE SINTAXE OU DE PROSÓDIA? considerada intrinsecamente boa e apresenta e
Contrariando o que disse sobre a virgulação acima,
apresentando vantagens óbvias sobre a pobreza da
podemos ver em Língua e liberdade (2000, p. 103)
oralidade. Como tal, a escrita é um bem certamente
que o linguista gaúcho chama a atenção para o fato
desejável” (GNERRE, 1994, p. 45).
de que a “língua é predominantemente, e prioritariamente, fala.” Na fala, não há vírgulas.
A vírgula ideológica
Fica claro que o perigo não é não saber virgular, mas atribuir poder ao ato de virgular, relacionando
Em A vírgula, livro de Celso Pedro Luft (op. cit.), o autor, de certa forma, deixa evidenciado o valor de quem sabe virgular quanto faz as seguintes afirmações: da virgulação é que se pode depreender a consciência, o grau de consciência que tem, quem escreve, do pensamento e de sua expressão, de ir-evir do raciocínio, das interpenetrações de ideias, das sequências e interdependência, e, linguisticamente, da frase e sua constituição.
ao ato de pensar de forma a estabelecer diferenças que geram preconceitos. Se hoje “as vírgulas erradas retratam a confusão mental, a indisciplina do espírito, o mau domínio das idéias e do fraseado”, no passado muito distante, Platão alertava contra os males da escrita, cuja difusão, segundo ele, podia acarretar a preguiça intelectual e a perda da memória, logo, o enfraquecimento dos padrões morais legados pelos ancestrais (SILVA;
Tal passagem parece se distanciar do Luft, autor de
ZILBERMAN, 2005, p. 12). Quem tem mais razão
Língua e liberdade; paira no ar um tom de
(logos), Platão ou Luft? Parece-me que Bakhtin nos
preconceito, deixando claro que aqueles que não
aponta uma saída para essa encruzilhada ao
sabem virgular, não sabem raciocinar e nem sabem
lembrar-nos que todo signo está sujeito aos
analisar. Dito por ele mesmo: “nossos alunos não
critérios de avaliação ideológica. Por outro lado,
sabem pontuar porque não sabem raciocinar e não
pensamos com Derrida (2001, p. 23) que “todos os
sabem analisar” (LUFT, 1996, p. 17). Como vimos
gestos são, aqui, necessariamente equívocos.” E
antes, a vírgula não existia na época de Aristóteles,
isso nos obriga a refletir mais sobre a questão para
Platão etc. Sabemos que a sua inexistência não
desfazê-los.
impediu que a tradição reflexiva dos gregos chegasse até nós. Isso prova que, necessariamente,
A vírgula e a identidade
virgular não está ligado diretamente com o ato de
Como expressão da língua(gem), o uso da vírgula
pensar. Como o próprio Luft afirma, a questão é
traz em si todas essas questões que refletimos até
arbitrária, cultural. Portanto, uma questão de ordem
aqui.
ideológica que está por trás dessa associação de
ideologicamente construído. Em outras palavras, a
virgular com o pensar.
escrita exige que coloquemos em ação todo o nosso
Questões
de
um
mundo
letrado
e
sistema de valores, crenças e atitudes para decifrá-la 5
A ORDEM DA VÍRGULA: UMA QUESTÃO DE SINTAXE OU DE PROSÓDIA? dialogicamente. Neste sentido, quando Luft afirma
processo de escolha entre estas duas formas de
que “a pontuação em língua portuguesa obedece a
pensar o(s) uso(s) da vírgula, o que está
critérios sintáticos, e não prosódicos”, temos aí um
visivelmente claro é o caráter arbitrário que envolve
desentendimento e uma resistência a um outro
a questão, isto é, “tratase, evidentemente, de um
ponto de vista, isto é, aquele que advoga que “a
critério. Arbitrário, criticável – como tantos outros
vírgula marca uma pausa de pequena duração”
critérios” (LUFT, 1996, p. 8). Como nos lembra
(CINTRA; CUNHA, 1985). Esta última afirmação
Orlandi (1998, p. 204), a identidade é um
traz em si o peso das assinaturas de um imortal, o
movimento da história; ou seja, na visão de cada
acadêmico Celso Ferreira da Cunha, membro da
uma dessas concepções de vírgula, há uma
Academia Brasileira de Letras e da Academia
identidade que a une a nutre num movimento da
Brasileira de Filologia e do filólogo e linguista
história que envolve os indivíduos e a língua na
português, Luís Felipe Lindley Cintra na Nova
construção de sentidos.
Gramática do Português Contemporâneo. A quem seguir? Qual a escolha certa? Na apresentação do livro A vírgula de Luft, o também imortal e gramático, Evanildo Bechara diz que “fica a boa tradição da língua portuguesa a dever-lhe mais esta lição.” Se Luft representa a boa tradição da língua, então o que dizer dos autores da Nova Gramática do Português contemporâneo? A quem eles servem? Seria uma outra tradição? E o que dizer do escritor José Saramago, único Nobel da língua portuguesa, que, muitas vezes, ousa a escrever sem usar a vírgula?
Considerações Finais O caráter arbitrário que envolve o uso da vírgula mostra que, em nossa língua, há duas maneiras de conceber este sinal gráfico, isto é, os nossos gramáticos, lexicólogos, filólogos e linguistas concebem
a
vírgula
de
modo
diferente,
identificados em dois grandes grupos. Esta falta de consenso acaba por confundir os usuários da escrita do português. De um lado, temos um grupo que defende que o uso da vírgula é sintático (Napoleão Mendes de Almeida, Celso Pedro Luft,
Inicialmente, vimos que o discurso de Luft retoma
Carlos Faraco etc.). Do outro, temos aqueles que
de certa forma o do grande mestre Napoleão
advogam que a vírgula é uma pausa usada para
Mendes de Almeida (1911-1998), o qual foi,
marcar na escrita a pausa da oralidade. Longe de
incontestavelmente, um dos mais importantes e
querer pacificar a questão, nosso objetivo foi
influentes
língua
refletir sobre todas as questões de ordem
portuguesa no século XX. Vimos também que o
ideológicas que envolvem o uso da vírgula. O
discurso de Douglas Tufano e de Hildebrando A.
ponto em comum que une estes estudiosos parece
de André estão ligados diretamente com aquele da
ser aquele que associa virgular com o ato de pensar
Nova Gramática do português contemporâneo. No
corretamente; ou seja, aquele que sabe virgular,
gramáticos
e
filólogos
da
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A ORDEM DA VÍRGULA: UMA QUESTÃO DE SINTAXE OU DE PROSÓDIA? pensa melhor do que aqueles que não sabem virgular. Não seria esse o caso de Saramago que usava a vírgula conforme sua vontade de artista da palavra para mostrar que a linguagem é algo que construímos e desconstruímos todos os dias.
SILVA, E. T.; ZILBERMAN, R. Leitura: por que a interdisciplinaridade? In: ________; ______.(Org.). Leitura: perspectivas interdisciplinares. - 5ª Ed. 7ª impressão – São Paulo: Ática, 2005. TUFANO, D. Gramática e Literatura Brasileira: Curso Completo. – São Paulo: Moderna, 1998.
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