A Palavra de Deus é a alma da comunidade

June 3, 2017 | Autor: M. Movimento Boa ... | Categoria: Bible, Grupos De Reflexão
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Igreja hoje [ Grupos de Reflexão favorecem o despertar da consciência...

A Palavra de Deus é a alma da comunidade

Encontrão dos Grupos de Reflexão na Diocese de Caratinga, MG DA R E DAÇ ÃO

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o domingo, 8 de março, a Paróquia São Judas Tadeu, em Caratinga, MG, foi o palco do 1º Encontro Diocesano dos Grupos de Reflexão. Com representantes da quase totalidade das Paróquias da Diocese, o encontro contou com a participação aproximada de 1.800 pessoas participantes dos Grupos de Reflexão. A assessoria do encontro ficou por conta de Pe. Manoel Godoy, atual diretor do ISTA – Instituto Santo Tomás de Aquino, de Belo Horizonte, e de João Resende, Missionário Sacramentino do MOBON – Movimento Boa Nova, de Dom Cavati, MG. Ouvindo os assessores, a Revista O Lutador fez uma pequena síntese da importância deste encontro para a caminhada da nossa Igreja. No contexto da Igreja do Brasil, que tem incentivado as paróquias a se converterem em comunidade de comunidades, este encontro dos Grupos de Reflexão reveste-se de uma importância ímpar. Eram cerca 1.800 pessoas refletindo sobre a forma de levar em frente esta proposta da paróquia como “Rede de Comunidades”, de fazer a Igreja doméstica acontecer de fato. A Diocese de Caratinga tem uma tradição de Grupos de Reflexão e de produção de roteiros para tais grupos. Este encontro é reflexo dessa caminhada, é fruto de uma multidão de pessoas que frequentemente se reúnem em torno da Palavra de Deus e com ela alimentam a vida familiar, comunitária, eclesial e social. “É uma beleza! Eu fiquei impressionado. Uma das cenas mais bonitas do encontro foi o momento em que os participantes ergueram a Bíblia. Era

praticamente a Igreja toda com a Bíblia nas mãos. A Bíblia é a alma, a vida, a seiva da caminhada da Igreja. Como o povo gosta da Palavra de Deus e como ela é, de fato, a fonte de animação desta caminhada! É impressionante como o povo tem consciência disso” – disse Pe. Manoel Godoy, assessor do encontro.

d) GR alimenta a oração e a celebração da fé em comunidade, liga fé e vida de uma maneira muito espontânea; e) GR faz acontecer o diálogo com o diferente, o ecumenismo e o diálogo inter-religioso com os vizinhos;

Durante o encontro, Pe. Godoy trabalhou a Identidade do Grupo de Reflexão (GR). Eis, em síntese, os tópicos desta identidade: a) GR é a maneira de a Igreja se constituir “Povo de Deus”, Igreja de comunhão e participação; b) GR dá vida à dimensão missionária da Igreja; através dele as pessoas vão atrás dos afastados e dos que estão fora da Igreja; c) GR efetiva a centralidade da Palavra de Deus na vida da comunidade;

f) GR expressa a dimensão profética dos leigos, a vida circula dentro dos grupos; as alegrias, tristezas, as vitórias e angústias de cada cristão fazem com que o grupo se sinta responsável pela dimensão profética e solidária. Segundo Pe. Manoel Godoy, Caratinga deve compartilhar esse experiência de Grupo de Reflexão como exemplo de Diocese que se articula a partir da base com essa marca forte da Palavra de Deus. A Diocese devia espalhar uma fórmula bem simples:

[ 8 • olutador [ abril ] 2015

É

Famílias como coelhos

D O M F E R N A N D O A R Ê A S R I FA N *

“ Pe. Manoel Godoy e João Resende 1) Boas lideranças no meio do povo, animadores autênticos e animados; 2) Ambiente de acolhida no grupo para favorecer a comunhão; e 3) Bons roteiros numa linguagem simples, sem perder a profundidade e a continuidade da caminhada.

Essa simplicidade e continuidade é que dão sustentação aos grupos e fazem da Palavra de Deus a alma da comunidade.

João Resende enfatizou que os Grupos de Reflexão têm força para enraizar a Palavra de Deus no meio povo, fazem gerar uma nova vibração com a vida, alimentam a perseverança e reforçam a capacidade de resistência no meio das comunidades. Os Grupos de Reflexão favorecem também o despertar da consciência, o que leva a pessoa a assumir, de maneira mais clara, a sua missão na Igreja e na sociedade. Além disso, despertam o “lado missionário” do povo que, a exemplo de uma rama de abóbora, segue sempre em frente, vencendo as dificuldades. Lembrou-se também, no encontro, que a reza do terço, o trabalho das Equipes de Nossa Senhora e outras formas de devoção não substituem a reflexão da Palavra nos Grupos de Reflexão. Maria é a Mãe da Palavra, é a primeira a ouvir e praticar Palavra; ela quer seus filhos e filhas refletindo e agindo a partir da Palavra de Deus.]

para se deplorar de modo particular a imprensa que, de tempos em tempos, volta sobre a questão (da família numerosa) com a intenção manifesta de lançar a confusão no espírito do povo simples e induzi-lo ao erro por documentações tendenciosas, por pesquisas discutíveis e mesmo por declarações falseadas deste ou aquele eclesiástico”. Assim dizia o Papa Pio XII, no seu discurso aos dirigentes e representantes das Associações de Famílias Numerosas, em 20 de janeiro de 1958. A imprensa sensacionalista procurou ressaltar negativamente uma afirmação do Papa Francisco, na viagem de volta das Filipinas para Roma, em 18 de janeiro de 2015, pinçada do colóquio informal com os jornalistas no avião, sobre o número de filhos de uma família: “Alguns acham, desculpem-me pela palavra, que para serem bons católicos precisamos ser como coelhos. Não! Paternidade responsável. Isto é claro”. Uma frase fora do contexto pode ser apenas um pretexto. Não se pode dizer tudo, toda a doutrina, em todos os lugares e em todas as afirmações, ao mesmo tempo. Há que se ver o conjunto. O conjunto de que falo é toda a doutrina católica. Como na Bíblia. Citando frases fora do contexto e do conjunto, pode-se provar qualquer coisa. Pinçando frases e doutrinas, sem o conjunto, é que se fizeram as heresias. Antes da frase dos “coelhos”, o Papa Francisco tinha dito: “A presença das famílias numerosas é uma esperança para a sociedade. O fato de termos irmãos e irmãs nos faz bem; os filhos e filhas de uma família numerosa são mais capazes de comunhão fraterna desde a primeira infância. Em um mundo marcado tantas vezes pelo egoísmo, a família numerosa é uma escola de solidariedade e de fraternidade, e estas atitudes se orientam depois em benefício de toda a sociedade” (28-XII-2014). No avião, ele disse aos jornalistas: “A abertura à vida é a condição do sacraolutador [ abril ] 2015 • 9 ]

mento do matrimônio, a ponto de que esse matrimônio é nulo caso se possa provar que ele ou ela se casou com a intenção de não estar aberto à vida. É causa de nulidade matrimonial. Isto não significa que o cristão tem que ter filhos em série. Isto é tentar a Deus. E alguns, talvez, não são prudentes nisto. Falamos de paternidade responsável. Esse é o caminho”. Depois das interpretações erradas das suas palavras, o Papa disse: “Dá consolação e esperança ver tantas famílias numerosas que acolhem os filhos como um verdadeiro dom de Deus. Eles sabem que cada filho é uma bênção. Escutei que as famílias com muitos filhos e o nascimento de muitos filhos estão entre as causas da pobreza. Acho uma opinião simplista. Eu posso dizer, todos podemos dizer, que a causa principal da pobreza é um sistema econômico que tirou a pessoa do centro e colocou o deus dinheiro, um sistema econômico que exclui, exclui sempre, exclui as crianças, os idosos, os jovens sem trabalho... e que cria a cultura do descarte em que vivemos. Nós nos acostumamos a ver pessoas sendo descartadas. Este é o motivo principal da pobreza, não as famílias numerosas”] *Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, RJ E-mail: domfernandorifan.blogspot.com.br

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