A percepção ambiental na cultura organizacional: análise em função do cargo ocupado em um setor de uma empresa de grande porte em São Luís-MA

June 19, 2017 | Autor: Elon Vieira Lima | Categoria: Sustentabilidade, Cultura Organizacional, Percepção Ambiental
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A PERCEPÇÃO AMBIENTAL NA CULTURA ORGANIZACIONAL: ANÁLISE EM FUNÇÃO DO CARGO OCUPADO EM UM SETOR DE UMA EMPRESA DE GRANDE PORTE EM SÃO LUÍS-MA MAYANNE CAMARA SERRA - [email protected] UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA EMANOEL ROZA DIAS - [email protected] UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO ELON VIEIRA LIMA - [email protected] UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA Resumo:

EM UMA EMPRESA QUE POSSUI SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL, É IMPORTANTE QUE SUA CULTURA ORGANIZACIONAL SEJA BASEADA NOS PRINCÍPIOS DA SUSTENTABILIDADE. A REFERIDA CULTURA É RESULTANTE DOS PONTOS DE VISTAS E COMPORTAMENTOS ATRELADOS NO COTIDIANOO DOS COLABORADORES DE UMA ORGANIZAÇÃO E QUE PODEM SER DETERMINADOS POR ALGUNS FATORES, ENTRE ELES, A POSIÇÃO DO FUNCIONÁRIO EM UM ORGANOGRAMA. DESTA FORMA, O OBJETIVO DESTE TRABALHO FOI INVESTIGAR O NÍVEL DE PERCEPÇÃO DO COMPONENTE AMBIENTAL DA SUSTENTABILIDADE NA CULTURA ORGANIZACIONAL POR PARTE DOS COLABORADORES E EM FUNÇÃO DE SEUS CARGOS EM UMA EMPRESA DE GRANDE PORTE LOCALIZADA NA CAPITAL MARANHENSE. O ESTUDO DE CASO SE LIMITOU A APENAS UM SETOR DESTA EMPRESA E SE DESENVOLVEU ATRAVÉS DE QUESTIONÁRIOS SEMI-ESTRUTURADOS COM OS COLABORADORES. OS RESULTADOS DEMONSTRARAM QUE A PERCEPÇÃO AMBIENTAL É PREDOMINANTEMENTE HOMOGÊNEA ENTRE OS PARTICIPANTES, PORÉM OS AGRUPAMENTOS DE CARGOS POR FUNÇÕES E NÍVEIS HIERÁRQUICOS TENDERAM A PERCEPÇÕES CONVERGENTES. E A ANÁLISE GERADA POR ESSES RESULTADOS DEMONSTROU A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DE DIAGNÓSTICOS SOBRE GESTÃO AMBIENTAL E QUE PODE SUBSIDIAR TOMADA DE DECISÕES FUTURAS.

Palavras-chaves: CULTURA ORGANIZACIONAL. SUSTENTABILIDADE. PERCEPÇÃO AMBIENTAL. Área: 11 - ENG. PROD., SUSTENTABILIDADE E RESP. SOCIAL Sub-Área: 11.2 - GOVERNANÇA ORGANIZACIONAL

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Política Nacional de Inovação e Engenharia de Produção Bauru, SP, Brasil, 09 a 11 de novembro de 2015

ENVIRONMENTAL PERCEPTION IN ORGANIZATIONAL CULTURE: JOB ANALYSIS FUNCTION IN A BIG COMPANY SECTOR IN SÃO LUÍS-MA Abstract: IN A COMPANY THAT HAS ENVIRONMENTAL MANAGEMENT SYSTEM, IT IS IMPORTANT THAT ITS ORGANIZATIONAL CULTURE BE BASED ON PRINCIPLES OF SUSTAINABILITY. THAT CULTURE IS THE RESULT OF THE VIEWS AND BEHAVIORS LINKED IN EVERYDAY OF THE EMPLOYEE’S COMPPANY AND CAN BE DETERMINED BY SEVERAL FACTORS, INCLUDING THE EMPLOYEE´S POSITION IN AN ORGANIZATION CHART. THUS, THE AIM OF THIS STUDY WAS TO INVESTIGATE THE LEVEL OF AWARENESS OF THE ENVIRONMENTAL COMPONENT OF SUSTAINABILITY IN ORGANIZATIONAL CULTURE BY EMPLOYEES IN FUNCTION OF POSITIONS IN A BIG COMPANY LOCATED ON MARANHÃO’S CAPITAL. THE CASE STUDY WAS LIMITED TO ONLY ONE SECTOR OF THIS COMPANY AND DEVELOPED THROUGH SEMI-STRUCTURED QUESTIONNAIRES WITH EMPLOYEES. THE RESULTS SHOWED THAT ENVIRONMENTAL PERCEPTION IS PREDOMINANTLY HOMOGENEOUS AMONG THE PARTICIPANTS, BUT THE POSITIONS OF GROUPS BY FUNCTIONS AND LEVELS TENDED TO CONVERGENT PERCEPTIONS .AND THE ANALYSIS GENERATED BY THESE RESULTS DEMONSTRATED THE IMPORTANCE OF PERFORMING DIAGNOSTICS ON ENVIRONMENTAL MANAGEMENT AND THAT CAN SUBSIDIZE TO TAKE FUTURE DECISIONS. Keyword: ORGANIZATIONAL CULTURE. SUSTAINABILITY. ENVIRONMENTAL PERCEPTION.

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1.

Introdução Pressões sociais e mercadológicas obrigam empresas a buscar a sustentabilidade em

seus negócios adaptando processos, adotando Sistemas de Gestão Ambiental (SGA), buscando a produção mais limpa, a ecoeficiência, entre outros meios. Para que tudo isso se efetive no cotidiano laboral, os colaboradores precisam estar plenamente conscientizados sobre o papel socioambiental de seu empregador. Os gestores, por sua vez, devem mapear continuamente a inclusão da sustentabilidade na rotina de trabalho. Este trabalho tem o objetivo geral de investigar o nível de percepção do componente ambiental da sustentabilidade na cultura organizacional dos colaboradores de uma empresa de grande porte localizada na capital maranhense. O estudo envolve a participação direta dos colaboradores com disponibilização de informações pessoais sobre o nível de conhecimento do SGA da empresa e questões ambientais práticas percebidas no funcionamento do setor em que se inserem. Com os resultados buscou-se identificar se os cargos ocupados na hierarquia do setor em estudo relacionam-se com o grau de percepção ambiental na cultura organizacional pelos funcionários participantes.

2.

Desenvolvimento Sustentável e Sistemas de Gestão Ambiental Conforme a Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento – CMMAD

(1991), o desenvolvimento sustentável tem caráter transformador, envolve a harmonização entre a exploração dos recursos, orientação de investimentos, desenvolvimento tecnológico e mudança institucional hoje para que necessidades humanas sejam atendidas atual e futuramente. As empresas procuram equacionar objetivos lucrativos e remunerativos de seus acionistas (ARRUDA e QUELHAS, 2010), adotando modelos de gestão e incluindo práticas de responsabilidade sócio-ambiental, evidenciando o compromisso com a sustentabilidade nas suas três dimensões: econômica, social e ambiental (DIAS, 2011). Quanto à dimensão ambiental da sustentabilidade, os SGA's são o principal instrumento para obtenção do desenvolvimento sustentável pelas organizações com um modelo de gestão. Frisa-se que a adoção de SGA requer mudança na cultura organizacional desde a conscientização dos colaboradores (DIAS, 2011) e uma cultura organizacional forte e amplamente reconhecida tem sido crucial para o sucesso de uma empresa (PADOVEZE E BENEDICTO, 2005).

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3.

Cultura Organizacional A cultura organizacional é o modo informal pelo qual funcionários vivenciam o

cotidiano das organizações. E isso se reflete na união dos mesmos e nos seus posicionamentos pessoais e laborais (WAGNER E HOLLENBECK, 1999). Essa cultura relaciona-se a um grupo que aprendeu a resolver problemas de adaptação externa e integração interna (SCHEIN apud CHIAVENATO, 1999) e que, por consenso, transmite-se aos novos membros como forma de perceber, pensar e sentir diversos problemas organizacionais - dentre eles, a questão ambiental. É importante analisar a cultura ambiental integrada na organizacional, pois possibilita a identificação do grau de interiorização das práticas ambientais através da consciência e ação dos funcionários e se estão nivelados objetivos individuais com os organizacionais sobre a problemática ambiental (DIAS, 2011). A preocupação ambiental interna da organização deve ser voluntária e intrínseca à rotina, ou seja, intrínseca à cultura organizacional. No fortalecimento dessa cultura, os empregados devem seguir os valores ambientais da empresa em que trabalham sem resistências, portanto é indispensável que elas atuem para que a cultura influencie o comportamento dos colaboradores (DUBRIN, 2003).

4.

Percepção Ambiental Conforme abordagem de Tuan (1980) apud Rodrigues et al. (2012), a percepção é ao

mesmo tempo a resposta dos sentidos aos estímulos externos e o registro e ou bloqueio de determinados fenômenos. Em complemento, Fernandes et. al. (2011) abordam que cada pessoa tende a perceber, reagir e responder às ações sobre o ambiente em que vive de forma diferente. A cultura é um dos principais condicionantes da percepção e valores ambientais dos indivíduos e, em acréscimo, fatores como experiências, idade, costumes e crenças, que variam individualmente, refletem nas atitudes referentes ao meio ambiente e à vida. (TUAN, 1980, apud BARTHOLOMEU FILHO et al., 2014). Portanto, de acordo com o exposto, pode ser feita uma analogia à cultura organizacional e a percepção ambiental dos colaboradores de uma empresa com Sistema de Gestão Ambiental. Molina et al. (2007) apresentam que são fortes as possibilidades de atitudes e percepções sobre determinado contexto local serem extremamente diferentes e, assim, implicar na Gestão Ambiental – sendo que o citado contexto pode ser o organizacional. E

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como contribuição, estudos desenvolvidos por Alirol (2001) e Gliessman (2000), por exemplo, apontam que a ideia do termo sustentabilidade sofre variações de acordo com a classe social ou profissional de uma pessoa no que tange à compreensão de aspectos relacionados ao meio ambiente, que pode ser considerada uma das bases para a percepção ambiental. O estudo da percepção ambiental é um meio de elevar a compreensão das inter-reações entre o ambiente e o homem, bem como os julgamentos, expectativas, satisfações, insatisfações e condutas das pessoas como atores destas inter-relações (ZAMPIERON et al., 2003). E são várias as formas de realizar estudos sobre a percepção ambiental, tais como mapas mentais ou contorno, questionários, representação fotográfica, entre outras maneiras (CARVALHO, et al., 2012). E devido às diferenças interpessoais de colaboradores nos vários níveis hierárquicos de uma organização, não pode ser descartada a hipótese do não alinhamento completo entre os funcionários e a atuação sobre a problemática ambiental por determinada empresa em sua rotina. Portanto, é preciso realizar análises para identificar a existência de possíveis cenários negativos para corrigi-los ou mesmo para a manutenção dos positivos.

5.

Metodologia Este trabalho envolve pesquisa explicativa e quantitativa (GIL, 2007). Explicativa por

investigar a percepção ambiental na cultura organizacional de um setor de uma grande empresa pelos seus colaboradores sob o aspecto do cargo que os mesmos ocupam. E quantitativa, por registrar e analisar dados numéricos referentes às atitudes e comportamentos do público-alvo através de amostragem (HAIR et al., 1998). A coleta de dados ocorreu a partir de questionários semi-estruturados, ou seja, com perguntas cujas respostas eram objetivas e possibilidade de discorrer livremente a cerca de determinadas questões em um formulário (ACEZEDO e NOHARA, 2007). Nos questionários buscou-se a caracterização dos participantes (faixa etária, tempo na empresa, cargo e escolaridade) e foram escolhidas nove das perguntas construídas a partir de aspectos sobre Sistema de Gestão Ambiental. E para padronizar as formas de respostas, orientou-se a atribuição de notas: 0 (não percebe), 1 (ruim), 2 (regular), 3 (bom) e 4 (ótimo ou muito favorável), semelhante à Escala Likert. A compilação dos dados no software Microsoft Excel resultou em quadros e gráficos para análise das características dos participantes, frequências de notas, médias e desvios

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padrões, pelos quais se buscou apontar semelhanças e divergências entre as percepções e avaliações sob o fator “cargos”. E devendo ser destacado que para o estudo de caso, os cargos foram agrupados em três conjuntos: lideranças, administrativos e analistas e, por fim, oficiais operacionais e técnicos, conforme características dos mesmos e proximidade de atuação no setor da empresa participante.

6.

A empresa e o setor do estudo A empresa é uma multinacional operante em treze estados brasileiros e em

aproximadamente outros trinta países com negócio centrado na extração de recursos naturais, atuando nos segmentos de energia, siderurgia e logística (a maior do Brasil). O ferroviário é o seu modal prioritário, com mais de dez mil quilômetros de malha ferroviária e ainda possui nove terminais portuários. Apesar de gerar impactos ambientais diretos, a empresa divulga seu compromisso com a preservação ambiental, possuindo um SGA regido por política que visa incorporar a sustentabilidade nos negócios e com operação que atenda à legislação vigente e aos padrões estabelecidos pela própria empresa, visando à proteção ambiental e mitigação dos riscos. A empresa possui centro de controle a emergências ambientais, atendendo todos os municípios onde atua. Há centros de descarte de materiais com empresas parceiras para gerenciamento de resíduos e estações de tratamento de efluentes em suas sedes. Investe na educação ambiental de seus empregados e na aplicação da política ambiental. Ressalta-se a aplicação do estudo em apenas um dos setores da referida empresa – o de manutenção de via permanente - na capital maranhense, onde se situam os pátios de recebimento de produtos. Neste há duas supervisões com aproximadamente 65 colaboradores diretos que atuam na manutenção de seu modal de transporte prioritário (via permanente). As atividades do setor se voltam para a área operacional e englobam manutenções corretivas e preventivas dos ativos de uma ferrovia. Existe diversidade de resíduos das atividades de manutenção, desde resíduos de madeira a produtos químicos, necessitando de boa gestão e postura ambientalmente correta dos colaboradores. Os cargos dos colaboradores do setor de manutenção de via permanente, no qual foi realizado o estudo, podem ser descritos resumidamente conforme suas atribuições a seguir e, logo em seguida, pela figura 1, é possível visualizar estes cargos formando o organograma do referido setor:

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a)

Gerente: responsável por gerir uma extensão aproximada de 450 km de ferrovia,

apoiando seis supervisões, além de manter relações com outras gerencias afins. O gerente juntamente com os inspetores e supervisores foram o conjunto de lideranças em relação aos demais cargos. b)

Inspetores: são o apoio técnico da gerência em planejamentos, programações e atuação

em toda a extensão dos 450 km de responsabilidade do gerente. c)

Supervisores: realizam a gestão de equipes e apoiam as atividades de manutenção

preventiva e corretiva de uma localidade fixa (sendo esta de extensão aproximada de 100 km de ferrovia) garantindo os recursos necessários junto à gerência para a manutenção adequada na sua localidade. d)

Analistas: apoiam tecnicamente as supervisões, identificando as causas das falhas e

possibilidades delas para desenvolvimento de soluções e propostas de melhorias. e)

Técnicos: acompanham e coordenam as equipes operacionais de manutenção numa

determinada localidade, garantindo a programação, o planejamento e a execução das atividades diárias, além de levantar pontos de correção e melhorias junto com os analistas. f)

Apoios Administrativos: auxiliam o supervisor em suas atividades rotineiras, no

controle e gestão de recursos e pessoas, além de atividades de auxílio administrativo. g)

Oficiais Operacionais: realizam as atividades de manutenção corretiva e preventiva de

uma localidade, ou seja, constroem, renovam, remodelam e conservam as vias férreas, assegurando que elas estejam em perfeito estado.

FIGURA 1 – Organograma do setor de manutenção de via permanente. Fonte: os autores.

7.

Resultados e Discussão Disponibilizaram-se os questionários de 13 a 17/04/2015, retornando 49 respondidos,

compondo assim a amostra do estudo. A maior parcela corresponde a homens, oficiais operacionais com ensino médio completo, com tempo de trabalho de 01 a 04 anos na empresa e com idades entre 26 e 30 anos, conforme apresentado em figura 2.

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FIGURA 2 – Amostra da Pesquisa. Fonte: os autores.

7.1“Como considera seu nível de conhecimento quanto às regras do sistema de gestão ambiental da empresa em que você trabalha?” Lideranças Cargo Gerente Inspetor Supervisor

Média 3,50 2,50 3,40

Administrativos e Analistas DesvPad 0,71 0,71 0,55

Cargo Analista Apoio ADM

Média 2,50 2,50

DesvPad 0,58 0,58

Oficiais Operacionais e Técnicos Cargo Técnico Operacionais

Média 2,60 2,68

DesvPad 0,52 0,72

FIGURA 3 – Quadro resumo dos resultados (médias e desvios padrões) quanto ao nível de conhecimento do SGA da empresa pelos colaboradores participantes. Fonte: os autores.

Na auto-avaliação dos colaboradores sobre o SGA da empresa, a maioria das notas tendeu para a referente a conhecimento bom, conforme figura 3. Uma ressalva é que estranhamente os inspetores (cargo ocupado geralmente pelos colaboradores com maior tempo de empresa) apresentaram a menor média de auto-avaliação quanto ao conhecimento do SGA da empresa entre as lideranças – o que pode ser considerado preocupante. 7.2 “Como considera a real preocupação da empresa com a questão ambiental na prática?” Lideranças Cargo Gerente Inspetor Supervisor

Média 3,50 2,00 3,20

Administrativos e Analistas DesvPad 0,71 1,41 1,30

Cargo Analista Apoio ADM

Média 3,00 3,00

DesvPad 0,00 0,82

Oficiais Operacionais e Técnicos Cargo Técnico Operacionais

Média 3,10 3,18

DesvPad 0,74 0,66

FIGURA 4 – Quadro resumo dos resultados (médias e desvios padrões) sobre a avaliação da real preocupação da ambiental da empresa pelos participantes. Fonte: os autores.

Observando-se a figura 4, os administrativos e analistas são praticamente unânimes em considerar como boa a preocupação ambiental da empresa. Já entre os técnicos e operacionais, a percepção foi mais positiva e, merecendo atenção, entre os inspetores houve atribuição de

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notas baixas quanto à percepção da real preocupação ambiental da empresa - o que pode ser considerado preocupante por se tratar de lideranças e divergir de cargos mais baixos na hierarquia do setor. 7.3 “Como avalia a forma pela qual as lideranças implantam algum tipo de controle quanto à questão ambiental no cotidiano do setor de seu trabalho?” Lideranças Cargo Gerente Inspetor Supervisor

Média 2,50 3,00 2,40

Administrativos e Analistas DesvPad 0,71 1,41 0,89

Cargo Analista Apoio ADM

Média 1,50 2,25

DesvPad 1,00 0,50

Oficiais Operacionais e Técnicos Cargo Técnico Operacionais

Média 2,30 2,82

DesvPad 0,82 0,73

FIGURA 5 – Quadro resumo dos resultados (médias e desvios padrões) quanto à avaliação da forma de controles ambientais no cotidiano pelas lideranças segundo os colaboradores participantes. Fonte: os autores.

Segundo informações da figura 5, entre as lideranças a avaliação geral tendeu de regular para boa, sendo que as notas mais baixas foram dadas por supervisores e esse comportamento se assemelha com os de técnicos e operacionais, o que leva a crer que os mesmos possuem a mesma percepção quanto aos controles ambientais por suas respectivas lideranças. Entre os administrativos e analistas, a percepção como regular prevaleceu e pelo alto desvio entre os analistas, pode-se afirmar que houve apontamento de "nota 0", ou seja, houve quem não percebesse a ocorrência dos controles. 7.4 “Como considera os treinamentos, cursos e capacitações relacionados à Sustentabilidade que são realizados no seu local de trabalho?” Lideranças Cargo Gerente Inspetor Supervisor

Média 2,50 2,50 2,80

Administrativos e Analistas DesvPad 0,71 0,71 0,45

Cargo Analista Apoio ADM

Média 2,25 2,50

DesvPad 0,96 1,29

Oficiais Operacionais e Técnicos Cargo Técnico Operacionais

Média 2,90 2,91

DesvPad 0,57 0,75

FIGURA 6 – Quadro resumo dos resultados (médias e desvios padrões)da avaliação pelos participantes sobre os treinamentos, cursos e capacitações sobre Sustentabilidade. Fonte: os autores.

Para a atual questão, a maioria dos funcionários do setor tendeu a considerar como bons os cursos e capacitações da área de meio ambiente. Mas analisando as médias e desvios padrões da figura 6, infere-se que entre os três conjuntos de cargos do setor, apenas não houve notas máximas entre as lideranças – demonstrando que talvez os treinamentos podem não ser tão frequentes ou esse grupo ainda acha que pode ser mais bem treinados. E entre os administrativos e analistas, existiram classificações que tenderam de regular para ruim – como hipótese pode ser que estes consideram que os treinamentos realizados não

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lhe atendem da mesma forma que atendem os operacionais, que tiveram média de “nota 3” mais expressiva. 7.5 “De acordo com sua opinião, como considera a real necessidade da preocupação com a questão ambiental do seu dia-a-dia de trabalho?” Lideranças Cargo Gerente Inspetor Supervisor

Média 2,50 3,00 3,20

Administrativos e Analistas DesvPad 0,71 0,00 0,84

Cargo Analista Apoio ADM

Média 2,75 2,50

DesvPad 0,50 1,29

Oficiais Operacionais e Técnicos Cargo Técnico Operacionais

Média 2,90 2,86

DesvPad 0,74 0,94

FIGURA 7 – Quadro resumo dos resultados (médias e desvios padrões) quanto à necessidade da preocupação ambiental no cotidiano no trabalho pelos funcionários participantes. Fonte: os autores.

Conforme exposto em figura 7, a maior parcela dos colaboradores do setor atribuem a “nota 3” para a real necessidade da preocupação ambiental no trabalho, mas a “notas 2” não deve ser desconsiderada, pois foi a segunda resposta mais expressiva e é relativamente inferior. O alto desvio entre as notas pelos administrativos e analistas se deu pela atribuição de nota 1 - talvez quem a atribuiu acredita que seus processos não geram tantos impactos ou ainda não compreende adequadamente os mesmos e assim considerando não tão necessária a preocupação ambiental em seu dia-a-dia. E entre os operacionais e técnicos, a maioria das classificações ficaram entre “regular” e “bom”. 7.6 “Como caracteriza as oportunidades atuais que você percebe de diminuição de impactos ambientais nas atividades e processos em que você participa atualmente no seu trabalho?” Lideranças Cargo Gerente Inspetor Supervisor

Média 3,00 2,50 3,20

Administrativos e Analistas DesvPad 0,00 0,71 0,45

Cargo Analista Apoio ADM

Média 2,75 2,75

DesvPad 0,5 0,5

Oficiais Operacionais e Técnicos Cargo Técnico Operacionais

Média 2,70 2,73

DesvPad 0,82 0,63

FIGURA 8 – Quadro resumo dos resultados (médias e desvios padrões) quanto às oportunidades de redução de impactos ambientais no setor pelos seus colaboradores. Fonte: os autores.

Quanto aos impactos ambientais das atividades do setor, os colaboradores majoritariamente consideraram como boas as oportunidades para redução dos mesmos segundo informações na figura 8. Mas deve-se ressaltar que entre as lideranças, os inspetores são os que menos percebem oportunidades de redução de impactos ambientais no setor considerando as notas atribuídas – o que pode ser grave por serem estes colaboradores responsáveis pelo desempenho operacional.

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E entre os administrativos e analistas, os comportamentos dos resultados assemelharam-se ao se direcionarem para a “nota 3” como a mais atribuída. Já entre os técnicos, o desvio relativamente elevado indica a atribuição de “nota 1”, podendo significar pouca percepção ou oportunidades não favoráveis - mas o desvio deve ser analisado sob outros parâmetros, tais como tempo de empresa para buscar se o participante que atribuiu a nota baixa ainda não compreende adequadamente as saídas dos processos de seu setor. 7.7 “Como acredita que todos ou a maioria dos seus colegas de trabalho preocupam-se em realizar seu trabalho de forma ambientalmente sustentável?” Lideranças Cargo Gerente Inspetor Supervisor

Média 1,50 2,00 2,40

Administrativos e Analistas DesvPad 0,71 0,00 0,55

Cargo Analista Apoio ADM

Média 2,00 2,00

DesvPad 0,82 0,00

Oficiais Operacionais e Técnicos Cargo Técnico Operacionais

Média 2,30 2,59

DesvPad 0,67 0,73

FIGURA 9 – Quadro resumo dos resultados (médias e desvios padrões) quanto à avaliação da preocupação ambiental dos colegas nas atividades do trabalho pelos colaboradores participantes. Fonte: os autores.

Com base na figura 9, nota-se que, de maneira geral, os colaboradores do setor em estudo consideram como regular ou mediana a preocupação dos colegas com a realização do trabalho de maneira ambientalmente sustentável, mas o desvio indica a atribuição de algumas classificações como ruins e, em seguida com quantidade superior a esta, a avaliação como boa preocupação. Quanto a referida questão, destaca-se a que a classificação como “regular” foi unânime entre os administrativos quanto à percepção da realização ambientalmente correta do trabalho pelos colegas. E os gerentes foram os mais rigorosos nessa avaliação com a maior quantidade de notas inferiores em termos relativos. 7.8 “Em que medida considera que seus colegas de trabalho atrelam atitudes ambientalmente corretas no cotidiano de maneira voluntária (sem necessidade de ordens superiores)?” Lideranças Cargo Gerente Inspetor Supervisor

Média 1,50 2,00 2,00

Administrativos e Analistas DesvPad 0,71 0,00 0,71

Cargo Analista Apoio ADM

Média 1,75 1,50

DesvPad 0,96 0,58

Oficiais Operacionais e Técnicos Cargo Técnico Operacionais

Média 1,70 2,41

DesvPad 0,67 0,96

FIGURA 10 – Quadro resumo dos resultados (médias e desvios padrões) quanto ao nível de percepção de atitudes ambientalmente corretas e voluntárias dos colegas pelos participantes. Fonte: os autores.

Semelhantemente à questão anterior, generaliza-se a resposta "regular" para os colegas atrelando atitudes ambientalmente corretas e voluntárias no trabalho, como percebido pela

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figura 10 - e assim, percebe-se que não há incoerência nas percepções com as respostas das duas questões. E assim percebe-se que há um elevado rigor por parte dos funcionários em relação aos seus colegas na cultura organizacional do setor quanto à questão ambiental no desenvolvimento do trabalho. Esse rigor pode ser embasado na possibilidade dos participantes perceberem as ações apenas sob ordens superiores ou já terem presenciado atitudes ambientalmente incorretas pelos colegas. 7.9 “Como percebe a empresa dispondo de mecanismos de comunicação interna sobre as ações de sustentabilidade ambiental atualmente?” Lideranças Cargo Gerente Inspetor Supervisor

Média 2,50 3,50 2,80

Administrativos e Analistas DesvPad 0,71 0,71 0,45

Cargo Analista Apoio ADM

Média 2,75 2,75

DesvPad 0,50 0,96

Oficiais Operacionais e Técnicos Cargo Técnico Operacionais

Média 2,90 3,09

DesvPad 0,09 0,81

FIGURA 11 – Quadro resumo dos resultados (médias e desvios padrões) quanto aos atuais mecanismos de comunicação interna sobre sustentabilidade ambiental na empresa conforme os participantes. Fonte: os autores.

Os mecanismos de comunicação interna da empresa são relativamente bem avaliados pelos participantes do estudo com o direcionamento de repostas para a “nota 3” conforme notado pelos valores das médias na figura 11. No entanto, não devem ser desconsiderados os altos desvios entre os administrativos, analistas, técnicos e operacionais que indicam atribuição de respostas tanto como "ótimos" quanto "ruins" sobre os citados mecanismos. Novamente, torna-se necessária a avaliação sob outros parâmetros, tais como tempo de empresa, pois pode ser que o período trabalhado no setor até o momento da aplicação dos questionários indique que os colaboradores que atribuíram notas inferiores ainda não possuem compreensão ou percepção suficiente quanto a esses mecanismos de comunicação interna.

8. Conclusão Após análise dos resultados obtidos, conclui-se que a percepção ambiental dos colaboradores do setor de manutenção de via permanente da empresa em estudo é homogênea, mas torna-se importante destacar pontos relevantes. As notas relativamente baixas dadas por integrantes das lideranças em várias questões e que foram destoantes dos demais colaboradores pode ser um aspecto negativo e preocupante, pois os líderes devem ser os principais guias do desenvolvimento da cultura organizacional, principalmente em ações de motivação. Em contrapartida, as notas inferiores entre os líderes podem indicar que estes consideraram todos ou a maior parte dos processos do

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setor e são rigorosos com relação à questão ambiental e também preferem que o setor esteja voltado para a melhoria contínua e efetivação quanto às regras do SGA da empresa. Entre técnicos e operacionais, foi perceptível que as médias de notas foram mais convergentes e positivas demonstrando que provavelmente estes lidam com a questão ambiental de forma mais efetiva na cultura organizacional, por estarem mais focados em seus próprios processos e atividades. E no conjunto de analistas e apoio administrativos as notas foram mais medianas, demonstrando que talvez a percepção ambiental destes se forma mais pela proximidade com o discurso organizacional da empresa do que com a visibilidade das entradas e saídas dos processos operacionais em si. Como sugestões para o setor elevar a percepção ambiental e, consequentemente, influenciar a conduta de seus colaboradores para o meio ambiente no trabalho, estão os treinamentos e cursos voltados para a área ambiental, bem como o máximo para a orientação no entendimento de todos os processos do setor por todos os funcionários para que a colaboração seja mútua. Quanto às dificuldades no desenvolvimento do trabalho, há o fato da amostra não ter apresentado equilíbrio em termos de quantidades para todos os agrupamentos, pois, por exemplo, a quantidade de cargos operacionais foi muito expressiva em relação aos demais e não houve proporção. E quanto às respostas referentes a “não percebe”, há a dúvida se o respondente realmente não percebe ou não entendeu a pergunta. Portanto, sugerem-se novos estudos mais aprofundados e com a correção das dificuldades apontadas. Também como sugestão para trabalho futuros, há a análise sob outros aspectos, tais como escolaridade, tempo de trabalho na empresa e idade, pois se infere que ações podem ser tomadas também de forma personalizada em relação aos fatores citados para a elevação da percepção ambiental dos colaboradores na cultura organizacional. Pelo desenvolvimento do estudo tornou-se perceptível que o setor da empresa cumpre com alguns requisitos da ISO 14001 e do desenvolvimento da cultura organizacional com o SGA, pois em todos os momentos algum aspecto foi apontado como pelo menos percebido por parcela significativa de participantes. E a análise pelos resultados obtidos pode ser uma forma de a empresa diagnosticar a percepção e alinhamento interno dos colaboradores quanto à gestão ambiental – o que pode auxiliar em processos decisórios, principalmente aqueles voltados para correções e melhorias. Referências ACEVEDO, C. R.; NOHARA, J.J. Monografia no curso de Administração – 3. ed. – São Paulo: Atlas, 2007.

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Política Nacional de Inovação e Engenharia de Produção Bauru, SP, Brasil, 09 a 11 de novembro de 2015

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Revista

Eletrônica

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No

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