A política da errância de Odisseu no livro 34 de Políbio (2013)

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gilvan ventura da silva ° leni ribeiro leite

Vitória , 2013

A POLÍTICA DA ERRÂNCIA DE ODISSEU NO LIVRO 34 DE POLÍBIO Breno Battistin Sebastiani    

erá  possível  descobrir  por  onde  Odisseu  viajou  quando  for  encontrado o cordão que atava o odre dos ventos”. Com esse  gracioso piparote, Eratóstenes sintetizou sua apreciação sobre  os poemas homéricos e estimulou a de Aristarco de Samotrácia;  ambos, eruditos alexandrinos para quem a Ilíada e a Odisseia  eram  fonte  antes  de  tudo  de  prazer,  não  necessariamente  de  instrução (PFEIFFER, 1968, p. 231). Em resposta, também marcará a transição  entre os séculos III e II a.C. o entendimento do pergameno Crates de Malos, que  encontrou na Odisseia um relato alegórico de exploração do oceânico Atlântico  (PFEIFFER, 1968, p. 238­240).      Os fragmentos que atualmente constituem o livro 34 de Políbio, em  verdade    coleções  de  testimonia  extraídos  majoritariamente  da  !"#$%&'&( de  Estrabão,  estão  dispostos  em  quatro  seções  temáticas  (WALBANK,  1979,  p.  565­568)1!"#$!%&#'$!#!$()&*"#+!"("',#"#!-!,./.)/#0#!"#!1&/.2#+!#2/($(*3#!#! visão do historiador a respeito das navegações de Odisseu2. O texto de Estrabão  revela um Políbio que, sem disfarçar sua admiração pelo poeta e especialmente  pelo  herói,  que  tem  na  conta  de  personagem  histórica,  se  apropria  de  passos  cuidadosamente selecionados para demonstrar que Odisseu passou por muitos  pontos do sul da Itália e da Sicília3.  Este  texto  discute  eventuais  motivos  de  Políbio  para  reportar­se  à  epopeia  e  forjar  uma  interpretação  equidistante  do  ceticismo  de  Eratóstenes  e da alegorização de Crates, bem como atribui à interpretação de Políbio uma  conotação política.

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ou  históricos?  Caso  se  concluísse  pela  segunda  alternativa,  seria  possível  !"#$%!&'()*$+*,-$"+*'+$.#'!"+*+/*0+'(!/*"#/')!%+/*1+)*2+,#)+3*4'56*789:;2,-4"&95,&!(.(&(&0,4!"-!,&!,-F"&!0"-4/(00+.(&-"4& >0(A+#+.".,4& ."& P+/*)+";& 4,25-.(& ,)"$(0"0"#& LpepoiêsthaiM& (& >(,!"&,&(4&,4/0+!(0,4&.,&/(0(20"8"4&."&Q!R)+"&,&."&P+/*)+"6&S&-=(& ">0(1"&"&"80#"(44*1,)& .,4/($0+0&>(0&(-.,&3.+44,5&1+"T"0"&95"-.(&?(44,&,-/(-!0".(&(& /(0.=(&95,&"#"00"1"&(&(.0,&.(4&1,-!(4D6

  Para  P.  Pédech  (1965,  p.  53),  esse  argumento  combinaria  a  doutrina  de  :AE,#)+-%L'#$!"I"0$/#&50!0-"0-"(-"'!4-,!%"1+%"(&!(".,&!(" revoltas. Segundo, que a terra dos lotófagos seria a ilha de Meninge (Djerba,  M&':($!F3" $0-'7$/#!)*+" N." +1-%!0!" 1+%" O%!72(7-'-(4,  pois  ali  avistara  pessoas  =&-"(-"!5$#?*$%4-$-"#-$#"%$:'($2;'# (")9(40$#7#$#.4.$04-$-",#0'"`*$[7$&"C>"c>"`$2d$7

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!"#$%&'()*&$+#,#--./*.0#+1#$2#3#/*.$#-1./$3*+,"'.2&$.$.'4"0.$-#*1.$5'&-65,.7$ e que seguramente esta seria a estoica11, é alvo até hoje de críticas12, porque 2#8#+2#+1#$2#$2".-$9/:4#*-$-"8&-*;
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