A população paraguaia saiu às ruas para protestar

May 22, 2017 | Autor: Paulo Pereira | Categoria: Paraguay, Paraguai
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Em  31  de  março  de  2017,  a  população  paraguaia  protestou  contra  a  decisão  de

parlamentares  em  realizar  uma  emenda  constitucional  que  permita  a  reeleição presidencial.  Na  noite  desse  dia,  os  manifestantes  invadiram  o  Congresso  Nacional  e incendiaram  o  primeiro  piso  do  edifício.  Frente  aos  protestos,  policiais  reprimiram  os manifestantes  com  gás  lacrimogênio,  canhões  de  água  e  balas  de  borracha.  Já  nas primeiras horas do acontecimento, o presidente Horácio Cartes lançou um comunicado pedindo  à  população  para  manter  a  calma  e  responsabilizando  os  meios  de Policial em frente ao Congresso atacado comunicação  pelo  ocorrido,  uma  vez  que  pretendiam  destruir  a  estabilidade  político­ em Assunção econômica do país em prol de seus interesses. Na madrugada do dia seguinte, a polícia invadiu  a  sede  do  Partido  Liberal  Radical  Autêntico  (PLRA),  assassinou  Rodrigo Quintana – dirigente da Juventude Liberal de La Colmena – e deteve momentaneamente dezenas de pessoas. Após a deposição do regime cívico­militar de Alfredo Stroessner (1954­1989), a Constituição de 1967 – que permitia a reeleição irrestrita do presidente, a partir da emenda de 1976 – foi substituída em 1992. De acordo com o artigo 229 da nova Carta Magna, o  presidente  não  pode  ser  reeleito.  Em  agosto  de  2016,  congressistas  apresentaram  um  projeto  de  emenda  constitucional  que permitia a reeleição presidencial. O Parlamento paraguaio recusou essa proposta, estabelecendo um prazo de um ano para que o tema fosse novamente debatido, de acordo com o artigo 290 da Constituição. Ao final de março de 2017, a discussão voltou à tona entre os parlamentares. Em 27 de março, 25 senadores do Partido Colorado, do PLRA e da Frente Guasú – agremiação política do ex­presidente Fernando Lugo,  destituído  do  cargo  em  junho  de  2012  –  solicitaram  uma  sessão  extraordinária  para  debaterem  sobre  a  reeleição presidencial. No dia seguinte, o presidente do Senado, Roberto Ramón Acevedo Quevedo, denunciou à Procuradoria do Estado a atitude desses senadores e marcou para o dia 30 uma assembleia extraordinária para que o tema fosse discutido. Após a retirada de congressistas contrários à proposta, os senadores favoráveis ao projeto aprovaram, em 31 de março, a emenda constitucional e convocaram uma sessão na Câmara para votar o projeto no dia seguinte. Parlamentares e militantes políticos contrários à emenda convocaram seus correligionários para um protesto em frente ao Congresso. A população, ao ser informada sobre o caso, juntou­se à manifestação. Por  conta  dos  protestos  populares,  o  Presidente  do  Congresso  cancelou  a  sessão  de  primeiro  de  abril.  Agremiações  políticas emitiram comunicados sobre a situação. Frente Guasú acusou os meios de comunicação e grupos políticos de organizarem uma manifestação violenta. O Partido Comunista Paraguaio pediu ao povo para não participar dos protestos, já que estes beneficiariam os  grupos  que  estão  no  poder.  Já  o  Partido  dos  Trabalhadores  afirmou  que  a  reeleição  presidencial  atende  aos  interesses  dos setores tradicionais da política e lamentou a atitude dos senadores da Frente Guasú. Parte das opiniões sobre a atual situação no Paraguai destaca o alinhamento político entre setores do Partido Colorado e membros da Frente Guasú, com o objetivo de favorecer Cartes e Lugo – este último se encontra em primeiro lugar nas intenções de votos para as próximas eleições presidenciais. Ademais, muitas dessas críticas apontam a incongruência política da Frente Guasú, já que o  partido  se  uniu  aos  colorados  que  há  cinco  anos  apoiaram  o  processo  de  destituição  de  Lugo.  Tais  autores  questionam  o  teor “democrático”  dos  protestos.  Alguns  deles  afirmam  que  os  manifestantes  foram  influenciados  pela  imprensa  paraguaia  e  pelo PLRA, contrários à reeleição presidencial. Outros autores garantem que Cartes incentivou a violência nos protestos com o propósito de declarar Estado de exceção, ameaçando o funcionamento das instituições. Tais  interpretações  caracterizam  os  manifestantes  como  “massa  de  manobra”  dos  meios  de  comunicação  ou  de  agremiações políticas e não levam em consideração que a marginalização dos setores populares da política e que o receio de que um governante centralize o poder – abrindo espaço para um regime autoritário – foram alguns dos elementos que fizeram com que o povo saísse às ruas para protestar contra a emenda constitucional que permita a reeleição presidencial.

Editora Unesp

Paulo  Alves  Pereira  Júnior  é  Contato: [email protected]

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