A PÓS-MODERNIDADE E SEUS APARATOS METODOLÓGICOS: UMA CONTRIBUIÇÃO A GEOGRAFIA SOCIOAMBIENTAL

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“RIESGOS, VULNERABILIDADES Y RESILIENCIA SOCIOAMBIENTAL PARA ENFRENTAR LOS CAMBIOS GLOBALES” Santiago (Chile), 03 al 05 de Diciembre 2014 Eje 1 – Teorías y metodologias de riesgos, vulnerabilidades y resiliencia ambiental p. 230 – 236

A PÓS-MODERNIDADE E SEUS APARATOS METODOLÓGICOS: UMA CONTRIBUIÇÃO A GEOGRAFIA SOCIOAMBIENTAL ANDRÉ RICARDO FURLAN1 PEDRO GERMANDO MURARA2

RESUMO: O processo de urbanização gera inúmeros problemas relacionados à qualidade e às condições de vida nas cidades. Dentre as teorias, concepções e metodologias propostas para a compreensão da problemática ambiental urbana, poucas são desenvolvidas na perspectiva interdisciplinar. Utilizando-se de revisão bibliográfica sobre a temática socioambiental urbana, o presente trabalho busca a partir das investigações desenvolvidas no sentido amplo de entender os processos e sistemas naturais em interações complexas com a apropriação do espaço urbano, discutir proposta de metodologia para análise de questões relacionadas ao processo de urbanização, uso e ocupação do território na perspectiva socioambiental, associando os impactos, riscos e vulnerabilidades socioambientais à qual a população está exposta. Baseado nos pressupostos teórico do Sistema Ambiental Urbano, o presente estudo procede na integração e interdisciplinaridade a partir da inclusão do mapeamento participavo, uma vez que esta técnica permite documentar a percepção das populações locais. O mapeamento associado a utilização de Sistema de Informação Geográfica, permite a integração dos dados quantitativos e qualitativos, resultando na proposta de metodologia denominada: Sistema Socioambiental Urbano. PALAVRAS-CHAVES: Epistemologia da Geografia; Mapeamento participativo; Sistema de Informação Geográfica; Sistema Socioambiental Urbano ABSTRACT: The urbanization process generates several problems related to the quality and conditions of life in cities. Among the theories, concepts and methodologies proposed for the understanding of urban environmental problems, few are developed in interdisciplinary perspective. Using literature review on urban environmental issues, this paper seeks from research conducted in the broad sense of understanding natural processes and systems in complex interactions with the appropriation of urban space, discuss proposed methodology for analyzing issues to urbanization, use and occupation of the territory in the environmental process perspective, associating the impacts, social and environmental risks and vulnerabilities to which the population is exposed. Based on the theoretical assumptions of Urban Environmental System, this study proceeds on integration and interdisciplinary from the inclusion of participate mapping, since this technique allows to document the perceptions of local populations. The mapping associated with the use of Geographic Information System, allows the integration of quantitative and qualitative data, resulting in the proposed methodology called: Urban Socio-Environmental System. KEY WORDS: Epistemology of Geography; Participate mapping; Geographic Information System; Urban Socio-Environmental System.

1. INTRODUÇÃO 1

Acadêmico do curso de Geografia-Licenciatura da UFFS, campus Erechim e Bolsista PIBIC. [email protected] 2 Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina, Professor da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Erechim, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]

http://viiisimposiogeografiafisica.uchilefau.cl/ 230

“RIESGOS, VULNERABILIDADES Y RESILIENCIA SOCIOAMBIENTAL PARA ENFRENTAR LOS CAMBIOS GLOBALES” Santiago (Chile), 03 al 05 de Diciembre 2014 Eje 1 – Teorías y metodologias de riesgos, vulnerabilidades y resiliencia ambiental p. 230 – 236

No Brasil a problemática ambiental possui forte relação com os processos de apropriação do espaço urbano que foi intenso e ao mesmo tempo desorganizado, logo, cabe ao Geógrafo pensar em uma nova organização do espaço levando em consideração os aspectos ambientais e sociais. Portanto e necessário obter a compreensão dos problemas gerados pela produção do espaço urbano, para que desta forma a ciência geográfica possa colaborar na organização e gestão das cidades. A temática relacionada a estudos Socioambientais Urbanos tem grande importância e nos ajuda a entender as transformações na paisagem que estão se intensificando em processos acelerados e de formas desordenada. Assim é pertinente pensar em uma nova organização do espaço levando em consideração os aspectos socioambientais. Para compreender este processo é necessária a coleta de dados quantitativos e qualitativos a fim de obter resultados consistentes para a análise. As cidades brasileiras vêm se desenvolvendo intensamente “[...] entre os anos 1960-1980, ela não evidenciou grandes realizações, pois a intensificação dos problemas socioambientais de toda ordem na atualidade testemunha as graves falhas de um processo parcial e excludente” (Mendonça, 2010, p.155). O autor confirma a hipótese que o acúmulo de população nos grandes centros urbanos, traz por consequências expressivos problemas socioambientais, portanto o debate sobre as questões de risco, desigualdade e vulnerabilidade socioambiental devem entrar nas pautas dos debates científico. É necessário estudos sobre desastres de origens sócionaturais, assim possibilitando a análise da vulnerabilidade socioambiental das populações expostas ao risco (Hogan, 2000, p.41). A partir do Projeto de Pesquisa intitulado: Identificação e caracterização da desigualdade socioambiental no espaço urbano de Erechim (RS), o presente artigo objetiva apresentar metodologia de análise dos problemas socioambientais no meio urbano, integrando informações de cunho ambiental, econômico, social e participativo.

2. MÉTODOS E TÉCNICAS A metodologia utilizada para realização deste trabalho foi de revisão bibliográfica, nos ancoramos na corrente denominada de Geografia Socioambiental. O trabalho está organizado em quatro seções. Na primeira seção apresenta-se um breve resgate sobre a corrente da geografia socioambiental e sua contribuição à epistemologia da geografia, sob enfoque dos conceitos de risco, desigualdade e vulnerabilidade socioambiental. Em seguida apresenta-se a metodologia adaptada de (Mendonça, 2009), que a partir de algumas reflexões, a cogita-se como resultado é o cruzamento de dados quantitativo e qualitativo, denominamos esta metodologia de Sistema Socioambiental Urbano (S.S.U). Dando continuidade ao trabalho aborda-se a importância da inclusão do Sistema de Informação Geográfica e o Sistema de Informação Geográfica Participativo ao S.S.U. Por fim o artigo apresenta algumas considerações preliminares.

Pensando a perspectiva Epistemológica da Geografia na pós-modernidade Refletir a Ciência Geográfica refere-se à relação sociedade e natureza. A partir da constituição da ciência moderna, a Geografia foi dividida entre Física e Humana. O objetivo da geografia socioambiental é romper com a dicotomia criada pela ciência moderna, e buscar respostas que contribuem na compreensão de pensar conjuntamente o social e o ambiental dentro da pós-modernidade. 231

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A epistemologia segundo Suertegaray (2005) é o conhecimento com maior profundidade, tanto em referenciais teóricos, metodológicos e técnicos que corroboram na construção ou (re) construção do conhecimento. Assim a epistemologia geográfica busca a compreensão e a reflexão dos conhecimentos geográficos. A Geografia na pós-modernidade contribui para a expansão do pensamento geográfico para múltiplas leituras. O período pós-moderno origina-se da crise da modernidade, esta nova concepção de pensamento questiona as verdades absolutas, as explicações totalizantes. Portanto a Geografia na pós-modernidade contribui na compreensão do espaço e traz uma nova abordagem da concepção natureza e sociedade, assim o saber geográfico não se limita a uma única análise (Suertegaray, 2005). Buscando romper com a perspectiva de ciência moderna a geografia socioambiental dispõe da compreensão que a natureza e a sociedade estão contidas dentro do espaço geográfico, a perspectiva ciência moderna baseada no positivismo impunha limites, assim o social e natural se distanciaram (Mendonça, 2001). A pós-modernidade tem por objetivo o cessar com a dicotomia existente no positivismo, no qual os diferentes elementos e fatores que são objetos de estudo do conhecimento geográfico devem se inter-relacionar, nesta situação encontramos a perspectiva da geografia socioambiental que vai além da geografia física e torna os aspectos humanos fatores que compõem a dinâmica da paisagem. Assim o processo da produção do espaço urbano interfere nos sistemas naturais. Também é pertinente apresentar conceitos pertinentes para estudos socioambientais, à questão do risco desigualdade socioambiental e vulnerabilidade socioambiental que correspondem às análises conjuntas dos estudos naturais e sociais. Os sociais podem ser considerados a exemplo da cultura, politica, economia e tecnologia, e os de ordem naturais sendo, os processos que correspondem a novas caracterizações morfológicas dentro do espaço urbano, desta forma pontuando os aspectos ambientais. No contexto socioambiental, apontamos para o conceito de desigualdade socioambiental que resulta de situações como ocupação de áreas públicas localizadas em fundos de vale ou próximos de córregos e cursos d’água, oferecendo risco de inundações, transmissão de doença de veiculação hídrica, ou em encostas com declividade acentuada, com risco à erosão e escorregamento. Ou seja, entende-se que a desigualdade ambiental tem origem na desigualdade social, uma vez que diferentes grupos populacionais (sociais) possuem acesso diferenciado a bens e usos da terra no espaço urbano (Alves, 2007). Entende-se a vulnerabilidade socioambiental a partir da análise conjunta dos elementos que compõem o espaço geográfico, ou seja, o estudo integrado resultante dos processos sociais e ambientais, Freitas (2012) especifica os diversos processos, existentes no espaço geográfico entre eles à degradação do ambiente que é o principal resultado das mudanças ambientais, sendo consequências dos processos industriais, assim tornando determinadas áreas mais vulneráveis aos processos naturais. Por consequências os processos sociais que se refletem principalmente nos grupos de menor poder aquisitivo, vulneráveis sociais e ambientalmente, tornam-se populações segregadas que não dispões, por exemplo, saneamento, e que estão expostas aos mais diversos riscos. O risco é, portanto o resultado da inter-relação dos componentes físicos: (geologia, morfologia, hidrologia e clima) que expressam a suscetibilidade e as alterações da sociedade no espaço sendo a densidade ocupacional e a ausência de infraestrutura urbana elementos que expressam a vulnerabilidade das populações. Por riscos ambientais entende-se como áreas de

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perigo, ou seja, fontes de risco que consistem em situações de perigo no qual o individuo ou uma população está exposta (Cardozzo, 2009; Janczura, 2012). Neste contexto, é possível visualizar um desafio que o ambiente urbano encontra diante do processo de expansão das cidades. A proposta que pretende-se desenvolver é de que a partir da concepção de pós-modernidade, as bases epistemológicas nos auxilia na compreensão dos fenômeno relacionados a produção do espaço urbano e sua interferência socioambiental. Os estudos dirigidos ao processo da produção do espaço na concepção de desigualdade, vulnerabilidade e risco tornam-se essenciais para estudos socioambientais. Na próxima seção busca-se esboçar um sistema horizontal, para pesquisas socioambientais que tem como proposta a análise integrada métodos quantitativos e qualitativos.

Sistema Socioambiental Urbano uma compreensão da Produção do Espaço

experiência

metodológica

para

a

Para ajudar a compreensão dos estudos Socioambientais adaptamos o sistema proposto por Mendonça (2009) no qual elaborou o Sistema Ambiental Urbano (S.A.U). Neste, o autor apresenta vários elementos que são pertinentes a discussão. A partir deste sistema propõem-se uma readequação de novos elementos. A proposta é incluir a elaboração de mapas e a aplicação do mapeamento participativo. Desta forma, denomina-se a nova metodologia de Sistema Socioambiental Urbano, está adaptada de Mendonça (2009). Os procedimentos metodológicos para estudos socioambientais urbanos partem de analise de dados quantitativos, no topo da figura temos a entrada, que é a inter-relação do (N) Subsistema Natureza e (S) Subsistema Sociedade, que relacionam-se aos processos sociais e de ordem natural. Assim o Subsistema Natureza (N) relaciona-se a analise da vegetação, ar, água e o solo que interferem na morfologia urbana. Já o Subsistema sociedade (S) dos elementos como: habitações, indústria, comércio, serviços, transporte, lazer, compondo as infraestruturas existentes na superfície urbana. Também temos como atributos desta entrada a Superestruturas da Sociedade (SS) que consiste nas instâncias sociais, é a “distribuição da sociedade” estas superestruturas exercem impactos na natureza, ela expressa as relações econômicas, politicas, culturais, educacionais e tecnológicas (Mendonça, 2009).

Sistema Socioambiental Urbano (S.S.U). Fonte: adaptado de (Mendonça, 2009).

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A partir das contribuições de Mendonça (2009) entende-se que o estudo tem relevância e é pertinente obtenção como produto desta coleta de dados para gerar um mapa, assim consideramos como próximo passo metodológico a elaboração de um Sistema de Informações Geográficas (SIG’s) sendo o resultado 1 dá análise. O Sistema de Informações Geográficas Participativas (SIGP) será o resultado 2 da análise. Designa-se a partir da elaboração de mapas com a ajuda dos SIG’s, pretende-se introduzir Sistema de Informações Geográficas Participativas, que é o mapeamento com a ajuda da própria comunidade estuda, assim resulta-se na aproximação sujeito-objeto. A quarta analise será a resposta da análise que se consiste dos Problemas Resultantes (PR) que são os problemas existentes nas inter-relações dos subsistemas. Neste ponto serão expressos as causas e efeitos, para que seja “re” organizado um novo modelo de gestão das áreas denominadas vulneráveis. Portanto aqui será a saída do S.S.U, após este procedimento será realizado a avaliação que irá reverter nas soluções para os problemas socioambientais, portanto um parecer da situação que irá interferir diretamente na qualidade de vida da população (Mendonça, 2009). Achamos pertinente acrescentar o mapeamento sendo o resultado 1 partindo de um método de pesquisas quantitativo, e o mapeamento participativo consiste no resultado 2, que é a obtenção de dados de cunhos qualitativo, pois através deles podemos entender a percepção da população que ali reside, tendo assim uma análise mais detalha do espaço. O que foi apresentado nesta seção são apenas reflexões sobre as metodologias possíveis de análise socioambiental, propõe a integração de vários elementos tanto naturais quanto sociais. Este estudo possibilitará compreender e identificar como estes aspectos estão justapostos no espaço urbano a questão do risco, desigualdade e vulnerabilidade socioambiental. Portanto, tratase de ensaio, a partir de estudos bibliográficos em vias de aplicação. Este é apenas um esboço que nos parece correto para esta aplicabilidade, mas ainda não realizamos o experimento então esta metodologia pode conter falhas. A próxima seção dedica-se a embasar a importância dos mapeamentos nos estudos geográficos.

Argumentando a importância da inclusão do SIGs e SIGP ao S.S.U A importância do uso cartográfico esta imbricado em ressaltar a representação espacial, e em todo mapeamento esta agregada teorias e metodologias que fundamentam as pesquisas. Assim o mapa deve estar contido nas práticas geográficas, podendo “[...] intervir na realidade, reorganizando a estrutura do espaço e a forma como ele é produzido, tornando-a menos exploratória” (Girardi, 2011, p.15). Portanto a utilização de mapas é uma estratégia politica que está nas mãos do geográfo podendo “[...] utilizar as potencialidades discursivas do mapa como instrumento de libertação, ao contrário da dominação que até então predominava no uso dos mapas” (Girardi, 2011, p.15). Destaca-se a importância do mapeamento nos estudos socioambientais, pois os SIG’s são “[...] recursos metodológicos para examinar a relação entre uso da terra e vulnerabilidade socioambientais em uma situação urbana” (Hogan, 2000, p.45). A partir das reflexões acerca da “[...] necessidade de serem as pesquisas e as elaborações de políticas mais participativas e sujeitas a definições plurais, vinculadas às realidades locais” (Torres, 2000, p.46). Torna-se pertinente incluir a proposta do Sistema de Informações Geográficas Participativas, uma vez que o mapeamento participativo dispõe do comprometimento da comunidade para produzir analises visuais (mapas) a partir do conhecimento local, assim torna-se dados qualitativos. A metodologia do SIGP ajuda no ato de comunicação das 234

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informações espaciais, que resultam em um melhor planejamento e manejo das comunidades envolvidas, portanto esta prática discorre do dialogo de saberes (Suertegaray; Oliveira; Pires, 2012, p.178). Com o processo de elaboração do mapeamento participativo os moradores locais estão fundamentalmente integrados nos processos de reivindicação do território, pois é um espaço de dialogo, onde esta contida processos sociais endógenos. O mapeamento participativo tem sido uma arma para reconhecimento territorial, pois não é apenas o processo de criar mapas, mas sim um processo social de envolvimento coletivo e consiste em documentar os recursos para melhoria na gestão do território local, possui a potencialidade de auxiliar no manejo dos recursos do local tanto os sociais quanto os naturais. Assim possibilita a identificação de locais onde existem problemas relacionados com a saúde pública e saneamento, entre outros (Sletto et al., 2013; Cutter, 2008). Além de documentar o espaço sob a percepção dos moradores locais, o mapeamento participativo contribui assim ajudando na gestão do espaço. Consequentemente o SIGP resulta no empoderamento dos sujeitos na tomada de decisões sobre o ordenamento espacial, tendo como fonte de dado o conhecimento local desta forma o resultado final não sofre distorções (Milagres, 2011, p. 41 apud Suertegaray; Oliveira; Pires, 2012 p.178). Portanto a utilização de SIGs e SIGP torna-se uma feramente importante para estudos relacionados a estudos urbanos e contribui ao S.S.U, tendo o cruzamento de dados quantitativos e qualitativo obtendo um resultados embasado em duas metodologias.

3. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES A partir da necessidade de se obter uma melhor compreensão dos problemas gerados pela produção do espaço urbano, a Ciência Geográfica avança na corrente teórica da Geografia Socioambiental objetivando a integração de elementos de cunho natural e social. Neste sentido, o presente estudo apresenta proposta de desenvolver uma metodologia de análise que contribua para o atual entendimento na organização e gestão das cidades. O Sistema Socioambiental Urbano aqui desenvolvido tem por caracter integrar informações de cunho qualitativo e quantitativo na análise dos problemas socioambientais urbanos, destacando o uso de técnicas de mapeamento participativo, contribuindo para a discussão de diferentes metodologias na análise social dos problemas ambientais no meio urbano. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES. H P. DA F. (2007) Desigualdade ambiental no município de São Paulo: análise da exposição diferenciada de grupos sociais a situações de risco ambiental através do uso de metodologias de geoprocessamento. Disponível em: http://www.scielo .br/pdf/rbepop/v24n2/07.pdf. Acesso em: 20 mar. 2014. CARDOZO, F. DA S. (2009) Análise das áreas suscetíveis a inundações e escorregamentos na bacia do rio forquilhas, são José / SC. Dissertação de mestrado - Programa de Pós-Graduação em Geografia. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis. 226 pp. CUTTER, S.; FINCH, C. (2008) Temporal and spatial changes in social vulnerability to natural hazards. Disponível em: http://rccs.revues.org/165. Acesso em: 20 maio, 2014. 235

“RIESGOS, VULNERABILIDADES Y RESILIENCIA SOCIOAMBIENTAL PARA ENFRENTAR LOS CAMBIOS GLOBALES” Santiago (Chile), 03 al 05 de Diciembre 2014 Eje 1 – Teorías y metodologias de riesgos, vulnerabilidades y resiliencia ambiental p. 230 – 236

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