A regularidade é passível de responsabilização

May 19, 2017 | Autor: D. Borges de Amorim | Categoria: Business Administration
Share Embed


Descrição do Produto

http://www.administradores.com/artigos

A regularidade é passível de responsabilização E na falta de responsabilização, o ilícito, a negligência, a imperícia e o desempenho abaixo do razoável correm solto.

DIEGO FELIPE BORGES DE AMORIM Servidor Público (FGTAS), Bacharel em Administração (FAE), Especialista em Gestão de Negócios (ULBRA), Consultoria e Planejamento Empresarial (UCAM) e pós-graduando em Planejamento Empresarial e Finanças (FAVENI)

[email protected] Artigo publicado em 11 de outubro de 2016 http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/a-regularidade-e-passivel-de-responsabilizacao/98836/

Durante esses últimos dias, estamos presenciando uma série de paradigmas que se instalam sobre o PL 439/2015. O resultado parcial nos revela muito mais votos "contra" do que votos a "favor" do Projeto de Lei. E, embora essa seja uma informação clara e vistosa, o fato mais notório é que àqueles que estão votando "contra" não são Administradores, estudantes ou profissionais dessa Classe. O que se percebe é um claro e manifesto "oportunismo" de profissionais de outras Classes que não querem, em hipótese alguma, saírem de seus status quo. Naturalmente, têm medo de perderem seus "postos". E para tanto, não medem esforços em "podar" qualquer tentativa de mudança que se anuncie em benefício das organizações e da sociedade que servem e habitam. Os "resistentes" ao PL 439/2015 acreditam que vão perder muito mais do que ganhar em caso de aprovação do Projeto. Preferem não discutir seus termos e, a maioria, vota "contra" simplesmente sem ter o trabalho de ler o Projeto e refletir sobre os seus termos. O enunciado do Projeto é o suficiente para "selar" suas percepções e criar um paradigma que se revela na inteira aversão a ele. Até certo ponto é compreensível o "medo" que se instala sobre esses profissionais de outras Classes que ocupam os mais diversos campos da Administração e não são habilitados (regularizados). Afinal, naquele tempo a Legislação era outra e não cobrava certos requisitos que hoje, sabemos, são necessários. Por outro lado, também sabemos que a própria Legislação não é pétrea. É nesse sentido, que as coisas mudam. E o processo de mudança é algo natural e necessário no mercado moderno. O que era suficiente ontem, hoje, certamente, já não o é. Administradores sabem que o processo de mudança é a chave para o alcance de desempenho superior e inovação. E sabemos, também, que a mudança é um dos principais desafios de qualquer espécie de organização. Afinal, como diria Drucker (2010), "não é possível alcançar a mudança fazendo mais do mesmo". E, ainda que saibamos disso há muito tempo, esta situação continua sendo uma das principais "lutas" enfrentadas por gestores modernos quando tentam implementar coisas novas em suas organizações. A resistência emerge, automaticamente, da alta Administração ao chão de fábrica. E isso é, apenas, um breve exemplo dos paradigmas que envolvem o processo de mudança. No nosso caso, quando falamos do PL 439/2015, os que são "contra" não possuem nenhuma fundamentação que comprove seu entendimento sobre o Projeto. Eles misturam Administração com empreendedorismo, pois pensam se tratar de um sinônimo; Alguns falam em "Administradores incompetentes querendo garantir seus lugares", como se a culpa pelo que está ocorrendo em nosso País fosse nossa e/ou como se o mercado não fosse capaz de "separar o joio do trigo". É tanta distorção que se cria em torno do Projeto, que a maioria se esquece que as mazelas atuais que recaem sobre a nossa sociedade são oriundas de uma "falta de responsabilização sistêmica". E, certamente, fica muito mais complicado "responsabilizar" alguém que não seja "competente" e "habilitado" (regularizado) para exercer esta ou àquela função. E na falta de responsabilização, o ilícito, a negligência, a imperícia e o desempenho abaixo do razoável correm solto. E quem paga essa conta? Portanto, é preciso refletir mais profundamente sobre esta questão que envolve o PL 439/2015. É preciso pensar "fora da caixa", deixar as diferenças de lado e unir-se em prol de um bem maior: uma sociedade que pode ser mais sustentável. Vote a FAVOR do Projeto em: http://www12.senado.leg.br/ecidadania/ visualizacaomateria?id=122183

CRARS 047932

1

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.