À RELEVÂNCIA E INFLUÊNCIA DAS DIVERSAS VARIÁVEIS, NA QUALIDADE DO RESULTADO FINAL RADIOGRÁFICO

June 8, 2017 | Autor: Enrico Bauducco | Categoria: Radiology, Radiology Diagnostic, Oral and maxillofacial Radiology
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À RELEVÂNCIA E INFLUÊNCIA DAS DIVERSAS VARIÁVEIS, NA QUALIDADE DO RESULTADO FINAL RADIOGRÁFICO

TRABALHO PRÁRICO: Cadeira de Meios Auxiliares de Diagnóstico I ALUNO: Enrico Bauducco MATRICULA: A22898 DATA: 18/04/2015

Pós Graduação em Ciências Básicas da Saúde 2014/2015

INTRODUÇÃO A imagem radiológica tem por objetivo de fornecer um apoio adequado na pesquisa do diagnostico, sujeitando o paciente à menor dose de radiações. Para atingir este objetivo é necessário obter imagens que respondam aos corretos standard de qualidade radiológica e apropriadas características visíveis, capaz de mostrar o máximo dos detalhes presente nas estruturas anatómicas em ausência de deformações ou ampliações que poderiam comprometer a observação das eventuais anomalias patológicas. A qualidade radiológica é garantida pela correta execução das fases de produção da radiografia: posicionamento, execução e processamento. Erros durante estas fases ou no tratamento da película radiológica podem originar imagens deformadas, com conseguinte falha do exame radiológico. MATERIAIS E MÉTODOS O protocolo laboratorial prevê duas partes. Na primeira parte três objetos: plástico, madeira e metal que foram acrilizados. Sucessivamente foram realizadas 4 radiografias para cada objeto: 2 com distância de 0 cm e tempo de exposição respectivamente de 0,32 s e de 0,8 s, e outras 2 com distância de 15 cm e tempo de exposição de 0,32 s e 0,8 s por um total de 12 películas radiológicas. A segunda parte prevê um dente arrancado e acrilizado. O dente foi submetido a 4 radiografias sempre com distância de 0 cm e com tempos de exposição de 0,2 s, 0,4 s, 0,63 s, 1 s, por um total de 4 películas radiológicas. Todas as películas, 16 em total, foram submetidas ao processamento manual, em quarto escuro, pondo-as por 40 s na solução reveladora, 30 s em água, 1,20 min no fixador e 30 s em água. Foram enxaguadas sob água corrente e massajadas com as pontas dos dedos para eliminar as substâncias em excesso (para 30 s), no fim secadas sob o ar comprimido. RESULTADOS As 16 imagens radiológicas foram analisadas utilizando as características visivas das imagens, com referência às escalas presentes na folha dos anexos (Pag 6). Plástico: P1: plástico, tempo de exposição 0,32 s, distância cone-objeto 0 cm. A imagem apresenta uma densidade óptica (DO): medio baixa(3), o objeto em plástico examinado tem uma densidade radiográfica (DR): radiotransparente(¢), um contraste: insuficiente(III), uma latitude: baixa(-), resolução: suficiente(B), nevoeiro: baixo(γ) ruído radiográfico (RR): existente no ângulo em cima à direita correspondente à agrafagem do porta-películas. P2: plástico, tempo de exposição 0,8 s, distância cone-objeto 0 cm. A imagem apresenta uma DO: medio alta(2), o objeto examinado tem uma DR: radiotransparente(¢), um contraste: nulo(IV), uma latitude: baixa(-), resolução: nula(D), nevoeiro: elevado(α), RR: existente no ângulo em cima à direita correspondente à agrafagem do porta-películas.

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P3: plástico, tempo de exposição 0,32 s, distância cone-objeto 15 cm. A imagem apresenta uma DO: medio baixa(3), o objeto examinado tem uma DR: radiotransparente(¢), um contraste: nulo(IV), uma latitude: baixa(-), resolução: insuficiente (C), nevoeiro: medio(β), RR: existente no ângulo em cima à direita correspondente à agrafagem do porta-películas. P4: plástico, tempo de exposição 0,8 s, distância cone-objeto 15 cm. A radiografia tem uma DO: medio alta(2), o objeto examinado aparece com uma DR: radiotransparente(¢), um contraste: insfuficiente(III), uma latitude: baixa(-), resolução: insuficiente (C), nevoeiro: medio(β), RR: existente nos ângulos à direita correspondente à agrafagem do porta-películas e na margem direita onde se encontra uma área de baixa DO (cone-cut). Madeira: L1: madeira, tempo de exposição 0,32 s, distância cone-objeto 0 cm. A ragiografia apresenta uma DO: medio baixa(3), a madeira examinada tem uma DR: radiotransparente(¢), um contraste: insuficiente(III), uma latitude: baixa(-), resolução: insuficiente (C), nevoeiro: medio(β), RR: existente no ângulo em cima à direita correspondente à agrafagem do porta-películas e no ângulo em baixo a direita, pequena área de baixa DO (pequeno cone-cut). L2: madeira, tempo de exposição 0,8 s, distância cone-objeto 0 cm. A imagem mostra uma DO: medio alta(2), o objeto examinado tem uma DR: radiotransparente(¢), um contraste: nulo(IV), uma latitude: baixa(-), resolução: nula(D), nevoeiro: elevado(α), RR: existente no ângulo em cima à direita correspondente à agrafagem do porta-películas e uma área de cone-cut em baixo à direita. L3: madeira, tempo de exposição 0,32 s, distância cone-objeto 15 cm. A imagem apresenta uma DO: medio baixa(3), a madeira examinada tem uma DR: radiotransparente(¢), um contraste: nulo(IV), uma latitude: baixa(-), resolução: insuficiente(C), nevoeiro: medio(β), RR: existente no ângulo em cima à direita correspondente à agrafagem do porta-películas. L4: madeira, tempo de exposição 0,8 s, distância cone-objeto 15 cm. A imagem tem uma DO: medio alta(2), a madeira examinada presenta uma DR: radiotransparente(¢), um contraste: insuficiente(III), uma latitude: baixa(-), resolução: insuficiente(C), nevoeiro: medio(β), RR: existente no ângulo em cima à direita correspondente à agrafagem do porta-películas e uma mancha de maior DO no lato direito. Metal: M1: metal, tempo de exposição 0,32 s, distância cone-objeto 0 cm. A imagem apresenta uma DO: medio baixa(3), o objeto examinado tem uma DR: radiopaca(n), um contraste: suficiente(II), uma latitude: ampla(+), resolução: suficiente(B), nevoeiro: baixo(γ), RR: existente no ângulo em cima à direita correspondente à agrafagem do porta-películas e na esquerda com um cone-cut. M2: metal, tempo de exposição 0,8 s, distância cone-objeto 0 cm. A radiografia tem uma DO: medio alta(2), o objeto examinado presenta uma DR: radiopaca(n), um contraste: bom(I), uma latitude: ampla(+), resolução: boa(B), nevoeiro: ausente(δ), RR: existente no ângulo em cima à direita correspondente à agrafagem do porta-películas e no ângulo esquerdo com um cone-cut.

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M3: metal, tempo de exposição 0,32 s, distância cone-objeto 15 cm. A imagem mostra uma DO: medio baixa(3), o metal examinado tem uma DR: radiopaca(n), um contraste: suficiente(II), uma latitude: ampla(+), resolução: suficiente(B), nevoeiro: baixo(γ), RR: existente nos ângulo à direita correspondente à agrafagem do porta-películas. M4: metal, tempo de exposição 0,8 s, distância cone-objeto 15 cm. A imagem apresenta uma DO: medio alta(2), o metal examinado tem uma DR: radiopaca(n), um contraste: bom(I), uma latitude: ampla(+), resolução: boa(A), nevoeiro: ausente(δ), RR: existente nos ângulos à direita correspondente à agrafagem do porta-películas. Dente: D1: dente, tempo de exposição 0,2 s, distância cone-objeto 0 cm. A radiografia apresenta uma DO: medio baixa(3), o dente examinado tem uma DR: radiopaca(n), um contraste: suficiente(II), uma latitude: ampla(+), resolução: suficiente(B), nevoeiro: baixo(γ), RR: existente nos ângulos à direita. D2: dente, tempo de exposição 0,4 s, distância cone-objeto 0 cm. A imagem apresenta uma DO: medio alta(2), o objeto examinado tem uma DR: radiopaca(n), um contraste: bom(I), uma latitude: ampla(+), resolução: boa(A), nevoeiro: ausente(δ), RR: existente no ângulo à direita correspondente à agrafagem do porta-películas. D3: dente, tempo de exposição 0,63 s, distância cone-objeto 0 cm. A imagem apresenta uma DO: medio alta(2), o objeto examinado tem uma DR: radiopaca(n), um contraste: suficiente(II), uma latitude: ampla(+), resolução: insuficiente(C), nevoeiro: medio(β), RR: existente no ângulos em cima à direita correspondente à agrafagem do porta-películas. D4: dente, tempo de exposição 1 s, distância cone-objeto 0 cm. A radiografia mostra uma DO: medio alta(2), o objeto examinado tem uma DR: radiopaca(n), um contraste: bom(I), uma latitude: ampla(+), resolução: boa(A), nevoeiro: ausente(δ), RR: existente riscadelas nos ângulos à direita correspondente à agrafagem do porta-películas e ao ápice do dente. DISCUSSÃO As radiografias de plástico e madeira representam imagens radiotransparentes em relação aquelas de metal e do dente que são radiopacas, a razão é para pesquisar no tipo de material. De facto o plástico e a madeira utilizados têm espessuras pequenas de cerca de 1 mm, com densidade e peso atómico menor respeito aqueles do metal e do dente, o que permite uma maior passagem de raios x causando assim, sobre as películas, uma DO mais semelhante àquela do fundo, com um menor contraste. A maior densidade e as características atomicas do metal e do dente em vez permitem de obter imagens radiopacas, sinónimo do facto que poucos ou nenhuns fotões x são capazes de atravessar inteiramente os objetos para gravar em modo adequado a película. Dando origem às áreas de baixa DO respeito aquela do fundo com um grande contraste.

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Analisando as películas dos três objetos: plástico, madeira e metal, irradiadas com tempo de exposição de 0,32 sec observa-se uma menor DO relativamente aquelas com tempo de exposição de 0,8 sec. Esta diferença de DO é facilmente explicável, pelo facto que aumentando o tempo de exposição aumenta também o numero de fotões que atravessam o objeto e chegam á película gravando-a. Fazendo oscilar a distância entre o cone e o objeto, pode-se notar que as imagens dos objetos irradiados a 15 cm de distância apresentem um leve abaixamento da escuridão respeito aquelas irradiadas a 0 cm com igual tempo de exposição. Esta DO reduzida pode ser explicada pelo facto que a energia dos fotões seja inversamente proporcional ao quadrado da distância, por isso acrescentando a distância do duplo a energia dos fotões fica reduzida de 4 vezes. Fotões menos energéticos atravessam com mais dificuldade a matéria e por isso um numero menor de fotões chegam ás películas para gravá-las. Nas radiografias do dente, a distância entre o cone e o objeto é sempre igual (0 cm) e o tempo de exposição aumenta por D1 até D4, na teoria na mesma forma deveria aumentar a DO por D1 até D2. Isto porque como já dito, aumentando o tempo de exposição são produzidos mais fotões capazes de atravessar a matéria e gravar a película. Na realidade observando as imagens radiográficas notamos que a radiografia com maior DO é a D3 e não a D4, a causa encontra-se na pesquisa dum erro na fase do processamento e na sensibilidade das películas. CONCLUSÃO A qualidade da imagem é influenciada por muitas variáveis que operam nas fases do posicionamento, exposição e processamento. Nesta experiência laboratorial as variáveis que alteram a qualidade da imagem foram aquelas operador-dependente, ou seja todas aquelas presentes nas fases onde o operador tem maior liberdade de interpretação como nas fases do posicionamento ou processamento. Nas fases de exposição em vez: tempo de exposição, voltagem e intensidade de corrente, foram estabelecidas e mantidas em todo o tempo da pesquisa para obter as características de imagem desejadas, já descritas anteriormente. Na fase de posicionamento, o que é necessário para obter uma boa imagem radiográfica, é a posição correta do feixe dos raios x. Uma posição incorreta pode causar deformações da imagem, ou pode impedir a exposição total da película, criando artefactos radiográficos: cone-cuts caracterizados por uma porção transparente “branca” que não foi gravada, como no caso das chapas: P4 (margem Esq), L1 (ângulo em baixo à Dr), L2 (ângulo em baixo a Dr), M1 (margem Esq), M2 (ângulo em cima à Esq). Outro fator, da fase de posicionamento, que em vez foi estabelecido e mantido standard neste estudo, foi a distância entre o cone e o objeto, do qual se falou já anteriormente. No processamento manual existem muitas variáveis operador-dependente: tempo das varias fases, temperatura, qualidade dos líquidos utilizados, manuseamento e secagem da película.

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Tempos de desenvolvimento reduzidos, de fixação excessivos, temperaturas muito baixas e solução reveladora diluída ou contaminada podem dar origem a imagens especialmente claras. Ao contrario tempos de desenvolvimento excessivos, fixação inadequada, temperaturas muito elevadas, exposição acidental da luz e concentração do relevador muito elevado podem originar imagens escuras com nevoeiros elevados. Imagens radiográficas demasiadas claras, demasiadas escuras ou com nevoeiros não apresentam diferênças de densidades ópticas tais para poder definir um bom contraste e resolução. Como no caso da radiografia D3 que foi subtida involuntariamente por um tempo de desenvolvimento 10 minutos maior daquele esperado e apresenta uma densidade óptica superior daquela esperada na teoria. Um mau manuseamento da película, como uma errada imersão nos líquidos, um exposição acidental da luz visível, a utilização dos instrumentos inadequados (ex. porta-películas com rebordos que cortam) e movimentos rudes podem originar manchas e artefactos radiográficos. Como os riscos existentes em todas as 16 películas analisadas, causados pelo porta-películas, ou também manchas existentes sobre a película L4 que podem ser causadas pela exposição parcial e acidental da luz na área á direita. Também a sensibilidade da película radiográfica influência as características visíveis da imagem radiológica. Por sensibilidade da película intende-se a quantidade de radiações necessárias para produzir uma densidade standard, tanto maior é a sensibilidade, menor será a exposição útil a produzir densidade óptica. Neste estudo foram utilizadas todas películas com velocidade D, exceto para as películas D2 e D3 que são películas F (mais sensíveis), de facto as imagens destas películas têm uma densidade óptica maior daquela esperada na teoria.



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FOLHA DOS ANEXOS Escalas das Características Visíveis: - Densidade Óptica: (1): elevada: grado de escurecimento máximo, película totalmente preta, radiotransparente. (2): medio elevada: grado de escurecimento elevado mas não máximo. (3): medio baixa: grado de escurecimento baixo mas não mínimo. (4): baixa: grado de escurecimento mínimo, película totalmente branca, radiopaca. - Densidade Radiográfica: (n): radiopaco: área com baixa ou nula densidade óptica, imagem clara “branca”. (¢): radiotransparente: área com alta densidade óptica, imagem escura “preto”. - Contraste: (I): bom: vêem-se bem as estruturas representadas, com boa definição e uma ampla escala de cinzentos. (II): suficiente: vêem-se todas as estruturas representadas embora com dificuldades causadas pela ausência das diferenças marcadas entre as densidades ópticas. (III): insuficiente: pouca nitidez e resolução, baixa escala de cinzentos. (IV): nulo: não é possível distinguir relevantes diferenças de densidades ópticas na imagem. - Latitude: (+): ampla: longa escala de cinzento, gama de densidade óptica elevada, elevado contraste. (-): baixa: baixa escala de cinzento, gama de densidade óptica baixa, baixo contraste. - Resolução: (A): boa: reconhecem-se os contornos de todas as estruturas em modo claro, sem áreas de nevoeiros. (B): suficiente: reconhecem-se todas as estruturas mas o contorno poderia ser mais marcado. (C): insuficiente: reconhece-se a forma do objeto mas não o contorno. (D): nula: non é possível reconhecer nenhum objeto. -Nevoeiro: (α): elevados: elevado grau de desfocagem, não é possível reconhecer o objeto. (β): medio: reconhece-se a forma do objeto mas não o contorno. (γ): baixo: reconhecem-se todas as estruturas do objeto, mas os contornos poderiam ser mais marcados. (δ): ausente: reconhecem-se perfeitamente todas as estruturas e os contornos dos objetos representados.

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