A REPRESENTAÇÃO VISUAL DO GÊNERO CONTO Marcia Maria Godoy1; Érica Tex de Vasconcellos2; Leandro Pereira Quevedo3; Tiago Ferreira Pereira4; Najara Ferrari Pinheiro5; Orientador: Débora de Cássia Barbosa6 O presente trabalho está vinculado ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), um programa fomentado pela CAPES e desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Médio Walter Jobim, Santa Maria/RS, desde o primeiro semestre de 2016, com a participação dos bolsistas do subprojeto Letras – Português, do Centro Universitário Franciscano, desta mesma cidade, e dos estudantes do sétimo e nono ano do Ensino Fundamental e do terceiro ano do Ensino Médio. O objetivo desta proposta de trabalho é promover o multiletramento a partir da relação entre o gênero conto e a representação visual desse conto. A proposta parte da leitura de um conto produzido pelos alunos do terceiro ano do Ensino Médio, também participantes do PIBID, será feita a releitura, por meio de representação visual, pelos alunos do sétimo e nono ano do Ensino Fundamental. Nessa perspectiva, “trazer para o espaço escolar uma diversidade de gêneros textuais em que ocorra uma combinação de recursos semióticos significa promover o desenvolvimento cognitivo de nossos aprendizes. ” (DIONISIO, VASCONCELOS e SOUZA, 2014). Multiletrar, é tornar o aluno capaz de construir competências no interior das práticas sociais na qual está inserido, vale lembrar que no multiletramento e na multimodalidade usamos dois modos de representação: palavras e gestos, palavras e entonações, palavras e imagens, palavras e tipografias, palavras e sorrisos, palavras e animações etc. (DIONÍSIO, 2005). Neste caso, as modalidades são palavras e imagens. A utilização dessa multiplicidade de linguagens, segundo Rojo (2012, p.XXX), refere-se “aos modos ou semioses nas produções dos textos, sejam impressos, sejam em mídias audiovisuais.” É a "multimodalidade ou multissemiose dos textos contemporâneos que exigem multiletramentos" (ROJO, 2012). Essa característica de textos contemporâneos possibilita que se promova um outro modo de leitura dos textos construídos pelos alunos, criando, assim, múltiplos sentidos. tais sentidos atribuem aos textos imagéticos cor, textura, ângulo etc. (DIONÍSIO, 2011). Desse modo, a retextualização do gênero conto pela representação visual reforça a interação entre esse gênero e linguagens diversas. Assim a multimodalidade e multissemioses podem ser vistas como o entrelaçamento de conhecimentos e combinação de formas, de linguagens, produzindo múltiplos sentidos. Entretanto, é importante lembrar que estaremos trabalhando com autoria e recepção diversas, assim o processo de retextualização seguirá características próprias ao multiletramento: interatividade; transgressão das relações de poder estabelecidas e hibridismo. Essa proposição compreende um novo modo de conceber autoria e recepção de enunciados (ROJO, 2012.). Portanto a produção deixará de ser meramente linguística e a leitura e retextualização apenas pelo uso da linguagem verbal. A atividade passa a ser coletiva, pois, nesse processo de retextualização de um conto de 1
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um aluno de Ensino Médio por alunos do Ensino Fundamental, estão envolvidos e dialogando diferentes níveis da Educação Básica. Esperamos como resultado desta proposta, que os alunos possam reconhecer os diferentes modos de linguagens, suas significações, interações e complexidades, contribuindo dessa forma para a ampliação de seu conhecimento. Palavras-Chave: multiletramento,multissemiose,narrativa. REFERÊNCIAS
DIONISIO. Angela. A multimodalidade discursiva na atividade oral e escrita.. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. DIONISIO, Angela Gêneros textuais e multimodalidade. São Paulo: Parábola, 2011. DIONÍSIO, Angela Paiva; VASCONCELOS, Leila Janot de; SOUZA, Maria Medianeira de. Multimodalidades e Leituras – Funcionamento Cognitivo, recursos semióticos, convenções visuais. . Recife: Pipa comunicações, 2014. ROJO, Roxane; ALMEIDA, Eduardo de Moura Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012.
