A \"Revolta Contra a Escravidão\" no antigo Engenho Novo. Em Jacarepaguá também teve luta!

Share Embed


Descrição do Produto

11/06/2016

Instituto Histórico da Baixada de Jacarepaguá (Ihbaja) 0

Home

  mais    Próximo blog»

[email protected]   Nova postagem   Design   Sair

Sobre o Ihbaja

Sobre o Ihbaja

quinta­feira, 2 de junho de 2016

A "Revolta Contra a Escravidão" no antigo Engenho  Novo. Em Jacarepaguá também teve luta!

Autores

I nst it ut o  Hist ó ric o  da  B a ix a da  de J a c a re pa guá  ( I hba ja ) * Texto originalmente publicado no Jornal Abaixo­Assinado de Jacarepaguá, maio de 2016. 

Visualizar meu perfil completo

Arquivos do blog ▼  2016 (3) ▼  Junho (2) A coxinha e a mortadela também têm história Por ... A "Revolta Contra a Escravidão" no antigo Engenho... ►  Fevereiro (1) ►  2015 (8) ►  2014 (8) ►  2013 (7) ►  2012 (10)

Marcadores (Tags) Categories Fonte: http://www.guiarioclaro.com.br/materia.htm?serial=151011337 (Baseada na Revolta Negra de Rio Claro em 1888).

Seguidores Participar deste site Google Friend Connect

A sociedade brasileira foi ensinada por décadas, na verdade, quase que  por um século inteiro  que os negros e negras escravizadas foram  libertados por uma ação bondosa da princesa Isabel. Assim, o 13 de  maio de 1888 e aquilo que representou, a libertação do povo negro, só  teria se dado graças a um surto de benevolência do Império  (sustentado por décadas pelo suor e sangue daqueles) e das elites  brasileiras. Para que houvesse tal desfecho, os próprios "escravos"  teriam contribuído nada ou quase nada. Só lhes restando festejar a  data e enaltecer pelo feito a “Princesa Redentora”. Nada mais falso.

Membros (26)  Mais »

Já é um membro? Fazer login

Buscar neste blog Pesquisar

Pesquisas recentes do campo da História do Brasil têm demonstrado  que as lutas efetuadas pelo povo negro cumpriram papel  importantíssimo no movimento de derrubada do regime escravocrata.  Longe de terem assistido a tudo passivamente, como se apenas lhes  restassem torcer pelo sucesso das lutas abolicionistas promovidas –  em nome deles – por “homens livres” membros da elite branca, essas  pessoas lutaram e sacudiram com o regime, e muito.

http://ihbaja.blogspot.com.br/2016/06/a­revolta­contra­e­escravidao­no­antigo.html

1/4

11/06/2016

Instituto Histórico da Baixada de Jacarepaguá (Ihbaja)

Em que pese as limitações e intensa opressão gerada pela condição  escrava imposta pelo sistema da época, aqueles homens e mulheres  foram agentes de sua própria história, seja fugindo, constituindo  quilombos, boicotando ou sabotando a produção, recorrendo à Justiça.  Ou seja, se rebelando de diversas maneiras contra aquela condição  indigna.  Mas é certo também que tais atos de rebeldia se adensaram  exatamente na década de 1880, o que explica em boa medida que a  Abolição tenha se dado nesse período. A pressão exercida por  aquele(a)s agentes tornava insuportável a manutenção daquele  “odioso sistema”. Foram, felizmente, anos difíceis para os “Senhores de terra e de gente”.  Em boa parte do Brasil. Do Rio de Janeiro. Em Jacarepaguá. Ali teve  luta, sim. Intensa e vitoriosa. Mais precisamente nas terras do  Engenho Novo, nas terras onde hoje funciona a Colônia Juliano  Moreira.

Os Arcos da Juliano Moreira

Em 20 de dezembro de 1887, os trabalhadores escravizados dessa  fazenda fizeram greve. Isso mesmo: greve! Motivo: estavam fartos de  tantos maus­tratos. Assim cruzaram os braços, “visto lhes ser dada  ração dobrada de açoites e muito minguada de alimentação”. E  prossegue o Diário do Commércio (09/01/1888, p. 3) – jornal de onde  extraímos a notícia desse magnífico evento: a greve foi levada por  aqueles trabalhadores até o dia 29 daquele mês. E foi de tal vigor, que  o “Comendador­proprietário” teve que fugir, até porque, diante de  tanta afronta, acabou perdendo “amor aos belos ares da fazenda”.

http://ihbaja.blogspot.com.br/2016/06/a­revolta­contra­e­escravidao­no­antigo.html

2/4

11/06/2016

Instituto Histórico da Baixada de Jacarepaguá (Ihbaja)

Sede da antiga fazenda do Engenho Novo. Aqui se escondeu o comendador quando da eclosão da revolta..... Fonte: http://portaldoarruda.blogspot.com.br/2011/01/juliano­moreira­o­pai­da­psiquiatria.html

Contudo, confirmando a sua índole covarde, o mesmo, durante a fuga,  acionou a polícia, “solicitando força para prender dois dos revoltados”.   E então, o comendador­fujão teve que engolir outro revés: a força  policial se negou a realizar a repressão desse movimento. Escreveu o  Diário: “as praças recusaram­se desta vez ao mister de capitães de  matto”.  

Vista do Morro Dois Irmãos, da Colônia Juliano Moreira. Fonte: http://www.panoramio.com/photo/10949077

Vista aérea da Colônia Juliano Moreira. Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?p=119896906

http://ihbaja.blogspot.com.br/2016/06/a­revolta­contra­e­escravidao­no­antigo.html

3/4

11/06/2016

Instituto Histórico da Baixada de Jacarepaguá (Ihbaja)

Os acontecimentos ocorridos nas terras do Engenho Novo (atual  Colônia Juliano Moreira) são emblemáticos: a luta dos escravos era  imparável. Ninguém podia mais conter, nem os “Senhores” da elite,  mesmo com toda sua empáfia, barbárie, violência e poder. O sistema  estava tão desgastado e carcomido, quem nem mesmo a polícia lhe  reconhecia legitimidade. Nem ela! Que acontecimentos. Eles foram, digo, são inspiradores.

  Leonardo Soares dos Santos

  Pesquisador do IHBAJA e professor de História da UFF (Campos) 

   

   

   

Postado por Instituto Histórico da Baixada de Jacarepaguá (Ihbaja) às 11:39  Marcadores: Colônia Juliano Moreira, Escravidão, Fazenda Engenho Novo, Ihbaja, Jacarepaguá, Leonardo S. Santos, Leonardo Soares dos Santos, Revolta Negra

Postagem mais recente

Página inicial

Postagem mais antiga

  Top

Copyright 2010 Instituto Histórico da Baixada de Jacarepaguá (Ihbaja). All rights reserved.  Themes by Vbulletin 4.0 Convert by Bonard Alfin 

http://ihbaja.blogspot.com.br/2016/06/a­revolta­contra­e­escravidao­no­antigo.html

4/4

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.