A sublimação do \'id primitivo\' em \'ego civilizado\' (Páginas iniciais + Presentación (Mariano Plotkin) + Página inicial do Prefácio (Cristiana Facchinetti)

Share Embed


Descrição do Produto

Conselho Editorial

Av Carlos Salles Block, 658 Ed. Altos do Anhangabaú, 2º Andar, Sala 21 Anhangabaú - Jundiaí-SP - 13208-100 11 4521-6315 | 2449-0740 [email protected]

Profa. Dra. Andrea Domingues Prof. Dr. Antonio Cesar Galhardi Profa. Dra. Benedita Cássia Sant’anna Prof. Dr. Carlos Bauer Profa. Dra. Cristianne Famer Rocha Prof. Dr. Fábio Régio Bento Prof. Dr. José Ricardo Caetano Costa Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes Profa. Dra. Milena Fernandes Oliveira Prof. Dr. Ricardo André Ferreira Martins Prof. Dr. Romualdo Dias Profa. Dra. Thelma Lessa Prof. Dr. Victor Hugo Veppo Burgardt

©2015 Rafael Dias de Castro Direitos desta edição adquiridos pela Paco Editorial. Nenhuma parte desta obra pode ser apropriada e estocada em sistema de banco de dados ou processo similar, em qualquer forma ou meio, seja eletrônico, de fotocópia, gravação, etc., sem a permissão da editora e/ou autor.

C3551 Castro, Rafael Dias de A Sublimação do ID Primitivo em Ego Civilizado: O Projeto dos Psiquiatras-Psicanalistas para Civilizar o País (1926-1944)/Rafael Dias de Castro. Jundiaí, Paco Editorial: 2015. 380 p. Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-462-0082-5 1. Psicanálise 2. Estudo 3. Brasil 4. Civilização. I. Castro, Rafael Dias de. CDD: 150 Índices para catálogo sistemático: Psicologia – Estudo e ensino Processos mentais e inteligência IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL Foi feito Depósito Legal

150.7 153

Para minha mãe Elisabeth, meus irmãos Marcelo e Patrícia, minha sobrinha Izabela e minha amada Iara: amo vocês!

Agradecimentos Em primeiro lugar, agradeço a minha orientadora, Cristiana Facchinetti, por todo respeito e dedicação, por todas as críticas, sugestões e conselhos que me fizeram amadurecer não somente como pesquisador, mas também como pessoa. Obrigado por todos os ensinamentos e oportunidades. Serei sempre grato, Cris! Agradeço à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) por ter apoiado financeiramente minha pesquisa de Doutorado, que deu origem a este livro. A todos que fazem parte do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz/FIOCRUZ. Aos professores do Programa, sempre dispostos a auxiliar e colaborar nas pesquisas e discussões. A todos os funcionários do “4º andar”, em especial à Maria Cláudia e ao Paulo Chagas. A todos os colegas, pelo convívio amigável e pela troca de experiências. Muito obrigado por terem tornado minhas estadias e visitas ao Rio agradáveis e produtivas. Agradeço a todos os meus amigos por estarem sempre ao meu lado e por entenderem minha ausência em muitos momentos. Mas, principalmente, pelas insistências e por não aceitarem “meus sumiços”. Saibam que o convívio com vocês faz com que eu busque ser uma pessoa cada vez melhor! A toda minha família: tios, primos, cunhada, que sempre me incentivaram para a realização deste trabalho. Aos meus sogros Zé Renato e Imaculada, agradeço pelo carinho com que sempre me acolhem. Ao meu cunhado Hugo e sua esposa Bárbara, pelos momentos de diversão em meio às loucuras desses últimos anos. Ao meu amado pai, que mesmo em “outro plano” continua cuidando e olhando por todos nós. Agradeço a minha linda mãe, por tudo. Que esta conquista toque profundamente o seu coração e lhe revele toda a luta e dedi-

cação com que sempre empenhou na criação de seus filhos. Muito obrigado por todo amor, carinho, compreensão, ensinamentos, incentivos. A cada dia que passa, te amo e te admiro mais e mais! Aos meus queridos irmãos Marcelo e Patrícia. Obrigado por tudo: desde o biscoito a mais na divisão do lanche quando éramos pequenos, passando pela tarefa de ajudar a mãe na criação de um pré-adolescente que perdera o pai, até o prazer de compartilhar todas as vitórias alcançadas, tanto por mim, quanto por vocês! A minha linda sobrinha Izabela “cara amarela”! Obrigado por trazer tanta alegria e me lembrar o quanto a vida pode (e deve) ser divertida! Agradeço a minha pequena Iara. O que seria de mim sem você? Você é minha vida, meu tudo! Que nas próximas décadas que iremos passar juntos eu possa te amar, mimar e lhe lembrar a todo momento o quanto sou feliz por ter uma mulher linda, inteligente, compreensiva, madura, amiga e apaixonante ao meu lado... Te amo para sempre! Agradeço, por fim, a todos aqueles que, de alguma forma, colaboraram para a realização deste trabalho: muito obrigado!

Sumário Presentación Prefácio

9 15

Introdução Aparatos teórico-metodológicos Revisão historiográfica da história da psicanálise no Rio de Janeiro Capítulo 1 Entre a teoria e a prática psiquiátrica: recepção e circulação da psicanálise no Rio de Janeiro 1 Os primeiros leitores da psicanálise no Rio de Janeiro 2 A psicanálise como método terapêutico: a associação livre 3 A psicanálise na etiologia das nevroses 4 A psicanálise na prática clínica 5 A difusão da psicanálise para além do meio médico psiquiátrico carioca Capítulo 2 A teoria de Freud como ferramenta científica: O processo de institucionalização da psicanálise no Rio de Janeiro 1 A institucionalização da psicanálise na Liga Brasileira de Higiene Mental 2 Em busca de novos espaços institucionais: a psicanálise na Associação Brasileira de Educação 3 A Sociedade Brasileira de Psicanálise e a teoria de Freud no ensino médico da Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro

19 24 36

65 79 87 96 104 111

133 147 160 185

Capítulo 3 O ID “primitivo” e “brasileiro”: psicodiagnóstico de uma nação 1 Totem e tabu à brasileira 2 A “psicanálise da alma coletiva” 3 Qual modelo de civilização? A “moral civilizada” na evolução do “id primitivo” brasileiro 4 A sublimação e a educação na evolução do “id primitivo” nacional Capítulo 4 A “terapêutica das descargas morais”: a sublimação do “id primitivo” em “ego civilizado” 1 Educando os impulsos sexuais 2 A Clínica de Eufrenia e o Serviço de Ortofrenia: o cuidado com a criança 3 O tratamento dos desviantes: o alcoolismo, a prostituição e o crime Considerações finais O papel da psicanálise na construção do projeto dos psiquiatras para a nação Referências Anexo

209 218 227 240 255

265 268 273 302 323 331 337 369

Presentación Mariano Ben Plotkin Universidad Tres de Febrero (Argentina) Centro de Investigaciones Sociales / Instituto de Desarrollo Economico y Social (CONICET-IDES)

A sublimação do “id primitivo” em “ego civilizado”: O projeto dos psiquiatras-psicanalistas para civilizar o país (1926-1944), libro originado en una tesis de doctorado presentada en el Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde, FIOCRUZ, analiza el proceso de recepción del psicoanálisis en Rio de Janeiro antes de su institucionalización. En las últimas décadas, la historia del psicoanálisis se ha venido consolidando como un campo específico, autónomo respecto de la historia de la psicología y de la psiquiatría. Para bien o para mal el método creado por Freud ha sido – probablemente junto con el marxismo – uno de los sistemas de pensamiento que han definido el siglo XX. Como señaló hace años John Forrester – tal vez con algo de exageración –, pensar hoy problemas tales como la subjetividad o la sexualidad sin tener en cuenta los aportes freudianos tendría tanto sentido como intentar explicar el universo con categorías pre-copernicanas. Sin embargo, este éxito del psicoanálisis ha generado dificultades a la hora de analizarlo como un sistema de ideas y como una práctica social. El pensamiento psicoanalítico ha permeado hasta tal punto en la cultura occidental, que en algunos espacios sociales y culturales ha devenido en un sistema de creencias, se ha integrado al sentido común formando parte de aquella porción de la realidad que Peter Berger (hablando precisamente de 9

RAFAEL DIAS DE CASTRO

la difusión del psicoanálisis en los EEUU durante los años 60) ha caracterizado como “el mundo como dado”, es decir lo que está más allá de cualquier cuestionamiento. Esto dificulta la tarea de historizar al psicoanálisis. Los conceptos derivados del sistema freudiano, y hasta la caracterización que desde dentro de la disciplina se ha generado sobre su propio pasado y su naturaleza pasaron a formar parte de la visión del mundo de muchos de los que intentan aproximarse a ella con una mirada crítica. Así, por ejemplo, la idea de que el sistema freudiano por ser un sistema revolucionario y por tratar de verdades difíciles de aceptar debe generar resistencias tanto a nivel individual (en la terapia) como a nivel social, está presente en buena parte de la historiografía sobre el tema, sin tener en cuenta que si hay algo de enigmático en la evolución del psicoanálisis, algo que hay que explicar, no es la existencia de supuestas resistencias específicas (todos los sistemas de pensamiento generan resistencias) que la implantación de las ideas freudianas han originado, sino el rapidísimo éxito de su difusión a nivel transnacional. Recordemos que el psicoanálisis surgió como una herramienta terapéutica destinada a curar neurosis y al mismo tiempo como un método de investigación sobre un objeto que solo podría observarse desde dentro del sistema de conocimiento que postulaba su existencia: el inconsciente. Fue inventado por un neurólogo que ocupaba un lugar relativamente marginal tanto a nivel social como dentro del campo médico, trabajando en la capital de un imperio declinante. Ninguna de estas cualidades pareciera ser una garantía de éxito. Sin embargo, en menos de 20 años el psicoanálisis se convirtió en un sistema transnacional de ideas anclado en una estructura institucional que abarcaba varios continentes y que había desbordado ampliamente su campo de aplicación original, como el propio Freud reconocía hacia 1913. Dentro de esta difusión transnacional (y transcontinental) del psicoanálisis, América Latina no quedó excluida. Perú, Brasil, Argentina y Chile fueron países donde las discusiones sobre el 10

A SUBLIMAÇÃO DO ID PRIMITIVO EM EGO CIVILIZADO: O PROJETO DOS PSIQUIATRAS-PSICANALISTAS PARA CIVILIZAR O PAÍS (1926-1944)

psicoanálisis, así como su práctica comenzaron a hacerse notar desde muy temprano en el siglo XX. Juliano Moreira parece haber sido uno de los primeros médicos en discutir textos de Freud aun antes de la publicación de Interpretación de los sueños. En 1914, Genserico de Souza Pinto presentó su tesis sobre psicoanálisis en la Facultad de Medicina carioca orientado por Antonio Austregésilo, la cual es analizada por Castro en este volumen. Hacia 1930, como muestra muy bien el presente libro, existía una activa comunidad de médicos y educadores tanto en Rio de Janeiro como en São Paulo que leían, discutían, traducían y aplicaban los textos y las ideas de Freud. Lo mismo podría decirse de Argentina y en una medida un poco menor de Chile. Sin embargo, los países latinoamericanos han permanecido excluidos de las historias generales del psicoanálisis. Basta mirar, por ejemplo, dos importantes textos recientes: Secrets of the Soul de Eli Zaretsky (2004) y Revolution in Mind de George Makari1 (2008) para notar que la región apenas aparece mencionada. De la misma manera, las referencias a América Latina existentes en las biografías más importantes de Freud son casi nulas a pesar de saberse que Freud cultivó relaciones tanto intelectuales como personales con médicos de la región2. Entre los libros que Freud eligió llevar consigo a Londres en su exilio forzado por el nazismo, figuran algunos de autores latinoamericanos. En las últimas décadas, además, algunos países latinoamericanos (notoriamente 1. Zaretsky, Eli, Secrets of the Soul. A Social and Cultural History o Psychoanalysis (New York: Vintage Books, 2004); Makari, George, Revolution in Mind. The Creation of Psychoanalysis (New York: Harper Perennial, 2008) 2. Ernest Jones, en su monumental The Life and Work of Sigmund Freud menciona contactos de Freud con algunos latinoamericanos e incluso reproduce algunas cartas. Ninguna referencia puede encontrarse en la biografía de Peter Gay, Freud, A Life of Our Time (1989), ni en la nueva biografía de Freud por Élisabeth Roudinesco, Sigmund Freud en son temps et dan le nôtre (2014). Freud mantuvo una larga correspondencia y amistad personal, por ejemplo, con el médico peruano Honorio Delgado. La correspondencia ha sido publicada pero no es mencionada en las biografías de Freud.

11

RAFAEL DIAS DE CASTRO

Argentina y Brasil) se han constituido en centros de producción y difusión internacionales del psicoanálisis al punto que han desplazado a otras regiones que lo habían sido antiguamente. El español y el portugués se han unido a las lenguas en las que el psicoanálisis circula a través de las fronteras y podría decirse que hasta cierto punto han desplazado al inglés. Todo esto hace aún más inexplicable el desinterés por la región puesto de manifiesto por la historiografía generada en los llamados “países centrales”. Felizmente esta falta de interés o conocimiento sobre la difusión del psicoanálisis en América Latina por parte de investigadores europeos o norteamericanos ha comenzado a ser corregida en años recientes desde la propia región, y en este sentido la historiografía brasileña va a la cabeza en lo que respecta a investigaciones sobre la recepción temprana del psicoanálisis local. Historiadores trabajando por fuera de las instituciones psicoanalíticas están en plena producción mostrando, a contrapelo de visiones devenidas canónicas que, por un lado, la implantación del psicoanálisis en los países latinoamericanos es previa e independiente a la creación de las instituciones oficiales afiliadas a la IPA; y por el otro, que la recepción del psicoanálisis en los distintos países de la región ha sido un fenómenos complejo y lleno de matices y diferencias. Y es en este contexto en el que debe leerse el presente libro, un trabajo riguroso sobre la temprana difusión (1926-1944) del psicoanálisis que concentra su atención en Rio de Janeiro. Siguiendo en la estela trazada por antropólogos e historiadores tales como Ana Teresa Venancio, Jane Russo, Cristiana Facchinetti y Luiz Fernando Dias Duarte, solo para mencionar a algunos de los más notorios investigadores que han trabajado sobre el tema, Rafael Castro toma una distancia crítica respecto de su objeto de estudio y parte de una hipótesis fuerte que va a contracorriente de cierto conocimiento recibido sobre el psicoanálisis. Lejos de constituirse en una forma de pensamiento necesariamente emancipadora, liberadora, cuya implantación solo podría ocurrir en contextos de democracia política y amplio respeto por las libertades indi12

A SUBLIMAÇÃO DO ID PRIMITIVO EM EGO CIVILIZADO: O PROJETO DOS PSIQUIATRAS-PSICANALISTAS PARA CIVILIZAR O PAÍS (1926-1944)

viduales; es decir, lejos de considerar al psicoanálisis como una forma de pensamiento fuertemente vinculado a la cultura liberal, Castro muestra que el psicoanálisis en el Brasil (y puede agregarse que no solamente en el Brasil) ha sido recibido y apropiado por miembros de las elites intelectuales como una herramienta disciplinadora, utilizada con el objeto de – como señala Castro – educar el “id” primitivo para convertirlo en un “ego civilizado”. No es casual en este sentido que uno de los espacios privilegiados para la recepción del psicoanálisis en Brasil haya sido la pedagogía, y que una de las palabras claves de su recepción haya sido la sublimación. Brasil fue uno de los primeros países en los que el sistema inventado por Freud tuvo algún tipo de impronta en los sistemas educativos públicos en todos sus niveles y eso ocurrió, fundamentalmente a partir de 1930. Así, en 1931, la Facultad de Medicina de Rio de Janeiro, señala Castro, fue una de las primeras del mundo en ofrecer una especialidad en psicoanálisis. A nivel de la educación elemental, tanto el paulista Durval Marcondes como Arthur Ramos en Rio de Janeiro, ambos fuertemente comprometidos con la doctrina de Freud, ocuparon cargos en el sistema público de sus estados, y no fueron los únicos. La hipótesis que presenta Castro no es en sí enteramente original – tanto Jane Russo como Cristiana Facchinetti y otros han venido trabajando desde hace años en este sentido –, pero Castro muestra con habilidad la manera en que el psicoanálisis fue interpretado y utilizado por un grupo de influyentes médicos e intelectuales cariocas incluyendo, entre otros, al propio Moreira (bahiano “transplantado”), Julio Pires Porto Carrero, Afrânio Peixoto (de quien se incluye en el texto una interesante cita en la cual asimila el psicoanálisis a una religión), Medeiros e Albuquerque y Arthur Ramos. Castro analiza los distintos matices existentes en el proceso de recepción del psicoanálisis en Rio de Janeiro enfatizando el papel jugado por algunas instituciones tales como la Liga de Higiene Mental o la Asociación Brasileña de Educación. 13

RAFAEL DIAS DE CASTRO

Ahora bien, ¿qué visión del psicoanálisis promovían los psiquiatras-educadores cariocas? Castro muestra que la respuesta no puede ser única. El psicoanálisis, ya lo dijimos, constituía para ellos una herramienta que permitiría no solamente dominar sino además reinterpretar la dimensión “primitiva” de la sociedad brasileña. Como en su momento señalara Jane Russo, para muchos de ellos el psicoanálisis permitía una vía de escape frente a las teorías racialistas acerca de la supuesta “degeneración brasileña” en boga entre prestigiosos intelectuales desde el siglo XIX. En este sentido – y este es otro de los procesos importantes analizados en el presente libro –, el psicoanálisis debe comprenderse no como un saber único e irreductible, sino más bien como parte de un conjunto de saberes modernos aplicados a programas de reformulación de la noción de identidad nacional. Pero también, para algunos de los psiquiatras-psicoanalistas, el psicoanálisis podía funcionar como un saber legitimador puesto al servicio de la creación de una elite tecnocrática que se auto-atribuía el papel de definir nuevos espacios de intervención estatal, así como un espacio novedoso para la consolidación del campo profesional de la psiquiatría. La recepción del psicoanálisis en Brasil – como en otros lados – fue, por lo tanto, un fenómeno múltiple lo que contribuyó a darle un carácter polisémico a la doctrina inventada por Freud. Ahora bien, si consideramos que la historia de la recepción y circulación de un sistema de ideas es constitutiva a la historia de dicho sistema, entonces los procesos de recepción analizados por Castro constituye un aporte importante no solamente a la historia cultural de Rio de Janeiro y del Brasil por extensión, sino a la historia global del psicoanálisis en la que América Latina (y Brasil como un caso de indudable relevancia) ocupan un lugar importante.

14

PREFÁCIO Cristiana Facchinetti3

Nos últimos cinquenta anos, após o reconhecimento das sociedades psicanalíticas cariocas pela International Psychoanalytical Association (IPA), institucionalizou-se a tendência de se pensar essas sociedades e os Study Groups que as antecederam como o marco zero da psicanálise no Brasil. O livro A sublimação do “id primitivo” em “ego civilizado”: o projeto dos psiquiatras-psicanalistas para civilizar o país (1926-1944), fruto de recente defesa de tese de doutoramento (PPGHCS – Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, 2014), exemplifica de modo primoroso o crescente interesse por uma nova reflexão histórica e social da psicanálise no Brasil. Combinando o levantamento sistemático de fontes primárias com disciplina de pesquisa, o livro de Rafael Dias de Castro traz uma abordagem que faz emergir, ainda nas primeiras décadas do século XX, em meio a então capital da República brasileira, uma multiplicidade de usos da psicanálise proveniente de profissionais e espaços institucionais diversos. Para dar lugar a tal diversidade, sua proposta teórico-metodológica se insere num conjunto mais abrangente de reflexões acerca da circulação de ideias4 e das problemáticas ética e política, fora do qual se perde e se silencia seu maior alcance estratégico. Assim, entrelaçada na tessitura que articula os conteúdos da pesquisa, está uma discussão acerca da apropriação em que os conceitos de saber, verdade e poder estão conjugados com o de história da psicanálise. Aliás, esse tratamento se formula logo de início, quando Rafael audaciosamente coloca em questão a historiografia mais tradicional sobre a história da psicanálise, fazendo oscilar sua fixidez e suposta 3. Cristiana Facchinetti é psicanalista, pesquisadora e professora do PPGHCS – COC/Fiocruz. 4. Plotkin, 2009; Facchinetti, 2012, Russo et al., 2005, Glick, 1999, Finchelstein, 2007.

15

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.