A TEOLOGIA DA ADORAÇÃO NA OBRA DE THALLES ROBERTO: uma abordagem crítico-reflexiva

July 25, 2017 | Autor: Marcus Freitas | Categoria: Adoração, Teologia da Adoração
Share Embed


Descrição do Produto

A TEOLOGIA DA ADORAÇÃO NA OBRA DE THALLES ROBERTO: UMA ABORDAGEM CRÍTICO-REFLEXIVA Marcus Vinicius de Freitas [email protected] Resumo: Este artigo visa realizar uma abordagem crítico-reflexiva sobre as composições do cantor Thalles Roberto por meio do viés da Teologia e da Teologia da Adoração. Para tanto, após uma breve introdução histórica sobre a música na igreja, um pouco da biografia do cantor pesquisado será apresentada, de modo que o autor da obra possa ser melhor conhecido. Em seguida, estaremos expondo o que entendemos por Teologia da Adoração, através de uma análise linguística e bíblica dos termos. Apresentaremos, então, as principais temáticas encontradas nas composições, categorizando-as de acordo com o que for encontrado. Destacaremos também alguns trechos das composições estudadas, analisando-os biblicamente e conduzindo-nos a uma reflexão sobre a teologia presente na obra do compositor em questão. Finalmente, concluiremos expondo as consequências que tencionamos provocar com este trabalho, evidenciando sua relevância para a nossa realidade eclesiástica. Palavras chave: teologia da adoração; Thalles Roberto; música na igreja.

Introdução A música tem sido utilizada como ferramenta de adoração nas igrejas ao longo de muito tempo. Desde os primórdios de sua história, ainda na chamada “igreja primitiva”, a música tem sido usada pelos cristãos em seus ajuntamentos formais e informais e em reuniões e liturgias. E, ao longo de séculos e séculos, a música vem desempenhando papel de fundamental importância no contexto da igreja. Com a instituição do Cristianismo como a religião oficial do Império Romano, a igreja passou a dispor de uma maior organização litúrgica e, por consequência, uma também maior organização musical, estando sua prática confiada apenas aos clérigos até os tempos de Lutero e da Reforma. A partir daí, a música cristã passou a estar dividida em música protestante e música católico-romana, contando com grandes expoentes da história da música, passando pelos períodos barroco, clássico e romântico, atingindo o século XX. Já no último século do milênio, muitas mudanças ocorreram, provocadas pelo surgimento de tecnologias de gravação de áudio, dentre vários outros fatores, inclusive sociais (GROUT; PALISCA, 1994, p. 697). Também podemos afirmar que as consequências do crescimento numérico dos chamados “evangélicos” são muitas no

campo da música (MARTINOFF, 2010). E tudo isso contribuiu para que chegássemos à realidade que hoje vivemos na chamada música “gospel”. O fato é que a música sempre se fez presente nos cultos de comunidades cristãs e, com o enorme crescimento da população e do mercado evangélicos, sofreu influências significativas (RECK, 2011, p. 42). A música gospel, denominação que, desde a década de 1990, tem sido destinada à música cristã no Brasil (RECK, 2011, p. 45), vem crescendo exponencialmente, de modo que rádios, emissoras de televisão e outros meios de comunicação a têm difundido constantemente. Grandes empresas fonográficas, gravadoras de renome nacional e internacional, têm demonstrado enorme interesse no gênero, mesmo quando as tais não pertencem ao contexto religioso e/ou não trabalham exclusivamente com ele. E é nesse contexto que encontramos o cantor e compositor Thalles Roberto.

Thalles Roberto: igreja, arte e mudança de vida Thalles Roberto da Silva, nascido em Passos (MG), no dia 8 de novembro de 1977, é cantor, compositor, produtor musical e pastor evangélico. Cresceu na igreja onde seu pai, o pastor Job, era regente do coral. Quando ainda muito jovem, passou a ser procurado por diversos profissionais musicais, recebendo indicações para participar do trabalho de bandas e/ou de outros cantores, como back vocal ou como compositor. Foi assim que ele trabalhou ao lado de artistas como Jota Quest, Ivete Sangalo, Jamil e Uma Noites, Roberto Carlos, dentre outros de fama nacional. Quando estava no auge do sucesso, porém, Thalles se encontrava numa situação de tristeza e profunda depressão e vazio, segundo ele próprio, por estar completamente afastado de Deus. E é neste momento, então, que ele resolve voltar a estar, como diz, “nos braços do Pai”. Seu primeiro disco, completamente autoral, “Na Sala do Pai”, foi produzido por ele mesmo e alcançou vendas superiores a 200 mil cópias entre CD e DVD, tendo as canções se tornado as mais executadas nas principais emissoras de rádio gospel de todo o país. Nas redes sociais e canais de vídeos da internet, suas músicas acumulam milhões de visualizações. Dentre elas destacamos a canção “Arde outra Vez” e “Deus da minha Vida”, ambas com mais de 2,5 milhões de acessos cada (informações retiradas site do cantor).

No dia 26 de fevereiro de 2012, o cantor Thalles Roberto foi consagrado pastor, pelo seu próprio pai, que, segundo conta, lutou em oração por seu filho ao longo de sete anos. A cerimônia contou com a presença de importantes lideranças evangélicas nacionais. Discografia e panorama geral de canções O cantor Thalles Roberto, até o ano de 2013, possui cinco álbuns lançados: “Na Sala do Pai” (2009), em CD e DVD; “Uma História Escrita pelo Dedo de Deus” (2011), CD e DVD duplos; “Raízes” (2011), em CD; “Raízes 2” (2012), em CD; “Sejam Cheios do Espírito Santo” (2013), em CD. De todos eles, apenas os álbuns “Raízes” e “Raízes 2” não são autorais, trazendo releituras e interpretações de canções tradicionais cristãs. Ao todo, são 96 músicas gravadas, sendo 74 delas composições do próprio Thalles, já que os álbuns não autorais trazem 22 canções que não foram escritas por ele, 12 no álbum “Raízes” e 10 no álbum “Raízes 2”, isto, contudo, sem mencionar as outras várias canções compostas pelo autor, mas gravadas por outros expoentes do meio cristão e secular.

A Teologia da Adoração O que entendemos por “teologia” Para entender a chamada “Teologia da Adoração”, precisamos primeiramente entender os termos que a compõem em separado. Comecemos, então, pelo vocábulo “teologia”. Literalmente falando, “teologia” vem de dois vocábulos gregos: θεoς (Theós, que quer dizer “Deus”) e λογια (logía, que quer dizer “coleta” ou “estudo”), tendo total relação com o conhecido vocábulo λογος (logos), que quer dizer “palavra” (STRONG, 2002, p. 1448, 1536 e 1537). Teríamos, então, no literal, “Deus” e “estudo”. E, assim, a “teologia” seria “o estudo de Deus”, sendo apresentada por Erickson (1992) como “o estudo, a análise e a declaração cuidadosa e sistemática da doutrina cristã” (ERICKSON, 1992, p. 16). Logo no início de seu tratado teológico, este autor relaciona diretamente teologia e doutrina e, por isso, tal definição. Wayne Grudem (1994), por

sua vez, apresenta a teologia como “o estudo de Deus e de todas as Suas obras” (tradução própria), afirmando ainda que a teologia foi feita para estar presente na vida, nos cânticos e nas orações do cristão, e não para ser apenas algo seco e monótono (GRUDEM, 1994, p. 5). Para este trabalho, então, já que, à luz da Escritura, Deus é infinito e impossível de Se conhecer por completo, estaremos considerando dizer apenas que a teologia é o estudo daquilo que a Escritura nos revela sobre Deus. Vamos, então, ao segundo termo. O que entendemos por “adoração” O vocábulo “adoração” é bastante usado em muitos aspectos e muitos contextos da vida eclesiástica e cristã. Valendo-nos de uma rápida análise etimológica, logo perceberemos o vocábulo como a “ação ou ato de adorar”. E, ao examinar os diferentes dicionários para compreender o que vem a ser o “adorar”, encontraremos significações como: render e prestar culto, venerar, idolatrar, amar extremamente, gostar muito, dentre outras de semelhantes significados. No meio eclesiástico, conforme dito há pouco, o termo é utilizado em diferentes contextos, de modo que toda a prática cristã bem que poderia ser compreendida como adoração, já que, à luz de 1 Coríntios 10:31, tudo o que acontece na vida de um cristão, tudo o que ele faz, deve ser feito para a glória de Deus, ou seja, deve fazer para adorá-Lo e glorificá-Lo. E, ao estudarmos a fundo as palavras da Escritura que são e/ou podem ser traduzidas como “adoração” e seus cognatos, veremos que, de fato, a adoração pode ser entendida num sentido mais amplo. Rubem Amorese (2004), por exemplo, afirma que “a adoração acontece na dimensão do coração e requer um profundo ‘estar de bem’ com Deus”. Ele diz ainda que a criatura aceita e concorda com o que Deus é e faz (AMORESE, 2004, p. 26). No entanto, para este trabalho, estaremos nos utilizando do termo num sentido mais específico, de modo a fazer referência “à música e às palavras que os cristãos direcionam a Deus em louvor” (GRUDEM, 1994, p. 880). Os termos bíblicos para “adoração” O pastor e escritor Russell Shedd, em seu livro “Adoração Bíblica” (1991), realiza uma maravilhosa explanação sobre os significados dos termos bíblicos para “adoração”. Nosso objetivo aqui não é reproduzir toda a magnitude de seu estudo, nem

tampouco expandi-lo ainda mais. No entanto, acreditamos ser de fundamental importância ao menos mencioná-lo, de modo a criar certa base e fundamentação à argumentação que faremos. Estaremos apresentando as palavras na língua grega, utilizada no Novo Testamento e na Septuaginta, versão grega da Tanak, o Antigo Testamento hebraico, já que assim também fez o referido autor. A primeira palavra apresentada por Shedd é προσκυνεω (proskunéo), literalmente

traduzida

como

“adorar”.

Originalmente,

significava

“beijar”

e

representava a adoração aos deuses, dobrando os joelhos ou prostrando-se para beijar o chão em sinal de adoração. Esta posição trazia consigo a ideia clara de submissão e rendição com o gesto de curvar-se diante de algo ou alguém. Esta é a palavra é usada em Jo 4:24; Mt 4:9; Rm 9:4; Ap 4:10; dentre outras passagens (SHEDD, 1997, p. 17). O autor apresenta, em seguida, a palavra λατρευω (latrêuo), que significa “serviço”. Foi esta a palavra usada por Jesus para responder ao Diabo, em Mateus 4:10. Esta palavra nos transmitia originalmente a ideia de trabalho e representa o serviço a Deus, por meio dos atos de adoração. Trata-se de cultuar a Deus. Esta é a palavra grega equivalente à palavra hebraica usada por Moisés, ao pedir ao Faraó que deixasse o povo ir para “adorar (servir, cultuar) a Deus” (Êxodo 4:23). É também traduzida como “culto”, em Romanos 12:1 e, segundo Russell Shedd, é fortemente usada para fazer menção ao culto judaico no templo (SHEDD, 1997, p. 19-20). O terceiro vocábulo apresentado em “Adoração Bíblica” é σεβειν (sebêin), trazendo consigo a ideia de reverência, medo e temor. É usada na citação neotestamentária de Isaías 29:13 (ver Mateus 15:9 e Marcos 7:7), mas é bem menos utilizada pelos autores bíblicos. O apóstolo Paulo dela se utiliza no capítulo primeiro de sua Epístola aos Romanos (Romanos 1:25) e tanto nas Epístolas Pastorais como em 2 Pedro esta palavra é bem mais utilizada (SHEDD, 1997, p. 21). Outro termo apresentado é θρησκεια (trêskêia), que aparece apenas quatro vezes no Novo Testamento e também pode ser traduzido como “religião”, como em Atos 26:5. Possui grande relação com λατρευω (latrêuo) e também indica o culto oferecido a Deus ou aos anjos, como em Colossenses 2:18. Tiago também dela se utiliza em Tiago 1:26 (SHEDD, 1997, p. 22). Por fim, Russell Shedd apresenta a palavra λειτουργεω (lêiturgéô), de onde vem a palavra “liturgia”, que originalmente significava “fazer trabalho público”, o que nos transmite a ideia do que chamamos de “culto público”. Em Lucas 1:23, vemos tal

palavra ser usada com relação ao trabalho desempenhado por Zacarias, pai de João Batista. O livro de Hebreus nos mostra que os sacerdotes exerciam diariamente o “serviço”, ao oferecer os sacrifícios, mas o “serviço” de Deus superou tais atividades (Hebreus 8:1-5). Até mesmo a obtenção de ofertas aos irmãos carentes da igreja de Jerusalém é chamado de “liturgia” (2 Coríntios 9:2). Com isso, segundo Shedd, o Novo Testamento visa mostrar que “quem serve a Deus, serve à igreja e vice-versa” (SHEDD, 1997, p. 24). Uma vez conhecidos os diferentes significados apresentados pelos vocábulos traduzidos também como “adoração”, a tarefa de entender a chamada “Teologia da Adoração” se torna um pouco mais fácil de se realizar. Conforme já dito, neste trabalho, estaremos focados no sentido mais específico do termo “adoração” e assumiremos a significação de um louvor direcionado ao Senhor por meio das palavras cantadas; entenderemos a adoração como o louvor direto a Deus. Sendo assim, a “Teologia da Adoração” será entendida por nós como o estudo doutrinário da prática de louvor a Deus por parte do cristão.

As composições de Thalles e a Teologia A partir de agora, estaremos examinando a teologia presente nas canções de Thalles Roberto, bem como as principais temáticas abordadas. Faço questão de destacar que todas as 74 composições do referido autor foram estudadas, analisadas e categorizadas de acordo com as temáticas encontradas na obra como um todo. Metodologia de trabalho Para a realização deste trabalho, fomos em busca de todas as letras de Thalles Roberto. Todas as 96 composições gravadas por ele foram lidas e relidas exaustivamente. Entretanto, estaremos tratando apenas das canções autorais, de modo que as interpretações dos álbuns “Raízes” e “Raízes 2”, apesar de também terem sido pesquisadas, serão apenas mencionadas em nossa abordagem, já que tratamos apenas da obra propriamente dita do compositor. E, tendo em vista que ele possui o hábito de ceder muitas de suas composições a outros intérpretes, também não consideramos as tais, estando, todavia, concentrados apenas e tão somente em suas composições gravadas e interpretadas por ele próprio, as 74 canções já mencionadas.

Primeiramente, uma leitura completa de cada uma das músicas estudadas foi realizada. Nesta leitura, ritmos, estilos e tendências estilístico-musicais não foram prioritariamente observadas. Ao invés disso, estivemos inteiramente focados na realização de uma análise do discurso do compositor Thalles Roberto. Em seguida, buscamos encontrar semelhanças temáticas entre as músicas estudadas, de modo que se pudesse categorizá-las propriamente, o que facilitaria sua análise. E, uma vez categorizadas as canções, pudemos ver que temas predominam mais ou predominam menos na obra de Thalles Roberto, o que nos conduziu a uma reflexão sobre este fato. Posteriormente, passamos à análise teológica de todas as letras compostas por Thalles, buscando corrigir os equívocos por elas apresentados, à luz da Escritura, de modo que se evidenciasse o que a Bíblia diz sobre tais e tais assuntos e/ou afirmações presentes nas composições. Principais temáticas presentes e predominantes Observando as 74 composições de Thalles Roberto, pudemos categorizar as canções estudadas neste trabalho como: canções de reconciliação, canções de testemunho, canções de provisão, canções de evangelismo, canções de pedidos, canções de adoração direta, canções de testemunho, e canções didáticas. Tais denominações foram sugeridas para este estudo de acordo com o que foi percebido nas letras de cada canção observada. Procuraremos, a partir de agora, compreender melhor as categorias encontradas, expondo a quantidade de canções que nelas se encaixam, bem como exemplificando cada uma das categorias com pequenos trechos de suas respectivas músicas. Comecemos, então, pelas canções de reconciliação. As canções de reconciliação são aquelas que, como as próprias palavras já dizem, trazem consigo a temática do arrependimento e da reconciliação com Deus. Estas são canções usadas para se pedir perdão a Deus pelos pecados cometidos. Dentre as 74 músicas estudadas, 3 delas trazem esta temática. Assim, podemos destacar um trecho da canção intitulada “Arde Outra Vez”, que diz: “Hoje, quero voltar, voltar ao início de tudo” e ainda “Quero voltar, Senhor, para os Teus rios”. Tratando agora das canções de testemunho, podemos dizer que elas são aquelas que manifestam publicamente o que aconteceu na vida do autor. É através delas que ele meio que conta sua história de vida. Ao todo, são 7 as canções de testemunho compostas e gravadas por Thalles Roberto. Podemos citar como exemplo a canção

“Pela Graça”, que traz os seguintes dizeres: “Eu fui escravizado, uma vida de pecado. Mas, agora, fui lavado pelo sangue de Jesus. Me fez nascer de novo, ser guiado pelo Espírito e salvo pela Graça (...)”. As canções de provisão, por sua vez, evidenciam o grande agir provedor de Deus na vida dos que creem. São elas as que afirmam que Deus nunca nos abandonará, que Deus proverá o sustento e que Ele realizará os milagres. É por meio de tal temática que o autor afirma que Deus está no controle de tudo e que podemos descansar, pois Ele virá em nosso socorro. Dentre as 74 músicas estudas, 13 podem ser assim categorizadas, como a canção intitulada “Deus do Impossível”. Nela, podemos destacar o trecho: “Pensamos que o nosso problema é grande e esquecemos da grandeza de Deus”. Nas canções de evangelismo, o autor se dirige aos ouvintes, oferecendo o Evangelho de Cristo como solução e como única maneira de se mudar de vida. Contando diretamente com a temática do evangelismo, Thalles Roberto nos apresenta apenas 2 canções. Há, porém, ainda outras 3 que também poderiam se encaixar nesse perfil, mas que também podem ser vistas como canções de testemunho, já que ambas as temáticas se fazem presentes. Dentre as tais, citemos um trecho da canção “Meu Mundo”: “É fácil demais viver em paz. A gente é que complica tudo. Vem! Vamos viver! Viver Jesus! Pra gente ser feliz!” As

canções

de

pedidos

também

possuem

uma

titulação

facilmente

compreendida. É através delas que os pedidos do compositor são colocados diante de Deus, sejam pedidos gerais ou mais específicos. Encontramos 4 canções com tais características e destacamos “Pai, Eu Não Confio em Mim”, com o trecho: “Pai, se eu estiver andando num caminho e não enxergar as armadilhas, vem com Sua mão e me arranca de lá”. As canções de adoração direta são aquelas que, a nosso ver, mais se relacionariam à Teologia da Adoração. Elas se caracterizam por serem orações diretas ao Senhor, por meio das quais Seu nome é louvado e engrandecido. Se tirássemos suas melodias e apenas lêssemos suas palavras, estaríamos fazendo orações como quaisquer outras, feitas sem a utilização de qualquer aspecto tido como musical. É com estas canções que se adora, no sentido mais direto do termo, conforme vimos ainda no início deste trabalho. Apenas 2 canções, dentre as 74, possuem tais características, as canções “Como é Bom Poder Acordar” e “Aleluia”. Nesta última, destacamos a passagem que diz: “Tu És maior que a capacidade que eu tenho de Te entender. Eu sou tão limitado pra explicar, então eu canto ‘aleluia’”. A canção “Eu Amo Vocês Três” poderia ser uma

terceira integrante desta categoria. No entanto, mesmo sendo constituída de uma oração, percebemos muito mais predominante a temática da provisão e, por isso, consideramos apenas as duas canções, há pouco citadas, como “canções de adoração direta”. Devemos ainda falar sobre as canções didáticas. Estas trazem consigo certa característica de ensino, já que, por meio delas, o compositor fala (ensina) sobre realidades do Evangelho, ou sobre a obra de Deus e de Cristo, ou ainda estimula seus ouvintes a determinadas ações. Em algumas ocasiões, é bem possível que uma canção de testemunho também possua características didáticas, conforme pudemos encontrar na obra de Thalles Roberto. Das 74 analisadas, 5 possuem as características de que falamos. Dentre elas, citemos um trecho de “Quero Aprender com Jesus”: “Quero aprender com Jesus. Quero seguir os passos de Jesus. Ele é amor e eu quero ser também. Ele ensinou que tudo é nada sem amar (...)”. Finalmente, é preciso também dizer que, além das canções há pouco referidas, encontramos outras que possuem características de mais de um perfil destes apresentados, de modo semelhante ao mencionado nas canções de evangelismo. Como dissemos antes, eram apenas 2 com a temática do evangelismo, mas outras 3, que também eram de testemunho, possuíam o evangelismo inserido em seu discurso. Sem contar com estas, podemos ainda citar 2 canções de testemunho e que também são didáticas, 1 canção de testemunho e que é também uma oração, outra canção também de testemunho, mas que fala de provisão, 1 canção didática que também é uma oração, mais 1 canção de provisão, sendo também de oração, 1 canção de oração que é também de testemunho e, por fim, 1 canção em que Deus é quem está falando. Podemos perceber, de modo geral, que as composições de Thalles Roberto trazem consigo uma enorme predominância nas temática de reconciliação com Deus, testemunho e provisão. Isso é facilmente percebido ao se verificar suas letras, lembrando-se do fato de que o próprio Thalles, segundo seus relatos, experimentou um momento de reconciliação com o Senhor, momento este bastante enfatizado e destacado por ele, tanto em seu discurso falado quanto cantado. E ele faz questão de testemunhar disso por meio de suas canções, conforme se pode ver, já que 17 é o número somado de canções de testemunho com as canções de evangelismo, em ambas as categorias contando sua história. No que diz respeito às canções de provisão, em especial, vemos predominância ainda maior, já que contam com o maior número dentre todas as categorias: 13 das 74 músicas de Thalles são pertencentes ao que chamamos “canções de provisão”. É de extrema importância nos lembrarmos também do fato de que, por ser

esta uma temática um tanto comum nas chamadas igrejas neopentecostais, é mais que natural que se façam presente na obra de Thalles Roberto, já que ele próprio é membro de uma igreja neopentecostal, a Igreja Sara Nossa Terra. É, talvez, por isso que vejamos tantas canções que falam do poder de Deus e de Seus milagres no sustento de Seu povo. Problemas teológicos encontrados É possível perceber, na obra de Thalles Roberto, alguns equívocos teológicos, os quais gostaríamos de destacar. É necessário, contudo, que, antes de fazê-lo, deixe-se claro e evidente que não é nosso intuito atacar ou ferir quem quer que seja e muito menos o indivíduo, Thalles Roberto. Nosso objetivo é apenas avaliar a teologia presente em suas composições e isso por meio do viés bíblico. Não nos ateremos, portanto, a questões de cunho meramente litúrgico, mas estaremos focados naquilo que diz respeito à teologia propriamente dita, ou seja, ao que a Escritura nos diz sobre Deus e sobre Suas doutrinas. Para realizar tal avaliação, citaremos alguns trechos das composições de Thalles, de modo que seu sentido original possa ser preservado e possamos melhor compreender o que o compositor escreveu e como isto se relaciona à verdade bíblica. Não podemos deixar de dizer que, uma vez que analisamos 74 canções, é tarefa um tanto dispendiosa e maior do que este trabalho poderia comportar citar todas as letras do compositor integralmente. O número de páginas necessárias a tal tarefa seria, no mínimo, igual ou próximo ao número de canções estudadas. Destacaremos, portanto, apenas aquilo que julgamos ser de maior relevância para o campo da teologia, não nos atendo tanto a questões gramaticais e/ou de concordância ou semântica, o que também pôde ser percebido a partir da análise das músicas de Thalles. Por isso reitero que nosso foco predominante será a teologia presente em suas letras, sendo destacados, a partir de agora, alguns equívocos encontrados. Começando pela canção intitulada “Arde Outra Vez”, podemos, já em seu início, perceber um erro bastante comum em nossas igrejas. O autor diz: “Eu não quero mais viver longe da Tua presença, meu Senhor...”. Ao realizar um pedido, o autor evidencia a crença de que se é possível estar longe da presença de Deus. Tal concepção, contudo, não está de acordo com o que ensinam as Escrituras. Textos como Jeremias 23:24, o Salmo 139 e Mateus 28:20 nos mostram claramente que a presença do Senhor é algo sempre constante. Por mais que se entenda o que se tenciona ser dito, a Escritura nos

garante que não podemos nos ausentar da presença do Senhor. Disse Davi: “Para onde me ausentarei do Teu Espírito?” (Salmo 139:7). O profeta Jonas até tentou fugir da presença de Deus, mas não conseguiu (cf. Jonas 1:3-17; 2:1-10). Equívoco semelhante é realizado pelo compositor na canção “Deus da Minha Vida”. Em certo trecho, ele diz: “Deus da minha vida, fica comigo. Sou a sua casa, mora em mim (...)”. Ao ler esse trecho, imediatamente deveria nos vir à lembrança o texto de Mateus 28:20: “(...) estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. Como podemos pedir que Deus fique conosco se Ele já está? Além disso, o trecho é um tanto confuso, uma vez que o autor continua dizendo: “Sou a sua casa, mora em mim.” Se já somos Sua casa, como podemos ainda pedir que Ele habite em nós? E tal pedido se torna ainda mais equivocado não apenas na semântica, mas na teologia, pois, se já recebemos Jesus como nosso Senhor, já recebemos também o Seu Espírito; uma vez batizados com o Espírito, no ato de nossa conversão, já fomos feitos morada e templo do Espírito Santo (Efésios 1:13-14; 1Co 3:16). Outro engano também semelhante se faz presente em “Águas que Saram”. Thalles Roberto diz: “Suas águas já estão entre nós. Uma unção celestial enche o templo. Querubins e serafins trazem bênçãos dos céus. Quero receber, quero receber.” Além do forte aspecto veterotestamentário de transitoriedade da permanência do Espírito no indivíduo, discutido há pouco, vemos a concepção pentecostal da unção. Tanto neste trecho destacado quanto nos anteriores, podemos perceber o conceito de que Deus pode nos dar uma nova unção, um novo revestir especial do Espírito, o que contraria o que dizem as Escrituras. Já recebemos a unção do Senhor. É isso o que nos mostra o texto de 1 João 2:20, 27, ao falar da “unção que dele recebestes (...)”. É facilmente perceptível o conceito de que se espera um poder a mais, uma unção sobrenatural e extraordinária nos ajuntamentos e momentos de louvor. A Bíblia, contudo, não nos garante isso. Ainda falando sobre a presença do Espírito Santo, a canção intitulada “Me Faz Viver”, diz ainda: “Eu não quero nunca mais viver sem Tua presença”. Mas, uma vez escritas as palavras há pouco utilizadas, não se faz necessário exaurir ainda mais este assunto. Na mesma canção, todavia, o autor ainda pede ao Senhor: “Me faz viver! Brilha Sua luz!”. O texto de Efésios 2:1 nos diz que Ele nos deu vida, estando nós mortos em nossos delitos e pecados. Se Ele já nos deu vida, como pediremos que Ele nos faça viver? Não estamos mais mortos. Estamos, sim, mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus (Romanos 6:2,11).

Ainda falando sobre a presença do Senhor, a canção “Não se afaste de mim”, já em seu título, mostra a que veio, como diz a expressão popular. Os primeiros versos já trazem consigo: “Não, não se afaste de mim. Eu não posso viver nem um instante sem sentir que estás por perto.” E, assim como dito há pouco, não há necessidade de se estender mais neste assunto. É necessário apenas pontuar a presença constante e repetitiva de tal equívoco teológico na obra do compositor estudado. Na canção “Sacrifício”, o engano teológico diz respeito à crucificação de Cristo. O autor apresenta Deus como um pai que sente dor ao ouvir o pedido do filho. Ele afirma que Deus sentiu dor ao ouvir a oração de Jesus no Getsêmani. A canção diz: “E a dor de Deus, imagina, ouvir o Filho orando assim: ‘(...) Não quero sofrer tanto assim. Passa de mim este cálice (...)’”. E mais adiante: “O que será que Deus sentiu como pai?”. O fato é que, apesar de entendermos um pouco o que o compositor tencionou dizer ao antropopatizar (i.e.: atribuir sentimentos humanos a Deus), o grande equívoco não consiste nisso, mas no sentimento que Lhe foi atribuído. A Escritura também faz uso da antropopatia, mas não afirma que o Senhor se entristeceu, e sim que Se agradou ao ver o sacrifício de Jesus. Isaías 53:10 diz: “Contudo, agradou ao Senhor esmagá-lo, fazendo-o sofrer (...)”. Segundo a Escritura, Deus se agradou ao ver o sofrimento de Cristo e, por mais que através de nossos pressupostos humanos seja isto algo difícil de entender, Deus fez Jesus pecado por nós, para que n’Ele fôssemos feitos justiça de Deus (2Co 5:21). A justiça de Deus, que havia sido ofendida por nosso pecado, provocando a ira de Deus sobre nós (Romanos 1:18) foi cumprida, em Cristo Jesus, a nosso favor (Romanos 5:18-19). Logo, por mais que se compreenda as possíveis intenções do compositor, este é um grave erro teológico. Há uma outra canção, cujo título é “Paixão de Adolescente”, que também traz consigo certos problemas em sua teologia. Thalles, em determinado momento, afirma: “Estou apaixonado como quando eu era adolescente. Aleluia. Meu corpo tá tremendo, eu não controlo a vontade de gritar. Então, eu vou gritar.” E, mais adiante: “To amando, que delícia, exagero de euforia.” Tais palavras evidenciam certo caráter um tanto exagerado e descontrolado. A Escritura, contudo, nos apresenta o “culto racional” (Romanos 12:1) e afirma que, na igreja de Deus, o descontrole deve ser combatido, já que todos podem, sim, controlar-se (cf. 1 Coríntios 14:32). O texto referido trata sobre o comportamento nas ações litúrgicas da igreja, sendo concluído com o célebre versículo: “Mas tudo deve ser feito com decência e ordem” (1 Coríntios 14:40). Tais textos evidenciam claramente que a Escritura não aprova qualquer que seja a manifestação

eclesiástica na qual haja descontrole. Vale sempre lembrar que “o espírito dos profetas está sujeito aos próprios profetas” (1 Coríntios 14:32). Na canção “Eu Sou Blindado”, notamos a utilização do texto de Deuteronômio 28:2-14, interpretado para a igreja. Todavia, o texto citado se refere à nação de Israel e deveria ser interpretado apenas para ela. O autor da canção, em certo momento diz: “O inimigo foge, não aguenta a pressão. Por sete caminhos ele pode escolher”, o que representa, sem dúvida, um equívoco hermenêutico bem comum naqueles que possuem certa tendência veterotestamentária em seu culto e liturgia, o que contraria completamente aquilo que é previsto à igreja nos escritos do Novo Testamento. Percebemos também, em outras canções, a presença constante do termo “promessas”. O autor, contudo, não expõe claramente a que promessas ele se refere. E, mesmo assim, em muitas ocasiões, ele afirma descansar nas promessas, esperar nas promessas ou viver nas promessas de Deus. O grande problema teológico estará presente em se interpretar as promessas feitas à nação de Israel à igreja de Deus, o que é bastante comum na teologia neopentecostal. Na verdade, as promessas que Deus faz à igreja são no campo espiritual e, materialmente falando, o Senhor promete apenas o sustento, bem como o alimento e as vestes (Mateus 6:25-33). Se o autor estiver se referindo a tais promessas, não há problemas, mas se ele está fazendo referência a promessas materiais ou a bênçãos de posse de terra e/ou coisas do tipo, grande equívoco está a realizar. A predominância do termo “vitória” foi também percebida em nosso estudo. O compositor faz questão de afirmar que os cristãos são vitoriosos, pois Deus os dá a vitória. Façamos, porém, pergunta semelhante àquela que fizemos quanto ao vocábulo “promessas”: de que vitória o autor está a tratar? Em que somos vitoriosos? Vale a pena refletir bastante sobre a temática, uma vez que tem sido presente em muitos púlpitos e muitas canções de nosso tempo. Segundo a Escritura, somos vitoriosos, mas vitoriosos pela cruz e enfrentando diversos momentos de tribulação e sofrimento (cf. Colossenses 2:13-15; Romanos 8:31-39). É preciso bastante cuidado para não atribuirmos a nós vitórias outras que não aquelas que nos foram garantidas pela Escritura. É também perceptível na obra de Thalles, mesmo sem ouvir suas melodias e ritmos, que grande parte de suas letras procura estimular o ouvinte à celebração por meio de danças, saltos, gritos e outras manifestações externas de alegria. Tais canções, geralmente, possuem uma teologia um tanto superficial, de modo que, em muitas, ocasiões, ao se cantar tais músicas, podemos ver claramente que seu objetivo consiste

no estímulo à animação física e emocional da congregação, e não na adoração direta ao Senhor. E, reiterando o que tem sido dito até o presente momento, será que este deve ser o nosso foco em nossos chamados momentos de louvor?

Conclusões Analisar toda a obra publicada de um compositor é tarefa por demais árdua, mas de suma importância quando se deseja conhecer as crenças e valores deste compositor. E, no que diz respeito aos compositores cristãos, acreditamos que esta deveria ser uma tarefa mais comumente realizada. Isso porque muito tem sido cantado nas igrejas de nosso país, mas nem sempre um exame acurado de canções tem sido feito. Em muitas ocasiões, as músicas têm sido escolhidas para serem entoadas em nossas igrejas apenas e tão somente porque fazem sucesso e são veiculadas intensamente pelos meios de comunicação. Tal negligência, seja por parte dos líderes de louvor, dos cantores, ou mesmo dos pastores das igrejas espalhadas Brasil afora, tem gerado momentos de louvor e adoração um tanto desleixados e, talvez, desprovidos de uma teologia mais consistente e consciente. É preciso, portanto, mais atenção àquilo que cantamos. Após estar em contato com toda a obra do cantor Thalles Roberto, uma série de questionamentos e de momentos de reflexão nos sobrevieram à mente, de modo que a produção de tais questionamentos e reflexões se manifestou no presente trabalho. Não consideramos exaustivo reiterar o fato de que, apesar de algumas críticas terem sido feitas às composições do artista, não é nosso intuito denegrir ou defraudar sua imagem de maneira alguma. Tencionamos apenas e tão somente o estímulo ao pensar sobre o que cantamos em nossas igrejas, conforme dito há pouco. E esperamos que este pensar produza frutos de mudança em nossa práxis adoradora, de modo que possamos constantemente agradar ao nosso Senhor e Rei, Jesus Cristo. Por isso, nosso desejo de crescimento quanto à consciência do que cantamos precisa também gerar mudanças, dentro daquilo que for preciso. Sendo assim, pontuamos rapidamente algumas conclusões. Primeiramente, não podemos deixar de frisar a quase que ausência de canções de adoração (vale lembrar o que definimos aqui como adoração e, em especial, adoração direta). Apenas 2 canções trazem consigo esta característica. Como avaliar, então, a teologia da adoração presente na obra do referido compositor se, dentre 74 composições suas, apenas um número tão pequeno se dedica à adoração propriamente dita? E, tendo

em vista a larga difusão que o cantor tem experimentado e a grande quantidade de músicas suas que tem sido cantada Brasil afora, é um tanto preocupante perceber que, em muitas igrejas, a adoração direta tem sido negligenciada. A Escritura nos ensina a adorar ao Senhor e dedicar-lhe nosso melhor, com salmos e cânticos espirituais (Efésios 5:19), mas, ao analisar tais composições, percebemos uma ocupação muito maior do povo de Deus em clamar por milagres, falar de bênçãos ou ainda apenas desfrutar do conforto de saber que Deus irá suprir todas as suas necessidades. É claro e evidente que, à primeira vista, nada disso está errado. Todavia, o grande número de canções com este enfoque é que deve nos servir de alerta. A predominância daquilo que chamamos de canções de provisão também deve nos ocupar o pensamento, visando mudanças práticas em nossos momentos de louvor. Será que nós e nossas igrejas temos estado ocupados apenas em cantar aquilo que nos agrada? Não será que apenas por acharmos convenientemente bom e prazeroso ouvir (e cantar) que Deus mudará nossa sorte e intervirá em nosso favor ou ainda que operará milagres em nós é que temos cantado esse tipo de música? Será, no entanto, que as tais têm agradado ao Senhor? Será que, desse modo, o Senhor tem sido louvado? Nosso objetivo não é afirmar que não; não temos o objetivo de asseverar que Ele não tem sido adorado. Nosso desejo é apenas o de nos prestarmos aos questionamentos sobre isso. Se falamos em teologia da adoração, momentos de adoração, grupos e ministérios de adoração, é importante que o Senhor seja, então, adorado. Entendemos ser de igual relevância mencionar o fato de que, independente da temática abordada em nossas canções, é preciso critérios quanto à teologia, uma vez que não podemos cantar algo que está fora daquilo que o Senhor nos prescreveu em Sua Palavra, já que Ela deve ser nosso referente, conforme defenderam os reformadores (BARBOSA, 2009). E esta é a razão porque devemos sempre estar atentos ao que é cantado por este ou por outro cantor, e, consequentemente, por todos os fiéis presentes em nossas igrejas. É preciso cuidado com as letras de nossas músicas. Encerramos expressando nosso contentamento com o fato de que a música cristã tem crescido e se expandido pelo país. E desejamos que sua divulgação aumente ainda mais. Entretanto, esperamos que as músicas a serem veiculadas estejam cuidadosamente fundamentadas nas Escrituras, refletindo não simplesmente nossa cultura musical e eclesiástica, mas reluzindo a glória do próprio Deus, manifestada em Sua Palavra. Que, então, a análise, por meio da Palavra, daquilo que cantamos se torne prática constante em nosso meio eclesiástico, de maneira que isso também produza glória ao Senhor.

REFERÊNCIAS ADORAR. In: DICIONÁRIO Michaelis On Line. Disponível em: . Acesso em: 22 de novembro de 2013. ADORAR. In: DICIONÁRIO Aurélio On Line. Disponível em: . Acesso em: 22 de novembro de 2013. AMORESE, Rubem Martins. Louvor, adoração e liturgia. Viçosa: Ultimato, 2004. BARBOSA, Daniel Ely Silva. Práticas musicais nos espaços religiosos: o protestantismo histórico em Campina Grande. Dissertação de Mestrado (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, 2009. BENNET, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007. ERICKSON, Millard J. Introdução à teologia sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1997. GROUT, Donald J.; PALISCA, Claude V. História da Música Ocidental. Lisboa: Gradiva, 1994. GRUDEM, Wayne. Systematic Theology: an introduction to Bible doctrine. Michigan: Zondervan Publishing House, 1994. http://letras.mus.br/thalles-roberto/ (acessado em 5 de setembro de 2013). http://pt.wikipedia.org/wiki/Thalles_Roberto (acessado em 22 de novembro de 2013). http://thallesroberto.com.br/ (acessado em 5 de setembro de 2013). MARTINOFF, Eliane Hilario da Silva. A música evangélica na atualidade: algumas reflexões sobre a relação entre religião, mídia e sociedade. Revista da ABEM, Porto Alegre, V. 23, 67-74, mar. 2010 RECK, André Müller. Práticas musicais cotidianas na cultura gospel: um estudo de caso no ministério de louvor somos igreja. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2011. SHEDD, Russell P. Adoração Bíblica. 2 Ed. São Paulo: Vida Nova, 1991.

STRONG, James. Dicionário Bíblico Strong. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2002.

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.