A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA

July 21, 2017 | Autor: T. Rodrigues Albach | Categoria: Educational Technology
Share Embed


Descrição do Produto

ARILEI RODRIGUES ALBACH

A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA

PONTA GROSSA – PR 2006

2

ARILEI RODRIGUES ALBACH

A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA

Monografia apresentada ao curso de “Didática e Metodologia do Ensino Superior” como requisito para obtenção do título de especialista sob orientação do Professor Nilton Cavalari.

PONTA GROSSA – PR 2006

3

DEDICATÓRIA

“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará. Não são assim os ímpios, mas são semelhantes à moinha que o vento espalha. Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos; porque o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à ruína.”

4

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradeço a Deus por me capacitar, dar-me sabedoria e conhecimento para desenvolver este trabalho. Agradeço a minha esposa e minha filha por entender que por muitas vezes foi preciso sacrificar momentos de lazer para que eu pudesse ler tantos livros, artigos e revistas para então escrever esta monografia. Sabemos que em cada etapa de estudo vencida em nossas vidas passamos por instituições que colaboram em nossa formação, por isso coloco aqui o meu agradecimento ao ESAP por disponibilizar uma ótima estrutura e uma ótima equipe docente durante o curso. Também é importante agradecer ao meu orientador Nilton Cavalari por dedicar algumas horas do seu trabalho e seu conhecimento para o sucesso no desenvolvimento deste tema.

5

RESUMO

A presente monografia tem como objetivo analisar as dificuldades que professores e alunos têm para utilizar o computador como instrumento pedagógico, investigar quais as conseqüências na aprendizagem de matemática com a utilização dos computadores e se este tipo de atividade pode auxiliar o processo ensino/aprendizagem. Para a elaboração deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre o tema utilizando autores consagrados sobre o assunto e também enfatizando que a discussão sobre a utilização das tecnologias da informação e comunicação no espaço educacional deve centralizar seu foco na questão pedagógica. Palavras chaves: educação, tecnologias, matemática, aprendizagem, computadores. …the discussion about the use of information and communication technology within the educational field must focus upon the pedagogical problem.

6

SUMÁRIO

1

INTRODUÇÃO.......................................................................................................... .. 07

2

DESENVOLVIMENTO............................................................................................... 09

2.1

Conceito de educação....................................................................................................09

2.1.1 O conceito clássico de educação...................................................................................09 2.1.2 O novo conceito de educação coma o advento das novas tecnologias ........................10 2.2

Mudanças na prática docente........................................................................................12

2.3

Processo de aprendizagem............................................................................................13

2.4

Conceito de informática................................................................................................14

2.5

Conceito de software.....................................................................................................19

2.5.1 Classificação de Softwares............................................................................................19 2.5.2 Softwares de Base.........................................................................................................19 2.5.3 Softwares de Aplicação.................................................................................................20 2.5.4 Softwares Sob Medida..................................................................................................20 2.5.5 Softwares Aplicativos ..................................................................................................21 2.6

A Internet.....................................................................................................................21

2.6.1 A Origem do WWW ...................................................................................................21 2.6.2 Definições.....................................................................................................................22 2.6.3 O que é a Internet.......................................................................................................22 2.7

Análise e discussão dos resultados da pesquisa aplicada ...........................................23

3

CONCLUSÃO..............................................................................................................33

4

REFERÊNCIAS............................................................................................................35

5

ANEXO........................................................................................................................37

7

1. INTRODUÇÃO

O tema abordado neste trabalho a questão pedagógica na utilização das tecnologias no ensino de matemática, tem sido colocado em muitas pesquisas educacionais nas últimas duas décadas no Brasil. Discutem-se perigos em torno da utilização da informática como ferramenta de ensino. Um destes perigos apontados pressupõe que o aluno iria somente apertar algumas teclas e obedecer ao que a máquina orienta, tornando-se um mero repetidor de tarefas. Mas por outro lado, em diversas pesquisas tem-se a afirmação de que “o computador” pode ser a solução para muitos problemas da educação (BORBA, 2001). Vivemos atualmente numa sociedade globalizada, onde percebemos claramente que as novidades tecnológicas crescem de maneira absurda e com isso fica cada vez mais difícil acompanhar esta evolução. Notamos que quando nos apropriamos de certo tipo de recurso da tecnologia, no mesmo momento surge algo novo, que com certeza estará substituindo-o, pois este passa a ser considerado ultrapassado. Sendo assim faz-se necessário uma conscientização de que os avanços tecnológicos estão sendo utilizados praticamente em todos os ramos do conhecimento, que as descobertas nessa área são extremamente rápidas e estão à nossa disposição. É preciso analisar quais são as dificuldades dos professores e alunos em utilizar o computador como instrumento pedagógico, lembrando que existem pontos favoráveis e pontos não favoráveis no ensino de matemática com a utilização dos computadores. A utilização das tecnologias no ensino pode desencadear um processo, em que os professores passarão a estudar mais, a refletir sobre suas aulas percebendo a aplicabilidade dos diversos assuntos trabalhados com a turma, contribuindo assim para o aprimoramento do trabalho pedagógico. A proposta é de que todos trabalhem em equipe, auxiliando um ao outro, discutindo e levando seus problemas, dificuldades e sucessos à tona, socializando o que tem desenvolvido com seus alunos, o que contribuirá para o fortalecimento dos estudos e

8

planejamentos dentro da escola, um ponto muito favorável para o enriquecimento da sociedade com um todo. As pesquisas educacionais indicam que a utilização das tecnologias no ensino contribui para que o aluno esteja cada vez mais informado, atualizado e participando de um mundo informatizado, sendo assim torna-se uma pessoa mais competente e preparada para o mercado de trabalho, o qual exige cada vez mais múltiplas competências e conhecimento avançado no desenvolvimento de suas funções.

9

2. DESENVOLVIMETO

2.1 Conceito de Educação

A educação é, na sua totalidade, prática interdisciplinar, já que ela é mediação fundamental do todo da existência. Refletir sobre este tema, Educação, é algo de extrema importância ns dias de hoje, sendo assim vamos rever um pouco sobre o conceito de educação.

2.1.1 O conceito clássico de educação

Na concepção tradicional de Educação, o aluno chega á escola com a „cabeça vazia‟, cabendo à escola colocar-lhe um conjunto de conhecimentos factuais e habilidades intelectuais, testando periodicamente a aquisição destes conhecimentos através de provas e exames. As habilidades intelectuais mais valorizadas são a lingüística (capacidade de ler, compreender e escrever textos ) e a lógica matemática (capacidade de processar informação quantitativa). Deste modo, o aluno atravessa um percurso, em que etapa após etapa, de um modo previamente estabelecido lhe são despejados conhecimentos que tem de assimilar com o objetivo de poder passar para a próxima fase. Deste modo, o conjunto de fatos que lhes eram transmitidos não era sinônimo de conhecimentos adquiridos, porque basicamente este método apenas incentivava a memorização dos fatos e não as capacidades cognitivas tais como a interpretação, julgamento e decisão dos fatos, ignorando os estilos individuais de aprendizagem de cada aluno.

10

A idéia orientadora é „moldar‟ os alunos para o mundo fabril que os espera, usando técnicas semelhantes a uma linha de montagem; salas de aulas isoladas e limitadas em recursos; mesas e cadeiras alinhadas em filas; o professor desempenhando a função de dono e empregador principal do conhecimento; e a apresentação da informação limitada aos livrostexto e do quadro negro de uma forma linear e seqüencial. Neste modelo de educação, há poucas oportunidades para a simulação de eventos naturais ou imaginários, tanto para aumentar a compreensão de conceitos complexos como para estimular a imaginação. Outro grande, inconveniente deste modelo, é o fato de haver uma grande divisão do conhecimento (matemática, geografia, história, física,…) não havendo a possibilidade de ver os possíveis inter-relacionamentos entre eles.

2.1.2 O novo conceito de educação com o advento das novas tecnologias

O conceito anterior tornou-se incapaz de lidar com as constantes mudanças que a sociedade se depara. O aumento do volume de informação disponível ao cidadão comum, e em especial aos profissionais que têm como parte do seu trabalho diário a tarefa de tomar decisões; a dificuldade em lidar com sistemas com maior ou menor grau de integração e necessidade de fazer relacionamentos entre novos campos do conhecimento antes isolados; o estabelecimento de novos padrões de comportamento social; a migração do trabalho regular para o trabalho em casa; a constante formação e reciclagem dos profissionais; a internacionalização do conhecimento; entre outras. Por todos estes motivos, a escola deve ser um espaço privilegiado, rico em recursos que promova a aprendizagem, num ambiente onde os alunos possam construir os seus conhecimentos segundo os estilos individuais de aprendizagem que os caracteriza. Utilizando para o efeito sistemas interativos com apoio tecnológico, onde a motivação para a aprendizagem surge no aluno, cabendo apenas à escola dotá-lo de capacidades que permitam no seu futuro profissional aprender qualquer assunto que lhe interesse. Nesta filosofia de educação, o professor deixaria de ser um „passador‟ de conhecimento, mas sim um guia, um conselheiro, um parceiro do aluno na procura da informação e da verdade, tornando assim mais ativo o papel do aluno na educação. Vale a pena salientar que não somente na educação, mas de modo geral, estamos vivendo um período revolucionário que vai além dos computadores e das inovações na área

11

de telecomunicações, essas mudanças ocorridas na atualidade nos fazem pensar em como será a condição humana nos próximos anos. Vivemos, praticamente, numa era globalizada em que somos chamados a nos inserir no contexto informatizado, portanto, há que se conscientizar que em nosso contexto a formação educacional também precisa ser repensada. Logo, somos convidados a mudar certos conceitos que eram acatados como certos. Ao analisar o relato de um artigo constatamos o quanto estamos longe de entender esta era tecnológica avançada vivenciada pela humanidade nas últimas décadas. Sentado na sala de estar, ligo o televisor, uso um teclado sem fio infravermelho - e acesso o banco de dados de um canal qualquer. Vejo a programação e „salvo‟ um filme na memória do aparelho para vê-lo mais tarde, na hora, a tela me informa quanto será o custo financeiro. No menu de anúncios, acesso um curso de formação à distância, características, detalhes de seus métodos, grade curricular, tempo de duração, formas de pagamento, conceito da Instituição perante o MEC, enfim todas as informações que necessito. Contrato os serviços. Toca o telefone, a tela sintoniza. Aceito a ligação e vejo no quadrante quem me chama. É o meu novo professor de educação à distância. Conversamos e ele me passa uma listagem de referências bibliográficas e tarefas a serem desenvolvidas, imprimo-as em copiadora acoplada ao televisor. Entro na Internet, verifico meus e-mails e respondo-os, navego virtualmente pelo mundo da informação, entrando em ícones próprios e solicito que me enviem alguns livros. Imagine em que ano estou? 2.010, num país de primeiro mundo! Percebo que o mundo evoluiu e já estamos no terceiro milênio, com transformações de comunicação, programação,

vendas

e

educação.

(REVISTA

TECNOLOGIA

EDUCACIONAL, 1998, p).

Esta mesma revista já mostrava em 1993 que a introdução do computador no campo da educação não é mais questionável, parte-se do pressuposto da inevitabilidade, levando-se a discussão o fato de como utilizá-lo, quais as vantagens, qual o papel do professor, dentre outras. E falando em educação, sabemos que ela está na pauta das discussões em todo o mundo e, portanto, também no Brasil. Nas Universidades, nas escolas, nas instituições de pesquisa, nas organizações não governamentais, nas associações de classe, na mídia, são apontadas perspectivas para a educação brasileira.

12

Podemos notar que a sociedade brasileira vive um momento de grandes transformações, tanto econômicas quanto tecnológicas, ao mesmo tempo em que os avanços na educação transcorrem de forma bastante lenta. Embora a "modernização" no Brasil tenha acontecido de forma surpreendentemente rápida, pela importação de bens tecnológicos, ela não se faz acompanhar da construção de uma consciência em torno de um desenvolvimento autosustentável. Neste aspecto, as transformações educacionais são necessárias, é preciso uma formação pessoal e profissional, devemos descobrir novos horizontes na área educacional, buscar a capacitação profissional para que possamos ter uma educação melhor e com qualidade, devemos reestruturar nossos pensamentos, não podemos ter medo do novo. Reformar o pensamento, essa é a proposta de Edgar Morin (2000), estudioso francês que passou a vida discutindo grandes temas. Pai da teoria da complexidade, minuciosamente explicada nos quatro livros da série O Método, ele defende a interligação de todos os conhecimentos, combate o reducionismo instalado em nossa sociedade e valoriza o complexo. A palavra complexidade inserida pela teoria de Edgar Morin pode de início, causar um impacto negativo, o ser humano tende a afastar tudo o que é (ou parece) complicado. Este autor sugere que se faça, com urgência, uma modificação nessa forma de pensar. Na educação, o francês mantém a essência de sua teoria. Ele vê a sala de aula como “um fenômeno complexo, que abriga uma diversidade de ânimos, culturas, classes sociais e econômicas, sentimentos (...)”. Um espaço heterogêneo e, por isso, o lugar ideal para iniciar essa reforma da mentalidade que ele defende.

2.2 Mudanças na prática docente

Certamente estas questões têm estado em grande parte nos pensamentos dos professores na atualidade, e existe uma procura grande de respostas fáceis e imediatas para as dúvidas quanto ao uso de equipamentos ou então produtos tecnológicos. Não é muito fácil pensar em mudanças na prática docente quando se tem 20 ou 30 anos de atividade, e até aquele momento, alcançado resultados satisfatórios. Estas mudanças de procedimento didático colocam o professor no lugar do desconhecimento que pode ser um lugar bastante incômodo. Este lugar do “não saber” pede que o professor se movimente em direção de um “novo saber”; e este aparece de forma

13

compartilhada entre alunos e professores, porque o que é desconhecido para o professor, pode também ser desconhecido para o aluno. A troca constante de experiências e a descoberta compartilhada de conceitos têm sido um foco bastante presente na prática do professor, promovendo uma reflexão crítica dos paradigmas vigentes anteriormente. Hoje o professor precisa estar aberto ao desconhecido e ao novo, encontrando-se com o saber, disposto a conhecê-lo e modificá-lo se for preciso. Estes saberes rompem muitas barreiras, como por exemplo, o da distância entre educador e educando. A tecnologia e a linguagem digital podem neste momento transformar a prática docente em um instrumento mais dinâmico e interativo, onde a distância não prejudicará a possibilidade do saber. Muitas vezes o aluno não está no mesmo ambiente que o professor sendo assim é necessário utilizar as mídias interativas, as quais proporcionam aos alunos, em espaços geograficamente separados de seus professores, momentos onde podem viver uma aula de forma tão interativa quanto

à

aula

presencial.

Mediados

pelos

computadores,

teleconferências

ou

videoconferências, os alunos podem interagir com seus professores, em tempo real, fazendo as trocas necessárias ao processo de ensino-aprendizagem. Cabe ao professor e ao aluno suplantarem a barreira tecnológica e usá-la em benefício próprio, como mediadora, pois o conhecimento só é apreendido se tivermos a frente deste processo pessoas abertas a darem e receberem conhecimento. O processo de ensinoaprendizagem não acontece se não tivermos a interatividade e a troca entre indivíduos. Seja em tempo real ou a posteriori um indivíduo cria e transforma um saber, para que outro indivíduo possa conhecê-lo, agregá-lo e utilizá-lo em benefício próprio e dos outros que o rodeiam.

2.3 Processo de aprendizagem

Pensando nestas questões, é importante que retomemos o foco principal do processo de aprendizagem, que é o homem. Homem este, que descobre, aprende e ensina. Este homem que não é um “qualquer” no desenvolvimento da sociedade, e sim o produtor e transmissor do saber adquirido, e no mesmo momento o receptor de novas descobertas e conhecimentos. O inventor e utilizador das tecnologias.

14

Quando nos deparamos com este processo de aprendizagem, é importante lembrar que cada indivíduo possui particularidades no aprender, ou seja, cada pessoa tem seu estilo de aprendizagem. Temos alunos que aprendem vendo, observando as demonstrações, este se trata do estilo visual. Existem aqueles que por sua vez aprendem através de instruções verbais, as quais podem ser de outras pessoas e dele próprio, estamos falando agora do estilo auditivo. E temos também alunos que aprendem fazendo, se envolvendo diretamente com o que esta sendo trabalhado, este é o estilo de aprendizagem físico. Estes três estilos de aprendizagens devem ser observando por todos nós professores enquanto desenvolvemos nosso trabalho, e para isso devemos prestar atenção no comportamento de nossos alunos, levando em consideração que: - Aluno Visual: é aquele que gosta de descrições, tem uma concentração intensa e é muito bom na escrita manual. É uma pessoa um pouco reprimida, não fala longamente, mas fica impaciente quando tem que escutar por muito tempo. É uma pessoa organizada, que planeja antecipadamente o que tem a fazer. - Aluno Auditivo: gosta muito de diálogo, mas se distrai facilmente com sons. Tem mais dificuldade em aprender nos estágios iniciais, mas é bastante crítico ao discutir situações cotidianas. É uma pessoa que explode verbalmente, mas se acalma rápido, normalmente expressa suas emoções verbalmente e através de mudanças de tom, volume ou intensidade de voz. Gosta de ouvir, mas não sabe esperar muita pra falar. - Aluno Físico: este é o aluno que precisa experimentar as coisas, tocá-las, sentir o que está fazendo, precisa manipular o experimento para que possa compreender melhor que esta sendo estudado. É um aluno inquieto, movimenta-se muito e encontra qualquer motivo para poder levantar a mão. Quando fala sempre gesticula, perde o interesse rapidamente em discursos verbais muito detalhados. Aproveitando este último estilo de aprendizagem podemos continuar a discutir a questão da aprendizagem, pois sempre que o aluno tiver a oportunidade de aprender fazendo, teremos uma maior possibilidade de tornar a aprendizagem significativa. De uma maneira geral, jovens e adultos não estão particularmente dispostos a enfrentar livros ou textos, os quais estão cheios de informações enfadonhas. É fácil perceber que horas de leituras não são muito bem vindas, sendo assim pode acontecer o afastamento da tarefa de aprender. Logo é preciso propiciar oportunidades aos alunos onde eles possam participar ativamente deste processo de ensino/aprendizagem, desenvolvendo novos conhecimentos e novas habilidades, para que com isso a ato de aprender ocorra naturalmente e de forma eficaz.

15

Para aprender, o sujeito necessita estar apto a fazer um investimento pessoal no sentido de renovar-se com o conhecimento. Implica um movimento que envolve tanto a utilização dos recursos cognitivos mesclados com os processos internos, quanto suas possibilidades sócioafetivas. Vale dizer que a aprendizagem vai acontecendo à medida que a criança vai construindo uma série de significados que são resultados das interações que ela fez e continua fazendo em seu contexto social. Hoje é impossível empurrar conhecimentos “goela abaixo” em nossos alunos, é preciso dar significado para o que está sendo ensinando. A partir do momento que o assunto torna-se significativo para o aluno ele passa a apropriar-se de uma maneira mais tranqüila dos conteúdos estudados. Dentre as idéias de Ausubel sobre problemas de educação e aprendizagem, temos as que dizem respeito à aprendizagem significativa, a qual é concebida como processo de adquirir significado a partir de material potencialmente significativo, e suas implicações para a organização e funcionamento da estrutura cognitiva, o qual se preocupa com o ato de compreensão, transformação, armazenamento e uso da informação.

Formação de conceitos

Por descoberta

Aprendizagem significativa

Por recepção

Condições

Idéias âncoras

Novas informações

Predisposição para aprender

Pensando então em uma aprendizagem significativa, que requer a utilização de um material potencialmente significativo, vamos então implantar em nossa prática educacional recursos que atinjam este objetivo. É fácil perceber que as tecnologias possibilitam este tipo de aprendizagem, então podemos passar a utilizar mais a informática, recurso este que com certeza deve tornar a aula mais dinâmica e com significado para os alunos.

16

2.4 Conceito de informática

Partindo de um princípio lógico a informática está ligada a duas palavras que são “informação” e “automática”. Informática nada mais é do que o tratamento automático da informação através da utilização de técnicas, procedimentos e equipamentos adequados. Quando falamos em equipamentos adequados, temos em primeira mão os computadores, os quais são ferramentas importantíssimas no processo de ensino/aprendizagem dentro da escola. Para a implantação do computador na educação são necessários basicamente quatro ingredientes: o computador, o software educativo, o professor capacitado para usar o computador como meio educacional e o aluno. Todos eles têm igual importância dentro do processo de ensino. Na educação o computador tem sido utilizado tanto para ensinar sobre computação como para ensinar praticamente qualquer assunto, ou seja, o ensino através do computador, sendo assim o professor deve estar capacitado a proporcionar isso ao aluno. Mas devemos lembrar que a verdadeira função do aparato educacional não deve ser a de ensinar, mas sim a de criar condições de aprendizagem. Isto significa que o professor deve deixar de ser o repassador do conhecimento - o computador pode fazer isto e o faz muito mais eficientemente do que o professor - e passar a ser o criador de ambientes de aprendizagem e o facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do aluno. As novas tendências de uso do computador na educação mostram que ele pode ser um importante aliado neste processo que estamos começando a entender. O computador não é mais o instrumento que ensina o aprendiz, mas sim a ferramenta com a qual o aluno desenvolve algo, e, portanto, o aprendizado ocorre pelo fato de estar executando uma tarefa por intermédio do computador, tarefa essa que pode ser bem simples como, por exemplo: a elaboração de um texto no Word, uma planilha no Excel ou uma pesquisa na Internet. Mas o professor também pode utilizar os softwares existentes no mercado, os quais podem ser adquiridos pela escola ou ainda podem ser gratuitos. O que acontece nas escolas, nos dias de hoje, é que a prática pedagógica do professor em relação à informática está reduzida a mecanismos, ou seja, atividades em que o aluno não tem a oportunidade de estar criando, enfrentando desafios que o motivem a desenvolver o trabalho. Não é preciso partir necessariamente de atividades muito complexas, o que se sugere é que o professor comece por atividades bem simples; pode iniciar com uma atividade que envolva um software comum, como o Word ou o Paintbrush, por exemplo, pode também

17

incentivar seus alunos a navegarem pela Internet buscando informações para serem utilizadas em um projeto que pode ou não envolver o uso do computador, mas que necessariamente faz com que o aluno desenvolva suas habilidades com ele. A idéia é que o professor vá se familiarizando com o mundo da informática, experimentando, testando, errando, aprendendo e percebendo, aos poucos, como ele e seus alunos podem utilizar os recursos da informática, pois a incorporação de toda a tecnologia disponível no mundo de hoje é essencial para tornar a Matemática uma ciência de hoje. O professor não precisa ter medo, ficar preocupado com o fim da função docente com o aparecimento do computador, pois este é apenas mais um recurso, muito poderoso, mas um recurso. Podemos colocar como exemplo, o surgimento do livro didático, que a princípio assustou muitos professores, pois achavam que com o livro didático o aluno conseguiria seguir o curso por si mesmo, mas o que podemos ver é que o livro didático veio a dar um grande apoio ao professor. Sendo assim, o professor pode ficar tranqüilo, pois, o computador não passa de um processador de informações e não faz nada que não tenha sido programado para fazer. Por trás de uma tela bonita e colorida há sempre um grande trabalho intelectual e “braçal”, feito por pessoas humanas trabalhando individualmente ou em equipe. Podemos ainda colocar o computador como sendo um “livro didático digital”. Mas, ter um computador na escola não significa que sua educação será melhor que a de qualquer outra, ou até mesmo mais moderna. Os computadores são instrumentos, e o que realmente importa é como a escola os integra ao processo educacional. Quando a tecnologia é usada e o professor não obtém sucesso no seu trabalho, ele acha que o recurso não é viável, mas às vezes ele não sabe como utilizá-lo corretamente. O que acontece é que a atividade é um fator de motivação para o aluno, mas o professor simplesmente reproduz o ambiente de sala de aula, fazendo com que o aluno fique desmotivado. Daí surge à dúvida do professor: Será que estamos condenados a utilizar o computador em atividades desvinculadas do conteúdo? A explicação para isso é a falta de elaboração de atividades que possam ao mesmo tempo dar conta do conteúdo e façam com que o aluno trabalhe motivado. O trabalho com informática deve ser diferenciado, e as teorias de aprendizagem e desenvolvimento que fundamentam esse trabalho devem ser teorias que enfatizem o processo de construção do conhecimento pelo aluno. Sendo assim teremos um forte referencial nas teorias de Piaget e Vygotsky, pois nelas podemos encontrar claramente estes aspectos. Piaget (1973) fala que a construção ocorre a partir do mecanismo de equilibração e seus dois

18

componentes são: a assimilação, na qual o indivíduo atua sobre o meio, transformando-o, a fim de adequá-lo às suas estruturas; e a acomodação, na qual o sujeito é modificado para ajustar às diferenças impostas pelo meio. Vygotsky (1984) explica esta construção através do mecanismo de internalização. Para ele, no desenvolvimento cultural da criança, todas as funções ocorrem duas vezes: primeiro no nível social e depois no nível individual; primeiro entre pessoas e depois no interior da criança. O que pode ser observado no que foi exposto acima é que enquanto Piaget enfatiza a interação como meio físico, Vygotsky da ênfase sobre a interação com o social-cultural, mas ambos consideram o sujeito como um ser ativo que constrói ou reconstrói seu próprio conhecimento. Numa escola onde o trabalho com a informática está sendo desenvolvido de forma correta podemos perceber claramente alguns acontecimentos: Primeiro, quando o professor coloca o aluno para trabalhar, ele é obrigado a deixar de ser expositivo. Na maioria do tempo na escola atual, o professor dá aulas de cunho exclusivamente expositivo, momentos que passam a ser cansativos para os alunos, causando assim o desinteresse. Sendo assim algumas aulas numa dinâmica diferente vão enriquecer estes momentos, tornando a aula mais atraente e estimulante. Segundo, após tanto tempo sendo professor, ele tem a oportunidade de voltar a ser aluno, pois tem que saber como utilizar o computador, e isso é a causa de muitas reflexões que só vivendo o processo é que se consegue. Para Pierre Lévy, a narrativa da linguagem digital rompe com o pensamento linear e seqüencial, dando espaço a fenômenos descontínuos onde o espaço e o tempo tem características bem particulares de acordo com o que o aluno deseja e precisa saber, sendo assim o professor precisa pesquisar para compreender este processo. Terceiro, na sala de aula pode acontecer que o aluno saiba mais que o professor, falando a respeito da utilização da ferramenta, isso força o professor a ter certa postura diante do aluno, mostrando que é impossível saber tudo. Neste momento é importante deixar claro que todos devem estar sempre prontos para aprender, inclusive o professor, colocando em prática a humildade que deve estar presente dentro de cada um. O quarto e último acontecimento é o de que todos podem estar no mesmo barco, tendo as mesmas dificuldades, o que favorece a solidariedade, o trabalho em equipe, o auxílio mútuo. Desta forma todos passam a aprender juntos, construindo assim todas as competências possíveis dentro deste espaço de ensino.

19

2.5 Conceito de software

Software é um conjunto de instruções colocadas em ordem lógica que quando executada, a seqüência de comandos presente nele controla o computador de modo a levá-lo a realização de tarefas de maneira eficiente e rápida, que para o ser humano seria de maneira difícil e demorada.

2.5.1 Classificação de Softwares

Existem atualmente no mercado softwares que nos solucionam os mais diversos problemas com resultados excelentes ou customizam o desenvolvimento de trabalhos que se fossem feitos de maneira análoga, não teriam a versatilidade, precisão e rapidez que se obtidos através de softwares. Existem atualmente softwares de caráter original e softwares de caráter protegido, onde é necessário fazer a aquisição de uma licença para que possa ser utilizado. Existem também aqueles de uso e distribuição livre, conhecidos como freeware e também há ainda aqueles que depois de um tempo de uso é necessário licenciá-lo para continuar utilizando-o, porém esta licença tem um preço muito inferior a um software análogo distribuído por uma grande empresa no desenvolvimento de softwares. Há ainda os programas desenvolvidos de forma personalizada, programas que servem para atender a exigências específicas. A divisão destes softwares é feita basicamente em softwares de base e de aplicação, e softwares sob medida e aplicativos. Cada um destes possui características específicas que vão desde o funcionamento do computador até os mais modernos recursos gráficos.

2.5.2 Softwares de Base

Podemos afirmar que é parte indispensável ao funcionamento do computador, pois sem eles o computador funciona, mas numa espécie de estado “vegetativo”, uma vez que fica impossibilitado de realizar tarefas de quaisquer espécies. Um exemplo deste tipo de software

20

são os Sistemas Operacionais, que controlam a unidade central de processamento do computador, gerenciam memória, monitoram as atividades do processador, controla os acessos aos periféricos, coordena a entrada e saída de informações, asseguram a estabilidade de outros softwares que estejam sendo executados no momento, de maneira a oferecer o melhor desempenho e estabilidade ao usuário. Nesta classificação também era costumeiro incluir os ambientes operacionais, que representavam uma interface gráfica que rodava sob um sistema operacional de comandos. Visto o desenvolvimento tecnológico deste ambientes operacionais, também conhecidos como plataformas operacionais gráficas, eles passaram a ser independentes dos sistemas operacionais não gráficos, tornando-se eles próprios também sistemas operacionais. Um exemplo clássico é o Windows.

2.5.3 Softwares de Aplicação

Os softwares de aplicação são nada mais que os programas de que nos utilizamos dia-adia para a resolução de problemas específicos ou execução de tarefas de maneira customizada. Podem

ser

desenvolvidos

por

Softhouses,

firmas

especializadas,

empresas

de

desenvolvimento de programas ou pelo próprio usuário, desde que este tenha domínio em alguma linguagem de programação.

2.5.4 Softwares Sob Medida

São desenvolvidos por empresas especializadas, programadores ou mesmo usuário, desde que tenham conhecimento de alguma linguagem de programação. São criados para atenderem a necessidades muito específicas e exclusivas do usuário ou empresas. Geralmente são desenvolvidos por razão dos softwares aplicativos não atenderem ou atenderem mal as necessidades do usuário. Podemos exemplificá-los como sistemas de lojas, bancos, empresas em geral etc.

21

2.5.5 Softwares Aplicativos

São programas destinados a diversas aplicações. Geralmente são comercializados mundialmente para atender de uma forma padrão e versátil as mais diversas necessidades de milhões de usuários.

2.6 A Internet

A Rede Mundial de Computadores foi criada na década de 60 a pedido do ministro de defesa dos Estados Unidos da América. O objetivo era transmitir documentos e informações de forma não centralizada, ou seja, as transmissões não seriam feitas sempre de um mesmo lugar. Deste modo, as informações estariam protegidas dos soviéticos em razão da Guerra Fria, guerra de poder e armamento entre os Estados Unidos e a União Soviética. Esta rede de longa distância criada em 1969, foi denominada ARPANET, onde ARPA era acrônimo de “Advanced Research Projects Agency Network, e foi criada em consórcio com as principais universidades e centros de pesquisa dos Estados Unidos. No início da década de 70 a rede foi usada exclusivamente por universidades e centros de pesquisa para a troca de experiências técnicas e científicas. Com o aumento significativo do número de computadores pessoais na década de 80, a Internet se expandiu para usuários de todos os tipos, porém de uma maneira essencialmente restrita uma vez que ainda era usada para fins técnicos e científicos com o leve introdução de seu uso por grandes corporações, devido ao seu alto custo.

2.6.1 A Origem do WWW

A World Wide Web (Rede de Alcance Mundial) teve o seu início através da física. Tudo começou em março de 1989, quando Tim Berners Lee da European Participle Physics Labotory (um grupo europeu de físicos pesquisadores) teve a idéia de desenvolver um projeto para criação de um meio de transporte para pesquisas e idéias de forma visualmente mais atrativa para toda a organização (que é conhecida com CRN – Eurpean póur Récherche

22

Nucleaire). No final de 1990, o primeiro software Web foi lançado. Ele permitia visualizar e transmitir documentos em hipertexto para outras pessoas da internet. Com o tempo o software foi melhorando e a ele foram acrescentadas outras capacidades. Porém o número de pessoas que se utilizavam desta nova tecnologia para visualização de documentos era extremamente pequeno. Aproximadamente nesta época que foi criado o protocolo HTTP (Hiypertext Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Hipertexto), que estabeleceu a fundação da Web e que se encontra presente até os dias de hoje. O software que era utilizado para a visualização de hipertexto era chamado de browser ou navegador, sendo este primeiro criado em 1993 o MOSAIC, do qual descendem todos os navegadores da atualidade, sendo também o primeiro a usar a interface gráfica da World Wide Web. Desenvolvido pela National Center for Supercomputing Applications – Centro Nacional para Aplicação em Supercomputadores (NCSA), na Universidade de Illinois (E.U.A.), a princípio ele foi distribuído gratuitamente por razão de ter sido desenvolvido com financiamento público. Derivado do MOSAIC surgiu o Netscape, que era distribuído gratuitamente em suas versões menos sofisticadas. Em 1995, surge então o navegador da Microsoft, incluso em seu mais novo sistema operacional, o Internet Explorer para Windows 95. É atribuído o ano de 1993, como o ano de explosão de uso da Internet, sendo 1995 o ano em que mais cresceu o número de usuários.

2.6.2 Definições

É designado como Internet toda a rede mundial de computadores e seus serviços. É designado internet com “i” minúsculo uma rede de redes, e não propriamente a rede mundial. É designado como Web um dos serviços oferecidos pela Internet, como por exemplo a visualização de páginas.

2.6.3 O que é a Internet

De todas as tecnologias lançadas no último século, a Internet foi a maior responsável por esta interligação global e a crescente demanda do crescimento da velocidade da

23

informação. Com sua primeira fase, com uso restrito a técnicos e cientistas que desejavam compartilhar documentos de estudo e caráter profissional, com a segunda sendo utilizada para fins comerciais de grandes corporações e mais atualmente expandida a todos, é uma fonte de entretenimento, informação, conhecimento e comunicação. Embora tenha o seu lado bom, também possui seu lado ruim uma vez que não há leis específicas que regem o seu uso e as poucas que tentam ser implantadas são de alta ineficiência. Atualmente é possível fazer compras, conversar com pessoas do outro lado do mundo a um custo acessível, visualizar sites de entretenimento, obter informações de pesquisas e estudos acadêmicos e profissionais entre outras mil possibilidades. Na Internet é possível encontrar tecnologias que permitem a visualização de páginas, upload e download de arquivos, sejam estes arquivos de textos, programas gratuitos, informações, músicas, vídeos, animações entre outros; enviar e receber mensagens eletrônicas, conversar em tempo real vendo ou não a outra pessoa com o periférico de captura de imagem, entrar em fóruns, grupos de notícias entre outros serviços disponíveis.

2.7 Análise e discussão dos resultados da pesquisa aplicada

Diante da preocupação de como os professores estão procedendo dentro da escola no que diz respeito à utilização de recursos tecnológicos, fez-se necessária uma pesquisa, assunto esse que atualmente tem pode definido de algumas formas diferentes. Para Ferrari (1982): “Pesquisa é uma atividade humana, honesta, cujo propósito é descobrir respostas para indagações ou questões significativas que são propostas”. Para Selltiz (1974): “A finalidade da pesquisa é descobrir respostas para questões mediante a aplicação de métodos científicos”. Cervo & Bervian (1985) definem pesquisa como: “Uma atividade voltada para a solução de problemas, através de emprego de processos científicos”. Para Andrade (1984): ”É um conjunto de procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos, mediante a utilização de métodos científicos”. Resumindo podemos dizer que a pesquisa é fundamental quando se pretende analisar ou buscar soluções para determinados problemas. Com base no problema levantado neste trabalho foi aplicado um questionário no qual foi possível observar as dificuldades e os problemas enfrentados por professores e alunos devido à falta de recursos, a falta de preparo tanto do professor quanto equipe técnica, a existência de equipamentos desatualizados ou até

24

mesmo inutilizados por falta de manutenção, entre outros. Também notou-se na fala da grande maioria que alguns professores nem sempre dominam o conteúdo que ensinam muito menos os que dizem respeito às tecnologias. Muitos se encontram sobrecarregados com aulas em mais de uma escola, e com isso surge à falta de tempo para estudar e assim experimentar novos caminhos no ato de ensinar. É comum encontrarmos nas escolas casos de professores evitando sempre que podem a sala de aula ou fazendo de conta que ensinam, resultado de um esgotamento profissional prematuro. Nesta pesquisa foram aplicados 100 questionários entre os quais 50 foram respondidos por professores da rede pública, 30 professores da rede privada e 20 professores da rede pública e privada, como podemos verificar na tabela e no gráfico abaixo. Tabela 1 – Você trabalha na rede pública ou privada?

Alternativas

Freqüência

Percentual

Rede Pública

50

50%

Rede Privada

30

30%

Rede Pública e privada

20

20%

Ft = 100

100%

Gráfico 1 - Você trabalha na rede pública ou privada?

50 40 30 20 10 0 Rede Pública

Rede Privada

Rede Pública e privada

25

Diante da necessidade de obter o maior número de informações possíveis fez-se aplicação da pesquisa nos níveis de ensino citados abaixo. Tabela 2 – Quais os níveis de ensino que você atua?

Alternativas

Freqüência

Percentual

Fundamental I

6

6%

Fundamental II

48

48%

Ensino Médio

33

33%

Superior

13

13%

Ft = 100

100%

Gráfico 2 – Quais os níveis de ensino que você atua?

50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Fundamental I

Fundamental II

Ensino Médio

Superior

26

Em várias escolas percebeu-se existência de alguns recursos que podem ser utilizados dentro ou fora da sala de aula. Os recursos citados pelos professores foram organizados, tabulados e projetados em um gráfico para uma maior facilidade de análise. Tabela 3 – Quais os recursos tecnológicos disponíveis nas escolas onde você trabalha?

Alternativas

Freqüência

Percentual

TV/Vídeo

60

26,10%

TV/DVD

45

19,60%

Retroprojetor

15

6,50%

Computador

60

26,10%

Outros

50

21,70%

Ft = 230

100%

Gráfico 3 – Quais os recursos tecnológicos disponíveis nas escolas onde você trabalha?

60 50 40 30 20 10 0 TV/Vídeo

TV/DVD

Projetor

Computador

Outros

27

Como podemos notar, algumas escolas estão devidamente equipadas com vários recursos os quais podem e devem ser utilizados pelos professores, mas os problemas não ficam somente na questão dos equipamentos, as dificuldades se estendem ainda mais quando falamos em capacitação dos professores. O que veremos a seguir demonstra as dificuldades enfrentadas pelos professores mediante a utilização dos recursos tecnológicos dentro da escola. Tabela 4 – Quanto à utilização de recursos tecnológicos quais são as dificuldades sentidas por você durante o processo de ensino?

Alternativas

Freqüência

Percentual

30

30%

10

10%

5

5%

15

15%

40

40%

Ft = 100

100%

1) Falta de preparo técnico para dispor de recursos tecnológicos. 2) Ausência de uma linha teórico-metodológica para auxiliálo na sua atuação e planejamento. 3) Receio de utilizar esses recursos. 4) Número de aulas e conteúdos a serem trabalhados, o que não me permite inovações. 5) Não tenho dificuldades na utilização deste tipo de recurso.

Gráfico 4 – Quanto à utilização de recursos tecnológicos quais são as dificuldades sentidas por você durante o processo de ensino?

40 35 30 25 20 15 10 5 0

1

2

3

4

5

28

Partindo do pressuposto da aplicabilidade destes recursos, como já vimos anteriormente, a discussão não está mais em saber se devemos ou não aplicar estes recursos, mas sim como e porque aplicá-los, sendo assim levantou-se o questionamento sobre quais as necessidades atuais que levam o professor a aplicar estes recursos. Tabela 5 – A utilização dos recursos tecnológicos se faz necessários atualmente, pois:

Alternativas

Freqüência

1) A exigência no mercado de trabalho é muito grande; 2) A tecnologia possibilita uma maior interação dos alunos com os assuntos a serem trabalhados; 3) O domínio de mais uma ferramenta torna o aluno mais seguro. 4) Acredito a utilização destes recursos não influencia no processo de ensino-aprendizagem. 5) Outros:

Percentua l

15

15%

70

70%

15

15%

0

0%

0

0%

Ft = 100

100%

Gráfico 5 – A utilização dos recursos tecnológicos se faz necessários atualmente, pois:

70 60 50 40 30 20 10 0

1

2

3

4

5

29

O próximo questionamento diz respeito ao processo de aprendizagem, ou seja, a questão foi levantada para que os professores pudessem relatar suas considerações quanto à utilização dos computadores na escola, pensando de que forma a aprendizagem torna-se possível com a utilização deste recurso. O sexto questionamento desta pesquisa foi: - Pensando mais especificamente no computador, como você imagina que se desenvolve o processo de construção do conhecimento, com a utilização deste recurso? Dentre os relatos dos professores surgiram pontos muito importantes, dos quais se destacam: “Os computadores podem ser utilizados tanto como elemento de interação, com conteúdos específicos da disciplina e também como auxilio na elaboração de aulas, e isso facilita o processo de ensino”. “Com a utilização dos computadores também podemos utilizar a internet, e com isso a quantidade de informações é muito grande, e sendo assim a possibilidade de que o aluno aprenda aumenta”. “O acesso do aluno a informação acaba sendo muito maior em relação aos alunos que não a usam, com isso ele passa a aprender com mais facilidade”. “Se for utilizado de forma correta o aluno tem a oportunidade de construir o conhecimento com muito mais facilidade”. “O processo de construção do conhecimento se torna mais interessante, pois não fica centrado no professor e o aluno pode explorar o assunto de várias maneiras”. “Pela pesquisa através da grande diversidade de informações que podem ser encontradas na internet”. “De uma maneira mais dinâmica e interessante, pois o uso deste recurso torna aula mais agradável para o aluno, sendo assim este recurso o atrai”.

30

“O computador deve ser usado para ensinar, mas também nos ajuda a aprender. Ele é uma ferramenta pedagógica que cria um ambiente interativo que proporciona ao aprendiz, diante de uma situação problema, momentos para investigar, levantar hipóteses, testá-las e refinar suas idéias iniciais, construindo assim seu próprio conhecimento e tomando conhecimento das tecnologias existentes”. “Este recurso possibilita a percepção de mundo de forma diferente, faz o aluno perceber que quase tudo esta ao seu alcance, tudo o que diz respeito à educação”. “Com a utilização do computador durante nossa prática diária temos a chance de possibilitar ao aluno a descoberta de um novo significado para a educação”. “O professor interage muito mais com o aluno e consegue atingir seus objetivos propondo para o aluno o novo, utilizando-se do novo, aumentando assim o processo de construção do conhecimento”. “Com a utilização dos computadores o professor tem a oportunidade de romper com os modelos lineares de aquisição do conhecimento, pautados por pré-requisitos, etapas rígidas e formais de ensino e aprendizagem, cadeias de conteúdos, e escalas de avaliação da aprendizagem”. “Desta forma a educação passa a estar pautada numa perspectiva que mobiliza o aluno a um conhecimento múltiplo, a uma aprendizagem favorável para a sua formação como cidadão brasileiro”. “Atualmente vivemos numa sociedade do conhecimento onde a prática pedagógica deve fazer com que o aluno reflita, defenda suas idéias, construa, critique, produza e projete, e as tecnologias podem propiciar isso”.

Como percebemos, muito do que os professores relatam é bem favorável ao processo de ensino com a utilização dos computadores, mas também notamos a sua insatisfação com a falta de equipamentos ou quando estes existem são ultrapassados e estão sem manutenção, impedindo assim muitas vezes a utilização dos mesmos ou ainda tendo poucos recursos quando é possível utilizar o recurso.

31

Levando em conta os relatos das experiências dos professores quanto à utilização dos computadores levantou-se o seguinte questionamento:

Tabela 7 – No seu dia-a-dia o computador tem estado presente:

Alternativas

Freqüência

Percentual

Somente para solicitar trabalhos aos alunos;

0

0%

Somente para correspondências;

0

0%

Para a elaboração de aulas;

50

50%

Para pesquisas envolvendo a disciplina;

50

50%

Não utilizo o computador.

0

0%

Ft = 100

100%

Gráfico 7 –

50 45 40 35 30 Série1 25 20 15 10 5

1 0

2

3

4

5

32

E finalizando a pesquisa de campo, a última questão a ser pensada foi para que cada professor se posicionasse perante a seguinte situação: - Você considera a utilização dos computadores importante na sua disciplina?Por quê? Neste questionamento 100% dos professores responderam sim, ou seja, todos são favoráveis à utilização dos computadores em suas aulas. A grande maioria afirma que este recurso torna a aprendizagem muito mais significativa e muito mais interessante, desde que utilizado de forma correta. O computador faz com certos elementos da matemática sejam mais facilmente representados, facilitando assim a compreensão do assunto que está sendo trabalhado com os alunos. Para muitos professores esta ferramenta se encaixa diretamente no objetivo de atualizar tanto o educando como o educador. Também é importante salientar que com o advento da globalização, que para muitos se entende com uma nova era, a do conhecimento, a educação é tida como o maior recurso de que se dispõe para enfrentar essa nova estruturação do mundo e preparar o homem “global”. Dela depende a continuidade do atual processo de desenvolvimento econômico e social, também conhecido como era pós-industrial, em que notamos claramente um declínio do emprego industrial e a multiplicação das ocupações em serviços diferenciados: comunicação, saúde, turismo, lazer e informação. Esse homem "global" terá por obrigação estudar durante toda a vida para se manter atualizado e membro da sociedade do conhecimento.

33

3. CONCLUSÃO

Podemos perceber que são muitas as dificuldades encontradas na educação durante o processo de desenvolvimento de nossas práticas diárias, quanto mais ainda em face às tecnologias aqui apresentadas, as quais envolvem a informática. Sendo assim devemos pensar de uma forma bem realista nos sucessos que podem ser atingidos com a utilização de cada uma delas, para que assim possamos estar motivados no ato de educar para o futuro. Sabemos da existência de projetos muito interessantes e também bem inovadores, com opor exemplo os softwares educativos, que por falta de estrutura ou condições financeiras não podem ser aplicados em nossas escolas, mas por mais que seja difícil, espera-se que sejamos ousados e criativos para tentar introduzir essas tecnologias que vão auxiliar a todos. A utilização das tecnologias no ensino com certeza propicia aos professores uma oportunidade de estudar mais, de se atualizar nos recursos tecnológicos. Este processo de estudo fará os professores refletirem mais sobre suas aulas, percebendo a necessidade de utilizar frequentemente estes recursos que estão disponíveis em sua escola. Todos estes recursos com certeza estarão colaborando para o sucesso como um todo da educação, isso inclui o sucesso de nossos alunos, os quais muitas vezes não têm muita facilidade na construção do conhecimento proposto em cada fase de suas vidas. Levando isso em conta, podemos dizer que o uso das tecnologias facilitaria muito no desenvolvimento de algumas aulas, as quais quando ministradas de maneira tradicional não seriam compreendidas pelos alunos ou ainda seriam muito cansativas. Também é importante salientar que vivemos atualmente numa sociedade do conhecimento, uma sociedade globalizada, onde a prática pedagógica deve fazer com que o aluno reflita, defenda suas idéias, tenha uma postura firme quanto aos seus interesses, que ele seja capaz de construir seu conhecimento, seja um aluno crítico, que produza e projete, e as tecnologias podem propiciar isso.

34

Sendo assim, com a utilização destes recursos, nossos alunos poderão terminar seus estudos com a certeza de que estarão capacitados e preparados para novas etapas de suas vidas. Estas etapas podem ser tanto na vida acadêmica, dando continuidade no desenvolvimento de seus estudos, ou no mercado de trabalho, etapa que exige-se muito pelo fato de ter que desempenhar suas funções o mais corretamente possível. E para finalizar, podemos dizer que com a utilização das tecnologias durante nossa prática diária estaremos possibilitando aos nossos alunos a chance da descoberta de um novo significado para a educação.

35

4. REFERÊNCIAS

ARAUJO, João Batista; CHADQWICK, Oliveira Clifton B. Tecnologia educacional. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 1985. 224 p. BORBA, Marcelo de Carvalho; PENTEADO, Miriam Godoy. Informática e Educação Matemática. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.104 p. ISBN – 85-7526-021-9. CARVALHO, João Gualberto de; BATISTA, Sylvia Helena S.S. Revisitando a prática docente. São Paulo: Pioneira Thomson Learning , 2003. 163 p. ISBN – 85-221-0340-2. D‟AMBROSIO, Ubiratan. Etnomatemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. 112 p. ISBN – 85-7526-019-7. FERREIRA, Eduardo Sebastiani. História e Educação Matemática. 1.ed. Campinas: Papirus, 1996. 96 p. ISSN – 0101-3262. FONSECA, Maria da Conceição Ferreira Reis. O Caráter evocativo da matemática e suas possibilidades educativas. Revista Zetetike. Campinas: v. 7, n. 11, p. 51-65, jan/jun. 1999. GRACIAS, Tema de Souza. et al. A informática em ação. São Paulo: Olho d‟Água, 2000. 80 p. ISBN – 85-85428-69-4 LAUAND, Luiz Jean. Educação: Filosofia e História. São Paulo: Edix Edições, 1996, 186 p. LAGO, Samuel Ramos. Conversas com quem gosta de aprender. Campina Grande do Sul: Editora Lago, 2004. 152 p. ISBN – 8586452904. LITTO, Fredric M. Repensando a educação em função de mudanças sociais e tecnológicas recentes. São Paulo: Editora SENAC, 1996. 210 p. MASETTO, Marcos Tarciso. Competência pedagógica do professor universitário. São Paulo: Summus, 2003. 378 p. ISBN – 85-323-0831-7 MERCADO, Luís Paulo Leopoldo. Novas tecnologias na educação. Maceió: Edufal, 2002. 210 p. ISBN – 85-7177-117-0 MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Russel, 2000. 210 p. PENTEARO, Miriam Godoy; BORBA, Marcelo de Carvalho; GRACIAS, Tema de Souza. Informática como veículo para mudança. Revista Zetetike. Campinas: v. 6, n. 10, p. 77-86, jul/dez. 1998. PINTO, Maria Alice Leite. Computadores X educadores. Revista Psicopedagógica. São Paulo: v. 18, n.47, p. 41-42, 1999.

36

REVISTA TECNOLOGIA EDUCACIONAL. 1998. ISSN – 0102-5503.

SANCHO, Juana M. Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

37

6. ANEXO

1) Você trabalha na rede publica ou privada? ( ) Pública ( ) Privada ( ) Pública e privada

2) Quais os níveis de ensino que você atua? ( ) Fundamental I ( ) Fundamental II Outros:

( ) Ensino Médio

3) Existem recursos tecnológicos disponíveis nas escolas onde você trabalha? ( ) sim ( ) não Quais?

4) Quanto à utilização de recursos tecnológicos quais são as dificuldades sentidas por você durante o processo de ensino: ( ) falta de preparo técnico para dispor de recursos tecnológicos. ( ) ausência de uma linha teórico-metodológica para auxiliá-lo na sua atuação e planejamento. ( ) receio de utilizar esses recursos. ( ) número de aulas e conteúdos a serem trabalhados, o que não me permite inovações. ( ) não tenho dificuldades na utilização deste tipo de recurso.

5) A utilização dos recursos tecnológicos se faz necessários atualmente, pois: ( ) a exigência no mercado de trabalho é muito grande; ( ) a tecnologia possibilita uma maior interação dos alunos com os assuntos a serem trabalhados; ( ) o domínio de mais uma ferramenta torna o aluno mais seguro. ( ) acredito a utilização destes recursos não influenciam o processo de ensino- aprendizagem. ( ) Outros:

6) Pensando mais especificamente no computador, como você imagina que se desenvolve o processo de construção do conhecimento, com a utilização deste recurso?

7) No seu dia-a-dia o computador tem estado presente: ( ) somente para solicitar trabalhos aos alunos; ( ) somente para correspondências; ( ) para a elaboração de aulas; ( ) para pesquisas envolvendo a disciplina; ( ) não utilizo o computador.

8) Você considera a utilização dos computadores importante na sua disciplina? ( ) sim ( ) não. Por quê?

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.