A Utilização De Sites De Redes Sociais na divulgação da metodologia da Aprendizagem Cooperativa através do Programa de Aprendizagem Cooperativa em Células Estudantis -PACCE, da UFC

June 6, 2017 | Autor: Lucas Reis | Categoria: Education, Social Networking, Educação, Redes Sociais, Aprendizagem cooperativa
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A Utilização De Sites De Redes Sociais na divulgação da metodologia da Aprendizagem Cooperativa através do Programa de Aprendizagem Cooperativa em Células Estudantis - PACCE, da UFC.

Lucas Bernardo Reis Ádamo Bezerra Pinheiro Diogo Fernandes do Nascimento

Resumo O presente artigo se propõe a analisar a utilização das redes sociais na divulgação e acompanhamento das atividades ligadas ao Programa de Aprendizagem Cooperativa em Células de Estudo (PACCE), da UFC e, por conseguinte, da metodologia da Aprendizagem Cooperativa para os meios acadêmico e externos. A pesquisa será realizada em duas etapas: primeiramente, realizar-se-á levantamento bibliográfico acerca dos sites de redes sociais, seus progressos, funções e características básicas que a definem. Posteriormente, através de pesquisa qualitativa, a partir de questionários virtuais e/ou presenciais com os estudantes vinculados aos perfis do referido programa de aprendizagem cooperativa. Espera-se que os principais resultados mostrem como as redes sociais em questão, apresentam um papel preponderante na difusão e divulgação da metodologia característica do programa, além de ser um canal de rápido e fácil acesso para a utilização de um de seus pilares: o feedback, além do sentimento de pertença que se estabelece através das interações virtuais. Busca-se, ainda observar a demanda dos sites de redes sociais, através da sua própria utilização, pela verificação da quantidade de acessos aos mesmos. Ao final do trabalho, espera-se ter um estudo consistente sobre a importância, benefícios e potencialidades da aplicação das redes sociais como um difusor da metodologia da Aprendizagem Cooperativa.

Palavras-chave Aprendizagem Cooperativa; Metodologia; Redes Sociais; Cinco Pilares.

1. Introdução Vivemos em um mundo conectado. Cada vez mais as redes estão presentes, seja na vida escolar quanto na vida social, permeando desde entretenimento a educação; do cultural ao científico. Resultado disso é a criação de novos de relacionamento, maneiras de

comunicação e meios de organização, que fazem das redes sociais um exemplo característico. Afirma Watts (2003 apud RECUERO,2009) que elas, as redes sociais, são dinâmicas, estando sempre em transformação, ocasionada, em sua maioria, pelas interações entres os atores sociais presentes nelas. Nesse novo modelo de mundo, as redes sociais migraram para um novo espaço, a internet, que, para Recuero (2009 apud IRINEU, 2013), seria uma “rede de redes”, abrigando grupos sociais de uma maneira livre, sem intermediários. Estabelecem-se agora, novas fronteiras e maneiras de relacionamento através dos sites de redes sociais (2009), ambientes voltados para a total figuração das redes sociais. Nelas, aspectos como cooperação, competição, conflito e capital social, não oriundos da metodologia de aprendizagem cooperativa, mas que, porém, tem embasamento teórico na mesma, fazem-se presentes. Mediante isso, o presente artigo tem a finalidade de demonstrar como a utilização de espaços digitais, em especial, os sites de redes sociais, contribui para o desenvolvimento dos pilares metodológicos da aprendizagem cooperativa, haja vista a grande quantidade de fluxo, vínculos e valores em circulação (MACHADO, TIJIBOY, 2005). O objetivo do uso desses espaços é mostrar que as tecnologias digitais online são recursos primordiais para a difusão e desenvolvimento dos pilares, principalmente o feedback, na difusão das informações, e da interação, propulsora das transformações nas redes, tornando possível um melhor desenvolvimento de suas ações cooperativas. O artigo está organizado em seções, sendo a primeira, a metodologia utilizada na pesquisa; em seguida, há a conceitualização da metodologia de Aprendizagem Cooperativa; a terceira seção apresenta o conceito de site de redes sociais, exemplos de tais e o processo de mediação computador usuário; a seguir, a análise dos objetos, identificando possíveis traços da metodologia da Aprendizagem Cooperativa.

2. Metodologia Para construção desse trabalho foram realizadas pesquisas partindo do método qualitativo. Segundo Flick (2009 apud Bona, Souza, 2013), “buscam entender, descrever e, por vezes, explicar fenômenos. Elas são utilizadas para que se possa ter acesso a informações mais aprofundadas sobre o objeto em questão”. Utilizamos a classificado de Gil (2010 apud Bona, Souza, 2013), utilizando a pesquisa do tipo exploratória com estudo de caso. Elas “têm sua coleta de dados realizada por levantamento bibliográfico.” Ele “inclui estudos a partir de

livros, revistas, jornais, teses, dissertações, anais de eventos científicos e mais recentemente, admitiu a internet como fonte de informação” (2013). Para chegarmos ao objetivo proposto foi necessário o desenvolvimento de um estudo de caso. Gil (2010 apud Bona, Souza, 2013) aponta que “o estudo de caso caracteriza-se por estudar um ou poucos objetos de maneira profunda, para que seja possível conhecer detalhadamente o objeto de estudo”. Sobre os objetos analisados, foram analisados três sites de redes sociais utilizados pelo programa de Aprendizagem Cooperativa da Universidade Federal do Ceará, são eles: Facebook, Twitter e Blog. Neles, no facebook, o grupo fechado PACCE 2013, no qual engloba bolsitas do programa no ano corrente e de anos anteriores; no twitter, o perfil pessoal PACCE; e no blogger, o blog institucional do programa. Escolhemos essas três modalidades pela facilidade de conceituação de ambos e, também, na obtenção dos dados para o trabalho.

3. Fundamentação Teórica 3.1. A metodologia de Aprendizagem Cooperativa Sem a cooperação de seus membros, a sociedade não pode sobreviver, e a sociedade do homem sobreviveu porque o cooperativismo de seus membros fez a sobrevivência possível (...). Ele não era como um indivíduo, vantajoso aqui e ali, que o fizeram, mas o grupo. Nas sociedades dos indivíduos que têm maior probabilidade de sobreviver são aqueles que são mais habilitados a fazê-lo por seu grupo. (Ashley Montagu).

Em meados dos anos 1960, a aprendizagem cooperativa era relativamente desconhecida e ignorada pelos educadores. Ensino básico, médio e ensino universitário foram dominados pela aprendizagem competitiva e individualista. Certa resistência cultural à aprendizagem cooperativa foi baseada no darwinismo social1, com a premissa de que os alunos devem aprender a sobreviver em um mundo onde cada vez mais somos instigados a fazer melhor que o outro, tendo o mito do "individualismo" subjacente ao uso da aprendizagem individualista. Embora a concorrência tenha dominado o pensamento educacional- que estava sendo desafiado pela aprendizagem individualista, em grande parte baseado no trabalho de Skinner sobre aprendizagem programada e modificação comportamental-, o modelo de cooperação progrediu, sendo atualmente em escolas e universidades ao redor do mundo, em áreas cada vez mais específicas, demonstrando a mudança de pensamento e das práticas educacionais. Cooperar, segundo o Cooperative Learning Institute resume-se em 1

Darwinismo social - é a tentativa de se aplicar o darwinismo nas sociedades humanas. Descreve o uso dos conceitos de luta pela existência e sobrevivência dos mais aptos, para justificar políticas que não fazem distinção entre aqueles capazes de sustentar a si e aqueles incapazes de se sustentar. Fonte: Wikipedia.

working together to accomplish shared goals. Within cooperative situations, individuals seek outcomes that are beneficial to themselves and beneficial to all other group members. Cooperative learning is the instructional use of small groups so that students work together to maximize their own and each other’s learning (COOPERATIVE LEARNING INSTITUTE, 2013).

Após os conhecimentos preliminares, chegamos aos cinco pilares metodológicos da aprendizagem cooperativa, no qual citaremos aqui a título de ilustração dos pontos que se seguiram no trabalho.

3.2. Os cinco pilares 3.2.1. Interdependência social Kurt Koffka (um dos fundadores da Escola Gestáltica de Psicologia) propôs, no começo do século 20, que os grupos fossem um todo dinâmico, no qual a interdependência dos membros pudesse variar. Kurt Lewin afirmou que a essência de um grupo reside na interdependência de seus membros (criada pelos alvos em comum). Os grupos são “todos dinâmicos” nos quais uma mudança na condição de algum membro ou de algum subgrupo muda a condição dos outros membros ou de outros subgrupos. Morton Deutsch (um dos alunos de Lewin), primeiro formulou uma teoria da interdependência social nos anos 40, observando que a interdependência pode ser positiva (cooperação), negativa (competição), ou não existente (esforços individualistas) (JOHSON&JOHSON, SMITH, 1998, p.93)

Na primeira, conhecida também como cooperação, cada membro percebe que está relacionado com o grupo e que um indivíduo é capaz de, através de seus atos, causar efeitos positivos, em todo o grupo. Ao mesmo tempo, esse mesmo indivíduo, por sua vez, é influenciado pelo todo. Deutsch defini uma situação cooperativa como uma em que os objetivos dos participantes estão tão ligados que qualquer participante os alcançará se, e somente se, os outros com quem está ligado também o podem fazer (DEUSTCH, 1973 apud ARCOS,2013).

A Interdependência Social Negativa, ou competição, ocorre quando dentro de um grupo visualizamos ganhadores e perdedores, caracterizando a falta de um objetivo comum a todos. Dessa maneira, apenas alguns podem alcança-lo com êxito, conforme o autor explica (ano), “no caso limite de pura competição, um participante pode alcançar seu objetivo se, e somente se, os outros com quem está ligado não o podem fazer.”. Por fim, existe o individualismo ou ausência de interdependência, caracterizado pela não inserção do indivíduo no grupo. Na ausência de uma interdependência funcional (isto é, o individualismo), não existe interação visto que os indivíduos trabalham independentemente, sem intercâmbio um com o outro (JOHSON&JOHSON, SMITH, 1998, p.93)

3.2.2. Responsabilidade Individual O segundo elemento essencial da metodologia é a responsabilidade individual. Nele, cada célula2 deve sentir-se responsável pela aprendizagem do todo, tendo em cada membro, a responsabilidade da tarefa que lhe foi atribuída, onde ninguém pode aproveitar o trabalho dos outros. Temos então, a finalidade de uma célula de Aprendizagem Cooperativa, onde, segundo Johson & Johson (1999), os estudantes aprendam juntos para, posteriormente, poderem desempenhar sozinhos as tarefas que lhe são propostas.

3.2.3. Interação face-a-face Na opinião de Freitas e Freitas (2003) a interação face a face é o elemento mais importante da aprendizagem cooperativa. Esta interação tem a ver com a ajuda eficiente que cada membro do grupo presta aos restantes em relação ao processamento de informação, ao feedback, à reflexão e à criação de um clima favorável para o cumprimento das tarefas. Lopes e Silva (2009) referem que esta interação está relacionada com a oportunidade dos alunos promoverem o sucesso uns dos outros, ajudando-se, apoiando-se, encorajando-se e elogiando o esforço de todos para aprender. Ao promoverem a aprendizagem dos demais, os membros do grupo adquirem um compromisso social uns com os outros, assim como com os objetivos comuns. Para se conseguir uma interação face a face eficaz, o tamanho do grupo tem de ser pequeno, entre 2 a 4 elementos (LOPES e SILVA, 2009).

3.2.4. Desenvolvimento de Habilidades Sociais O quarto componente consiste em ensinar aos estudantes algumas competências sociais e grupais. Os educandos, tal como necessitam de aprender os conteúdos acadêmicos, também necessitam de aprender as competências sociais necessárias para funcionar como parte de uma célula cooperativa. Caballo (2006) denomina habilidades sociais como um conjunto de comportamentos emitidos por um indivíduo em um contexto interpessoal que expressa sentimentos, atitudes, desejos, opiniões ou direitos desse indivíduo de modo adequado à situação, respeitando esses comportamentos nos demais, e que geralmente resolve os problemas imediatos da situação enquanto minimizando a probabilidade de futuros problemas (CABALLO, 2006, p. 407)

2

Na metodologia de Aprendizagem Cooperativa os grupos de estudo são conhecidos como células cooperativas, pois o sucesso do grupo depende dos esforços de todos os componentes em prol de um objetivo comum.

Van Hasselt e Albertini (1983 apud Caballo, 2006) apresentam uma série de informações que não podem ser perdidas de vista quando tratamos de Habilidades Sociais. a) Elas são específicas às situações e o significado de uma conduta poderá variar conforme o contexto em que ocorra; b) Uma conduta só pode ser avaliada à luz do contexto sócio-cultural do indivíduo, bem como de outras variáveis situacionais relacionadas; c) A efetividade interpessoal de alguém é julgada segundo suas condutas verbais e não verbais; d) O papel da outra pessoa é importante e a eficácia interpessoal deve supor a capacidade de se comportar sem causar danos físicos ou verbais a ela; e) Habilidades Sociais são uma característica do comportamento e não das pessoas (CABALLO, 2006 apud COMPORTE-SE, 2013).

Além disso, ser ou não habilidoso é uma questão de aprendizagem e, como tal, é um padrão modificável. Um repertório pobre em Habilidades Sociais pode levar a pessoa a possuir um círculo de amigos muito restrito, quiçá inexistente, e suporte social caracteriza-se como fator de proteção para uma infinidade de problemas. Alguns dos principais são: depressão, esquizofrenia, drogadição e ansiedade social. Na verdade, o ambiente social no qual o indivíduo está inserido, influenciará, em graus variados, no desenvolvimento de transtornos psicológicos em si. (2006). Então, a capacidade de estabelecer interações sadias é vital para uma pessoa.

3.2.5. Processamento de Grupo O quinto e último elemento fundamental da metodologia de aprendizagem cooperativa é a avaliação do processo de trabalho do grupo. Como em qualquer tipo de metodologia, o professor e os alunos devem proceder a uma avaliação do trabalho realizado. Neste sentido, Pujolás (2001 apud CREDE, 2010) considera que esta avaliação deve ser feita de forma sistemática e periódica permitindo ao grupo refletir sobre o seu funcionamento, garantindo assim que todos os membros do grupo tenham noção do seu desempenho, oportunidade de se afirmarem em alguns comportamentos e modificar outros. Com esta avaliação, Fontes e Freixo (2004) apontam que os alunos devem ser capazes de distinguir quais as ações dentro do grupo que não são de ajuda e decidir quais os comportamentos a adotar para um melhor funcionamento do grupo, banindo os que são prejudiciais ao desenvolvimento do trabalho. Os mesmos autores demonstram serem necessário que o professor estruture uma aprendizagem proporcionadora de uma avaliação real do processo, devendo ser considerados cinco requisitos essenciais: avaliação das interações no grupo; feedback constante; tempo para

reflexão; avaliação do processo em grupo turma; demonstração de satisfação pelos progressos (2003).

3.3. A metodologia de Aprendizagem Cooperativa no Ceará Os primeiros indícios da Aprendizagem Cooperativa no Brasil começaram em meados de 1994, quando sete estudantes residentes de um município do interior do Ceará, conhecido por Cipó, se reuniram debaixo de um juazeiro3 para estudar, com o sonho de ingressar no ensino superior. Não havia estrutura física e de professores, então, agindo de maneira autônoma, elencando responsabilidades e com um objetivo comum, conseguiram ingressar na Universidade Federal do Ceará. A entrada dos sete estudantes foi o estopim para que a metodologia de estudar em grupo ganhasse créditos diante da sociedade. Assim, em 1994, foi criado na UFC um projeto de extensão chamado PRECE (Programa de Educação em Células Estudantis) que consistia no retorno de estudantes universitários para interior com o objetivo de mostrar que o acesso à instituição de ensino superior não era um sonho distante e que, estudando em grupo, o sonho poderia se tornar realidade. O projeto alcançou excelentes resultados, institucionalizando-se na universidade como um programa de bolsa, onde os protagonistas fossem os próprios estudantes da instituição. Nascia o Programa de Aprendizagem Cooperativa em Células Estudantis (PACCE). Ligado a Coordenadoria de Formação e Aprendizagem Cooperativa/PROGRAD, o PACCE surgiu em meados de 2009 com cerca de 100 articuladores de células, alcançando a marca de 250 em 2013. Tem dentre seus objetivos: “contribuir para diminuir a evasão dos cursos de graduação além de formar estudantes capacitados a trabalhar em equipe em longo prazo” (APRENDIZAGEM COOPERATIVA, 2012, p.1 e 2).

4. As redes sociais na internet Estar em uma rede social não é algo específico de nosso século, “sempre existiram como ambientes catalisadores das interações humanas” (IRINEU, 2013, p.80), sendo definida como “um conjunto de dois elementos: atores (pessoas, instituições ou grupos) e suas conexões (interações ou laços sociais)” (WASSERMAN e FAUST, 1994; DEGGENNE e FORSE, 1999 apud RECUERO, 2009, p.24). Temos na tradição oral e clássica das conversas de 3

Árvore muito comum da região semi-árida.

“comadres” de porta em porta, o círculo de amigos que tínhamos nos tempos de escola e faculdade, nossos colegas de trabalho são todos exemplos estabelecidos de redes sociais. Visualizamos agora, fruto das dinâmicas mudanças e alterações em nossa maneira de nos relacionarmos, a transposição desses esquemas de um espaço físico para um espaço cibernético, virtual (2009). O advento da Internet trouxe diversas mudanças para a sociedade. [...] A mais significativa é a possibilidade de expressão e sociabilização através das ferramentas de comunicação mediada pelo computador (CMC). Essas ferramentas proporcionaram, assim, que atores pudessem construir-se, interagir e se comunicar com os outros atores. (RECUERO, 2009, p.24)

Essa mediação aliada com “a tecnologia do mundo contemporâneo transplanta tais interações para o mundo virtual, fundando assim um modo muito específico de relações delas advindas” (IRINEU, 2013, p.80). Diante disso, esse ambiente virtual, caracterizado por nós, como a internet, para Recuero (2009), seria uma “rede de redes”, abrigando grupos sociais livres para conversação entre os sujeitos participantes. Segundo Irineu (2013), as redes sociais são um elemento a parte no leque midiático de nossa sociedade. Diferenciam-se dos tradicionais meios de massa, como a televisão, “na medida em que se organizam em torno a uma coletividade significativa no modo de compor as informações dispostas, numa interação profunda” (IRINEU, 2013, p.75). Além disso, abrangem certo nível de cooperação, na medida em que “seus usuários partilham signos idênticos, [...], como representantes de dados grupos” (IBID, 2013, p. 79). Justamente na WEB que essa interação se vê com mais chances de ser maximizada. Nela, os usuários dos sites de redes sociais, que será explicado no tópico seguinte, conseguem se agrupar de acordo com a temática que lhes convir, interagindo entre si ao discutir temas de seu interesse (2013). Então, “quando os grupos surgem com base na interação dialógica [de troca], o sentimento de pertencimento de grupo surge como decorrente do elemento relacional (grifo nosso)” (RECUERO, 2009, p.40). Ou seja, o processo de interação interpessoal mediado pelo computador proporcionará a confiança e a reciprocidade das trocas, expandindo as informações trocadas entre os sujeitos do processo, no caso, os internautas, criando um capital social, pilar também discutido na metodologia de Aprendizagem Cooperativa e apresentando aqui, mais a frente.

4.1. A mediação do computador com o usuário Muito além de uma aparente simplicidade, tal problema exige uma reflexão cautelosa, que coloque em discussão até mesmo o que se pensa e se sabe sobre os processos de comunicação. Estamos imersos no que muitos chamam de “cultura da interatividade”, mas compreendemos muito pouco o que isso significa. Primo (2007) classifica uma interação partindo do relacionamento exercido entre os usuários e a rede: as interações mútuas apresentam um processualidade que se caracteriza pela interconexão de subsistemas envolvidos, onde não pode ser vista como uma soma de ações individuais. Entende-se pelo princípio sistêmico de não somatividade que esse tipo de interação é diferente da mera soma das ações ou das características individuais de cada interagente. (PRIMO, 2007 p. 101 e 102).

Compartilhamos com Recuero (2009) no entendimento de que interação mútua é a geradora de oportunidades aos usuários de se comunicarem livremente. Fisher (1987 apud PRIMO, 2007, p. 100) tinha o seguinte entendimento sobre interação: “Duas pessoas agindo entre si cria o fenômeno conhecido como interação – a conexão entre ações e, logo, entre pessoas que executam aquelas ações”. O ato de comunicar para o autor, não se trata apenas das ações de uma pessoa em direção a outra, mas sim, da interação criada pelas ações de ambos. Através do exemplo abaixo, Primo (2007) busca elucidar o desenvolvimento das relações interpessoais aonde cada participante demonstra sua maneira de agir na “disputa comunicacional”. Suponha agora a interação que se inicia quando uma estudante de física escreve um e-mail para um importante pesquisador da área. Em sua primeira mensagem, a moça confessa a admiração pelo trabalho daquele profissional e diz que está desenvolvendo em seu doutorado um desdobramento do modelo teórico sugerido por ele. O ocupado pesquisador responde brevemente que gostaria de conhecer o projeto que ela está conduzindo. A medida que as mensagens são trocadas, o pesquisador assume o mesmo tom informal, característico dos e-mails da doutorando. Os dois envolvem-se em um frutífero debate sobre diversos pontos da teoria, chegando a conclusões não explicitadas no artigo divulgado originalmente pelo autor. E quando ela escreve: Nossa! Fui assistir ao filme Uma mente brilhante e saí convencida que até ao final do doutorado vou também ser internada numa clínica para loucos irrecuperáveis!”, os dois passam também a conversar sobre filmes que tratam de pesquisa acadêmica. Aos poucos descobrem uma paixão compartilhada por cinema e acabam falando sobre seus filmes preferidos (PRIMO, 2007, p. 103)

Então, percebe-se o desenvolvimento e a mudança dos dois personagens, cada qual demonstrando sua natureza comunicacional e buscando estabelecer uma interação

interpessoal, além de um simples feedback, recurso do modelo de comunicação mecanicista, onde mesmo que se construa uma interação com o envio e reenvio de uma mensagem, ainda trata-se de um conceito mecanicista, na medida em que a relação não é construída cooperativamente entre os participantes no contexto. Pelo menos uma das partes reage conforme uma determinação externa e prévia, sempre dentro dos padrões especificados. Dessa forma, a relação tem um efeito calculável e/ou previsível (PRIMO, 2007, p. 106)

No mais, o tópico procurou apresentar em linhas gerais, que a mediação pelo computador exprime o caráter das interações mútuas, “onde cada ação retorna por sobre a relação, movendo e transformando tanto o próprio relacionamento quanto os interagentes (PRIMO, 2007, p. 107)”.

4.2. Os Sites de redes sociais Sendo os objetos principais de análise do presente artigo, os sites de redes sociais, no senso comum, conhecidos apenas por redes sociais, configuram-se com os ambientes “utilizados para expressão das redes sociais na internet” (RECUERO, 2009, p.102). Nesse ambiente, características básicas, como a construção de um perfil, interação promovida pelos comentários e exposição pública de ideias em seu perfil próprio demarcarão seu território no mundo cibernético. Eles, como aponta Recuero (2009), permitem a visibilidade e inter-relação de redes sociais físicas, mantendo laços sociais construídos no “espaço off-line”. Assim, seguindo os conceitos de Boyd e Ellison (apud Recuero, 2009), os presentes sites apresentam dois direcionamentos: o da apropriação e o da estrutura. No primeiro, entende-se como o “sistema utilizado para manter redes sociais e dar-lhes sentindo” (RECUERO, 2009, p.103). A própria interação desencadeada pelos usuários, através da utilização das ferramentas expressas em um determinado site de rede social (2009). Na segunda, a “exposição pública da rede dos atores” (RECUERO, 2009, p.103), que se expressará pela sua rede de amigos ou das trocas interacionais entre os usuários (atores) que o próprio ajudará a construir (2009).

4.3. Sites de redes sociais utilizados no programa Dentro do programa, utilizamos como canais para difusão das informações, cinco sites de rede sociais com específicas funcionalidades, Blogger, Facebook, Twitter, Google + e Instagram. Buscando a fácil conceitualização e o melhor desenvolvimento dos dados, selecionamos apenas três para análise.

4.3.1. Facebook Criado pelo estudante americano Mark Zuckerberg, o site facebook ou the facebook, como era originalmente conhecido é nosso instrumento principal. Inicialmente, focava em alunos que saiam do secundário para a universidade, criando uma rede de contatos. Inicialmente, aberto apenas para universitários, chegou a secundaristas um ano após sua criação, 2004 (2009). O site de rede social funciona através de perfis e comunidades. Em cada um dos perfis pessoais é possível adicionar funcionalidades como jogos, ferramentas de outros sites, aplicativos, que também podem ser criados pelo usuário para o sistema. Recuero (2009) afirma que o facebook é recebido no mercado como mais privado que outros exemplos de sites de redes sociais, pois, “apenas usuários que fazem parte da mesma rede podem ver o perfil dos outros” (RECUERO, 2009, p.184).

4.3.2. Twitter Criado por Jack Dorsey, Biz Stone e Evan Williams em 2006, o site apresenta funções de microblogging, uma forma de publicação de blog que permite aos usuários que façam atualizações breves de texto (geralmente com menos de 200 caracteres) e publicá-las para que sejam vistas publicamente ou apenas por um grupo restrito escolhido pelo usuário. Estes textos podem ser enviados por uma diversidade de meios tais como SMS, mensageiro instantâneo, e-mail, MP3 ou pela Web (WIKIPEDIA, 2013)

Tem uma interface específica, também através de perfil pessoal, como demonstra Recuero (2009): O twitter é estruturado com seguidores e pessoas a seguir, onde cada twitter 4 pode escolher quem deseja seguir e ser seguido por outros. Há também a possibilidade de enviar mensagens em modo privado para outros usuários. A janela particular de cada usuário contem, assim, todas as mensagens públicas emitidas por aqueles indivíduos a quem ele segue. [...] Cada página particular pode ser personalizada pelo twitter através da construção de um pequeno perfil (RECUERO, 2009, p.186).

4.3.3. Blogger Um blog, segundo a enciclopédia virtual Wikipedia é “um site cuja estrutura permite a atualização rápida a partir de acréscimos dos chamados artigos, ou posts” (WIKIPEDIA, 2009). Agregam conteúdo hipermidiático, com textos, fotos, links direcionados para os temas de seu gosto. Caracterizado pela interação entre os usuários, tem na obtenção de comentário dos leitores, uma parte importante de seu funcionamento.

4

Twitter, nesse sentido refere-se ao usuário do twitter e não ao site em si.

O termo weblog foi criado por Jorn Barger em 17 de dezembro de 1997. A abreviação blog, por sua vez, foi criada por Peter Merholz, que, de brincadeira, desmembrou a palavra weblog para formar a frase we blog ("nós blogamos") na barra lateral de seu blog, Peterme.com, em abril ou maio de 1999. Pouco depois, Evan Williams do Pyra Labs usou blog tanto como substantivo quanto verbo (to blog ou "blogar", significando "editar ou postar em um weblog"), aplicando a palavra blogger em conjunção com o serviçoBlogger, da Pyra Labs, o que levou à popularização dos termos (WIKIPEDIA, 2013).

Dentre os vários sites que hospedam essa modalidade de rede social, utilizamos o blogger, que utiliza os servidores do Google. Foi criado pelo Pyra Labs, sendo comprado, posteriormente, pelo Google. Sua grande funcionalidade é a possibilidade de colocar os posts à mão em HTML e frequentemente fazer o upload de novos posts, o usuário poderia criar posts para o blog através do site do Blogger. Isto era possível com qualquer navegador, e o texto imediatamente aparece no site (WIKIPEDIA, 2013).

4.4. A difusão das informações através das redes Mediante a conceituação do novo ambiente onde as velhas redes de amigos estão inseridas, passemos agora a análise do fluxo informacional presente nas mesmas. Trata-se desse, o principal ponto a ser discutido em nosso trabalho, haja vista, a importância dos sites de redes sociais para o programa de Aprendizagem Cooperativa, no que tange a divulgação e informação de seus integrantes. Recuero (2009) demonstra ser essa característica um elemento importantíssimo dos sites de redes sociais, transformando a maneira como as informações passam pela rede. Os conteúdos informacionais na internet são levados de uma ponta a outra da conexão entre os participantes de maneira mais rápida e interativa. Isso cria “uma pluralidade de novas informações circulando nos grupos sociais” (RECUERO, 2009, p.117), o que, a nosso ver, trás benefícios e malefícios, na medida em que se aumenta a quantidade de informações divulgadas, possivelmente, atingindo maior número de pessoas, pode acarretar uma perda considerável das mesmas no caminho de chegada até os destinatários. Partilhamos da ideia da autora (2009) quando essa, afirma ser a construção de capital social um dos influenciadores da difusão, na medida em que uma rede constitui-se de personagens humanos que interagem entre si. Em trabalho realizado por Krishnamurthy (2002 apud Recuero, 2009), analisando blogs, percebe-se a importância dos comentários para que os autores prossigam a produzir conteúdo. “O capital social seria, assim, uma motivação fundamental para criar e manter um blog” (Krishnamurthy, 2002 apud Recuero, 2009, p.117).

Se tratando de um site de rede social, é provável que os outros sites também tenham a mesma possibilidade. Os atores são conscientes das impressões que desejam criar e dos valores e impressões que podem ser construídos nas redes sociais medidas pelo computador. Por conta disso, é possível que as informações que escolhem divulgar e publicar sejam diretamente influenciadas pela percepção de valor que poderão agregar (RECUERO, 2009, p.118).

Partindo das informações presentes nos sites de redes sociais, Recuero (2009) nos apresenta dois principais tipos de capital social, no qual utilizaremos também em nossa análise. Primeiramente, temos o de tipo relacional, onde as informações “aproximam os integrantes, ampliando redes pessoais e estabelecendo níveis maiores de confiança entre os atores” (RECUERO, 2009, p.119). O segundo, de caráter cognitivo, apresenta maior apelo informacional, evocando o conhecimento (2009), indo além de apenas tentar relacionar-se com o ator presente na rede, “mais especificamente informar ou gerar conhecimento” (RECUERO, 2009, p.119). As diferenças entre ambas, em primeira análise, são claras, haja vista uma buscar estreitar o relacionamento entre os usuários e, a segunda trás maior conteúdo informacional. Além disso, a autora apresenta outra diferença, pois “enquanto as primeiras parecem difundir-se principalmente entre os diversos grupos nas redes sociais, as segundas parecem difundir-se mais dentro das mesmas redes” (RECUERO, 2009, p.120). Fazendo uso de seu exemplo sobre publicações em blogs (2009), a autora percebe que o conteúdo ali produzido não circulava no mesmo site de rede social, sendo compartilhado em outros, como facebook, twitter, Orkut, etc., apresentando maior abrangência. Situação semelhante ocorre no blog do programa, onde as postagens são reproduzidas nos outros sites de redes sociais utilizados.

5. Características de Aprendizagem Cooperativa presente nos sites de redes sociais Após a conceituação da metodologia empregada pelo programa, do que seriam os sites de redes sociais, utilizados em um cibernético e quais deles utilizamos na intenção de fluxo comunicacional, chegamos a análise dos sites de redes sociais, propriamente ditos, no programa de Aprendizagem Cooperativa. A partir da análise do grupo fechado, no facebook, do perfil pessoal no twitter e do blog chegamos as seguintes possibilidades.

5.1. Análise

O grupo fechado PACCE 2013 (Figura 1), criado em Março de 2013, conta atualmente com 293 membros, dentre bolsistas novatos e veteranos, onde o principal objetivo é a divulgação de informações relacionadas ao programa e a metodologia de Aprendizagem Cooperativa. Baseado no conceito de comunidades, implementado pelo, também site de rede social Orkut, onde os usuário podiam “agregar grupos, funcionando como fóruns, com tópicos (nova pasta de assunto) e mensagens (que ficam dentro da pasta do assunto)” (RECUERO, 2009, p.179). As principais diferenças entre os dois é a falta de tópicos, no facebook, sendo esse organizado em um fluxo contínuo por ordem crescente de postagem no stream5.

Figura 01 É possível perceber que, a partir da conceituação de capital social apresentada anteriormente, há uma maior quantidade de capital social cognitivo em detrimento do tipo relacional, haja vista que há predominância informacional, característica do capital social cognitivo. Essas informações estão presente na forma de dúvidas sobre datas de eventos relacionados ao programa, de postagens relacionadas a metodologia e que, não necessariamente, façam parte do programa institucionalmente. Esse processo se difunde dentro da própria rede-o grupo fechado- e acarreta menor criação de laços pessoais do que no tipo relacional (2009).

5

Stream pode ser definido como um fluxo de dados em um sistema computacional.

Figura 02 No que tange o relacional, percebe-se que está presente em menor quantidade, porém, é fator ponderante na obtenção de interação entre os bolsistas do programa. Agora, as postagens carregam quantidade informacional desprezível e centram-se na ampliação da intimidade, como podemos ver abaixo.

Figura 03 Nessa enquete realizada no grupo, no dia 23 de Novembro de 2013, demonstra a clara intenção de aproximar os integrantes, proporcionando maiores níveis de confiança (2009). Então, carrega uma importância, na medida em que se difunde dentro de sua rede e, aos poucos, vai alcançando mais e mais pessoas a participar. O site de microblogs twitter, apresenta o perfil pessoal com características similares ao grupo analisado no facebook. Tem um fluxo contínuo crescente de postagens em seu stream. A maior parte do conteúdo produzido nesse ambiente são postagens advindas de outros sites de redes sociais, em sua grande maioria, do blog.

Ambos apresentam características da metodologia de aprendizagem cooperativa, entendidos aqui, como os cinco pilares, interdependência social, responsabilidade individual, interação, habilidades sociais e processamento de grupo. Interessante perceber que, dessa forma, há a presença dos dois modelos de capital social até aqui utilizados, relacional e cognitivo, na medida em que, grande parte do que se vê no perfil pessoal do programa advém de outro local e, carrega maior carga informacional (Figura 3), como também, posts com intenção de aproximar os usuários e promover o acréscimo na sua rede de relacionamentos (Anexo 4).

Figura 04

Figura 05 Por último, o blog hospedado no servido blogger, foi criado em 2010, a fim de centralizar as informações do programa de uma maneira dinâmica e quase instantânea, proporcionada pela plataforma. Dessa maneira, há produção de conteúdo próprio, textos informativos, vídeos, imagens gráficas, etc. Analisamos que, as postagens presentes aqui corroboram para o aumento de um capital social cognitivo, assim como o da pesquisa realizada por Recuero (2009). Esse apelo faz com que as informações aqui presentes não sejam reproduzidas na própria blogsfera, mas sim, em outros sites de redes sociais, como o facebook e o twitter. Então, acreditamos que a informação seja distribuída para maiores caminhos, porém, atingindo poucos atores dentro dessa rede. Na figura 06, questiona-se a demora na divulgação de informações relativas ao programa, o que, a nosso ver, pode ser encarado como uma forma de processamento de grupo, haja vista, serem suas características a reflexão sobre o funcionamento daquilo que se propõe a discutir e o recebimento de feedback, aqui representado pelos comentários, por todos os envolvidos no debate.

A análise dos objetos permite verificar que os sites de rede sociais aqui presentes contém alguns dos pilares metodológicos de Aprendizagem Cooperativa, principalmente interação e processamento de grupo, na medida em que as postagens servem do propósito de aproximar os integrantes da bolsa, proporcionar novos laços de amizade e manter os existentes, buscando os encorajar, pelos comentários, na busca de algo em comum (Figura 5), além da carga informacional acerca dos conteúdos relacionados ou não ao programa (Figura 7) e da utilização das redes como uma plataforma de discussão e auto reflexão grupo virtual (Figura 8).

Figura 06

Figura 07

Figura 08 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse trabalho busca apontar elementos importantes com relação à presença de elementos da metodologia da Aprendizagem Cooperativa nos sites de redes sociais utilizados no Programa de Estudos em Células Cooperativas, em particular o grupo presente no Facebook, perfil institucional no Twitter e o blog, também institucional. Acreditamos que essas ferramentas incorporam alguns pilares da metodologia e corroboram para que a aprendizagem cooperativa, segundo Piaget (1973 apud BASSO, BONA, PESCADOR, KOEHLER, FAGUNDES, 2013, p.147), “é viável aos estudantes pelo seu dinamismo e

potencializada pelas tecnologias digitais online”. Podemos acrescentar que não apenas aos estudantes, como também, a todos os integrantes das ferramentas. O grupo do Facebook está de acordo com a definição de espaço de aprendizagem digital e contempla a aprendizagem cooperativa, sendo este elemento mobilizador a busca do conhecimento, informação, conforme foi possível observar nas figuras apresentas na pesquisa. Neste espaço de aprendizagem digital – o site de rede social – também é possível observar as estratégias interacionais dos estudantes em busca da construção das informações divulgadas por elas. Dessa forma, o uso desses recursos online pode se considerado um desafio à metodologia, tanto por nem sempre estarem presentes todos os cinco pilares de aprendizagem cooperativa, como também, poderá ocasionar um dinamismo interacional do qual os estudantes se sentem parte integrante. E, ao fazerem parte desse processo revelam-se usuários com ações mais autônomas e responsáveis por sua construção de conhecimentos.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APRENDIZAGEM COOPERATIVA. Edital de Seleção para o Programa de Educação em Células de Estudo – PACCE. Edital de 2012. Estabelece os diretrizes para admissão de novos bolsistas. Fortaleza – CE, 2012. BOYD e ELISSON apud RECUERO, Raquel. Redes Sociais na internet. 2 ed. Porto Alegre: Sulina, 2011, p.103 CABALLO apud COMPORTE-SE. Manual de Avaliação e Treinamento das Habilidades Sociais. Disponível em: < http://www.comportese.com/2010/03/habilidades-sociais-o-quesao.html > Acesso em 17 de novembro de 2013. CABALLO, Vicente E. Manual de avaliação e treinamento das habilidades sociais. São Paulo: Santos, 2003. xvi, DEUSTCH

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