Abelhas solitárias e sua importância no ecossistema

July 5, 2017 | Autor: B. Corrêa Barbosa | Categoria: Ecology
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ISSN 2316-4794

JornApis Informando sobre abelhas e polinização JornApis, Número 10, Jan/Mar, 2014 -

Publicação do Grupo de Pesquisas com Abelhas e Polinização da UVA

VII ExpoMel 2014 27 a 29 de maio Envio de resumos até 14 de março/14 (Página 2) Dr. David Roubik visita o Setor de Abelhas da UFC como consultor da FAO (Página 3)

Lançamento da Frente Parlamentar pelo desenvolvimento da Apicultura e da Cajucultura (Página 2)

DICA DE LEITURA

Vida e Criação de Abelhas Indígenas Sem Ferrão (Página 3)

Participe do

ABELHAS SOLITÁRIAS E SUA IMPORTÂNCIA NO ECOSSISTEMA BARBOSA, B.C.; MUNK, K.; ALVES, L.H; PREZOTO, F.

(Página 4)

PECNORDESTE 2014 Em Fortaleza-CE Saiba mais acessando: www.pecnordeste.com.br

A programação sairá em breve.

Simpósio sobre insetos sociais: Saiba mais no site: http://www.iussi2014.com/symposia.html

(88) 3614-2054

Submissão de resumos até 30/jan/2014

MANIFESTO PELA PROTEÇÃO ÀS ABELHAS. Assine este manifesto através da internet. As abelhas precisam de sua ajuda.

www.semabelhasemalimento.com.br

JornApis, n.10, Jan/Mar, 2014

Pag. 2

VII ExpoMel ocorrerá de 27 a 29/maio. Em Meruoca-CE 1

Prof. Dr. José Everton Alves1

Professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú

A ExpoMel já é um evento consolidado, que será realizado pela AMEL, Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE-Campus Sobral). Este evento busca ter um elevado nível de palestras além da apresentação de trabalhos científicos na área de abelhas e polinização. A comissão organizadora da VII ExpoMel está se reunindo desde dezembro de 2013 e definindo a programação, enviando os convites aos palestrantes, realizando a eleição para escolha dos agraciados para as quatro categorias do prêmio VII ExpoMel 2014 além de outros ajustes. O evento também conta com uma exposição de equipamentos e insumos para apicultura e meliponicultura bem como de produtos apícolas. Os interessados no evento deverão buscar mais informações pelo e-mail [email protected].

LANÇAMENTO DA FRENTE PARLAMENTAR PELO DESENVOLVIMENTO DA APICULTURA E CAJUCULTURA (FPDAC) 1

Ticiana Batista Mesquita1

Assessora de Agronegócios da ADECE. E-mail: [email protected]

No dia 3 de dezembro de 2013 houve o lançamento da oficial da Frente Parlamentar de Apoio ao Desenvolvimento da Apicultura e Cajucultura, na Câmara dos Deputados, em Brasília-DF. A proposta de criação desta frente é do deputado federal Assis Carvalho (PT-PI), o qual apresentou requerimento de registro desta FPDAC à Câmara dos Deputados com 214 assinaturas de adesão. Para a instalação desta Frente Parlamentar, seriam necessárias 195 assinaturas, portanto 19 assinaturas acima do mínimo necessário. Na vice-coordenação estão os deputados João Ananias (PC do B-CE), Damião Feliciano (PDT-PB) e Valdir Maranhão (PP-MA). Esta Frente Parlamentar será um fórum permanente onde serão debatidos os mais diversos temas relacionados à apicultura e cajucultura no Brasil. O principal objetivo desta iniciativa é dar apoio às cadeias produtivas destes segmentos através do estímulo à produção e à comercialização dos produtos originados deles. Desta forma, busca-se desenvolver no País e, em especial no Nordeste, a produção de mel e outros produtos da apicultura bem como os da cajucultura, como estratégia de fortalecimento da agricultura familiar. O vice-coordenador da Frente Parlamentar, Deputado João Ananias (PC do B-CE), afirmou que a Câmara dos Deputados não pode fechar os olhos para estas atividades (apicultura e cajucultura) sem um devido apoio, já que as mesmas promovem uma grande distribuição de renda para o povo do sertão. O deputado frisou ainda a importância econômica da apicultura e da cajucultura na balança comercial do Brasil, mas acrescentou ainda que devem ser considerados os aspectos sociais, ambientais e políticos, para assim valorizar a agricultura familiar e a economia solidária. Durante o evento, foram abordados os principais entraves da Apicultura no Brasil. Inicialmente já agendou-se para o dia 12/dezembro uma audiência pública para aprofundar os assuntos debatidos e buscar soluções. Durante o lançamento desta FPDAC, o representante da Câmara Setorial Lançamento da Frente Parlamentar, em do Mel do Estado do Ceará, Guido Alves Dias, agradeceu aos Deputados Brasília. (Da esq. para a dir.) Dep. Fed. pela formação desta Frente Parlamentar já que esta será um grande apoio Assis Carvalho (PT-PI), Dep. Fed. que o congresso brasileiro dará no combate às dificuldades que a apicul- Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) e tura vem enfrentando no Nordeste nos últimos dois anos, devido à seca. Dep. Fed. João Ananias (PC do B-CE).

Mais de 19.000 acessos. Veja todos os JornApis em: (88) 3614-2054

blogdogpap.blogspot.com.br

JornApis, n.10, Jan/Mar, 2014

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Dr. David Roubik visita o Setor de Abelhas da UFC como consultor da FAO. Breno Magalhães Freitas1 1

Professor da Universidade Federal do Ceará. E-mail: [email protected]

O Grupo de Pesquisas com Abelhas da Universidade Federal do Ceará conduz a Rede Brasileira de Polinização do Cajueiro, dentro de um projeto internacional denominado Conservação e Manejo de Polinizadores para uma agricultura sustentável através de uma abordagem ecossistêmica o qual é mediado pela FAO (Organização para Alimentos e Alimentação das Nações Unidas) e coordenado no Brasil pelo Ministério do meio Ambiente e executado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade.

com capítulos sobre a polinização do cajueiro e do maracujá no seu novo livro que será lançado em 2014 pela FAO. Os alunos também aproveitaram a presença do pesquisador para conversarem com ele além de “tietarem” bastante, tirando fotos ao seu lado, afinal não é todo dia que se tem essa oportunidade!!!

Como parte do referido projeto, o renomado cientista americano David W. Roubik visitou, como consultor da FAO, o Setor de Abelhas da UFC e inspecionou as atividades desenvolvidas tanto em laboratório quanto em campo. Para tanto, além de conhecer as instalações do Setor e o que é realizado, tanto no que se refere ao projeto em questão quanto outros desenvolvidos concomitantemente. O pesquisador conversou com alunos e visitou as áreas experimentais de plantios de cajueiro no município de Ho- Figura 1 – Dr. David Roubik posa ao lado do rizonte-CE (Fig. 1). Dr. Breno Magalhães Freitas (UFC), Dr. DeoO Dr. Roubik mostrou-se bastante satisfeito com o clécio Paulino (UFC) e de alguns dos integrantes que viu e ouviu, e convidou os Profs. Breno M. do Grupo de Pesquisa com Abelhas da UFC. Freitas e Claudia Inês da Silva para contribuírem

Dica de Leitura: Vida e Criação de Abelhas Indígenas Sem Ferrão de autoria do Dr. Paulo Nogueira Neto. O autor dispensa comentários, senão teríamos que deixar um número do JornApis exclusivamente para este assunto. O livro é, sem sombra de dúvidas, o melhor e mais completo livro sobre abelhas sem ferrão do mundo. Tem 33 capítulos distribuídos em 447 páginas, com várias ilustrações e fala de praticamente todas as espécies de abelhas sem ferrão do Brasil. É indispensável tê-lo na sua biblioteca. Você pode adquirir esta obra prima gratuitamente pelo endereço eletrônico abaixo:

JornApis, n.10, Jan/Mar, 2014

Pag. 4

ABELHAS SOLITÁRIAS E SUA IMPORTÂNCIA NO ECOSSISTEMA Bruno Corrêa Barbosa, Karine Munk, Luis Henrique Alves, Fabio Prezoto Laboratório de Ecologia Comportamental, Universidade Federal de Juiz de Fora CEP: 36036-900. Juiz de Fora, Minas Gerais. E-mail: [email protected]

EXPEDIENTE

JornApis ISSN 2316-4794

O JornApis é uma publicação trimestral do Grupo de Pesquisas com Abelhas e Polinização da UVA (GPAP)

JornApis, n.10, Jan/Mar-2014 Tiragem: 500 exemplares [email protected] Impressão: Nordeste Gráfica Ltda. Editores José Everton Alves José Elton de Melo Nascimento Hortênsia Araújo

Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA Av. da Universidade, 850. Campus da Betânia. 62.040-370, Sobral-CE

Colaboradores João Paulo de O. Muniz Marcela Sheila Araújo Xavier João Paulo Pereira dos Reis

PARCEIROS DO GPAP

A grande maioria das espécies de abelhas conhecidas é de vida solitária, representado 85% deste grupo. Estas espécies são caracterizadas por serem as fêmeas as únicas responsáveis pela coleta seu alimento, construção e defenda de seu próprio ninho e oviposição sem a ajuda de outras abelhas. Depois de cumpridas todas estas tarefas, ela morre sem que haja contato com as outras gerações. A fêmea fundadora dos ninhos de algumas espécies, tem controle sobre o sexo das suas crias, e sua escolha está relacionada com a disponibilidade de recursos florais, no qual meses de maior disponibilidade de recursos fará com que a probabilidade de emergirem fêmeas seja maior. As abelhas solitárias têm papel importante na biologia reprodutiva de muitas espécies vegetais da região neotropical, agindo como vetores de pólen de plantas de várias espécies vegetais. Machos da tribo Euglossini coletam compostos aromáticos de diversas flores e de outras fontes extraflorais. Estes compostos são aparentemente importantes no processo reprodutivo dessas abelhas, atuando na demarcação de territórios e atração das fêmeas. No Brasil, o uso de abelhas solitárias na polinização de culturas agrícolas é pouco utilizado. Os primeiros trabalhos apontam a eficiência de algumas espécies de abelhas solitárias na polinização de plantas de interesse econômico, como acerola (Malpighia glabra), caju (Anacardium occidentale) e maracujá (Passiflora spp.). Além desta aplicabilidade do conhecimento acumulado sobre as abelhas solitárias, este estudos podem representar um passo importante para sua conservação, especialmente daquelas espécies que ocorrem em ecossistemas ameaçados, como a mata atlântica brasileira e a caatinga. Essas abelhas podem ser estudadas por métodos de coleta ativa usando redes entomológicas, iscas atrativas e ninhos-armadilha. Com estas técnicas é possível conhecer um pouco mais sobre diversidade, abundância e biologia das espécies estudadas, avaliando também suas relações com as alterações do ambiente e seu nível de conservação, além de conhecer os possíveis efeitos da fragmentação. A comunidade de abelhas solitárias pode sofrer influências negativas das ações antrópicas, como a remoção da flora nativa e práticas como podas e capinas em áreas de vegetação cultivada; contribuindo para a diminuição da ocorrência de abelhas nessas áreas ou favorecendo espécies generalistas que utilizem recursos de plantas cultivadas como as abelhas da espécie Apis mellifera. De modo geral, áreas com maior quantidade de cobertura de vegetação possuem maior abundância e diversidade de abelhas solitárias (Euglossina). Por isso, essas abelhas podem ser consideradas bioindicadoras do estado de conser- Figura: Espécie de abelha solitária. Foto: Bruno Corrêa Barbosa. vação de determinadas áreas.

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