Abrigo institucional para crianças e adolescentes - um estudo ergonômico

September 28, 2017 | Autor: Aline Eyng Savi | Categoria: Universal Design
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Abrigo Institucional para Crianças e Adolescentes – Um Estudo Ergonômico Shelter institution for children and adolescents – an ergonomic study Marta Dischinger PhD, professora adjunta Universidade Federal de Santa Catarina - e-mail: [email protected] Vera Helena Moro Bins Ely Drª em Engenharia de Produção, professora associada Universidade Federal de Santa Catarina - e-mail: [email protected] Aline Eyng Savi Arquiteta e Urbanista, mestranda em Arquitetura e Urbanismo PósARQ – Universidade Federal de Santa Catarina - e-mail: [email protected]

Palavras-chave: ergonomia ambiental, abrigo, estudo ergonômico. Abrigos para crianças e adolescentes em situação de risco devem possuir infra-estrutura adequada à socialização. Para garantir ambientes adequados ao uso, realizou-se um estudo ergonômico numa sala de um abrigo. Foram utilizados os métodos: Observação, Levantamento Arquitetônico, Entrevista e Jogo de Imagem e Palavras, resultando em recomendações projetuais para adequá-la.

Key words: ergonomic environmental, shelter institution, ergonomic study. Shelter institution for children and adolescents in situation of risk must supply an adequate infrastructure to sociability. In intention to guarantee ambient solutions appropriates, an ergonomic study in a living room of one shelter institution for children and adolescents in situation of risk, was carried through. The study was organized through the methods of Observation, Architectural Survey, Interview and “Words and Images Game”; the evaluation resulted in a series of projectuais recommendations to enshure that the space become apt to shelter.

1. Introdução O presente artigo apresenta um estudo realizado para a dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina, acerca da problemática da institucionalização em abrigos para crianças e adolescentes. Na história brasileira, os modelos arquitetônicos para atender crianças e adolescentes desvalidos, doentes ou delinqüentes eram grandes edificações com princípios nas ações de vigiar e reprimir e intuito de isolar a sociedade da realidade incômoda. Com a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal 8.069/1990), foram criadas novas modalidades de atendimento, entre elas o abrigo. Os internos são crianças e adolescentes entre

zero e 18 anos incompletos, em situação de risco socioeconômico (riscos à saúde física ou psicológica) e segundo o parágrafo único do artigo 101 do Estatuto, “O abrigo é medida provisória e excepcional, utilizável como forma de transição para a colocação em família substituta, não implicando privação de liberdade (BRASIL, 1990)”. Contudo, para 55,2% das crianças e dos adolescentes internos, a institucionalização não é provisória e varia entre sete meses e cinco anos (ENID ROCHA, 2003). As conseqüências da institucionalização prolongada são notadas, principalmente, na sociabilidade. O abrigamento é um momento crítico na vida da criança ou do adolescente, e o abrigo assume o papel de família ou de vilão, quando priva e exclui da convivência familiar e social. Faz-se necessário, então, repensar, recuperar e

investir no universo institucional, superando o estigma de depósito e permitindo a autonomia da criança e do adolescente, uma das características ambientais que auxiliam na promoção da sociabilidade e refletem no comportamento do usuário. Todavia, por não haver normas específicas que regulamentem o projeto de abrigos, as tipologias utilizadas (adaptadas dos Códigos Municipais de Obras e das determinações do Ministério Público referentes à higiene, salubridade e segurança dos ambientes) não abordam os pré-requisitos da Ergonomia Ambiental. A maioria dos abrigos é instalada em edificações adaptadas ao uso e devido à escassez de recursos financeiros, não são exploradas as potencialidades do ambiente. Prioriza-se, basicamente, o atendimento emergencial (saúde e alimentação), produzindo, muitas vezes, espaços que desconsideram a percepção ambiental e as trocas sociais, aumentando a agressividade e outros tipos de estresses agravados pela situação em que se encontram os internos. Afinal, conforme Bins Ely (2003), a responsabilidade em projetar os ambientes deve ir além da eficiência no conforto e na segurança, pressupõem atender às necessidades de seus usuários aos níveis fisiológico e simbólico, a fim de exercer impacto positivo sobre os mesmos. Portanto, o objetivo geral é identificar possíveis formas de melhorar as condições ambientais da sala de um abrigo para crianças e adolescentes em situação de risco socioeconômico, visando adequá-la às exigências específicas dos usuários em questão (crianças e adolescentes de ambos os sexos, além dos funcionários da instituição). As reflexões articulam-se em torno de três objetivos específicos: - Detectar e descrever as atividades cotidianas realizadas na sala; - Diagnosticar as necessidades e os problemas encontrados pelos usuários da sala no desenvolvimento das atividades cotidianas; - Propor sugestões e recomendações projetuais

para viabilizar as atividades realizadas, considerando a especificidade e as características dos usuários em questão. 2. Estudo Ergonômico Os estudos ergonômicos utilizam a aplicação conjunta de métodos para identificar e compreender as prerrogativas às quais o ambiente deve responder (RIBEIRO; MONT’ALVÃO, 2004). Assim, a obtenção dos dados necessários baseou-se na combinação dos seguintes métodos: Observação, Levantamento Arquitetônico, Entrevista e o Jogo de Imagens e Palavras. Os três primeiros resultaram na leitura espacial e o último serviu para coletar informações de fonte primária (internos). 2.1 Leitura espacial Os métodos de Observação, Levantamento Arquitetônico e Entrevistas seguiram a sistematização de Marconi e Lakatos (1996). A aplicação do método de observação durou três meses. No primeiro mês foram registrados, em relatórios escritos e diários, todos os fatos e fenômenos referentes à dimensão comportamental (interações entre usuário-ambiente e usuário-usuário). Nos meses seguintes foram aplicadas, concomitantemente, as planilhas de Levantamento Arquitetônico. As planilhas foram previamente confeccionadas para sistematizar e otimizar o Levantamento Arquitetônico. Elas orientaram na descrição dos seguintes itens: infraestrutura do mobiliário existente e seu estado de conservação; qualidade dos materiais de acabamento (piso, parede e teto); layout; características gerais dos usuários (crianças, adolescentes e funcionários do abrigo). Para auxiliar na aplicação da planilha foram utilizadas as técnicas de registro fotográfico e medição in loco. Os registros em tópicos na planilha foram, posteriormente, transcritos. As Entrevistas não-estruturadas (MARCONI; LAKATOS, 1996), realizadas com os

funcionários, foram para: identificar o perfil e os hábitos dos usuários da sala; caracterizar as atividades ali realizadas e a rotina de usos; e ratificar ou não os pontos positivos e negativos levantados pelas pesquisadoras na aplicação dos métodos de Observação e no Levantamento Arquitetônico. A escolha do método deu-se porque as perguntas abertas se moldam às diferentes situações e respostas. Todas as entrevistas foram gravadas, transcritas e tratadas por análise de conteúdo. 2.2 Jogo de Imagens e Palavras Longos períodos de institucionalização podem causar o “mal do institucionalizado” (SOMMER, 1973), que ocasiona passividade na interação com o ambiente e dificuldade na verbalização de melhorias. Assim, foi necessária a aplicação do método Jogo de Imagens e Palavras (REHAL, 2002), para a obtenção de informações de fonte primária (internos). O método consiste na reflexão das idéias dos participantes sobre suas experiências de vida e sobre o que é possível mudar e/ou melhorar nos ambientes por eles vivenciados. Na aplicação do método utilizaram-se imagens referentes às dimensões avaliadas na Leitura Espacial. O intuito da aplicação era ratificar, ou não, as informações colhidas e discuti-las. O grupo escolhido foram seis crianças, duas do sexo masculino (6, 7 anos) e as demais do sexo feminino (5, 6, 6 e 7 anos). A escolha considerou uma faixa etária homogênea e com períodos de internação variados. Durante o Jogo foram gravadas as falas e feitas anotações de eventos importantes. 3. Resultados 3.1 Leitura Espacial A sala possui 37, 82 m², 18% da área total construída do abrigo, com dimensões de 6,20 x 6,10 metros e pé-direito de 2,60 metros (figura 01). As paredes e o piso são revestidos de cerâmica de cor creme claro e rejunte escuro. O forro é de madeira, com encaixe tipo macho e fêmea e pintura na cor cinza claro. O

mobiliário é composto de: uma estante em madeira (0,55 x 2,50 x 1,80 metros) onde estão os aparelhos eletroeletrônicos (televisão, aparelho de som e DVD); um refrigerador (240 litros); um sofá em “L” à frente da televisão; três mesas (1,80 x 0,80 x 0,70 metros) para refeições, uma com dois bancos de madeira (0,18 x 2,00 x 0,45 metros) e pintura em verniz incolor e as demais com 8 assentos fixos (4 de cada lado), redondos (Φ 0,25 metros) e em plástico branco. Não há personificação com objetos de decoração. O mobiliário e os acabamentos estão avariados.

Figura 01: Planta-baixa com layout da sala. Fonte: AUTORAS, 2007.

Conforme averiguado durante as observações e ratificado nas entrevistas não-estruturadas, a sala é o local de maior permanência das crianças, dos adolescentes e dos funcionários. A exceção dos horários de aula, durante todo o dia e até mesmo em dias de sol quando o quintal está à disposição, as crianças e os adolescentes escolhem a permanência na sala, onde brincam, fazem as refeições, assistem à televisão, ouvem música e estudam. Os funcionários, aos pares e sentados no sofá, supervisionam as crianças e os adolescentes. As atividades realizadas, segundo os funcionários, não seguem uma rotina programada, mas freqüentemente se repetem. As atividades citadas foram consideradas pelas pesquisadoras como as tarefas a serem avaliadas. Quanto às condições físicas, no momento da pesquisa, não havia internos ou funcionários com algum tipo de restrição. Na dimensão comportamental observaram-se que entre os internos as atividades são sempre em grupo e os estresses são causados por

disputa de atenção dos funcionários ou de espaços preferenciais na sala, em especial os assentos do sofá. No que tange a dimensão ambiental, o piso cerâmico contribui para a limpeza, mas dificulta o aquecimento da sala no inverno. A iluminação natural e a ventilação são prejudicadas pelas janelas do tipo “maxim-ar”, induzindo o uso de iluminação artificial durante todo o dia e ventiladores de mesa, mesmo com riscos à segurança das crianças menores. Não houve levantamento noturno, o que impossibilita verificar se as lâmpadas existentes no local são ou não suficientes para a realização de atividades à noite. Há umidade em todo o forro e nas paredes, resultado de problemas no escoamento da água da chuva. A partir da leitura espacial, foi possível identificar para avaliação, dois postos de atividades distintos, são eles: posto 01, área junto ao sofá em “L”; e posto 02, configurando o conjunto de mesas e assentos. No primeiro são realizadas as atividades de: assistir televisão e brincar (figura 02). No posto 2 são feitas as refeições, as tarefas escolares e algumas brincadeiras e jogos em grupo (figura 03).

Figura 02: Posto 01. Fonte: AUTORAS, 2007.

Figura 03: Posto 02. Fonte: AUTORAS, 2007.

3.2 Jogo de Imagens e Palavras

Segundo os participantes do Jogo, a sala do abrigo possui importância fundamental na interação entre os usuários, mas unânimes reclamaram da sua dimensão, considerando-a pequena. Os locais de interação, para os participantes, devem ser ambientes amplos e permitirem a reunião de várias atividades. A imagem com uma sala integrada à copa e à cozinha foi assinalada como ideal, porque nela as pessoas podiam se reunir, mesmo que realizando atividades diferentes. Na dimensão ambiental, por sua vez, foi assinalado a importância da iluminação natural e a ausência dela na sala do abrigo. Os aspectos como ventilação e conforto acústico não foram abordados pelos participantes. A imagem com mobiliário em dimensões infantis foi escolhida por um dos seis participantes, os demais escolheram móveis com dimensões padrões, afirmando que dimensões infantis eram usadas nas escolas e não em residências. Os móveis escolhidos tinham cores e texturas de materiais que, segundo os participantes, eram acolhedores e ideais para se sentir “em casa”. 4. Diagnóstico e sugestões preliminares A sala possui área total (37,82 m²) coerente com o Código de Obras (1998) do município no qual se situa. A utilização máxima da sala é de 22 crianças e adolescentes e dois funcionários. Verifica-se, então, uma área de 1,57 m² por pessoa, inferior aos 4 m² por pessoa, exigido pelo Código (1998) para edificações dedicadas ao cuidado de crianças e adolescentes. Os usuários (crianças, adolescentes e funcionários) ratificaram que a dimensão é insuficiente. O pé-direito exigido pelo Código (1998) é de 2,60 metros, coerente com o encontrado. As janelas são do tipo “maxim-ar”, dificultando a circulação de ar e bloqueando parte da iluminação natural. No posto 01, o aparelho de televisão apresenta ofuscamento pela iluminação artificial do teto e da janela atrás da estante. Na estante, os aparelhos eletroeletrônicos ficam nas prateleiras mais altas (1,75 metros), para evitar o contato das crianças menores. No entanto,

prejudica o acesso dos demais internos que utilizam cadeiras para alcançá-los ou solicitam a ajuda dos funcionários. A televisão fora do alcance de visão resulta em posições inadequadas para assisti-la. As crianças e os adolescentes deitam-se no chão ou no sofá, gerando discussões por bloqueio da passagem ou por ocupação dos assentos do sofá. Para amenizar a posição incômoda no chão, são usadas almofadas e toalhas, porém solucionam apenas o desconforto térmico. No piso ao lado do sofá em “L”, colocam-se os bebês em cadeiras tipo “bebê conforto”. Essa parede possui problemas de umidade e não recebe iluminação natural, fazendo com que os funcionários cubram os bebês com mantas até mesmo em dias quentes. Ainda, a colocação nesse ponto impede o fluxo dos demais usuários. As mesas e os assentos no posto 02 prejudicam o fluxo dos usuários, principalmente, durante as refeições e a limpeza do ambiente. A iluminação natural nesse posto é insuficiente em duas das mesas, resultando em uso de iluminação artificial em grande parte do dia. Na mesa próxima às janelas, há ofuscamento em virtude do tampo ser branco e em material reflexivo. A partir do diagnóstico feito e na busca da melhor utilização da sala pelos usuários, destacam-se algumas sugestões de melhorias. Todas as proposições visam ambientar o abrigo conforme a idéia de lugar (RELPH, 1980), onde há ligação emocional com o ambiente e a convivência (provisória ou não) reflete em comportamentos equilibrados e sadios. São necessários alterações e reformas de acabamentos arquitetônicos, modificação do layout e inserção de mobiliário mais confortável e com flexibilidade de uso. Como não é possível ampliar as dimensões da sala, sugerem-se mudanças no tamanho do grupo com a transferência dos bebês para outra sala, subutilizada e mais tranqüila. No posto 01, recomenda-se a colocação da televisão em altura adequada ao usuário

sentado. Os demais aparelhos eletroeletrônicos e objetos de decoração pequenos ou frágeis sugerem-se a colocação nos nichos mais altos da estante, que deve ser afixada na parede, para evitar o tombamento. O sofá em “L” foi considerado ideal pelos funcionários, pois reúnem e acomodam um número maior de usuários, porém se indica um novo estofamento. As almofadas devem ser de espuma mais rígida, evitando que crianças menores possam se sufocar. A modificação mais significativa no posto 02 foi indicada pelos participantes do método Jogo de Imagens e Palavras. Eles sugeriram a substituição das três mesas por uma única. Sugere-se, portanto, a colocação de uma mesa (4,50 x 0,80 x 0,70 metros) transversal à posição original, com a possibilidade dos funcionários transitarem pelo perímetro e dos bebês e das crianças menores comerem em cadeiras especiais. Ainda, o mobiliário de ambos os postos, deve ter cantos arredondados, acabamento (pinturas e materiais) atóxico, portas e gavetas do mobiliário devem ter sistema de travamento que evite o acesso às crianças menores. O elemento construtivo diagnosticado como mais crítico são as janelas. Recomenda-se o fechamento da abertura atrás da estante e a abertura de duas janelas na extensão junto às mesas e para evitar o ofuscamento sugere-se que tenham folhas de vidro e veneziana. Para evitar injúrias às crianças menores, recomendam-se instalar redes de proteção e evitar móveis próximos às aberturas. Pelas observações foi diagnosticado que os internos realizam muitas atividades no chão. Sugere-se, então, a troca do piso cerâmico por piso do tipo vinílico, pois possui fácil manutenção, melhor conforto térmico e não oferece risco à segurança dos usuários. Para as paredes, indica-se a retirada dos azulejos, que prejudicam o conforto térmico, a reforma dos pontos de umidade e a pintura em amarelo e variações do tom que, segundo pesquisas de psicologia (LACY, 2002), trazem sentimentos de aconchego, como pedido pelos participantes

do Jogo. No forro, recomenda-se a pintura em cor clara. Indicam-se, também, luminárias do tipo calha com aletas refletivas para a difusão da luz, evitando o ofuscamento. Estas devem ser localizadas de forma regular ao longo do teto, evitando a formação de manchas de sombra. Todos os fios eletrônicos devem estar embutidos e as tomadas com protetores plásticos. Todas essas medidas mostram-se pertinentes para a efetiva utilização da sala dentro dos anseios da instituição, que visa assistir as crianças e os adolescentes nos aspectos legais – provê-los de um lar provisório – e psicossocial – promover qualidade de vida.

interessados na elaboração de projetos de abrigos e locais similares, tendo assim grande importância para a comunidade acadêmica. 6. Referências bibliográficas BRASIL. Ministério da Saúde. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, DF: Ed. Ministério da Saúde, 1990. 110 p. BINS ELY, Vera Helena Moro. Ergonomia + Arquitetura: buscando um melhor desempenho do ambiente físico. In: Anais do 3º Ergodesign - 3º Congresso Internacional de Ergonomia e Usabilidade de Interfaces HumanoTecnologia: Produtos, Programas, Informação, Ambiente Construído. Rio de Janeiro, RJ: LEUI/PUC-Rio, 2003.

5. Conclusões As condições ambientais podem ser fatores de risco ou saúde, dependendo da qualidade. O contexto ambiental onde a criança e o adolescente crescem e se desenvolvem é crucial nas causas e manifestações dos problemas, especialmente nas questões de comportamento. A instituição de abrigo consiste na substituição, provisória ou não, da estrutura física de lar e psicológica de família. Para tanto, o ambiente deve oferecer condições para o usuário participar e interagir, desenvolvendo novas competências cognitivas e sociais. Conforme Sommer (1973), os programas de distribuição do espaço não apenas indicam os papéis que se espera que as pessoas representem, mas também dificultam o exercício de sociabilidade. Assim, avaliar e estudar, através da Ergonomia Ambiental, como o ambiente contribui para o comportamento, é fundamental em locais onde a relação entre homem e ambiente é prejudicada pela situação anômala, de viver num espaço que não é seu de origem, com pessoas que não são seus familiares. Destaca-se, por fim, que o material resultante da pesquisa será, posteriormente, disponibilizado aos estudantes e profissionais

ENID ROCHA Andrade da Silva (Coord.). O direito à convivência familiar e comunitária: os abrigos para crianças e adolescentes no Brasil. Brasília, DF: Ed. IPEA/CONANDA, 2004. 416 p. LACY, Marie Louise. O Poder das Cores no Equilíbrio dos Ambientes. Tradução Carmen Ficher. 9. ed. São Paulo, SP: Ed. Pensamento, 2002. REHAL, Saddek. Words and images for exploration and communication of concepts in the early stages of the design task. In: PROCEEDINGS OF PDC 2002 AT MALMÖ. Editors Binder, T., Gregory, J., Wagner, I.. Malmö, 2002. RELPH, Edward. Place and Placelessness. London: Pion Limited, 1980. 156 p. RIBEIRO, Lúcia Gomes; MONT’ALVÃO, Claúdia. Ergonomia no Ambiente Construído. In: MORAES, Anamaria (org.). Ergodesign do Ambiente Construído e Habitado: Ambiente Urbano, Ambiente Público, Ambiente Laboral. Rio de Janeiro, RJ: Ed. IUsEr, 2004. 146 p. SOMMER, Robert. Espaço Pessoal, as bases comportamentais de projetos e planejamento. Tradução Dante Moreira Leite. São Paulo, SP: Ed. EPU/ EDUSP, 1973. 220 p.

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