Academia de Código Júnior no 1ºCEB - Projeto Piloto

June 2, 2017 | Autor: Filipe Moreira | Categoria: Child Development, ICT in Education, Programming
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Livro de resumos

Julho, 2015

TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC

ÍNDICE Resumos apresentados em Aveiro   Academia de Código Júnior no 1o Ciclo – Projeto Piloto ........................................................................ 4   Aprendizagem das ciências: Questionamento & Tecnologias .................................................................. 5   Aprendizagem e ferramentas da WEB 2.0 ................................................................................................ 6   O projeto eTwinning “Languages of the Heart”: um exemplo de integração curricular sustentável das TIC ................................................................................................................................... 7   Projeto Agire: modelo Edulabs na construção do futuro da educação ..................................................... 9   Projeto Inov@r com tecnologias táteis ................................................................................................... 10   Uma experiência de Educação para os média no 1.º CEB ...................................................................... 11   Workshop - "WEBMAT: manipulando"................................................................................................... 12

Resumos apresentados em Bragança   Criação e exploração de atividades interativas multimédia com um aluno portador do Síndrome de Down .................................................................................................................................................. 14   Desenvolvimento de competências de leitura e escrita com recurso a ferramentas digitais .................. 15   Desenvolvimento e exploração de um e-book interativo nas práticas educativas de 1ºciclo: Um caso para a aprendizagem do estudo do meio ......................................................................................... 16

Resumos apresentados em Faro   “A discutir é que a gente se entende”: filosofia para crianças do 1º ciclo .............................................. 18   A robótica educativa e a orientação espacial .......................................................................................... 20   As TIC no ensino e as TIC na aprendizagem ......................................................................................... 22   A União Europeia e os dispositivos móveis ........................................................................................... 24   Experiências de um grupo de formação “online” .................................................................................. 25   Física e química na ponta dos dedos ....................................................................................................... 26   História a 40 mãos .................................................................................................................................. 27  

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Livros com história... das palavras de papel ao digital ........................................................................... 29   Potencialidades das TIC na aprendizagem das línguas estrangeiras ...................................................... 30   Os dispositivos móveis em contexto educativo ...................................................................................... 31   Utilização das tecnologias de informação e comunicação e da plataforma Moodle em situação de formação de professores: Um estudo de caso .................................................................................... 32

Resumos apresentados no Monte da Caparica   A aplicação do projeto eTwinning “Foodtastic” como uma boa prática pedagógica no segundo ciclo ......................................................................................................................................................... 34   Acelerador de ensino: Mathduo .............................................................................................................. 36   @ programar no 1.º ciclo ........................................................................................................................ 37   As TIC na divulgação e preservação do património ............................................................................... 38   A utilização de meios digitais por crianças até 6 anos de idade ............................................................. 39   Entre Creixomil e Mafra: na “porta ao lado” .......................................................................................... 41   eTwinning: a Comunidade de Escolas da Europa................................................................................... 45   História Digital – Reis de Portugal ......................................................................................................... 47   Literacia dos médias ............................................................................................................................... 48   Metodologias ativas com integração das tecnologias digitais num curso profissional ........................... 49   Orthopter-ON - Identificação interativa de gafanhotos e grilos na sala de aula no ensino da biodiversidade ......................................................................................................................................... 51   Os tablets como recurso motivador de mais e melhores aprendizagens ................................................. 52   Projetos Europeus e a Literacia para os Media ....................................................................................... 54   Robotis – Clube de robótica do agrupamento de escolas D. Dinis ......................................................... 55   Tablet: Uma solução para alunos de baixa visão .................................................................................... 57   Utilização do vídeo no processo de ensino/aprendizagem ..................................................................... 58

Resumos apresentados em Setúbal  

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Cenários de Aprendizagem em contexto interdisciplinar ....................................................................... 60   Clube Scratch na Bela Vista ................................................................................................................... 61   O contributo das TIC para a escrita e a reescrita no 1.º ciclo do Ensino Básico .................................... 63   Os tablets como recurso motivador de mais e melhores aprendizagens ................................................. 64   Os três porquinhos e a sala de aula inclusiva .......................................................................................... 66   Resolvendo problemas através da Tecnologia: O programa APPS For Good e a sua aplicação em contexto escolar................................................................................................................................. 67  

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RESUMOS APRESENTADOS EM AVEIRO

TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC ACADEMIA DE CÓDIGO JÚNIOR NO 1O CICLO – PROJETO PILOTO Isabel Barbosa1, Filipe Moreira2, Lúcia Pombo1 e Maria José Loureiro3 1

Universidade de Aveiro; 2 AC; 3 Centro de Competência TIC da Universidade de Aveiro

Apresentação do projeto piloto desenvolvido pela Academia de Código Júnior, em parceria, entre outros, com a Universidade de Aveiro. O projeto visa a introdução do código no primeiro ciclo. Para além de desenvolver competências de programação, procura-se desenvolver competências transversais, designadamente ao nível da resolução de problemas, colaboração, comunicação e do pensamento lógico.

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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC APRENDIZAGEM DAS CIÊNCIAS: QUESTIONAMENTO & TECNOLOGIAS

Leonel Rocha Agrupamento de Vagos A promoção do Questionamento pelos alunos pode ser uma estratégia interessante a que os docentes poderão recorrer com o objetivo de promover a integração da Web 2.0 no ensino e aprendizagem das ciências. Nesta comunicação apresenta-se o trabalho realizado ao longo de um ano letivo com alunos do 9º ano de escolaridade na dinamização de um blogue de turma. Os dados recolhidos permitem-nos afirmar que a promoção de questionamento transformou a dinâmica das aulas e facilitou a integração do blogue no processo de ensino e de aprendizagem. Ao incentivar os alunos a formularem perguntas, inverte-se a tradicional centralidade do professor e convida-se os alunos a ocupar esse espaço e assumir o papel de questionador. Os alunos, ao partilhar as suas perguntas, mantinham-se expectantes no desenvolvimento das atividades que poderiam ajudar a esclarecer as suas dúvidas. Esta abordagem implica que o professor adapte a sua prática pedagógica, no sentido de dar uma resposta mais eficaz às necessidades e aos interesses dos alunos. Ao integrar ferramentas da Web 2.0 em sala de aula, como apoio ao ensino presencial, tal como foi realizado neste estudo, usamos as ferramentas comunicacionais que os alunos utilizam abundantemente no seu dia-a-dia fora das aulas, valorizando assim as competências digitais que os jovens adquirem fundamentalmente fora da escola e fazendo-as convergir com o que acontece em sala de aula.

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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC APRENDIZAGEM E FERRAMENTAS DA WEB 2.0 José Rosa Agrupamento de Escolas Soares Basto Em breves minutos serão apresentadas algumas (poucas) ferramentas da web 2.0 que podem e devem ser utilizadas em contexto de aprendizagem. Esta comunicação surge na sequência da participação do preletor no Curso ERASMUS + TSP [Tap, Swipe, Pinch] em setembro de 2013 e no compromisso assumido de desmultiplicar a formação junto dos docentes do Agrupamento de Escolas Soares Basto. O conteúdo da comunicação centrar-se-á em ferramentas como o MOODLE, a DRIVE do Google, as Redes Sociais, os servidores de Podcast ou de Ficheiros e o trabalho com ferramentas de conversão.

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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC O PROJETO ETWINNING “LANGUAGES OF THE HEART”: UM EXEMPLO DE INTEGRAÇÃO CURRICULAR SUSTENTÁVEL DAS TIC Maria Piedade Silva Agrupamento de Escolas Sátão O projeto eTwinning “Languages of the Heart” (LoH), desenvolvido no âmbito da disciplina de Inglês do 11o ano, apresenta-se como uma abordagem didática de ensino/aprendizagem das línguas assente na integração curricular das TIC através da ação eTwinning. No meio socioeconómico desfavorecido no qual está inserido o Agrupamento de Escolas de Sátão, em que as oportunidades de interação com a diversidade linguística e cultural são reduzidas ou quase inexistentes, a integração das TIC e a utilização de aplicações (padlet, timetoast, powtoon, etc...) que facilitam a comunicação e a colaboração online representam uma possibilidade de abertura da sala de aula ao mundo e uma oportunidade para o diálogo intercultural que este projeto procurou maximizar. Foi neste contexto que concebemos o projeto eTwinning “Languages of the Heart” implementado através da metodologia de trabalho de projeto com o objetivo de promover aprendizagens mais personalizadas e mais significativas e um ensino que atende às necessidades e aspirações individuais dos alunos e fomenta o seu crescimento global, enquanto cidadão ativo e interventivo numa realidade que se pauta pela pluralidade de perspetivas e mundivisões.

REFERÊNCIAS KRAJCIK, J. S., & Blumenfeld, P. C. (2006). Project-Based Learning. In R. K. Sawyer (Ed.), The Cambridge Handbook of the Learning Sciences (pp. 317-333). Cambridge, UK: Cambridge University Press. LOOI, C.-K., & Wong, L.-H. (2014). Implementing Mobile Learning Curricula in Schools: A Programme of Research from Innovation to Scaling. Educational Technology & Society, 17 (2), 72–84. Retirado de: http://ifets.info/journals/17_2/7.pdf

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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC UNESCO (2008). ICT competency standards for teachers. Paris: United Nations Educational, Scientific

and

Cultural

Organization.

Retirado

de

http://cst.unescoci.org/sites/projects/cst/The%20Standards/ICTCSTPolicy%20Framework.pd f WEIMER, M. (2002). Learner-Centered Teaching: Five Key Changes to Practice. San Francisco, CA: Jossey-Bass.

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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC PROJETO AGIRE: MODELO EDULABS NA CONSTRUÇÃO DO FUTURO DA EDUCAÇÃO

Lúcia Pombo, Vânia Carlos e Maria João loureiro Universidade de Aveiro A presente comunicação insere-se no contexto do projeto “AGIRE - Apoio à Gestão Integrada da Rede Escolar”, que resulta de uma colaboração entre o consórcio E-Xample, a Universidade de Aveiro e o Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré (Aveiro) centrada na criação de ecossistemas de aprendizagem experimentais a que se denominou de Edulabs. Estes ecossistemas consistem em laboratórios escolares, equipados tecnológica e didaticamente com vista à promoção da inovação em educação, nas dimensões: i) literacia digital dos atores; ii) formação dos membros da comunidade educativa para a integração das tecnologias; iii) práticas educativas letivas, organizativas e de envolvimento da comunidade; iv) conteúdos digitais (ebooks e outros materiais multimodais e plataformas de gestão educativa). A equipa de investigação da Universidade de Aveiro desempenha dupla função neste projeto: i) monitorização do processo e ii) concepção e implementação de uma Oficina de Formação de longa duração. Esta comunicação apresenta alguns resultados decorrentes da investigação.

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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC PROJETO INOV@R COM TECNOLOGIAS TÁTEIS

José Miguel Sousa EDUFOR O Centro de Formação EduFor – Centro de Formação de Associação de Escolas de Nelas, Mangualde, Penalva do Castelo, Sátão e Vila Nova de Paiva – com sede no Agrupamento de Escolas de Mangualde, tem vindo a percorrer um caminho focado na integração das TIC em contexto escolar, como pode ser comprovado pela consulta do portal www.edufor.pt. O Diretor do Centro de Formação, enquanto docente da Escola Sede, coordena um projeto da Chave 1 do Erasmus+ Educação e Formação, cuja candidatura em 2014 ficou classificada em primeiro lugar com 96%. É sobre esse projeto – “Inov@r com Tecnologias Táteis” - das aprendizagens obtidas pela mobilidade (para formação sobre Tablets) ao Reino Unido, do curso on-line “Creative use of Tablets in Schools” da European Schoolnet Academy, bem como do European Development Plan do Agrupamento de Escolas de Mangualde, que irá centrar-se esta comunicação.

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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC UMA EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO PARA OS MÉDIA NO 1.º CEB Soraia Horta e Belmiro Rego Escola Superior de Educação de Viseu Esta experiência teve como objetivo perceber de que forma se podem integrar os média na sala de aula, de forma a desenvolver o pensamento crítico dos alunos em relação aos mesmos. Relativamente às conclusões do estudo, destaca-se a importância dos média na vida das crianças desde muito cedo, uma vez que têm contacto com os diversos tipos de média e as mensagens que os mesmos transmitem desde sempre, estando expostas a diversos conteúdos, os quais devem ser capazes de compreender e interpretar. Assim, é imprescindível ensinar e educar as crianças a serem cidadãos críticos, para que possam contribuir para uma sociedade mais informada.

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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC WORKSHOP - "WEBMAT: MANIPULANDO" António Pedro Costa, Estela Barreto Coelho, Fábio Freitas e Liliana Tavares Ludomédia Pretende-se neste workshop explorar a WEBMAT – Materiais Manipuláveis, plataforma de acesso gratuito que permite o desenvolvimento de tarefas na área da matemática. A WEBMAT pode ser utilizada tanto por docentes como por alunos, essencialmente, do préescolar e do primeiro ciclo. As tarefas construídas têm por base os materiais manipuláveis, tais como: blocos lógicos, cuisenaire, blocos geométricos, poliminós, azulejos coloridos, geoplano e tangram. Os tópicos matemáticos explorados no desenvolvimento das tarefas são definidos pelo utilizador, que poderá guardar as suas tarefas online, permitindo-lhe aceder às mesmas com facilidade e em qualquer lugar.

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RESUMOS APRESENTADOS EM BRAGANÇA

TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC CRIAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADES INTERATIVAS MULTIMÉDIA COM UM ALUNO PORTADOR DO SÍNDROME DE DOWN Gustavo Nuno Moutinho Carvalho e Manuel Florindo Alves Meirinhos Instituto Politécnico de Bragança A prática focou-se na criação e exploração de atividades interativas multimédia para alunos com necessidades educativas especiais, envolvendo um aluno portador do Síndrome de Down, a frequentar o ensino básico no Agrupamento de Escolas de Mirandela. A metodologia utilizada foi a de estudo de caso único onde se pretendeu verificar a importância do multimédia enquanto instrumento facilitador da aprendizagem e inserção emocional no meio escolar. Atendendo às potencialidades das novas tecnologias o estudo dirige-se para a integração das mesmas em sala de aula, através da construção de ambientes de aprendizagem diferenciados e individualizados, fazendo com que o aluno integre o próprio processo de construção dos recursos para as atividades multimédia a desenvolver. A ferramenta utilizada para a elaboração das atividades multimédia foi o Edilim. O envolvimento do aluno no processo de elaboração e aprendizagem através destas atividades revelou-se bastante interessante e permitiu-nos tirar conclusões em relação à empatia na realização dos recursos, sobre a motivação na aprendizagem, sobre a aquisição de novos conhecimentos e sobre a forma como transportou as vivências desta experiência para o contexto familiar, incrementando a relação aluno-escola-família. Com este estudo verificou-se que o aluno através da criação dos recursos e exploração das atividades interativas multimédia, adquiriu conhecimentos de uma forma autónoma, com motivação, com muita empatia e com pouca dificuldade. A satisfação, o envolvimento e divulgação que o aluno fazia do trabalho desenvolvido, junto de professores e familiares, foi uma vitória.

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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS DE LEITURA E ESCRITA COM RECURSO A FERRAMENTAS DIGITAIS Luísa Maria Marques de Sousa Lima Agrupamento de Escolas Emídio Garcia, Bragança O objetivo principal do projeto Ler, escrever e contar é a promoção da leitura per se. Um segundo objetivo, mas não menos importante, é desenvolver nos alunos o espírito crítico e a criatividade, torná-los leitores eminentemente ativos, capazes de entender um texto, trabalhá-lo, manipulá-lo, apoderar-se dele e apresentá-lo aos outros de forma criativa. Aos alunos são propostos, anualmente, um conjunto de textos (contos, excertos de obras, poemas…), os quais podem trabalhar individualmente ou em grupo utilizando uma panóplia de ferramentas digitais que lhes permitem a apropriação, transformação e apresentação do texto, a construção de textos paralelos ou a representação gráfica do material trabalhado, o que normalmente culmina numa mostra da sua criatividade e numa reflexão crítica sobre o que foi feito e até sobre a forma como um mesmo texto pode ser lido de formas tão diferentes. Ao longo de todo o processo de implementação e consecução do projeto os alunos vão, também, adquirindo competências ao nível da literacia digital, nomeadamente de conceitos como técnicas de pesquisa, avaliação de ferramentas, direitos de autor e plágio.

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DESENVOLVIMENTO E EXPLORAÇÃO DE UM E-BOOK INTERATIVO NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS DE 1ºCICLO: UM CASO PARA A APRENDIZAGEM DO ESTUDO DO MEIO

Sónia da Conceição Pereira Leite Rendeiro e Manuel Florindo Alves Meirinhos Instituto Politécnico de Bragança Tecnologia e aprendizagem são, hoje, inseparáveis. As crianças da geração Net, rodeadas de tecnologias digitais, desenvolvem as suas estruturas mentais integrando estas novas tecnologias. Este estudo teve por finalidade a concepção de um manual digital interativo (e-book) para 3º ano do 1º Ciclo sobre a temática do Estudo do Meio e sua implantação em sala de aula durante aproximadamente três meses. A metodologia que nos pareceu mais adequada para a avaliação do e-book foi a metodologia de estudo de caso, na medida em que o produto desenvolvido foi testado e verificada a sua funcionalidade em contexto concreto de aprendizagem. O Estudo foi desenvolvido no Agrupamento de Caíde de Rei – Escola Básica de Vilar de Torno e Alentém. O software Edilim (onde foi realizado o e-book) oferece uma grande variedade de atividades. É um software grátis e simples de executar. Disponibiliza um manual onde descreve passo a passo como utilizar ou criar atividades diferentes. O e-book foi concebido para uma aprendizagem completamente digital. Apresenta informação multimédia (texto, imagem, vídeo e áudio e) e atividades interativas relacionadas. Consideramos este estudo muito enriquecedor, pois permitiunos verificar que realmente cada criança aprende com o seu ritmo; tendo sido possível replicar as vezes que os alunos acharam necessárias mediante as dificuldades apresentadas. A prática demonstra um incremento de motivação e o empenho no processo de aprendizagem e a predisposição das crianças para uma aprendizagem em suporte digital.

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RESUMOS APRESENTADOS EM FARO

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“A DISCUTIR É QUE A GENTE SE ENTENDE”: FILOSOFIA PARA CRIANÇAS DO 1º CICLO Sara Cristina Raposo e Dilar Martins Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa, Faro [email protected]; [email protected] Este projeto foi desenvolvido, ao longo do ano letivo, com três turmas da Escola E.B.1 nº5 (Vale Carneiros) do Agrupamento de escolas Pinheiro e Rosa, em Faro. Resultou da colaboração entre quatro professoras do 1º ciclo - Dilar Martins, Daniela Pereira, Isabel Cardador e Cristina Pinheiro - e uma professora de Filosofia do ensino secundário, Sara Raposo. Semanalmente, durante 50 minutos, os alunos desenvolveram atividades diversificadas acerca dos seguintes problemas filosóficos e afins: “O que é o medo?”; “Quem sou eu?”; “O que é a felicidade?”; “O que é a amizade?”; “O que é o amor?”; “A liberdade, o 25 de abril e a democracia”; “O que faz uma ação certa ou errada?” e “O que é ter uma atitude crítica?”. Alguns destes temas fazem parte dos conteúdos programáticos propostos, no 1º ciclo, em Formação Cívica. Além disso, estas aulas visaram o enriquecimento cultural dos alunos e foram integradas na oferta complementar da escola de Vale Carneiros. Um dos principais objetivos a alcançar com a implementação deste projeto - e que faz parte das competências fundamentais da disciplina de Filosofia - foi desenvolver a atitude crítica e a capacidade argumentativa dos alunos. Procurei alcançar esse objetivo através da sua participação em atividades de debate: apresentar, analisar e discutir diferentes ideias e pontos de vista acerca dos problemas filosóficos. Na abordagem dos temas foi seguida uma estrutura semelhante: o ponto de partida foi geralmente a leitura de uma história (da literatura infantil), seguia-se a interpretação a partir de um guião e só no final de cada tema havia um debate (orientado por um “guião da discussão”). A propósito dos diferentes temas realizaram-se outras atividades, de carácter artístico ou mesmo lúdico: desenhos, jogos, recortes, audição de canções, visionamento de pequenos filmes, fichas, análise de fotografias e poemas, representações com fantoches de dedo e a construção de cartões e folhetos (por exemplo sobre os temas do amor e da amizade). Como não existia um manual, os recursos e atividades foram sendo concebidos por mim ao longo do ano, alguns resultaram de sugestões das professoras do 1º ciclo e dos próprios alunos. 18

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Criámos uma página do Facebook: “A discutir é que a gente se entende - Filosofia para crianças do 1º ciclo”, na qual publicámos as atividades realizadas, permitindo assim aos encarregados de educação acompanhá-las e, caso pretendessem, dar-lhes continuidade em casa. Esta página permitiu-nos obter feedback dos pais e de outras pessoas, partilhar os materiais didáticos com professores (e todos os eventuais interessados) de várias escolas, de diferentes níveis de ensino e de diversas disciplinas. Este projeto articulou-se com outro existente na escola: o “Dúvida Metódica” (um blogue de Filosofia do ensino secundário), tendo sido criada uma segunda página para proceder à divulgação dos recursos didáticos das aulas de filosofia para crianças e vários foram mesmo ai publicados. Uma página educativa do Facebook pode ser um importante instrumento de trabalho e divulgação. Não é preciso saber muito de informática para a criar e usar. O seu uso é vantajoso, pois pode acolher recursos didáticos muito diferentes e permite uma interação direta com os leitores. É uma forma de abrir as janelas da sala de aula e convidar qualquer pessoa interessada (de qualquer lugar do país ou mesmo de outros países) a assistir e participar. É óbvio que quem o faz tem de investir na sua formação científica porque, ao expor publicamente o seu trabalho, está sujeito ao escrutínio público, nomeadamente por parte de pessoas mais conhecedoras. Contudo, eu penso que a discussão pública de ideias (tantas vezes encarada em Portugal de modo negativo, como um desafio às “autoridades” instituídas ou como falta de respeito pelas pessoas com quem se discute) é a melhor forma de aprendermos uns com os outros. Esta foi a ideia mais importante que transmiti e pratiquei com as crianças do 1º ciclo.

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A ROBÓTICA EDUCATIVA E A ORIENTAÇÃO ESPACIAL Bruna Carmo e Mário Saleiro U.SMART Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade do Algarve [email protected]; [email protected] No âmbito do projeto u.smart – cuja missão centra-se no desenvolvimento de soluções integradas de hardware, software e formação que auxiliem e motivem as crianças, jovens e adultos a desenvolver o sentido crítico, a aprendizagem colaborativa, a criatividade e a imaginação – foram realizadas várias atividades educativas inseridas em contexto de ATL, no concelho de Faro, recorrendo à robótica educativa. Para tal, foram utilizados 5 robôs Infante, cujos benefícios para a educação dos mais novos são bastante significativos: foram projetados e desenvolvidos com base na maturação das crianças em idades compreendidas entre os 7 e os 10 anos, com o intuito de dar resposta a uma necessidade educativa que se prendia com a inexistência de ferramentas didáticas de interação lúdica e pedagógica de caráter programável para estas idades. Tendo como principal objetivo desenvolver a orientação espacial, as atividades desenvolvidas foram ao encontro das competências descritas no Programa de Matemática do Ensino Básico (2007), nomeadamente no que diz respeito à criança situar-se em relação aos outros e aos objetos segundo a sua posição. Desta forma, partindo do princípio de que a matemática nos pode auxiliar a descobrir o mundo que nos rodeia, e sendo uma parte dessa percepção de natureza espacial, Le Boulch (1987), afirma que o espaço é o primeiro lugar ocupado pelo corpo, no qual se desenvolvem os movimentos do mesmo. Assim, as tarefas em questão exploraram a capacidade do indivíduo situar-se, orientar-se e localizar outra pessoa ou objetos num determinado espaço, trabalhando os conceitos de «posição e localização», «pontos de referência e itinerários» e «plantas». REFERÊNCIAS Le Boulch, J. (1987). Educação Psicomotora: psicocinética na idade escolar. Porto Alegre: Artes Médicas.

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Ministério da Educação (2007). Programa de Matemática do Ensino Básico. Lisboa: Ministério da Educação / Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular

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AS TIC NO ENSINO E AS TIC NA APRENDIZAGEM Exemplos e desafios:Voice Thread João Catarino e Bruno Fernandes Agrupamento Pinheiro e Rosa – Faro [email protected]; [email protected] Contexto Em oposição a uma visão em que as TIC servem de forma redutora apenas para aumentar a produtividade do professor nas suas tarefas burocráticas que passam pela planificação e avaliação de atividade pedagógica, gestão ou mera produção de apresentações digitais, há que repensar o uso destas ferramentas na prática lectiva, no uso direto com os alunos em sala de aula. De forma colaborativa, temos vindo a descobrir e testar o uso de novas ferramentas aplicadas ao trabalho em sala de aula. Este é o resultado de uma atividade em particular realizada com alunos de uma escola do 1º ciclo e jardim de infância. Atividade com os alunos Recorremos à aplicação Voice Thread para apresentar uma história itinerante escrita por alunos de três salas do 1º ciclo e uma sala do pré-escolar. Os alunos tinham idades compreendidas entre os três e os doze anos e escreveram o texto no âmbito da Semana da Leitura 2015. Após a produção do texto, os alunos foram convidados a elaborar desenhos sobre a parte que tinham escrito. Os desenhos foram fotografados de acordo com o desenrolar dos acontecimentos e carregados na aplicação. Foi assim produzido um slide show com os principais momentos. De seguida, tratou-se tão simplesmente de gravar a leitura do texto, interpretada pelos alunos, com uma básica webcam de um comum computador portátil produzindo assim uma presentação em que sobre os desenhos surgiram os alunos como locutores em áudio e vídeo da própria história. Foi assim possível produzir um produto final multimédia capaz de desenvolver competências comunicativas e artísticas nos alunos. Toda a comunidade pôde aceder aos conteúdos online contribuindo assim para uma efetiva divulgação do trabalho realizado.

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A aplicação O Voice thread é uma aplicação alojada na cloud e não precisa de instalação. É necessário apenas de um web browser que corra Flash Player e uma ligação à internet. Pode fazer-se o upload de documentos, apresentações, imagens, ficheiros áudio e vídeo e depois qualquer pessoa pode comentar os conteúdos apresentados recorrendo ao microfone ou webcam. A partilha dos conteúdos pode ser feita junto de um conjunto específico de indivíduos ou para o mundo inteiro. Pode ser utilizada com dispositivos móveis e ser integrada em sistemas LMS como o Moodle.

REFERÊNCIA Voice thread: https://voicethread.com/

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A UNIÃO EUROPEIA E OS DISPOSITIVOS MÓVEIS Luís Amaral Agrupamento de Escolas de Castro Verde, Castro Verde [email protected] Projeto da União Europeia (QR Code) e resposta a um questionário (realizado no Polldaddy). No âmbito do curso “Dispositivos Móveis”, promovido pela Educom, foi-me proposto a realização de um trabalho sobre a temática “Dispositivos Móveis”. Assim o tema selecionado foi a União Europeia (tema da disciplina de Geografia). As finalidades essenciais deste trabalho são os alunos realizarem um mapa em esferovite sobre a evolução da União Europeia. O projeto desenvolvido no curso foi aplicado no Agrupamento de Escolas de Castro Verde, numa turma PIEF (GPS), constituída por 23 alunos. Com este tema, os discentes devem realizar diversas tarefas: construir o mapa em esferovite (com título, legenda, escala, etc.); construir bandeiras de cada país da União Europeia (no inverso da bandeira colocar um código QR com informação básica do país) para por no mapa em esferovite; realçar, numa cartolina, os símbolos e as instituições da União Europeia (com imagens e com códigos QR). Além disso, foi construído um questionário no programa Polldaddy para os alunos da escola responderem no dia da exposição do projeto (11 de Maio). Durante a exposição os discentes da escola podem também ver a informação através dos Smarthphones e de tablets. Estas atividades enquadram-se numa perspetiva humanista e democrática que percebe o sujeito e as suas singularidades, tendo como objetivos, o desenvolvimento, a satisfação pessoal e a inserção ativa dos indivíduos. Estas ferramentas (Códigos QR e Polldaddy) permitiram visar amplos objetivos promotores de interação e construção de conhecimento, gerando assim uma nova cultura de aprendizagem.

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EXPERIÊNCIAS DE UM GRUPO DE FORMAÇÃO “ONLINE” Maria Eugénia Jesus Agrupamento D. Afonso III E B 1 / JI do Carmo [email protected] Nesta partilha vou contar - centrada no trabalho de 2013/2014 e 2014/2015 - como nos organizámos para dinamizar o grupo de formação cooperada que funcionou tendo como suporte a plataforma Moodle. Contarei também como, apesar dos problemas técnicos e das distâncias geográficas, nos encontrámos semanalmente, como partilhámos e refletimos sobre as práticas, como construímos produtos, como nos acompanhámos! Em comum, tínhamos/ temos a vontade de estar num grupo de formação de professores em que todos trabalhamos segundo o modelo pedagógico do Movimento da Escola Moderna com turmas do 3ºano!!!

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FÍSICA E QUÍMICA NA PONTA DOS DEDOS Ana Luísa Gonçalves, Duarte Duarte e Paulo Ribeiro Escola Secundária de Loulé e EB 2,3 Eng.º Nuno Mergulhão [email protected]; [email protected]; [email protected]

A evolução das tecnologias de informação e comunicação modificou, nos últimos anos, a forma como a maioria dos alunos comunica, acede à informação e se diverte. Os modernos dispositivos móveis como os tablets ou os smartphones começaram por ser utilizados apenas para fins lúdicos mas rapidamente permitiram o acesso a ferramentas de software que permitem facilitar ou melhorar atividades diárias dos seus utilizadores. Hoje existe já uma oferta bastante diversa de aplicações de qualidade vocacionadas para o ensino das mais variadas matérias que permitem facilitar, e em alguns casos agilizar, os processos de ensino. Existem aplicações que permitem facilitar a aprendizagem de conteúdos específicos, outras que permitem facilitar a construção e disponibilização de recursos educativos, outras que permitem aumentar ou melhorar a interatividade dos alunos com os conteúdos disciplinares, outras que facilitam a comunicação ou outras ainda que permitem a avaliação das aprendizagens. Esta comunicação pretende apresentar uma proposta de ação de formação destinada a professores de Física e Química para a utilização destas modernas tecnologias de comunicação e informação. Esta proposta foi desenvolvida no âmbito da oficina de formação “As TIC no ensino e as TIC na aprendizagem”, promovida pelo centro de formação EDUCOM. Acreditamos que os dispositivos móveis, utilizados atualmente pelos alunos, essencialmente para motivos de lazer, podem ser recursos muito poderosos para facilitar a aprendizagem e a avaliação de competências. Neste sentido, a ação de formação proposta e a estrutura da disciplina moodle produzida podem ser adaptadas a qualquer área curricular.

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HISTÓRIA A 40 MÃOS Elisete Duarte dos Santos Agrupamento Prof. Paula Nogueira – Olhão [email protected] Objetivos: - Explorar contos de uma obra sugerida nas Metas Curriculares; - Trabalhar a leitura em voz alta (autoscopia da leitura); - Trabalhar a escrita colaborativa utilizando as ferramentas web2. Estratégias/tarefas 1ª Sessão (1 hora) (professora bibliotecária): - Apresentação do livro aos alunos; - Facultar aos mesmos o conto a explorar; - Leitura em voz alta pela professora bibliotecária; - Leitura em voz alta pelos alunos. Gravação e audição das leituras realizadas. Análise da leitura em grande grupo. 2ª sessão (1 hora) (professora bibliotecária): - Criação de email para cada grupo de alunos; - Partilha com os email criados da pasta para escrita de texto colaborativo (Google drive); - Explicação da atividade à turma: com o documento aberto em todos os computadores, os alunos, seguindo as palavras-chave, vão continuar a história tendo como base a história trabalhada. 3ª sessão (1 hora) (professora bibliotecária): - Conclusão da construção da história; - Leitura coletiva da história construída. 4ª sessão (1 hora) (professora bibliotecária): 27

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- gravação da leitura da história criada pelos alunos (recurso a telemóvel). 5ª sessão (1 hora) (prof Titular de Turma) - ilustração das diversas partes da história. 6ª sessão (1 hora) (professora bibliotecária): - Digitalização das ilustrações produzidas; - Junção de som, áudio e texto no programa para fazer a montagem de um audiobook. - Divulgação digital do audiobook. Nota: Esta atividade foi dinamizada ao longo dos 2º e 3º períodos, em duas turmas do 2º e 3º anos, tendo como ponto de partida dois contos diferentes, tendo em conta o respetivo ano de escolaridade. REFERÊNCIA Conde, Elsa et al, 2012. Aprender com a biblioteca escolar. Referencial de aprendizagens associadas ao trabalho das bibliotecas escolares na Educação Pré-escolar e no Ensino Básico. Lisboa: Rede de Bibliotecas Escolares.

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LIVROS COM HISTÓRIA... DAS PALAVRAS DE PAPEL AO DIGITAL Cristina Barcoso Lourenço Agrupamento de Escolas de Montenegro [email protected] Sou professora de História e este ano letivo trabalhei, em parceria com a professora bibliotecária do meu agrupamento e a professora representante da rede de bibliotecas escolares, no projeto “Aprender com a Biblioteca Escolar”. O referencial “Aprender com a Biblioteca Escolar” estabelece três grandes áreas: literacia da leitura, literacia dos media e literacia da informação, sendo a literacia digital abordada numa perspetiva transversal. Procurei cruzar as literacias da leitura e da informação, procurando, por um lado, estimular o gosto pela leitura, e por outro, dotar os alunos de conhecimentos que os capacitassem para a pesquisa, acesso, avaliação, produção e uso ético e eficaz dos recursos e ferramentas de informação e comunicação. O projeto foi aplicado a três turmas do 9º ano. O objetivo central consistiu na apresentação de um livro, ligado aos conteúdos de História, com recurso às tecnologias da informação. Foi fornecida aos alunos uma lista de livros, onde eles, divididos em grupos de trabalho, deveriam escolher um livro de acordo com os seus interesses e/ou capacidades. A leitura do livro foi orientada por um guião que os alunos tinham de seguir, e que os conduzia à pesquisa da informação em suporte digital dos seguintes temas: dados bibliográficos, dados sobre a obra, dados históricos, reflexão histórica sobre o livro e avaliação pessoal. Após esta tarefa, os alunos tinham de escolher a ferramenta digital que queriam construir, tendo em vista o recurso a produzir. Surgiram trabalhos criativos, sobretudo em vídeo, que revelaram outras formas de estimular o conhecimento histórico, tendo as palavras de papel ganho uma nova vida no digital. REFERÊNCIA Rede de Bibliotecas Escolares (2012). Aprender com a biblioteca escolar. Referencial de aprendizagens associadas ao trabalho das bibliotecas escolares na Educação Pré-escolar e no Ensino Básico. Retirado de http://www.rbe.minedu.pt/np4/np4/?newsId=681&fileName=Aprender_com_a_biblioteca_escolar.pdf 29

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POTENCIALIDADES DAS TIC NA APRENDIZAGEM DAS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS Carla Pica Espanha [email protected] Apesar de, ao longo das últimas décadas, assistirmos a um ensino baseado em documentos orientadores que colocam a tónica nos conhecimentos que os alunos devem ser capazes de mobilizar para a resolução de problemas, a aprendizagem das línguas estrangeiras ainda assenta, em grande parte, na reprodução sistemática de exercícios, que, com o uso continuado, levam ao desinteresse e à diminuição da motivação dos alunos. As situações de aprendizagem devem propiciar ao aluno a vivência e a reflexão das ações. É, pois, importante desenvolver as habilidades necessárias para que os alunos possam lidar com as situações práticas do uso da língua estrangeira. Cabe, a nós professores, saber conjugar diferentes métodos numa mesma aula ou num mesmo conteúdo e procurar atividades complementares às do manual, que permitam a produção e a construção de conhecimentos pelos alunos e, simultaneamente, despertem a vertente comunicativa, sem expor os alunos a excessivo material didático. Neste domínio, as TIC constituem um excelente recurso pedagógico, na medida que, estimulam o trabalho autónomo, reforçam as capacidades dos alunos, a sua autoaprendizagem, autoconfiança e autocorreção e permitem aos professores um maior conhecimento das reais dificuldades e das verdadeiras competências de cada aluno.

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OS DISPOSITIVOS MÓVEIS EM CONTEXTO EDUCATIVO Sofia Martins Quintas Agrupamento de Escolas Eng. Duarte Pacheco Ed. Especial [email protected] As novas tecnologias estão em constante mutação, sendo necessário acompanhar todo o desenvolvimento emergente. A informação é consideravelmente abundante e é necessário mantermo-nos atualizados à velocidade de

informação a que estamos sujeitos atualmente.

smartphones e outros dispositivos móveis impulsionaram o interesse dos docentes no uso de mídias móveis para a educação. Aplicativos estão prosperando em ambientes de pesquisa nas escolas como recurso na procura de uma aprendizagem mais eficaz. No âmbito educativo as TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) assumem um papel cada vez mais importante onde as Aplicações (APP) partilhadas do computador com os dispositivos móveis estão acessíveis em qualquer ambiente ou lugar. Com o aparecimento do sistema Android ou IOS a partilha de um ficheiro ou documento num tablet ou num computador é tão simples que permite o utilizador desenvolver trabalho em qualquer local. É necessária uma abordagem que requer melhor conhecimento por parte dos docentes transmitindo maior segurança na aplicação destes novos recursos perante os alunos. No geral, pretende-se melhorar a prática dos docentes, com recurso às TIC e às APPs pedagógicas nos dispositivos móveis em contexto educativo, em especial na disciplina de EV, fornecendo ferramentas Web com o intuito de colmatar as necessidades e exigências, numa partilha de saberes entre a comunidade educativa. “Reconhecendo a importância das estratégias das metodologias de apreciação das TIC nos processos de ensino e de aprendizagem, requer-se que os docentes desenvolvam uma trabalho reflexivo focado nas suas práticas, sustentado por um sistema de gestão de aprendizagem(LMS), de forma a partilhar e a aprender a trabalhar de forma colaborativa, organizados numa comunidade de prática e descoberta.”

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UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E DA PLATAFORMA MOODLE EM SITUAÇÃO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UM ESTUDO DE CASO Maria Manuela Jacinto do Rosário Lúcio Agrupamento de Escolas Professor Paula Nogueira [email protected]; [email protected] A Formação de Professores constitui uma oportunidade de desenvolvimento profissional na qual é possível a integração das Tecnologias de Informação e Comunicação em Ações de Formação de áreas científicas diversas. No presente estudo de caso, na Ação de Formação “1ª Guerra Mundial: 100 anos depois” realizada nos anos letivos de 2013-2014 e de 2014-2015, na modalidade de Oficina, destinada a docentes dos Grupos 200, 400 e 420, estas Tecnologias foram utilizadas como forma de apresentação e partilha de trabalhos no decurso dos trabalhos da Ação e produzidos diversos materiais pedagógicos destinados a serem utilizados nos diferentes anos de escolaridade a que cada formando se dedicava. Os diferentes trabalhos realizados no decurso da ação, realizados em suporte digital e partilhados presencialmente e posteriormente em disciplina Moodle para a formação, permitiram conciliar o desenvolvimento profissional, os interesses particulares de cada participante, a produção de materiais pedagógicos diversificados adequados ao nível etário dos alunos a cargo de cada docente e a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (utilização de diferentes programas e suportes informáticos) aliada à formação na presente área científica. A utilização das TIC permitiu igualmente a continuidade do contato entre formadora e formandos, através da partilha de comentários e informações na disciplina da Formação na Plataforma Moodle, no espaço temporal entre as sessões presenciais, favorecendo o desenvolvimento da sociabilidade entre todos os participantes.

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RESUMOS APRESENTADOS NO MONTE DA CAPARICA

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A APLICAÇÃO DO PROJETO ETWINNING “FOODTASTIC” COMO UMA BOA PRÁTICA PEDAGÓGICA NO SEGUNDO CICLO Egidia Azevedo1, Agnieszka Halicka2 , Antonella Iannuzziello3 , Aude Bompas4 , Dolors Juncà5, Doville Kazakauskiene6 , Gunçe Subasi7, Ivana Paulíková8, Jevgeņija Sedača9, Loida Vidal Fernández10, Marcela Nevěřilová11, Maria Antonietta Panichella12, Mariana Voichita Rotar13, Matilde De Letis12, Marija Zubex14, Micaela Patricio1, Mustafa Turgut15, Nicoleta Faca16, Pina Di Ponte12, Nicolina Setaro12, Sabine Woll17, Sarmīte Vilde18, Soňa Purová11, Urszula Furmańska2, Vasso Hassomeri19 e Żaneta Misiak2 1

Agrupamento de Escola D. Filipa de Lencastre;

2

Zespół Szkół nr 2, Konstancin-Jeziorna, Polónia

3

Istituto Comprensivo Statale "D. Savio" - Scuola Secondaria di I Grado, Potenza, Itália

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Ensemble scolaire Jeanne d’Arc – Saint Romanin, Blaye, França

5

Ecola Mare de Déu del Roser, Salt, Espanha

6

Plokščiai school - multifunctional centre, Plokščiai, Lituânia

7 Özel Ada Şafak Ortaokulu, Sakarya, Turquia 8

Základná škola Viliama Záborského, Vráble, Vráble, Eslováquia

9

Daugavpils 3. vidusskola, Daugavpils, Letónia

10

CEIP Granullarius, Granollers, Espanha

11

ZŠ Jungmannova Litovel, 78401 Litovel, República Checa

12

ICS "G.A. Colozza" di Campobasso - Plesso Secondaria di I Grado, Campobasso (CB), Itália

13

Scoala Gimnaziala " Alexandru Ioan Cuza" , Baia Mare, Roménia

14

Osnovna škola Žitnjak, Zagreb,Croácia

15

Zonguldak Bahçelievler İlkokulu, Merkez, Turquia

16

Scoala Gimnaziala Nr. 1 Remetea, Remetea, Roménia

17

Realschule am Mauracher Berg, Denzlingen, Alemanha

18

Katvaru internātpamatskola, Limba˛u novads, Letónia

19

3o Δηµοτικό σχολείο Αγίου Νικολάου, Άγιος Νικόλαος, Grécia [email protected]

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O eTwinning é uma ação do programa Eramus Plus da União Europeia que visa a criação de redes de trabalho colaborativo entre as escolas participantes, construtivas de boas práticas pedagógicas, alicerçadas na exploração das novas tecnologias de informação e comunicação. O projeto eTwinning “Foodtastic” foi criado no presente ano letivo e aplicado em 19 escolas de 14 países envolvendo 167 alunos da faixa etária 10 - 12 anos e vinte e sete docentes. Os objetivos delineados foram: fornecer aos alunos uma visão abrangente da alimentação dos países participantes; discutir a influência da história, da cultura e dos estilos de vida nas escolhas alimentares; consciencializar para a importância da alimentação saudável; promover a interligação entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente; fomentar a exploração das tecnologias de informação e comunicação com ferramentas educativas e criativas; incrementar o trabalho colaborativo entre a rede de escolas parceiras, assentes em dinâmicas de partilha, as quais são fomentadoras da integração dos currículos, da criatividade e do espírito critico dos alunos. Para os alunos, os desafios colocados durante a realização das quinze atividades propostas: apresentações, logótipos, dicionários, canções, vídeos, puzzles, questionários, jogos interativos, implicaram a exploração e utilização de um vasto leque de ferramentas digitais: PowerPoint, Prezi, Moviemaker, Pixlr, Google docs, Skype, Zondle, que apresentaram diferentes graus de dificuldades e complexidade, que exigiram a resolução de problemas, sendo um estimulo para a realização de aprendizagens significativas e para o desenvolvimento da cooperação, do empenho, da autonomia. As diferentes etapas do projeto e respetivos produtos foram registadas e divulgadas através do portal twinspace, do blog externo do projeto e em exposições realizadas nas escolas e abertas ás respetivas comunidades educativas. Este projeto contribuiu para a construção de saberes, desenvolvimento competências e atitudes inerentes à educação holística dos alunos.

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ACELERADOR DE ENSINO: MATHDUO Cláudia Soares, Mónica Boto, Ricardo Mota e Ana Lisa Vaz Agrupamento de Escolas das Olaias – Edulab Olaias EB1 Engenheiro Duarte Pacheco [email protected], [email protected] Foram concebidas e desenvolvidas rotinas de ensino e aprendizagem no âmbito do Edulab do Agrupamento de Escolas das Olaias, designadas de Aceleradores de Ensino para potenciar aprendizagens efetivas dos alunos com recurso às TIC. O acelerador de ensino que foi aplicado por três turmas, 1º A, 2.º A e uma Turma Mais tinha como objetivos: desenvolver o cálculo mental, motivar os alunos para a matemática; desenvolver competências colaborativas, o pensamento crítico e motivar os alunos para a participação em concursos. A aplicação do acelerador decorreu entre abril e junho, com periocidade de uma hora semanal por turma. Ao longo de sete sessões, o tempo de execução da tarefa foi sendo registado numa tabela. Através destes dados foram elaborados gráficos para poder avaliar o efeito do Math Duo no desenvolvimento do cálculo mental. No final das sete semanas, alguns alunos (focus grupo) participaram num concurso de cálculo mental contra outros alunos que nunca utilizaram qualquer aplicação do tablet. Foi utilizada outra aplicação Mathduel que simula um duelo de cálculo mental entre dois alunos. Os resultados dos duelos entre os alunos que durante sete semanas utilizaram o Mathduo e os outros que não utilizaram nenhuma aplicação demonstraram que a utilização de uma aplicação para desenvolvimento do cálculo mental, potenciou as aprendizagens, pois, os alunos que trabalharam com o Mathduo tiveram mais vitórias no Mathduel.

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@ PROGRAMAR NO 1.º CICLO Olívia Ferreira, Luísa Cardoso, Irene Pinto e Graça Barata Agrupamento de Escolas das Olaias - EdulabOlaias E.B.1 Bairro do Armador edulabolaias@gmail, [email protected] No âmbito do projeto Academia de Código Júnior, com apoio da Câmara Municipal de Lisboa e da Fundação Gulbenkian, uma turma constituída por alunos dos 8 aos 12 anos, do 2.º e 3.º anos de escolaridade, iniciou-se na programação com Scratch, durante duas horas semanais, de janeiro a junho de 2015. Os alunos foram avaliados por um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro (com duas psicólogas clínicas), no início do 2.º período e no final do 3.º período. Foram aplicados os mesmos testes numa turma, com semelhante constituição – turma controle. Para além de permitirem avaliar a evolução dos alunos, a análise dos resultados pretende também perceber o impacto da programação na aprendizagem dos alunos. O programa usado foi o Scratch, com um computador para dois alunos. Os objectivos iniciais deste projeto passaram pelo: - Desenvolvimento do raciocínio matemático; - Trabalho colaborativo; - Desenvolvimento da autonomia na realização de tarefas; - Aperfeiçoamento das competências digitais e de literacia; - Raciocínio e resolução de problemas; - Desenvolvimento de competências colaborativas e de comunicação; - Criatividade; - Proatividade; - Produtividade. O desenvolvimento da autonomia, da criatividade e de competências digitais foram as competências com impactos visíveis a curto e médio prazo, estando ainda a aguardar as conclusões dos resultados dos testes aplicados. 37

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AS TIC NA DIVULGAÇÃO E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÓNIO Anabela Cardoso Ramos e Emília Silva Escola E.B. 2,3 de Vialonga [email protected] No âmbito do 5º ciclo de pilotagem iTEC, os alunos do 7ºD, da Escola E.B. 2,3 de Vialonga, com a cooperação das professoras de C.N. , E.V. e TIC, construíram um guião científico digital, que explica de forma representativa, expressiva e criativa as investigações realizadas. Os alunos foram divididos em equipas, utilizaram o TeamUp na formação dessas equipas, e cumulativamente para realizar gravações das reflexões . Os alunos construíram blogues de equipa, reportando a evolução da sua história de aprendizagem, que comportou duas visita de campo, registadas pelos alunos e expostas nos blogues. Com o Google Hearth os alunos construíram os percursos de interesse paleontológico e geológico na sua vila (Vialonga),realizando desta forma os guiões científicos digitais. Durante todo o projeto foi desenvolvido um site (http://aevitec5.weebly.com), que se desenvolve como elo agregador do projeto, disponibilizando o acesso a recursos de apoio, bem como de todas as atividades desenvolvidas, oferecendo um inquérito de avaliação do projeto. No final do ano lectivo a turma apresentou este projeto aos encarregados de educação e comunidade escolar, paralelamente efetuou-se a inauguração de uma exposição com os trabalhos realizados. Pretendemos e fomentamos a divulgação| preservação do património Geológico e Paleontológico da vila de Vialonga.

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A UTILIZAÇÃO DE MEIOS DIGITAIS POR CRIANÇAS ATÉ 6 ANOS DE IDADE Rita Brito Centro de investigação em Educação - Universidade do Minho [email protected]

Os meios digitais estão presentes na vida das crianças pequenas, de um modo crescente, sendo utilizados em idades cada vez mais precoces (Hague & Payton, 2010; Plowman, Stevenson, Stephen, & McPake, 2012). Elas utilizam o computador, o tablet, o smartphone e outras tecnologias para comunicar com familiares, jogar jogos, escrever, tirar fotografias, entre outras atividades (Cruz & Brito, 2012). Neste sentido, observámos 13 famílias no seu ambiente familiar, com o intuito de verificar que tecnologias as crianças utilizam, como as utilizam, quando e com quem as utilizam. Foram selecionadas famílias que tivessem crianças desde 1 ano até 6 anos de idade. Observámos as interações das crianças pequenas com as tecnologias, questionando-as sobre essas mesmas utilizações e entrevistámos os seus pais para obtermos uma visão global sobre a utilização dos meios digitais pelas crianças e as suas perspetivas sobre estes meios. Dos dados recolhidos podemos inferir que as crianças começam a ter curiosidade pelos dispositivos digitais com meses de idade. Já mais velhos (4 ou 5 anos), utilizam o dispositivo que for mais "rápido", normalmente os telemóveis e tablets dos pais, quando não têm os seus próprios tablets. Pareceu-nos que o tempo e gosto desta utilização poderá estar relacionado com a maneira de ser das crianças, preferindo as crianças mais ativas movimentarem-se, correr ou até mesmo jogar futebol em casa, e as mais recatadas preferem estar no sofá da sala a jogar no tablet ou no telemóvel dos pais. A maioria das crianças utilizam estes dispositivos para jogar, tendo acesso a jogos para maiores de 13 ou 18 anos. Elas são autónomas a utilizar os dispositivos, jogando, instalando aplicações e navegando sozinhos no Youtube. Questionados sobre a segurança online, o que assusta mais os pais é a pedofilia e os possíveis contactos com estranhos, mas apenas de futuro, presentemente não têm muitas preocupações pois são da opinião que os filhos ainda são pequenos e a utilização que fazem dos dispositivos não faz com que corram esse risco. Sentem-se preparados para conversar com os filhos sobre questões de segurança online, e consideram a 39

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formação sobres a utilização segura da internet uma questão importante, mencionando alguns pais ser relevante desde a idade pré-escolar. REFERÊNCIAS Cruz, E. & Brito, R. (2012). Quando o computador trabalha pensa-se na cabeça”. Representações de crianças em idade pré-escolar. In J. Matos (Org.), Atas das II Congresso Internacional TIC e Educação, ticEDUCA2012. Lisboa: Instituto da Educação da Universidade de Lisboa (1850-1865). ISBN: 978-989-96999-8-4. Hague, C., & Payton, S. (2010). Digital literacy across the curriculum. Bristol, UK: Futurelab. Plowman, L., Stevenson, O., Stephen, C., & McPake, J. (2012). Preschool children's learning with

technology

at

home.

Computers

&

Education,

59(1),

30-37.

DOI:

10.1016/j.compedu.2011.11.01

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ENTRE CREIXOMIL E MAFRA: NA “PORTA AO LADO” Henrique Santos e Cristina Pinto http://salamarela-enxara.blogspot.pt/2015/05/a-aida-maquina-de-escrita-em-braille-e.html e http://ojardimdanossainfancia.blogspot.pt/2015/05/suuuuuurpresaaaaaaaa-chegou-aida.html EB1/JI de S. Miguel, Enxara do Bispo (Mafra) e EB1/JI de Creixomil, Barcelos [email protected]; [email protected] “Os registos audiovisuais são meios de expressão individual e colectiva e também meios de transmissão de saber e da cultura que a criança vê como lúdicos e aceita com prazer.” In Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, 1997 A riqueza e variedade da informação, e dos seus suportes, que não para de crescer, acentuando em cada dia que passa o seu ritmo de expansão, conduz-nos, forçosamente, a um mundo novo em que o entretenimento, a aprendizagem, o diálogo entre cidadãos, o exercício da democracia, a cultura, a investigação científica, o trabalho, o comércio e as restantes atividades económicas recorre com intensidade crescente às chamadas “novas” tecnologias da informação e da comunicação como meio privilegiado de acesso e difusão de saber e de oportunidades de interação humana. A convergência das tecnologias de informação, do audiovisual e das comunicações abriu perspetivas com importante impacto positivo na transmissão do saber, na divulgação da cultura e da língua, nos processos de aquisição de conhecimento, na integração de cidadãos com necessidades especiais, na gestão das organizações, nos meios de entretenimento, na comunicação social, na interação entre grupos de cidadãos e na inovação de processos democráticos. Assim sendo, tornou-se pertinente a reflexão sobre a importância da utilização educativa das tecnologias da informação e da comunicação na construção de ambientes capazes de ajudar a construir seres humanos com capacidade e vontade de aprender desde a Educação de Infância. A criança deve ser desafiada e estar permanentemente na situação de construtora, de exploradora e de investigadora. A utilização dos meios de comunicação na educação de infância pode ser 41

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desencadeadora de variadas situações de efetiva aprendizagem e desenvolvimento de competências. Na verdade, as tecnologias são peças chave na criação de ambientes de aprendizagem motivadores e construtores do ser humano. As crianças aprendem melhor se tiverem tarefas, desafios, ou problemas nos quais as respostas não sejam óbvias ou demasiado simples. É possível, de forma simples e dinâmica, desenvolver, em contexto de sala de jardim-de-infância, uma abordagem sistemática e organizativa das possibilidades oferecidas no âmbito da utilização dos instrumentos tecnológicos ou de marcada característica comunicacional e da sua inter-relação com os conceitos de desenvolvimento social, cultural e cognitivo das crianças e da sua relação com as práticas pedagógicas. “A melhor aprendizagem é a que se compreende e dá prazer. As crianças adoram aprender até quando são ensinadas com uma lógica diferente. Na verdade, (...) acredito que toda a gente, especialmente as crianças, gosta sempre de aprender.” Papert (1998) A Família em Rede, p.39). Uma videoconferência e muito mais… Quando o assunto são as "novas tecnologias", a palavra "novas" deixa de fazer sentido para as crianças que já nasceram, e estão a crescer, com estas tecnologias. Quando chegam ao Jardim de Infância elas já utilizaram o computador, o tablet, a máquina fotográfica, o telemóvel... As crianças utilizam estes dispositivos com a naturalidade de quem os conhece desde sempre. Estes “instrumentos de trabalho”, dentro de uma sala de JI, proporcionam a educadores de infância e às crianças múltiplas possibilidades de ensino/aprendizagem entre ambos. Quando chegam à escola, as crianças “já sabem”. Cabe aos adultos cultivarem isso… e por vezes cultivarem-se com isso. E foi o que aconteceu quando chegaram os tablets à sala do Jardim de Infância de Creixomil. Estes “instrumentos de trabalho” podem levar-nos também a uma sala de JI a centenas de quilómetros e transformar a interação entre as crianças e os adultos em algo tão próximo que ficamos com a sensação que trouxemos a “sala ao lado” para dentro da nossa.

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Nestes últimos meses foram realizadas algumas videoconferências entre os JI de S. Miguel, Enxara do Bispo e JI de Creixomil, Barcelos, por vezes sem marcação prévia. Acontece algo que gostaríamos de partilhar com os amigos e tratamos de nos “ligar”. A falta de equipamento desejável e a necessidade de por vezes termos de “improvisar”, impede-nos de fazer estas visitas à “sala ao lado” mais frequentemente. Depois de uns meses antes termos mostrado aos amigos da Sala Amarela um cordeirinho que a mãe da Inês trouxe à nossa sala, voltamos a entrar na “sala ao lado” com a Aida. A Aida é cega e fez -nos uma visita surpresa. E não veio de mãos a abanar. Trouxe alguma da sua tecnologia de apoio que quisemos partilhar com os amigos da Sala Amarela. Depois de um telefonema a avisar que íamos “chegar”, montamos o "estaminé". Era necessário ligar o projetor multimédia ao computador e abrir a tela para poder deixar os amigos “entrar” na nossa sala. A ligação, via Skype, não colaborou connosco como gostaríamos, talvez por causa dos fortes ventos que se faziam sentir lá fora. Mas nós resistimos para além das baterias do computador e da máquina fotográfica que chegaram ao fim “antes do fim” (as surpresas têm destas coisas) e "segurámos" os nossos amigos no tablet e no telemóvel. A Aida divertiu-se imenso e nós também. Como os nossos amigos nos viram desde a Sala Amarela: “Hoje, numa videoconferência com o Jardim de Infância de Creixomil e com a Cristina Pinto, e apesar das "dificuldades" técnicas", conhecemos a Aida, a máquina de escrita em Braille e uma máquina (que parece um telemóvel) que lhe diz as cores... Falámos sobre ela, sobre o facto de ser cega e também nos apalpámos para perceber como podemos ver com os dedos (como a Aida faz!) E ela prometeu-nos escrever os nossos nomes em Braille... “ in: Blogue da Sala Amarela (http://salamarela-enxara.blogspot.com) REFERÊNCIAS Cardoso, G. (2003) À Procura de interlocutor. Para Conversar, Trocar informação, ouvir música ou namorar. Trajectos. Lisboa, Notícias Editorial e ISCTE.

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Cardoso, C. (2001) Ler a Sociedade da Informação, Usar as NTIs. Actas do 1º Encontro Nacional de Investigação e Educação. Lisboa, ESE de Lisboa. Ministério da Educação (2002) As Tecnologias de Informação e da Comunicação e a Qualidade das Aprendizagens – Estudos de caso em Portugal. Lisboa, DAPP. Papert, S. (1998) A Família em Rede. Lisboa, Relógio D’água. Santos, H. (2001) A Atitude do Educador face às Novas Tecnologias. Cadernos de Educação de Infância, nº58. Lisboa, APEI.

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ETWINNING: A COMUNIDADE DE ESCOLAS DA EUROPA

Rute Baptista www.etwinning.net European Schoolnet [email protected] O eTwinning disponibiliza uma plataforma para que os profissionais da educação que trabalham em escolas dos países europeus envolvidos, possam comunicar, colaborar, desenvolver projetos e partilhar, mas sobretudo e sentir-se, e efetivamente ser, parte da maior comunidade de aprendizagem na Europa. Devido ao seu impacto, crescimento, valor pedagógico e forte sentido de comunidade o eTwinning foi, e continua a ser, evidenciado como estando numa posição ideal para promover elementos fundamentais das recentes estratégias da Comissão Europeia. A ação eTwinning promove a colaboração entre escolas da Europa, com recurso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), proporcionando apoio, ferramentas e serviços que facilitam, em qualquer área disciplinar, a criação de parcerias, de curta média ou longa duração. O Portal (www.etwinning.net) é o principal ponto de encontro e espaço de trabalho. Encontra-se disponível em 26 línguas e, atualmente, já envolve mais de 314.000 docentes, e mais de 41553 projetos entre duas ou mais escolas europeias. O projeto foi lançado em 2005, como a principal ação do Programa de e-Learning da Comissão Europeia, e desde 2014 faz parte do Erasmus+, o programa europeu para a Educação, Formação, Juventude e Desporto. O Serviço de Apoio Central é coordenado pela European Schoolnet, e conta ainda com a ajuda de 38 Serviços de Apoio Nacional, de 36 países europeus e 6 Agencias de Apoio Nacional dos países que integram a Parceria Oriental e a parceria Euro-Mediterrânea (EUROMED). REFERÊNCIAS Brussels/Strasbourg (2012). Commission presents new Rethinking Education strategy. http://europa.eu/rapid/press-release_IP-12-1233_en.htm

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Bruxelas, 25.9.2013. COM(2013) 654 final. Abrir a Educação. http://eur-lex.europa.eu/legalcontent/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:52013DC0654&from=EN EUN Observatory (2013). Briefing Paper, Issue no.3. Does the type of ICT training teachers pursue matter? http://files.eun.org/etwinning/bpaper.pdf

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HISTÓRIA DIGITAL – REIS DE PORTUGAL Nuno Vicente Agrupamento de Escolas das Olaias EB1 Eng.º Duarte Pacheco [email protected]

Turma constituída por 23 alunos do 4ºano. Desde o início do ano letivo, foi proposto aos alunos, a apresentação dos trabalhos em formato digital (Word, Excel ou PowerPoint). Com rotina na utilização das tecnologias, permitiu elevar a “fasquia”. Devido ao interesse manifestado pela história de Portugal (reis e rainhas) decidiu-se criar uma História Digital. Começou a ser criada em janeiro, no horário de Oferta Complementar e Expressões (2 a 3 tempos semanais), até final do ano. A partir do livro de Estudo do Meio, teve-se acesso às dinastias, datas, nomes e cognomes dos reis de Portugal. Criaram-se grupos de trabalho, de forma a dividir os mesmos reis por esses grupos. Cada grupo deveria fazer o seguinte, sobre cada rei: desenhar ou caricaturá-lo; pesquisar sobre o cognome (significado), quem foram os seus pais, consorte e filhos; e selecionar os acontecimentos mais importantes durante o seu reinado. Com este recolhimento, criou-se um friso/cartaz, das dinastias, que está exposto na biblioteca escolar (até final do 2.º período). No 3º período, decidimos “ir mais longe” do que o objetivos iniciais. Realizar a tradução para inglês, utilizando o Google tradutor (forma de terem a oportunidade de contato com a língua, de forma interessada). Todo o trabalho, de pesquisa e tradução, foi documentado, por parte dos alunos em formato PowerPoint, pronto a ser criado um vídeo com a mesma informação. Devido às exigências do 4ºano, com exames nacionais, o vídeo ainda está a ser finalizado, por alguns alunos que se têm predisposto a ir à escola, para o concluírem. Objetivos: trabalho colaborativo; utilização de motores de busca para pesquisa e tradução; capacidade de seriação da informação; utilização de várias formas de registo digital;

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LITERACIA DOS MÉDIAS Ana Luísa Pires Monteiro Agrupamento de escolas Gomes Monteiro, Boticas [email protected]

A revolução tecnológica e digital que ocorreu nos últimos anos trouxe transformações com reflexo nas escolas, nomeadamente na forma de como aceder à informação e ao conhecimento. Às competências básicas essenciais para a aprendizagem das disciplinas do currículo como, por exemplo, a matemática ou a língua portuguesa, é necessário acrescentar e desenvolver competências em “outras literacias”, nomeadamente as da informação, as digitais e as dos médias. Os alunos devem ser dotados dos conhecimentos para usar as novas tecnologias, de forma a compreender a mensagem mediática, mas também como forma de participação cívica numa era globalizada, tecnológica e dominada pelos média. Torna-se imperativo, no contexto atual, educar para os média, recorrendo a estratégias e/ou atividades, a desenvolver de forma transversal a todo o currículo. A biblioteca escolar pode e deve ter um papel importante nesta dinâmica que se pretende, na aquisição destes conhecimentos e capacidades e no desenvolvimento de atitudes e valores necessários para a concretização dos mesmos. Pretende-se com esta comunicação apresentar algumas das atividades e dos resultados realizadas e obtidos no Agrupamento de Escolas Gomes Monteiro, Boticas nesta área dos médias no contexto de trabalho da biblioteca escolar.

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METODOLOGIAS ATIVAS COM INTEGRAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NUM CURSO PROFISSIONAL Ana Luísa Rodrigues Agrupamento de Escolas Aquilino Ribeiro / Instituto de Educação (ULisboa) [email protected]; [email protected] O presente estudo é suportado na investigação da própria prática como estratégia de produção de conhecimento e desenvolvimento profissional procurando caminhos para a inovação dos processos educativos na escola face à atual sociedade do conhecimento, que exige modelos e metodologias de ensino renovadas que incluem a integração das tecnologias digitais (TD) no processo de ensino-aprendizagem. Desta forma, foi desenvolvido, em forma de estudo de caso com observação participante, um trabalho de projeto ao longo do presente ano letivo de 2014/15, numa turma de 13 alunos, do 10º ano do Curso Profissional de Técnico de Vendas no âmbito das disciplinas da componente tecnológica, num Agrupamento de Escolas TEIP da área da Grande Lisboa. Este projeto foi designado de Vendedores e Companhia, Lda., tendo englobado diversas atividades, entre outras: a criação da loja ONE de venda de doces e artesanato nos intervalos das aulas; uma venda de rifas para cabaz de Natal; a organização do Baile de Carnaval da escola; e uma visita de estudo ao Algarve financiada com o lucro efetuado na loja. Durante o desenvolvimento do projeto foram amplamente utilizadas as TD a par das metodologias ativas, nomeadamente, na investigação com pesquisa na Internet sobre temas específicos com posterior apresentação de trabalhos em Word e PowerPoint, na criação de panfletos e cartazes e na partilha dos trabalhos realizados, informações, materiais e comunicação através de grupo fechado criado no Facebook. Os principais objetivos que levaram à incorporação das TD foram: proporcionar a construção e desenvolvimento de competências digitais dos alunos e sobretudo promover a motivação para a aprendizagem. Em suma, foi possível verificar a exequibilidade da utilização pedagógica do Facebook como plataforma de gestão de aprendizagens (LMS) e elemento de comunicação no processo de ensinoaprendizagem, e o desenvolvimento de competências digitais e sociais dos alunos. 49

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REFERÊNCIAS Arends, R. (2008). Aprender a ensinar. 7.ª Edição. Madrid: Editora McGraw-Hill. Bogdan, R., & Biklen, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora. Phillips, L. F., Baird, M. D., & Fogg, B. (2011). Facebook for Educators. [On-line]. Retirado de http://lantec.fae.unicamp.br/ed88/conteudos-digitais/arquivos/arquivo-011-guia-facebookpara-educadores, acedido a 20 de abril de 2014. Ponte, J. P. (2002). Investigar a nossa própria prática. In GTI (Org.), Reflectir e investigar sobre a prática profissional (pp. 5-28). Lisboa: APM. Rodrigues, A.L., Patrocínio, T., Curado, A.P., Cabrito, B. & Cerdeira, L. (2014). Facebook as a Learning Management System (LMS) in Higher Education. In International Congress on Education, Innovation and Learning Technologies (ICEILT), Jul 2014, University of Barcelona, ISBN 978-989-95089-2-7. Rodrigues, A.L. (2014). O Facebook como Ferramenta num Curso Vocacional de 3º Ciclo. Poster apresentado no III Congresso Internacional das TIC na Educação (ticEDUCA2014), Aprendizagem Online, novembro 2014, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.

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ORTHOPTER-ON - IDENTIFICAÇÃO INTERATIVA DE GAFANHOTOS E GRILOS NA SALA DE AULA NO ENSINO DA BIODIVERSIDADE Eva Monteiro1, Jesús Rey-Rocha2 e Maria Teresa Rebelo3 1 2

Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Universidade de Lisboa

Instituto de Filosofia, Centro de Ciencias Humanas y Sociales, Consejo Superior de Investigaciones Científicas

3

Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa; Center for Environmental and Marine Studies, Universidade de Aveiro [email protected]

A componente web Orthopter-ON é uma chave de identificação de espécies comuns de gafanhotos e grilos ibéricos. Em formato multimédia, com imagens reais e esquemas apelativos, a ferramenta Orthopter-ON facilita e torna mais atraente o processo de identificação de organismos, sendo um instrumento de ensino e aprendizagem dos conceitos relacionados com a biodiversidade. Esta ferramenta foi desenvolvida como parte do projeto Grilos e gafanhotos no ensino e na aprendizagem da biodiversidade (projeto SFRH/BD/73197/2010 financiado pela Fundação para Ciência e Tecnologia) que pretende responder às seguintes perguntas: - Poderá a inclusão de atividades de identificação de organismos nos currículos escolares contribuir para aumentar o nível de compreensão sobre a biodiversidade? - Poderá a participação dos alunos neste de atividades de identificação de organismos aumentar o seu interesse pela conservação da biodiversidade? Esta comunicação apresenta a ferramenta de ensino e os primeiros resultados do ano piloto (ano letivo de 2014/2015) em que foi testada a sua eficácia em aulas práticas de ciências da natureza e biologia.

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OS TABLETS COMO RECURSO MOTIVADOR DE MAIS E MELHORES APRENDIZAGENS António José Gonçalves e Óscar Leal dos Santos Agrupamento de Escolas Barbosa du Bocage [email protected]; [email protected]

As escolas têm hoje alunos com características bastante diferentes (nativos digitais) das gerações anteriores (residentes digitais). Surgem então novos contextos educativos que privilegiam a colaboração, interação e partilha, permitindo uma aprendizagem mais individualizada e mais autónoma por parte dos alunos. Cabe à escola tirar partido da tecnologia e procurar formas inovadoras de envolver os alunos e garantir que potenciem as suas aprendizagens. É neste contexto que surge o DIGICLASSE®, projeto inovador na sua dimensão educativa, mas também na sua génese, resultando da ambição das direções dos agrupamentos envolvidos e da vontade da EDUGEP, que liderou um grupo do qual faziam parte as escolas, empresas, um CFAE e uma instituição de ensino superior. Este projeto consistiu na aplicação de um conjunto de recursos tecnológicos e digitais, em escolas de 1º ciclo, com o objetivo promover ambientes de aprendizagem de inteligências múltiplas; potenciar a apropriação das diferentes matérias por parte dos alunos; utilizar os tablets como ferramenta educativa e elemento inovador e motivador; fazer dos alunos atores de experiências educativas e pró-ativos na busca de conhecimento e implementar novas soluções pedagógicas de promoção do sucesso educativo. No fim do 1º ano do projeto foram aplicados questionários de avaliação a alunos, pais e professores. Constitui a base para o estudo que aqui se apresenta, os dados recolhidos dos questionários aos alunos, onde foram avaliadas as seguintes dimensões: 1) satisfação com a participação no projeto, 2) avaliação da qualidade do equipamento e suas funcionalidades, 3) compreensão do papel pedagógico das tecnologias, 4) impacto na atenção e motivação para as aprendizagens e 5) impacto no comportamento e desempenho escolar.

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Os resultados das 180 respostas obtidas, representando 88% do total, demonstram que, num grau de concordância de 1 a 5 numa escala de Likert, todas as dimensões foram avaliadas acima de 4, com destaque para as questões 2) Compreendi que as tecnologias podem ser úteis para ajudar-me a aprender na escola (média=4,64), 6) Achei muito bom poder fazer exercícios no tablet. (média=4,83) e 9) Para os próximos anos, gostaria de continuar a aprender com tablets (média=4,88).

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PROJETOS EUROPEUS E A LITERACIA PARA OS MEDIA Carla Belo e Rui Baltazar Agrupamento de Escolas Emídio Navarro - Almada [email protected], [email protected]

O projeto a apresentar (PLAY WEB) teve origem num convite feito pela Srª. Eleonora Salvadori, diretora do Centro de Educação e Mídea da Universidade de Pavia à, nessa altura ainda, Escola Secundária Emídio Navarro, em Almada. Foi criada para o efeito uma equipa multidisciplinar de professores [Rui Baltazar (coordenador), Ana Ávila Silva, António Barreiros, António Sales, Carla Belo, Ludgero Leote e Rute Navas]. Este projeto foi financiado pela Agência Nacional PROALV, através do seu programa COMENIUS, e tivemos como parceiros escolas secundárias de Itália (Pavia), de França (Lyon) e de Espanha (Sevilha). O projeto PLAY WEB (www.play-web.eu ) visou criar uma série de produtos, alguns deles em formato digital, que tinham como objetivo sensibilizar alunos, professores e encarregados de educação para uma utilização mais segura da Internet. Entre as muitas atividades dinamizadas, encontra-se um concurso de vídeo, o qual foi lançado em simultâneo nos quatro países participantes deste projeto. No caso português, o regulamento foi adaptado para ir ao encontro do concurso “7 dias, 7 dicas sobre os media”, promovido pela Rede de Bibliotecas Escolas. Os trabalhos realizados pelos alunos foram muitos e de elevada qualidade. O vídeo vencedor foi divulgado durante um dos encontros com todos os parceiros deste projeto europeu, em Almada. Alguns momentos deste encontro foram captados pelas câmaras

da

TV

ALMADA

e

estão

disponíveis

em

https://www.youtube.com/watch?v=pBNFsp3xHnE . Palavras Chave: Almada, Projetos Europeus, Segurança na Internet, Vídeo, Media

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ROBOTIS – CLUBE DE ROBÓTICA DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D. DINIS Carlos Almeida e Sandra Ferreira Agrupamento de Escolas D. Dinis, Lisboa [email protected]; [email protected] Segundo Santos e Menezes (2005), a Robótica Educativa pode ser definida como “um ambiente onde o aluno tenha acesso a computadores, componentes electromecânicos (motores, engrenagens, sensores, rodas etc.), electrónicos (interface de hardware) e um ambiente de programação para que os componentes acima possam funcionar”. O projeto Robotis visa, sobretudo, a dinamização de atividades que desenvolvam nos alunos competências tecnológicas e científicas, nomeadamente nas áreas da programação e da electrónica. É através de práticas de trabalho colaborativo que os alunos são orientados de modo a planearem e executarem projetos relacionados com a Robótica, sendo estimulados a aumentar a sua criatividade na criação de robôs e na resolução dos desafios apresentados nas diferentes competições em que participam. Como objetivos gerais do projeto pretende-se incentivar a interdisciplinaridade, integrando conceitos de diversas áreas científicas, tais como programação, matemática, física, electrónica etc. estimulando a aplicação de conceitos teóricos, a atividades concretas; desenvolver aspectos ligados ao planeamento e organização de projetos; estimular a criatividade tanto na concepção de maquetes, como no aproveitamento de materiais reciclados; construir protótipos com motores e sensores, incorporando elementos dinâmicos; desenvolver a concentração e a observação; bem como promover o desenvolvimento de competências de trabalho colaborativo ao mesmo tempo que se procura estimular o crescimento individual de cada um dos alunos envolvidos. O projeto alicerça-se com base em metodologias de aprendizagem ativa, sendo os alunos chamados a assumir responsabilidade pela condução das atividades e gestão do próprio processo de aprendizagem, baseando esta na resolução de problemas e no desenvolvimento concreto de projetos reais e produtos tangíveis. O papel do professor deixa assim de assumir centralidade na gestão das atividades, passando esse papel de dinamizador do conhecimento a pertencer aos próprios alunos, e em particular aos alunos mais experientes.

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REFERÊNCIA Santos, C. F., & Menezes, C. S. (2005). A aprendizagem da Física no ensino fundamental em um ambiente de robótica educacional. XXV Congresso da Sociedade Brasileira de Computação, São Leopoldo, RS.

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TABLET: UMA SOLUÇÃO PARA ALUNOS DE BAIXA VISÃO João Azevedo, Catarina Carvalho, Maria do Céu Miranda, Dália Silva e Susete Rodrigues Agrupamento de Escolas das Olaias - EdulabOlaias E.B.1 Actor Vale edulabolaias@gmail Durante o ano letivo de 2014-2015, no âmbito do Edulab do Agrupamento de Escolas das Olaias, foi introduzido o uso do tablet na aprendizagem de duas alunas com baixa visão da E.B.1 Actor Vale – Escola de Referência para alunos Cegos e com Baixa Visão. Os principais objetivos que levaram à utilização do tablet com as alunas de baixa visão foram: Permitir aumentar o texto para o tamanho a que cada uma lia de forma confortável aumentando assim a sua velocidade de leitura. Segundo o estudo americano “Digital tablets improve speed and ease of reading for people with moderate vision loss”, as pessoas com baixa visão conseguem, através da leitura no tablet aumentar a sua velocidade de leitura em cerca de 30 %, o que na aprendizagem e consolidação do processo de aprendizagem da leitura pode significar, consequentemente, uma maior compreensão e interpretação de textos; Aumentar o contraste sem necessidade de recorrer a um candeeiro de luz fria; terem acesso a todo o tipo de informação que a Internet disponibiliza; tirarem fotografias para depois poderem fazer zoom e ver com detalhas as imagens; São dispositivos portáteis e relativamente baratos comparados com os dispositivos prescritos pelos médicos oftalmologistas, por exemplo, uma lupa TV que não é portátil, pode custar acima de 2000 a 3000 euros; Treinar a visão utilizando várias aplicações já existentes para esse efeito e outras que se podem adaptar; Existem várias aplicações educativas que os alunos podem utilizar para aprenderem; REFERÊNCIA Daniel Roth, M.D. (2012), Digital tablets improve speed and ease of reading for people with moderate vision loss. Chicago. Retirado de

http://www.newswise.com/articles/digital-

tablets-improve-speed-and-ease-of-reading-for-people-with-moderate-vision-loss 57

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UTILIZAÇÃO DO VÍDEO NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM João Azevedo e Beatriz Felício Agrupamento de Escolas das Olaias / Projeto EdulabOlaias EB1 do Bairro do Armador [email protected]; [email protected] No âmbito do projeto Edulab do Agrupamento de Escolas das Olaias recorremos ao vídeo para enriquecer o processo de ensino/ aprendizagem de uma turma do 4.º ano da Escola Básica do Bairro do Armador, reconhecendo a importância que o audiovisual tem vindo a ganhar na vida dos cidadãos. Esta utilização teve como principais objetivos: •

criar um ambiente mais próximo do quotidiano dos alunos, visto estes estarem habituados a utilizar vários meios audiovisuais fora da sala de aula, tanto para lazer como para aprenderem de forma informal;



tornar a escola e a sala de aula num local mais motivador, permitindo que os alunos façam aprendizagens efetivas, aproveitando ferramentas que eles gostam de utilizar.

Foram utilizadas várias tipos de vídeo, tanto vídeos do Youtube, como vídeos mais específicos, direcionados para aprendizagens curriculares, como é o caso, dos vídeos da Khan Academy e os vídeos Eureka 3D. O vídeo foi assim usado, em contexto de sala de aula, das seguintes formas: •

introdução/motivação para as aprendizagens;



exploração de conteúdos curriculares;



fonte de informação, para posteriores pesquisas, debates e conclusões;



simulação de experiências (física e química).

Além dos objetivos gerais enunciados anteriormente, as diferentes formas de exploração do vídeo contribuíram para captar a atenção do aluno para temas específicos, desenvolver a sua capacidade de concentração para reter informação, torná-lo crítico em relação à seleção de informação para a tornar em conhecimento, motivá-lo para novas pesquisas, compreender novos conceitos e realidades que de forma mais abstrata não seria possível.

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RESUMOS APRESENTADOS EM SETÚBAL

CENÁRIOS DE APRENDIZAGEM EM CONTEXTO INTERDISCIPLINAR

Paulo Torcato e Maria Clementina Fernandes Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide

No intuito de motivar os alunos para a autoaprendizagem realizou-se numa turma de 12.º ano, do Curso de Ciências e Tecnologias, um projeto interdisciplinar. No âmbito da disciplina de Biologia, do 12.º ano, os alunos foram convidados a apresentar um workshop, na área da manipulação da fertilidade e posters científicos sobre doenças hereditárias. Para cada uma das temáticas foi criado um cenário de aprendizagem em que cada grupo de quatro alunos trabalhou um subtema (investigação e preparação sua apresentação).. Paralelamente, na disciplina de Aplicações Informáticas foram construídos jogos didáticos e histórias digitais sobre cada uma das temáticas abordadas.

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CLUBE SCRATCH NA BELA VISTA

Helena Romano e Clarisse Paulino CPCJ de Setúbal e Agrupamento do Vertical de Escolas Ordem de Sant´Iago

A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Setúbal e o CCTICESE/IPS, em parceria, levaram a cabo uma experiência de dinamização de um clube de programação Scratch, numa escola de primeiro ciclo da região de Setúbal, inserida no Bairro da Bela Vista. Os objetivos desta intervenção eram a redução dos conflitos entre os alunos, durante a hora do almoço, e o aumento da sua autoestima. A turma intervencionada era constituída por 16 alunos, 14 dos quais de etnia cigana e tendo todos pelo menos um ano de retenção. O projeto decorreu em duas fases. Uma primeira, em que os alunos da turma receberam formação em Scratch, para se tornarem monitores da ferramenta, e uma segunda, em que dinamizaram o clube, para as turmas, ensinando o Scratch a todos os alunos de 3º e 4º anos, da escola. A formação começou em Janeiro com uma sessão onde foram definidas as regras do clube e discutido o projeto com os alunos. Desde o primeiro momento, que os alunos foram envolvidos e se mostraram entusiasmados. Assim, durante um mês e meio receberam formação, decorrendo todas as semanas uma sessão com a duração de 90 minutos. No final desse período formação foi realizada uma cerimónia, com a presença do Diretor da escola e Coordenador do CCTIC-ESE/IPS, onde os alunos receberam um certificado de monitores. A partir dessa cerimónia, abriu “oficialmente” o Clube Scratch na escola e estes alunos/monitores desempenharam o seu papel de dinamizadores deste espaço. Segundo a professora da turma, o projeto atingiu e superou os seus objectivos, ajudando a diminuir de forma significativa os comportamentos conflituosos e aumentando a autoestima destes alunos. 61

Por esta razão, e embora estivesse inicialmente previsto o funcionamento do clube apenas um dia por semana, os alunos sentiram necessidade de o abrir todos os dias, devido ao elevado número de turmas inscritas e crescente interesse dos alunos da escola, tomando eles toda a responsabilidade de preparação dos materiais e formação dos colegas.

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O CONTRIBUTO DAS TIC PARA A ESCRITA E A REESCRITA NO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO Joana Filipa Rufino Cruz e Rosário Rodrigues High School Academy e Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal Esta comunicação terá como temática o contributo das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no desenvolvimento da escrita e revisão de textos no 1.º Ciclo do Ensino Básico, nomeadamente, através do processador de texto. O objetivo principal do estudo, desenvolvido no âmbito do estágio incluído no plano curricular do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º ciclo do Ensino Básico, foi perceber de que forma o processador de texto poderia ser vantajoso, ou não, no processo de escrita dos alunos, especialmente, na escrita de textos e a sua posterior revisão. O estudo foi desenvolvido numa turma de 2.º e 3.º ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico utilizando dois tipos de atividades: escrita a pares de textos diretamente no computador e respetiva revisão coletiva com utilização do projetor e do quadro interativo. Estes dois tipos de momentos não seguiram nenhuma organização temporal específica. Após a implementação do projeto e da análise dos dados recolhidos, foi possível perceber que o computador, aliado ao processador de texto, constituiu-se um instrumento de trabalho bastante útil em atividades de escrita, apesar de este, por si só, não ser uma fonte de motivação para a escrita dos alunos, mas poderá ser um meio bastante interativo e enriquecedor de chegar a esse fim.

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OS TABLETS COMO RECURSO MOTIVADOR DE MAIS E MELHORES APRENDIZAGENS

Óscar Leal dos Santos e António José Gonçalves Agrupamento de Escolas Barbosa du Bocage

As escolas têm hoje alunos com características bastante diferentes (nativos digitais) das gerações anteriores (residentes digitais). Surgem então novos contextos educativos que privilegiam a colaboração, interação e partilha, permitindo uma aprendizagem mais individualizada e mais autónoma por parte dos alunos. Cabe à escola tirar partido da tecnologia e procurar formas inovadoras de envolver os alunos e garantir que potenciem as suas aprendizagens. É neste contexto que surge o DIGICLASSE®, projeto inovador na sua dimensão educativa, mas também na sua génese, resultando da ambição das direções dos agrupamentos envolvidos e da vontade da EDUGEP, que liderou um grupo do qual faziam parte as escolas, empresas, um CFAE e uma instituição de ensino superior. Este projeto consistiu na aplicação de um conjunto de recursos tecnológicos e digitais, em escolas de 1º ciclo, com o objetivo promover ambientes de aprendizagem de inteligências múltiplas; potenciar a apropriação das diferentes matérias por parte dos alunos; utilizar os tablets como ferramenta educativa e elemento inovador e motivador; fazer dos alunos atores de experiências educativas e pró-ativos na busca de conhecimento e implementar novas soluções pedagógicas de promoção do sucesso educativo. No fim do 1º ano do projeto foram aplicados questionários de avaliação a alunos, pais e professores. Constitui a base para o estudo que aqui se apresenta, os dados recolhidos dos questionários aos alunos, onde foram avaliadas as seguintes dimensões: 1) satisfação com a participação no projeto, 2) avaliação da qualidade do equipamento e suas funcionalidades, 3) compreensão do papel pedagógico das tecnologias, 4) impacto na atenção e motivação para as aprendizagens e 5) impacto no comportamento e desempenho escolar. Os resultados das 180 respostas obtidas, representando 88% do total, demonstram que, num grau de concordância de 1 a 5 numa escala de Likert, todas as dimensões foram avaliadas acima de 4, com destaque para as questões 2) Compreendi que as

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tecnologias podem ser úteis para ajudar-me a aprender na escola (média=4,64), 6) Achei muito bom poder fazer exercícios no tablet. (média=4,83) e 9) Para os próximos anos, gostaria de continuar a aprender com tablets (média=4,88).

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OS TRÊS PORQUINHOS E A SALA DE AULA INCLUSIVA Paulo Torcato, Vera Veiga, Teresa Ferreira e Cláudia Meireles Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide A sala de aula inclusiva é um dos grandes objetivos da sociedade e das comunidades educativas em particular. As crianças portadoras de deficiência (seja física; mental ou emocional) apresentam dificuldades que limitam e /ou impedem o desenvolvimento do seu processo de aprendizagem e de interação com o mundo que as rodeia. Quando estas crianças ingressam no meio escolar, regular ou especial, é-lhes facultada a oportunidade de vivenciar experiências e de receber estímulos que as levam a assumir uma postura mais ativa e participativa na realidade e no meio em que estão integradas. Quase todos os jovens, até os mais pequenos, se sentem atraídos pelas novas tecnologias e pelo seu potencial. Na área da Educação Especial, para além do seu poder atrativo, são tidas como um excelente auxiliar e veículo eficaz para atingir determinados objetivos. Na robótica, por exemplo, a atividade de montar e desmontar um robô estimula o desenvolvimento de inúmeras competências, desde o desenvolvimento

da

atenção;

concentração;

organização;

esquematização;

motricidade fina; cálculo; lateralidade etc. As atividades com robôs contribuem para estimular o desenvolvimento de competências essenciais ao processo de aprendizagem e de socialização e contribuindo para a inclusão de alunos com NEE. A peça "Os Três Porquinhos" foi desenvolvida com atores robôs para estimular o gosto pela ciência e visa a inclusão de alunos com NEE.

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RESOLVENDO PROBLEMAS ATRAVÉS DA TECNOLOGIA: O PROGRAMA APPS FOR GOOD E A SUA APLICAÇÃO EM CONTEXTO ESCOLAR Paula Domingues, Sofia Milheiro e Cândido Barreiros Escola 2/3 com Secundário de Santo António A Escola Básica 2/3 de Santo António aceitou o convite/desafio da Direção Geral da Educação para integrar, com um conjunto reduzido de escolas a nível nacional, o Projeto-Piloto “Apps For Good”, em parceria com o CDI, cujo principal objetivo é fazer emergir uma nova geração de empreendedores que consigam criar pequenos programas de software (APPs) em benefício da comunidade a que pertencem. Criamos a aplicação EBBSA+ESPECIAL que é uma solução de comunicação aumentativa e alternativa, totalmente indicada para crianças, jovens e adultos que têm dificuldade em comunicar, como resultado de autismo, Síndrome de Down, acidente vascular cerebral ou qualquer outra condição que afeta a capacidade de comunicar de forma eficaz. Apresenta: •

Conteúdos em português e gratuitos;



Compatível com dispositivos portáteis e tablets com Android;



O aplicativo contém: Várias imagens organizadas por temas.

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