ACERCA DAS \" FALACIAS \" OBJETIVAS DA ANÁLISE DAS REDES SOCIAIS: Regimes Topográficos vs. Regimes Meritocráticos

May 31, 2017 | Autor: I. Guedes Alcoforado | Categoria: Analise de Redes Sociais, Análises espaciais, Teorias da Localização,
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ACERCA DAS "FALACIAS" OBJETIVAS DA ANÁLISE DAS REDES SOCIAIS: Regimes Topográficos vs. Regimes Meritocráticos

Ihering Guedes Alcoforado

Esta nota toma como referência a Tese de Doutorado de BORONDO (2015), a qual assenta no insight de Granowetter e nos novos bancos de dados relacionais evidencia alguns fatos concretos acerca da articulação dos agentes em rede, a partir do que as articulações hierarquizadas são consideradas como expressão do que chama um "regime topográfico", ao tempo em que as articulações horizontalizadas são, por sua vez, entendidas como uma revelação do que nomeia de "regime meritocrático".

A apreensão da sociedade por meio desses regimes configura ao mesmo tempo uma crítica a forma de apreensão da sociedade com que opera os economistas neoclássicos, aqui herdeiros dos austríacos, mas principalmente uma alternativa ao seu "individualismo metodológico". Da mesma maneira que se coloca como uma alternativa a analise marxista das "classes sociais".

Mas, o fato de representar um claro avanço analítico no que se refere á apreensão da dimensão informacional da pratica política cotidiana, não implica que este framework esteja isento de grandes limitações quando se tenta transplantá-lo da analise das redes sociais virtuais, a exemplo do Twetter, para as redes de produção materiais.
Chamo atenção que o transplante da analise de rede com sua objetividade tende a desconsiderar a especificidade do econômico (economias de escala, economias de aglomeração, economias de localização) que condicionam a estrutura a espacial das redes produtivas e, inclusive das que tem seus insumos digitalizados.

Em função desta desconsideração, os analistas que operam neste âmbito são inclinados a fazer um juízo a priori acerca do que Borondo Benito (2015) nomeia de regime topográfico, o qual é considerado como indesejado e, o regime meritocrático, o qual é considerado como desejável, desconsiderando que o regime topográfico pode expressar a forma mais eficiente de ocupar um espaço, como evidenciado pelas diversas Teorias econômicas da localização, como também pela Teoria coseana da firma.
Enfim, é importante estarmos aberto para os novos aportes analíticos de outras disciplinas ao campo econômico, até porque esta sempre foi nossa prática, mas é necessário ir devagar com o andor pois o santo é de barro.



REFERÊNCIA
BORONDO BENEDITO, Francisco Javier, Aplicación de la Teoría de Redes Complejas a Processos Dinámicos en la Sociedade. Universidade Politécnica de Madrid (Escuela Técnica Superior de Ingeniieros Agonomos) Tesis Doctoral, 2015 2015

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