Adaptações e aplicações das práticas informais de aprendizagem musical em contextos formais de ensino musical em uma escola pública em Belo Horizonte/MG

July 17, 2017 | Autor: Fernando Rodrigues | Categoria: Music Education, Educação Musical, Informal music learning
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CURRÍCULO NA CONTEMPORANEIDADE: INTERNACIONALIZAÇÃO E CONTEXTOS LOCAIS ATAS DO

XI Colóquio sobre Questões Curriculares VII Colóquio Luso-Brasileiro de Questões Curriculares I Colóquio Luso-Afro-Brasileiro sobre Questões Curriculares (Orgs) Antonio Flávio Moreira José Augusto Pacheco José Carlos Morgado Filipa Seabra Carlos Ferreira Isabel C. Viana Maria Palmira Alves Ana Maria Silva Carlos Silva Maria de Lurdes Carvalho Geovana Lunardi Mendes Lucíola Licínio C. P. Santos

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CURRÍCULO NA CONTEMPORANEIDADE: INTERNACIONALIZAÇÃO E CONTEXTOS LOCAIS Atas do XI Colóquio sobre Questões Curriculares / VII Colóquio Luso-Brasileiro de Questões Curriculares / I Colóquio Luso-Afro-Brasileiro sobre Questões Curriculares

EDIÇÃO

Centro de Investigação em Educação (CIEd) Instituto de Educação – Universidade do Minho

ORGANIZADORES

Antonio Flávio Moreira José Augusto Pacheco José Carlos Morgado Filipa Seabra Carlos Ferreira Isabel C. Viana Maria Palmira Alves Ana Maria Silva Carlos Silva Maria de Lurdes Carvalho Geovana Lunardi Mendes Lucíola Licínio C. P. Santos ANO

2014

Esta edição é financiada por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia, no âmbito do projeto Estratégico do Centro de Investigação em Educação – PEst-OE/CED/UI1661/2014 DESIGN E COMPOSIÇÃO GRÁFICA De Facto Editores – Santo Tirso ISBN

978-989-8525-37-6

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Universidade do Minho, Portugal

COORDENADORES

Universidade Católica de Petrópolis, Brasil Universidade de Cabo Verde Universidade Pedagógica de Moçambique Universidade Katyavala Bwila, Angola

Universidade do Estado de Santa Catarina, Brasil Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil

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ÍNDICE DE TEMAS E ARTIGOS

António Flávio Moreira (Universidade Católica de Petrópolis / Univ. Federal do Rio de Janeiro) José Augusto Pacheco (Universidade do Minho) MEMBROS

Carlos Ferreira (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) Filipa Seabra (Universidade Aberta) Isabel C. Viana (Universidade do Minho) José Carlos Morgado (Universidade do Minho) Maria Palmira Alves (Universidade do Minho) Geovana Lunardi Mendes (Universidade do Estado de Santa Catarina) Lucíola Licínio C. P. Santos (Universidade Federal de Minas Gerais) Ana Maria Silva (Universidade do Minho) Carlos Silva (Universidade do Minho) Maria de Lurdes Carvalho (Universidade do Minho)

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COMISSÃO CIENTÍFICA Adriano Niquice (Univ. Pedagógica de Moçambique) Alberto Quitembo (Universidade Katyavala Bwila) Alfredo Veiga Neto (UFRGS) Almerindo Afonso (Universidade do Minho) Álvaro Luiz Hypólito (Univ. Federal de Pelotas) Amélia Maria A. Mesquita (Univ. Federal do Pará) Ana Maria Monteiro (UFRJ) Ana Maria Saúl (PUC-SP) Ana Maria Silva (Universidade do Minho) Ângelo Murias (Univ. Pedagógica de Moçambique) Antonio Carlos Amorim (UNICAMP) Augusto Ezequiel Afonso (Univ. Katyavala Bwila) Bartolomeu Varela (Universidade de Cabo Verde) Bento Duarte da Silva (Universidade do Minho) Carlinda Leite (Universidade do Porto) Carlos Barreira (Universidade de Coimbra) Carlos Eduardo Ferraço (UFES) Carlos Ferreira (UTAD) Carlos Fino (Universidade da Madeira) Carlos Silva (Universidade do Minho) Carmem Teresa Gabriel (UFRJ) Cassia Ferri (Universidade do Vale do Itajaí) Cristina Ferreira (Universidade de Cabo Verde) Elba Siqueira de Sá Barreto (USP) Ermelinda Cardoso (Universidade Katyavala Bwila) Eurize Caldas Pessanha (UFMS) Fabiany Tavares Silva (UFMS) Fernando Ribeiro Gonçalves (Univ. do Algarve) Filipa Seabra (Universidade Aberta) Francisco Sousa (Universidade dos Açores) Genylton Rocha (Universidade Federal do Pará) Geovana Lunardi Mendes (UDESC) Gilcilene Dias da Costa (Univ. Federal do Pará) Hildizina N. Dias (Univ. Pedagógica de Moçambique)

Inês Barbosa Oliveira (UERJ) Isabel C. Viana (Universidade do Minho) Jadson Fernando Garcia Gonçalves (UFPA) Jefferson Mainardes (UEPG) Jesus Maria de Sousa (Universidade da Madeira) Jorge do Ó (Universidade de Lisboa) José Brites Ferreira (Instituto Politécnico de Leiria) José Carlos Morgado (Universidade do Minho) Josenilda Maria M. Silva (UFPA) Juarez Thiesen (UFSC) Júlio Pedrosa Santos (Inst. Pol. de Viana do Castelo) Lucíola Santos (Universidade Federal de Minas Gerais) Luís Tinoca (Universidade de Lisboa) Manuela Esteves (Universidade de Lisboa) Marcia Denise Pletsh (UFRRJ) Marcia Serra Ferreira (UFRJ) Maria Alice Tavares (Universidade Katyavala Bwila) Maria de Lurdes Carvalho (Univ. do Minho) Maria do Céu Roldão (Univ. Católica Portuguesa) Maria Inês Marcondes (PUC-Rio) Maria Palmira Alves (Universidade do Minho) Maria Rita Oliveira (CEFET-MG) Maria Teresa Esteban (UFF) Maria Zuleide da Costa Pereira (UFPB) Marlucy Alves Paraíso (UFMG) Martha Kaschny Borges (UDESC) Menga Lüdke (UCP) Preciosa Fernandes (Universidade do Porto) Regina Célia L. Hostins (UNIVALI) Roberto Sidnei Macedo (UFBA) Shirlei Rezende Sales (UFMG) Vera Lucia Gaspar da Silva (UDESC) Veronica Guesser (UNIVALI)

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UNIVERSIDADES PROMOTORAS

PATROCÍNIOS

Instituto de Educação – Universidade do Minho Centro de Investigação em Educação (CIEd) Fundação para Ciência e a Tecnologia

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Associação Brasileira de Currículo (ABdC)

European Association of Curriculum Stidies (EuroACS) European Journal of Curriculum Studies (EJCS) Revista Portuguesa de Estudos Curriculares (RPEC) Porto Editora

COMISSÃO ORGANIZADORA

COMISSÃO CIENTÍFICA

PATROCÍNIOS

ÍNDICE DE TEMAS E ARTIGOS

NOTA DE APRESENTAÇÃO

TEMA 15 XI Colóquio sobre Questões Curriculares VII Colóquio Luso-Brasileiro & I Colóquio Luso-Afro-Brasileiro de Questões Curriculares CURRÍCULO NA CONTEMPORANEIDADE: INTERNACIONALIZAÇÃO E CONTEXTOS LOCAIS

Adaptações e aplicações das práticas informais de aprendizagem musical em contextos formais de ensino musical em uma escola pública em Belo Horizonte/MG

Rodrigues, F. M.

Escola de Música - Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil Email: [email protected]

Resumo Este projeto destina-se ao estudo das adaptações e aplicações das práticas informais de aprendizagem musical em contextos formais de ensino. O entendimento dos processos de aprendizagem musical em ambientes extracurriculares vem, há tempos, despertando o interesse de pesquisadores da área. O intuito é conhecer a articulação destes processos, seus procedimentos e suas inter-relações, visando auxiliar a atuação dos professores e enriquecer o ensino musical de uma maneira geral. Com o suporte metodológico da Teoria Fundamentada (Grounded Theory), conjuntamente com a utilização de técnicas etnográficas de coleta de dados como observação participante, questionários, entrevistas e análise documental, poderemos traçar a possibilidade de adaptação e aplicação das técnicas informais de aprendizagem musical nas escolas de música. A pesquisa conta com a formação de grupos de alunos da Escola Estadual Hilton Rocha, em Belo Horizonte. Nestes grupos serão aplicadas, estudadas e discutidas as principais práticas de aprendizagem informais previamente identificadas num estudo bibliográfico sobre o tema. Desta forma, ao final do estudo, poderemos confirmar a preposição sugerida para este trabalho de que as práticas musicais informais podem atuar como abordagens facilitadoras para o ensino musical. Palavras-chave: Aprendizagem musical; Prática; Ensino.

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Introdução

O estágio obrigatório dos cursos de Licenciatura em Música é uma das atividades que mais aproximam o estudante da prática didática. Ao iniciar este estágio (nas salas de aulas em escolas regulares), o futuro professor de música se depara com uma realidade consideravelmente diferente daquela exemplificada no seu curso. De acordo com relatos informais de alunos da Escola de Música (ESMU) da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), os diversos materiais e procedimentos discutidos durante o curso de Licenciatura geralmente não condizem com a realidade musical das nossas escolas. Souza (2013) relata que, este fato acontece principalmente nos ambientes de aprendizado formal, como conservatórios, cursos superiores e escolas regulares. Nesses espaços, ainda que ocorram experiências que contemplem a diversidade musical e cultural, tanto local quanto do aluno, o que prevalece é o ensino musical numa visão eurocêntrica, sem relação com os aspectos socioculturais que o envolvem (Souza, 2013. pag.55).

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TEMA 15 XI Colóquio sobre Questões Curriculares VII Colóquio Luso-Brasileiro & I Colóquio Luso-Afro-Brasileiro de Questões Curriculares CURRÍCULO NA CONTEMPORANEIDADE: INTERNACIONALIZAÇÃO E CONTEXTOS LOCAIS O futuro professor (ou licenciando) necessita adaptar as práticas aprendidas e experimentar novos procedimentos de ensino musical na sua aula. Como opção o licenciando pode trabalhar com um repertório que seja reconhecido pelos seus alunos, e consequentemente, estimular o aprendizado e as práticas musicais. Folkestad (2006) destaca um crescimento no interesse pela pesquisa sobre as práticas informais de aprendizado musical que acontecem, em sua maioria, fora dos ambientes escolares formais. O autor salienta que nestes trabalhos há uma “mudança geral no foco - do ensino à aprendizagem e, conseqüentemente, do professor para o aprendiz (aluno)” (p. 136). Por conseguinte, isto sugere uma mudança de foco do ponto de vista do professor, “para o quê aprender, o conteúdo da aprendizagem, e como aprender, a forma de aprendizagem” (p.136). Esta pesquisa procura através da adaptação e aplicação das praticas informais de aprendizagem musical, aproximar o ensino e prática musical da realidade vivenciada pelos alunos do 2º grau da Escola Estadual Professor Hilton Rocha (EEPHR), situada em Belo Horizonte/Minas Gerais.

1.1 Aprendizagem Formal, Não-Formal e Informal Para um melhor entendimento deste projeto, apresentamos aqui alguns conceitos importantes sobre aprendizagem musical. Podemos entender como educação “Formal” aquela que está relacionada com as escolas e instituições de formação, a partir dos anos iniciais em escolas primárias até o curso superior. Há uma sistematização do conteúdo musical, com um currículo programático de ensino e avaliações, com o objetivo de comprovar aquilo que foi aprendido (Mak, 2007. p.12). O aprendizado “Não-formal” está relacionado com grupos comunitários e outras organizações, incluindo “atividades educacionais altamente contextualizadas e altamente participativas”. Exemplos desta categoria são as Escolas Livres de Música, onde há um sequenciamento na apresentação do material didático, mas não o rigor das avaliações presentes em uma escola formal de ensino (Mak, 2007). De acordo com Green (2001), devemos entender o termo “práticas informais de aprendizagem musical” como sendo um aprendizado não intencional de experiências através da enculturação no ambiente musical; a aprendizagem por interação com outras pessoas como pares, familiares ou músicos que não estão agindo no papel de professores formais; desenvolvendo métodos de aprendizagem independentes com técnicas obtidas através do seu próprio aprendizado (Green, 2001, p.16). As práticas de aprendizagem informais de música, de acordo com a autora, podem ser conscientes ou inconscientes e uma das suas características principais é a falta de sistematização do seu conteúdo. Folkestad (2006) identificou quatro maneiras diferentes de empregar e entender os termos “aprendizagem Formal” e “Informal”, destacando os aspectos a seguir: 1 - A situação: Onde é que a aprendizagem acontece? Ou seja, os termos formal e informal são utilizados para delinear o contexto físico no qual o aprendizado ocorre: “configurações dentro ou fora das instituições, como escolas” (p.141). 2 – Estilo de Aprendizagem: relacionado à natureza e qualidade do processo de aprendizagem. Neste caso, o termo “formal” refere-se ao músico que aprendeu a tocar por partitura e o termo “informal” aqueles que aprenderam a tocar de ouvido. 3 - Propriedade: quem "possui" as decisões da atividade, o que fazer, como, onde e quando? No caso do termo “formal” estas decisões se concentram na escola e professores. Já em relação ao termo “informal”, estas decisões são tomadas pelos praticantes das atividades.

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TEMA 15 XI Colóquio sobre Questões Curriculares VII Colóquio Luso-Brasileiro & I Colóquio Luso-Afro-Brasileiro de Questões Curriculares CURRÍCULO NA CONTEMPORANEIDADE: INTERNACIONALIZAÇÃO E CONTEXTOS LOCAIS 4 - Intencionalidade: Em qual sentido a atenção e/ou intenção dos praticantes é direcionada: voltado para aprender a tocar ou simplesmente para a prática de tocar? Ou seguindo uma pedagogia/modelo musical previamente elaborado? (Folkestad, 2006. p.141-142). O autor chama atenção para o uso destes termos e afirma que é possível a utilização de mais de um deles ao mesmo tempo, destacando também a importância de explicitar de forma clara a maneira como estes termos são mencionados e seus contextos específicos.

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Justificativa

Com a sanção da Lei nº 11.769, de 15 de agosto de 2008, pelo Governo Federal Brasileiro, que determina a 1 obrigatoriedade do ensino de música nas escolas de educação básica, não ainda como disciplina , mas como conteúdo, o interesse pelo ensino de música aumentou. Segundo Figueiredo (2010), “concretamente a lei representa um avanço para a educação musical no Brasil, já que estabelece a presença da música no currículo escolar de forma inequívoca”. Após 37 anos de ausência,2 a volta da disciplina/conteúdo “Música” nas escolas de educação básica traz consigo alguns problemas. Este longo intervalo colaborou para a formação uma geração que não teve, em sua maioria, contato com o ensino musical nas escolas. Assim, estas pessoas que hoje são professores, coordenadores, diretores, pais e comunidade, acreditam que a música possui valor apenas como entretenimento e não como disciplina para o auxílio na formação de valores nas crianças. Ela é vista como um acessório para as festividades e comemorações escolares, como por exemplo, o Dia da Independência, o Dia do Índio, festas juninas, etc. Fonterrada (2008) esclarece que nem sempre os professores responsáveis pelas atividades musicais têm consciência a respeito da função da música nas escolas e ressalta que: [...] muito do que existe em educação musical não se apresenta, na verdade como musical ou artístico, mas, antes, como um conjunto de atividades lúdicas que se servem da música como forma de lazer e entretenimento para os alunos e a comunidade, sem sequer tocar na ideia de música como forma de conhecimento (Fonterrada, 2008. p 12). A autora alerta para outro uso que se faz da música no cenário escolar, “que é a utilização desta como instrumento auxiliar de outras áreas de conhecimento ou disciplinas; neste caso, ela tem outras funções: auxiliar a aula de matemática, contribuir para a instalação de bons hábitos, e outras” (p.13). Os futuros professores, que hoje estão nos cursos de Licenciatura em Música, terão uma tarefa a mais ao lecionar música nestas escolas. Como mencionado por eles mesmos, além de transmitir os conceitos musicais e desenvolver os valores associados ao ensino de música para as crianças, eles se deparam com a necessidade de trabalhar e questionar o conceito do valor do ensino de música também junto ao corpo docente, administrativo e comunidade associada à escola, pois sem esta mudança de paradigma o ensino de música ficará comprometido. Fonterrada (2008) destaca a importância de se recolocar a música no processo educacional, que, em sua opinião, deve ser feito efetivamente a partir do resgate do valor desta música perante a sociedade (Fonterrada 2008. p.13).

2.1 PIBID - Escola Estadual Professor Hilton Rocha A CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior do Governo Federal idealizou e coordena a implantação do PIBID nas universidades brasileiras. De acordo com o órgão: 1

Site: www.forum.cifraclub.terra.com.br/forum/9/192671/ - acesso em 10-01-2010

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Site: www.musicaemercado.com.br/revista/musicaemercado/noticias.asp?id=2040 – acesso em 10-01-2010

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TEMA 15 XI Colóquio sobre Questões Curriculares VII Colóquio Luso-Brasileiro & I Colóquio Luso-Afro-Brasileiro de Questões Curriculares CURRÍCULO NA CONTEMPORANEIDADE: INTERNACIONALIZAÇÃO E CONTEXTOS LOCAIS O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) é uma proposta de valorização dos futuros docentes durante seu processo de formação. Tem como objetivo o aperfeiçoamento da formação de professores para a educação básica e a melhoria de qualidade da educação pública brasileira (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, 2008). Através do convênio firmado entre a UEMG, Capes, e a Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais, a Escola Estadual Professor Hilton Rocha (EEPHR) foi escolhida para o desenvolvimento dos projetos de ensino de artes e de prática musical. Este último sob a coordenação da Profa. Dra. Helena Lopes – ESMU/UEMG. Participam do projeto de prática musical: a Coordenadora do PIBID (ESMU/UEMG), um professor da EEPHR que é o responsável pela coordenação do projeto na escola, este pesquisador convidado a desenvolver as atividades referentes à sua pesquisa de Doutorado e cinco alunos de graduação da ESMU (estagiários), escolhidos através de um processo seletivo na ESMU/UEMG para participarem do projeto PIBID/UEMG 2014. A EEPHR está situada no bairro 1º de Maio, na região norte da capital mineira e oferece a infraestrutura necessária para o desenvolvimento das atividades aqui propostas, como: laboratório com internet, 1 sala grande, 1 auditório, 1 sala de artes, um espaço dentro da biblioteca, além de um grande pátio com uma quadra esportiva que estão disponíveis para o desenvolvimento das atividades musicais, além de alguns instrumentos de percussão para uso dos alunos. Em 2014 a EEPHR conta com oito turmas de 1º ano com média de 42 alunos por turma; três turmas de 2º ano com média de 30 alunos por turma e duas turmas de 3º ano com média de 30 alunos por turma. Todas estas turmas são do Ensino Médio e tem aulas regulares no turno da manhã. Os alunos foram convidados a participar das oficinas de música e de artes, que funcionam no turno da tarde e tiveram a liberdade de escolher em qual grupo iriam participar. Todos os alunos envolvidos nesta pesquisa foram informados a respeito da mesma e tiveram total liberdade para a escolha da sua participação ou não neste trabalho.

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Metodologia

Para observar e compreender os processos utilizados na adaptação e aplicação das práticas informais em contextos de uma escola pública é necessário uma aproximação com os alunos da escola. Essa proximidade conduz o processo da investigação para um estudo naturalístico, ou qualitativo, do objeto a ser estudado. Segundo Lüdke e André (1986) a pesquisa qualitativa ou naturalística “envolve a obtenção de dados descritivos, obtidos no contato direto do pesquisador com a situação estudada, enfatiza mais o processo do que o produto e se preocupa em retratar a perspectiva dos participantes” (Lüdke & André, 1996. p.13). A aplicação das práticas informais em um contexto de uma escola pública para alunos de faixa etária de 15 a 18 anos envolve uma série de questões que são desconhecidas. Somente a partir dos dados coletados e analisados poderemos ter uma ideia das possibilidades reais da aplicabilidade deste tipo de abordagem. Esta condição conduz o estudo para a utilização da metodologia da teoria fundamentada (Grounded Theory) que segundo Strauss e Corbin (2000). é uma metodologia geral para o desenvolvimento de uma teoria que se baseia em dados sistematicamente recolhidos e analisados. Esta teoria esta relacionada diretamente com a investigação propriamente dita, e isto é possível através da interação contínua entre a análise e coleta de dados (Strauss & Corbin, 2000. p.273). O processo inicia-se com a coleta de dados, podendo estes, serem recolhidos a partir de uma multiplicidade de métodos. A partir dos dados coletados, há uma necessidade de categorizá-los. Estas categorias serão a base para a 3610

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TEMA 15 XI Colóquio sobre Questões Curriculares VII Colóquio Luso-Brasileiro & I Colóquio Luso-Afro-Brasileiro de Questões Curriculares CURRÍCULO NA CONTEMPORANEIDADE: INTERNACIONALIZAÇÃO E CONTEXTOS LOCAIS criação de uma teoria ou hipótese. Isto de certa forma contradiz o modelo clássico de pesquisa, onde o pesquisador parte de um quadro teórico previamente elaborado, e em seguida aplica este modelo para o objeto a ser estudado (Stauss & Corbin, 2000). Como auxílio à pesquisa, serão utilizados técnicas etnográficas de coletas de dados tais como: questionários, entrevistas, relatos de histórias de vida, anotações de campo e análise documental. Deve-se levar em conta a possibilidade de registro das atividades em áudio e vídeo para posterior composição de material para análise de dados. Os questionários e entrevistas serão utilizados no início desta pesquisa para levantamento do perfil dos participantes, suas opiniões, valores e conhecimentos sobre as práticas informais de aprendizagem, bem como no final para a confirmação dos resultados alcançados. O objetivo principal deste grupo será o exercício das práticas informais de aprendizagem musical de acordo com os conceitos desenvolvidos por Green (2008). A coleta dos dados começou no mês de Abril de 2014 e terminará em Dezembro de 2014.

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Estágio atual do projeto

O projeto se encontra em fase de execução das atividades práticas e coleta de dados. As oficinas acontecem sempre às sextas-feiras de 14hs até 17hs com um intervalo de 20 minutos, de 15h40 até 16h. Este horário é chamado de “contra-turno”, pois os alunos que participam das oficinas estudam regularmente no turno da manhã. É importante ressaltar que o número de alunos presentes variou de 25 nos primeiros dias para 17 em média. Como o tempo disponibilizado para a oficina de música é longo, cerca de 3 horas, a coordenação do projeto de ambas as escolas, juntamente com os estagiários e este pesquisador, decidiram dividir o horário disponível nas seguintes atividades: Atividade 1 - de 14h até 14h45 – atividade de desenvolvimentos de dinâmicas de grupo – com o objetivo de aumentar as afinidades entre os participantes. Atividade 2 – de 14h45 até 15h30– atividade instrumental. Esta atividade foi planejada para atender ao pedido dos alunos da EEPHR que apresentaram certa habilidade com um instrumento. Os estagiários separaram a turma em 4 grupos, sendo: 1 grupo de percussão; 1 grupo de flauta e teclado; 2 grupos de violão sendo 1 grupo com alunos que já tocam o instrumento e outro com alunos que estão começando a tocar o violão. Atividade 3 – de 16h00 até 17h: Atividades relacionadas às práticas informais baseadas nos sete estágios descritos por (Green, 2008. p.25-27) e tem como objetivo simular com maior fidelidade possível as situações onde estas práticas acontecem. Considera-se a possibilidade da não realização de todos os estágios propostos. No final do semestre letivo, os alunos realizaram uma apresentação tocando as músicas escolhidas.

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Considerações finais

Mesmo com o projeto estando ainda em andamento, na fase coleta de dados, podemos tecer alguns comentários a respeito das atividades que estão sendo desenvolvidas na EEPHR. A disponibilização de um espaço físico pela direção da EEPHR foi fundamental para o planejamento e execução das práticas musicais. O laboratório de computação possui cerca de 30 computadores, mas poucos deles contam com caixas acústicas para a audição musical, o que limitou a sua utilização. Numa análise preliminar das gravações de vídeo das atividades, nota-se que ao aprender um determinado ritmo no instrumento, os alunos, de uma maneira geral, demonstraram uma satisfação na sua conquista. Este fato funcionou como um fator de estímulo para que eles pudessem continuar a aprender novas maneiras de tocar o instrumento.

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TEMA 15 XI Colóquio sobre Questões Curriculares VII Colóquio Luso-Brasileiro & I Colóquio Luso-Afro-Brasileiro de Questões Curriculares CURRÍCULO NA CONTEMPORANEIDADE: INTERNACIONALIZAÇÃO E CONTEXTOS LOCAIS Em relação aos instrumentos, alguns são trazidos de casa, como violão, flauta e teclado portátil. Os instrumentos de percussão foram disponibilizados pela EEPHR. Não houve relato de interessados que tenham deixado de participar por falta de instrumentos musicais. De acordo com relatos preliminares, todos os alunos utilizaram seus telefones celulares, tanto para a escolha da música quanto para conferência de algum trecho a ser tocado. Devido à popularidade e acessibilidade dos celulares, novas pesquisas sobre as possibilidades de aproveitamento deste dispositivo na educação musical serão oportunas e necessárias. O coordenador do projeto na EEPHR relatou que os alunos ficaram estimulados e ansiosos com a possibilidade de uma apresentação no final do semestre. Isto fez com que eles se reunissem nos intervalos das aulas regulares para ensaio, despertando a atenção e interesse dos colegas que não estão participando da oficina de música. De uma maneira geral, as práticas informais desenvolvidas na oficina de música na EEPHR, estão sendo realizadas dentro dos parâmetros previstos, atendendo aos objetivos propostos neste trabalho.

Referências: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. (2008). Pibid - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Retrieved March 18, 2014, from http://www.capes.gov.br/educacaobasica/capespibid Figueiredo, S. (2010). O processo de aprovação da lei 11.769/2008 e a obrigatoriedade da música na educação básica. In Anais do XV ENDIPE – Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino. Belo Horizonte. Folkestad, G. (2006). Formal and informal learning situations or practices vs formal and informal ways of learning. British Journal of Music Education, 23(02), 135. Green, L. (2001). How Popular Musicians Learn: A Way Ahead for Music Education (p. 250). London: Ashgate Publishing, Ltd. Green, L. (2008). Music , Informal Learning and the School : A New Classroom Pedagogy (1st ed.). Hampshire England: Ashgate Publishing Limited. Retrieved from www.ashgate.com Lüdke, M., & André, M. E. D. A. de. (1996). Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas (p. 99). São Paulo: EPU. Mak, P. (2007). Learning Music in Formal, Non-Formal and Informal Contexts in Formal, Non-formal and Informal Learning Music. In P. Mak;, N. Kors;, & P. Rensahw (Eds.), Lectorate Lifelong Learning in Music (pp. 8–27). The Hague, The Netherlands. Souza, C. M. N. de. (2013). Educação musical, cultura e identidade: configurações possíveis entre escola, família e mídia. Revista da ABEM, V. 21(No 31), 51–62. Strauss, A., & Corbin, J. (2000). Grounded theory methodology. In N. K. Denzin & Y. S. Lincoln (Eds.), Handbook of qualitative research (pp. 273–284). SAGE Publications.

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