Agência de Gestão, Desenvolvimento Científico, Tecnologia e Inovação da Unisul: Contexto, Processo de Estruturação e Principais Resultados Alcançados na Relação Universidade-Empresa-Governo

May 26, 2017 | Autor: Ademar Schmitz | Categoria: Entrepreneurship, Entrepreneurial Universities, University, Innovative Universities, Innovation
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Agência de Gestão, Desenvolvimento Científico, Tecnologia e Inovação da Unisul: Contexto, Processo de...

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Conference Paper · May 2014

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Gertrudes Aparecida Dandolini

Federal University of Santa Catarina

João Artur Souza

4 authors, including:

Federal University of Santa Catarina

60 PUBLICATIONS 10 CITATIONS SEE PROFILE

67 PUBLICATIONS 11 CITATIONS SEE PROFILE

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Contribuição das ICT’s para a competitividade das empresas

$JrQFLDGH*HVWmR'HVHQYROYLPHQWR&LHQWtÀFR7HFQRORJLD e Inovação da Unisul: Contexto, Processo de Estruturação e Principais Resultados Alcançados na Relação Universidade-Empresa-Governo Schmitz, Ademar - Gerente do Escritório de Projetos da AGETEC [email protected] +ROWKDXVHQ)iELR=DERW*HUHQWHGR(VFULWyULRGH3,H77GD$*(7(& [email protected] Dandolini, Gertrudes Aparecida – Professora-Pesquisadora do PPGEGC-UFSC [email protected] De Souza, João Artur – Professor-Pesquisador do PPGEGC-UFSC [email protected]

3DODYUDV&KDYHLQRYDomRHPSUHHQGHGRULVPRUHODomRXQLYHUVLGDGHHPSUHVDJRYHUQR

Resumo As universidades têm sido chamadas cada vez mais a assumirem a missão de contribuir para o desenvolvimento social e econômico, para além do ensino e da pesquisa, que, historicamente, já vêm realizando. Uma das formas de fazê-lo é assumindo uma postura mais inovadora e empreendedora, seja contribuindo para odesenvolvimento de uma cultura mais inovadora e empreendedora nas regiões onde atuam, seja transferindo o conhecimento exisWHQWHHQWUH´VHXVPXURVµSDUDRVHWRUSURGXWLYRSDUDRJRYHUQRHSDUDDVRFLHGDGHVHMDDGRWDQGRHVWUDWpJLDVTXH as tornem, elas próprias, organizações inovadoras e empreendedoras. Com o objetivo de compreender como as universidades podem assumir este novo papel, o presente artigo apresenta um estudo de caso descritivo realizadona Agência de Inovação e Empreendedorismo (AGETEC) da Universidade do Sul de Santa Catarina 81,68/ 2HVWXGRGHFDVRIRLGHVHQYROYLGRSRUPHLRGDVHWDSDVGHÀQLomRGRSUREOHPDGHOLQHDPHQWRGDSHVTXLVD coleta e sistematização dos dados, análise dos dados e composição dos resultados e pautou-se num levantamento realizado por meio de entrevistas semiestruturadas com os gestores e colaboradores da Agência e da Universidade e por meio da análise documental de registros e dados da própria Agência. O estudo de caso descreve o contexto acadêmico e regional no qual a Agência foi implantada, o processo de implantação, a estruturaçãoe os principais resultados alcançados incluindo, mas não se limitando,captação de recursos, projetos de pesquisa, prestação de serviços, propriedade intelectual, transferência de tecnologia, incubadoras de base tecnológica e social, parque WHFQROyJLFRHQ~FOHRHVWUXWXUDQWHGHHPSUHHQGHGRULVPR$WpRPRPHQWRRVUHVXOWDGRVDSRQWDPXPDVLJQLÀFDWLYD melhoria da relação da Universidade com as empresas da região, com os governos municipal e estadual e com a sociedade de uma forma geral, além de benefícios diretos e indiretos para a Universidade e para as empresas. Faz-se necessário, no entanto, aprofundar os estudos empíricos acerca dos resultados da implantação da Agência,incluindo um aprofundamento dos dados quantitativos e daqueles resultados não necessariamente registrados pela própria $JrQFLDGH*HVWmR'HVHQYROYLPHQWR&LHQWtÀFR7HFQRORJLDH,QRYDomRGD8QLVXO&RQWH[WR3URFHVVRGH(VWUXWXUDomRH3ULQFLSDLV5HVXOWDGRV Alcançados na Relação Universidade-Empresa-Governo

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Contribuição das ICT’s para a competitividade das empresas

Agência (introdução de inovações no mercado pelas empresas, aumento da receita operacional das empresas, qualidade de vida da região, entre outros). Ademais, um levantamento e/ou estudo comparativo da criação de outras agências de inovação ou estruturas equivalentes em universidades nacionais e internacionais poderia ampliar o nível de conhecimento acerca dos resultados obtidos por meio de um maior envolvimento das universidades para o desenvolvimento social e econômico e a contribuição para a sustentabilidade das universidades. 1.INTRODUÇÃO Para Carlsson (2006), um Sistema Nacional de Inovação (SNI) é o conjunto de instituições distintas que, conjuntamente e individualmente, contribuem para o desenvolvimento e a difusão de novas tecnologias.De um ponto de vista amplo, o conceito de SNI é a chave para explicar o comportamento e o desempenho do conjunto de instituições QDVTXDLVRFUHVFLPHQWRHFRQ{PLFRHRGHVHQYROYLPHQWRVXVWHQWiYHOWrPEDVH 1,26, 7LGGHWDO  DÀUPDPTXHRV61,HPTXHXPDHPSUHVDHVWiLQVHULGDVmRGHJUDQGHLPSRUWkQFLDMiTXHLQÁXHQFLDPVREUHPDQHLUD tanto a direção quanto a intensidade de suas próprias atividades de inovação. $VVLPFRPRDVHPSUHVDVWDPEpPDVXQLYHUVLGDGHVSUHFLVDPLQRYDU,VVRVLJQLÀFDTXHHODVSUHFLVDPUHSHQsar seus papéis e posições, isto é,tornarem-se inovadoras e mais empreendedoras, em pelo menos três áreas (VAN VUGHT, 1999): no processo de ensino e de aprendizagem, na pesquisa e na transferência de conhecimento. Aqui, a transferência de conhecimento deve ser considerada no seu aspecto mais amplo, que vai desde aorientação aalunos em trabalhos de pesquisa até o licenciamento de tecnologia e a criação de empresas a partir de conhecimentos existentes na universidade. $ SDUWLU GHVVH GHVDÀR R SUHVHQWH DUWLJR YLVD FRPSUHHQGHU FRPR DV XQLYHUVLGDGHV SRGHP DVVXPLU R SDSHO de contribuir como desenvolvimento econômico e social do seu entorno, considerado a terceira missão das universidades1 WRUQDQGRVH PDLV LQRYDGRUDV H HPSUHHQGHGRUDV GH IRUPD D EXVFDU PHFDQLVPRV DOWHUQDWLYRV GH Ànanciamento de suas atividades. O estudo apresenta um exemplo de como promover o estreitamento da relação da universidade com o governo e com o setor produtivo, bem como quais benefícios podem ser alcançados para a XQLYHUVLGDGHSDUDDVHPSUHVDVHSDUDDVRFLHGDGHQHVVHSURFHVVRGHWURFD3DUDHVVHÀPDSUHVHQWHSHVTXLVDIRL realizada a partir de um estudo de caso, que relata o contexto, o processo de implantação, a estruturação e os prinFLSDLVUHVXOWDGRVDOFDQoDGRVFRPDFULDomRGD$JrQFLDGH*HVWmR'HVHQYROYLPHQWR&LHQWtÀFR7HFQRORJLDH,QRYDomR (AGETEC) da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). (QTXDQWRDSUHVHQWHVHomRLQWURGX]RFRQWH~GRGRDUWLJRDVHomRDSUHVHQWDDVEDVHVFRQFHLWXDLVTXHSHUmitiram realizar o estudo de caso, a seção 3 apresenta os procedimentos metodológicos utilizados, a seção 4 traz os UHVXOWDGRVREWLGRVFRPDUHDOL]DomRGRHVWXGRHPIRUPDGHUHODWyULRGHVFULWLYRHÀQDOPHQWHDVHomRDSUHVHQWD as principais conclusões e a indicação de estudos futuros. 2. BASES CONCEITUAIS 2.1. A INOVAÇÃO E OS TIPOS DE INOVAÇÃO Segundo o Manual de Oslo (OCDE, 2005), uma inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço) QRYR RX VLJQLÀFDWLYDPHQWH PHOKRUDGR RX XP SURFHVVR RX XP QRYR PpWRGR GH PDUNHWLQJ RX XP QRYR PpWRGR organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas.Sob essa GHÀQLomRTXDWURWLSRVGHLQRYDomRSRGHPRFRUUHULQRYDomRHPSURGXWRLQRYDomRHPSURFHVVRLQRYDomRRUJDQL-

1 A primeira e a segunda missões das universidades são o ensino e a pesquisa, respectivamente. Ademais, no contexto brasileiro, o desenvolvimento econômico e social pode ser compreendido no escopo da extensão universitária, para a qual a transferência de conhecimento tem papel fundamental.

$JrQFLDGH*HVWmR'HVHQYROYLPHQWR&LHQWtÀFR7HFQRORJLDH,QRYDomRGD8QLVXO&RQWH[WR3URFHVVRGH(VWUXWXUDomRH3ULQFLSDLV5HVXOWDGRV Alcançados na Relação Universidade-Empresa-Governo

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]DFLRQDOHLQRYDomRGHPDUNHWLQJ$VDWLYLGDGHVGHLQRYDomRVmRHWDSDVFLHQWtÀFDVWHFQROyJLFDVRUJDQL]DFLRQDLV ÀQDQFHLUDVHFRPHUFLDLVTXHFRQGX]HPRXYLVDPFRQGX]LUjLPSOHPHQWDomRGHLQRYDo}HV 2&'(  Já para a Lei de Inovação (BRASIL, 2004), “inovação é a introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiHQWHSURGXWLYRRXVRFLDOTXHUHVXOWHHPQRYRVSURGXWRVSURFHVVRVRXVHUYLoRVµ2XVHMDDVLQRYDo}HVSRGHPRFRUUHU HPSURGXWRVSURFHVVRVHVHUYLoRV(PERUDHVWDGHÀQLomRVHMDXPSRXFRPHQRVDEUDQJHQWHGRTXHDGHÀQLomRGDGD pelo Manual de Oslo, ela explicitamente considera que as inovações possam ocorrer tanto no ambiente produtivo quanto no ambiente social. 2.2. OS SISTEMAS NACIONAIS DE INOVAÇÃO (SNI)E A TRÍPLICE-HÉLICE (TH) $DERUGDJHPGHVLVWHPDVGHLQRYDomRHQIDWL]DDLPSRUWkQFLDGDLQWHUDomRHQWUHHPSUHVDVLQVWLWXLo}HVS~EOLcas de pesquisa e de política tecnológica para o sucesso da inovação (SCHARTINGER et al., 2002).Tidd et al. (2008) DÀUPDPTXHRV61,HPTXHXPDHPSUHVDHVWiLQVHULGDVmRGHJUDQGHLPSRUWkQFLDMiTXHLQÁXHQFLDPVREUHPDQHLUD tanto a direção quanto a intensidade de suas próprias atividades de inovação. Uma das formas de melhor compreender um SNI é analisando-o do ponto de vista da tríplice-hélice (TH). A TH de relaçõesuniversidade-empresa-governo transcende os modelos anteriores de relações institucionais, nos quais ou DHFRQRPLDRXDSROtWLFDSUHGRPLQDUDPHEXVFDXPDQRYDFRQÀJXUDomRGHIRUoDVLQVWLWXFLRQDLVHPHUJHQWHV (7=.2:,7=HWDO $7+DLQGDSRVWXODTXHDLQWHJUDomRXQLYHUVLGDGHHPSUHVDJRYHUQRpDFKDYHSDUDPHOKRUDUDV FRQGLo}HVSDUDDLQRYDomRQDVRFLHGDGHEDVHDGDQRFRQKHFLPHQWRHVSDoRHPTXHDLQG~VWULDRSHUDFRPRRORFXV de realização de produção, o governo representa um orientador das relações que garantem interações e trocas e a XQLYHUVLGDGHDWXDFRPRXPDIRQWHGHJHUDomRHGLVVHPLQDomRGHFRQKHFLPHQWR (7=.2:,7=  À medida que o conhecimento torna-se cada vez mais importante para a inovação, a universidade passa a desempenhar um papel maior na sociedade baseada em conhecimento, tornando-se um elemento-chave dos SNI, seja como SURYHGRUDGHFDSLWDOKXPDQRVHMDFRPR´WHUUDIpUWLOµSDUDDFULDomRGHQRYDVHPSUHVDV (7=.2:,7=HWDO  2.3. A INOVAÇÃO NA PERSPECTIVA DA UNIVERSIDADE No passado, as missões da universidade envolviam apenas o ensino e a pesquisa. Em função das mudanças no ambiente internacional e nas relações entre os três principais operadores dosSNI (universidade, empresa e governo), as universidades têm atualmente assumido uma terceira missão: a de contribuir para odesenvolvimento econômico HVRFLDO (7=.2:,7=HWDO GHVHXPHLR$LQFRUSRUDomRGHVWDQRYDPLVVmRpUHIHUHQFLDGDQDOLWXUDWXUDFRPR universidade empreendedora, também sinônima de universidade inovadora (CLARK, 1998). Uma universidade empreendedora pode ser vista com aquela orientada para a inovação e o desenvolvimento de uma cultura empreendedora e tem um novo caráter gerencial na governança, liderança e planejamento, que inFOXLXPDPDLRUUHVSRQVDELOLGDGHGRFRUSRGRFHQWHSDUDDFHVVDUIRQWHVH[WHUQDVGHÀQDQFLDPHQWR .,5%
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