Agricultura familiar: desafios para a adoção de tecnologia e o aumento da produção de mandioca na comunidade Andirobão, município de Careiro (AM)

May 22, 2017 | Autor: R. de Lima Erazo | Categoria: Sociology, Socioeconomics, Agricultura Familiar
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IV Seminário Internacional de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia 1º Encontro Amazônico da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade Manaus, 19 a 22 de setembro de 2016

Agricultura familiar: desafios para a adoção de tecnologia e o aumento da produção de mandioca na comunidade Andirobão, município de Careiro (AM) Sarah Caroline Ferreira das Chagas Costa¹; Rafael de Lima Erazo²; Lindomar de Jesus de Sousa Silva³ A presente pesquisa voltou-se a analisar o perfil produtivo de 20 unidades de produção familiar que cultivam mandioca, na comunidade Andirobão, Careiro/AM. Desta forma, buscamos compreender quais os limites e potencialidades presentes na comunidade para expansão desta cultura. Para atingir os objetivos propostos, adotamos a metodologia exploratória, descritiva e explicativa com viés qualitativo e quantitativo. Usamos técnicas de entrevistas juntos aos agricultores, além do programa Excel para tabulação de dados e construção de gráficos. A comunidade possui uma área de 41,5 ha destinada à produção de mandioca, sendo que a média da utilização de área por unidade de produção familiar é 1,5 ha. Nessa comunidade, o índice de dependência, que é a soma da população menor de 15 anos, somada à população maior de 65 anos, dividida pela população de 15-64 anos, que são os que estão em idade produtiva, alcança o patamar de 77,54. Isso influencia diretamente na produção familiar, já que a mandioca do plantio para a farinha requer muito trabalho. Devido a esses fatores, ocorreu o elevado preço da farinha no final de 2013 e início de 2014, mas a mesma foi responsável por 71% da renda na comunidade, seguida da aposentadoria, (11%), outras atividades extrativas, como açaí, cupuaçu, banana e melancia (10%), bolsa familiar (6%) e pensões (2%). Há um grande número de famílias que criam animais, como galinhas, gado, cavalos, suínos e ovelhas. Esses animais complementam a renda, servem de poupança e auxiliam na produção. Quando há recursos suficientes, as unidades contratam mão-de-obra externa, principalmente para auxiliar na limpeza e produção de farinha. O custo da diária nas comunidades está entre 30 a 40 reais. Nessa comunidade, há um baixo nível organizativo, o que dificulta o empoderamento e o acesso a programas de apoio à produção agrícola, como o Programa de Aquisição de Alimento (PAA) ou mesmo acesso à crédito agrícola. Portanto, uma política agrícola capaz de impulsionar, principalmente, as de incentivo à criação ou adoção tecnológica precisa compreender o perfil dos agricultores do Amazonas, principalmente a dificuldade de mão-de-obra, o nível organizativo e uma tradicional prática voltada à produção para o autoconsumo.

Palavras-chave: Agroecologia, Desenvolvimento e Ruralidade.

GT 1 – Agricultura sustentável e soberania alimentar

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[ ] Apresentação Oral [ X ] Pôster

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