Alguns presidentes do Brasil: um juízo sucinto.

ALGUNS PRESIDENTES DO BRASIL: UM JUÍZO SUCINTO



Iraci del Nero da Costa
São Paulo, julho de 2015







Sempre afinado com as ideias básicas de K. Marx, F. Engels, F. Hegel e
A. Gramsci, em diversos escritos, devidamente publicados nos últimos
lustros, ocupei-me das mazelas de governos federais anteriores aos do
Partido dos Trabalhadores. Especificamente com respeito aos tucanos
considero que a compra de votos para garantir a reeleição de Fernando
Henrique Cardoso – denunciada e comprovada pela mídia – é bastante para
desqualificar definitivamente tanto este ex-presidente como o PSDB; assim,
segundo penso, todo político que se aproximar dessa sigla, imorredouramente
condenada, ver-se-á igualmente conspurcado pelo crime acima reportado.

De outra parte, embora sempre tenha votado em Luiz Inácio Lula da
Silva até vê-lo conduzido à presidência da República, passei a denunciar,
depois que lhe foi dado ocupar o Palácio do Planalto, seu afastamento com
respeito ao pensamento de esquerda – ideologia à qual me vinculo de há
muito – antes mesmo de completados os primeiros meses de seu governo;
destarte, cerca de ano e meio antes dos crimes do mensalão, publiquei
textos contra as atitudes do político a quem hoje chamo simplesmente Luiz
Inácio da Silva, pois o sobrenome Lula está vinculado ao seu renegado
passado de lutas sindicais e de aparente postura favorável aos ideais
socialistas. Enfim, não me deixei embair pelos acertos espúrios que Luiz
Inácio da Silva contratou com seus antigos desafetos; na verdade deixou de
lado o amplo apoio popular com que era distinguido no início de seu
primeiro mandato presidencial e buscou nas velhas práticas coronelísticas
as bases sobre as quais erigiu sua governança. Ademais, como fartamente
comprovado, esse carismático sindicalista propôs a eleição de uma série de
"postes" absolutamente ineptos e incapazes de exercer de maneira
minimamente aceitável as tarefas que se impõem aos políticos, seja como
mero postulante – tenhamos presente o candidato Alexandre Padilha –, seja
como governantes eleitos: lembremos aqui as atuações de Dilma Rousseff e de
Fernando Haddad.

Não me encontro filiado a nenhum partido e não aprecio particularmente
o programa de nenhum deles embora concorde, ocasionalmente, com a opinião
deste ou daquele político ou desta ou daquela corrente partidária.