Alice Através do Espelho: reflexos entre Lewis Carroll e Suzy Lee

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ISBN: 978-85-69697-01-5 _______________________________________________________________ ALICE ATRAVÉS DO ESPELHO: REFLEXOS ENTRE LEWIS CARROLL E SUZY LEE Luis Carlos Barroso de Sousa Girão Pontifícia Universidade Católica de São Paulo O texto não verbal na literatura para crianças e jovens [email protected] Resumo Celebrando em 2015 seus 150 anos de publicação, Alice In Wonderland é um dos mais consagrados clássicos da literatura infantil, sendo referência para diversos autores, ilustradores e pesquisadores até a atualidade. Publicamente inspirada pela obra-prima de Lewis Carroll, a autora-ilustradora Suzy Lee teve seu título Espelho impresso em território brasileiro pela editora Cosac Naify em 2009. O livro-imagem, composto por narrativas pictóricas sem qualquer código verbal, expõe a estória de uma garota que interage com o seu próprio reflexo e, em determinado ponto, cruza a margem/dobra central do livro – espaço este que separa os mundos da realidade e da imaginação. Assim como Alice atravessa o espelho da sala de casa para ver o mundo pelo outro lado nas palavras do autor britânico, a protagonista desaparece no espaço central da página dupla nas imagens da book artist sul-coreana. Buscando expor sintomas de memória, com base nas teorias do historiador da arte Aby Warburg e do semioticista da cultura Iúri Lotman, propomos para a presente comunicação analisar a relação Imagem-Palavra entre as publicações de Lewis Carroll e Suzy Lee. Para concentrar nossas reflexões sobre o diálogo entre palavras e imagens, fazemos uso dos escritos de especialistas em literatura infanto-juvenil como Perry Nodelman e David Lewis, bem como nos referenciamos nos trabalhos de Georges Didi-Huberman e Philippe-Alain Michaud acerca do trabalho de Aby Warburg com o seu atlas Mnemosyne. Palavras-chave: cultura, memória, narrativa pictórica. O contemporâneo mercado editorial com produção dedicada à literatura infantil tem dado cada vez mais espaço para as publicações sem palavras, livros que se utilizam de narrativas pictóricas, compostas por códigos visuais sem ou com poucas utilizações de códigos verbais em sua produção de sentido. E dentro deste contexto, vemo-nos diante o nome da book artist sul-coreana Suzy Lee, que tem na sua ―Trilogia da Margem‖, reconhecida internacionalmente, um ponto primordial quando se faz referência aos livrosimagem. Antes disso, quando a literatura infantil ainda se firmava como tópico a ser discutido e refletido em meio acadêmico, na segunda metade do século XIX, uma obra 3154 | P á g i n a

ISBN: 978-85-69697-01-5 _______________________________________________________________ repleta de palavras, que aguçavam o imaginário de seus leitores para além das ilustrações de Sir John Tenniel, foi lançada a pedido de uma jovem chamada Alice Liddell. Originalmente publicado em 1865 por Lewis Carroll, Alice's Adventures in Wonderland veio para fortalecer o nonsense como gênero literário. Mesmo sendo uma apaixonada por livros infantis desde criança, Suzy Lee ganhou reconhecimento internacional pela primeira vez quando lançou, em 2002, Alice in Wonderland, sua tradução em imagens para a obra do escritor e matemático britânico cujo verdadeiro nome era Charles Lutwidge Dodgson. Como as duas obras analisadas no presente artigo, Espelho e Alice através do espelho, estão inseridas no imaginário da literatura infantil, uma parcela de sua correlação está diretamente ligada à memória gerada em Lee pelo trabalho de Carroll. E para discutir brevemente sobre a teoria da memória elaborada por Aby Warburg em seu aclamado ―atlas de imagens‖, intitulado Mnemosyne – que significa ―memória‖ –, propomos um diálogo entre os escritos de Georges Didi-Huberman e Philippe-Alain Michaud, principais estudiosos do legado deixado pelo historiador da arte e teórico cultural alemão. Em complemento à nossa aproximação da ―ciência da cultura‖, como o próprio Warburg se referiu à sua teoria da memória (2015, p. 9), propomos uma visita às reflexões de Iúri M. Lotman quando o mesmo escreve sobre cultura e memória em um aspecto visual. O semioticista russo ficou conhecido pelos seus estudos sobre a teoria semiótica da cultura. Ainda no referente à literatura infantil, fundamentamos nosso pensamento nos escritos de Perry Nodelman (1988, p. 184) acerca dos wordless picture books (livros ilustrados sem palavras). O especialista em livros para crianças e jovens, que muito discute sobre a clássica relação Palavra-Imagem, abre espaço em seus ensaios teóricos para uma abordagem da relação Imagem-Palavra, onde os códigos visuais se fazem mais presentes que os códigos verbais, no livro ilustrado. Posterior às pesquisas de Nodelman, além de apreciador dos livros como dispositivos que ajudam no desenvolvimento cognitivo de jovens leitores, o também especialista em literatura infantil David Lewis reflete sobre a memória que pode estar 3155 | P á g i n a

ISBN: 978-85-69697-01-5 _______________________________________________________________ presente nas imagens impressas em páginas. Seus escritos somam à nossa reflexão sobre a relação Imagem-Palavra. Reunindo pesquisas que falam sobre cultura e memória relacionadas à emissão de significados por meio de imagens, propomos uma análise de aproximação entre duas obras da literatura para crianças que estão distantes, em datas de lançamento, por um espaço de mais de 100 anos. Através / Dentro do Espelho Como dito em seu ensaio teórico A trilogia da margem (2012, p. 15-38), a ideia para Espelho surgiu após a publicação de Alice in Wonderland. O primeiro livro-imagem de Suzy Lee (Figura 1), por sua vez, foi resultado dos seus dois anos de mestrado em Book Arts na Camberwell College of Arts, do Reino Unido.

Figura 1 – Página dupla interna de Alice in Wonderland (LEE, 2002). Em 2000, logo que chegou em Londres, Suzy Lee visitou uma exposição sobre Lewis Carroll na British Library. Ela teve acesso a manuscritos e ilustrações originais, além de cartas e diversos livros que estavam à mostra. Após essa visita, a artista sulcoreana retomou Alice no país das maravilhas como uma leitora adulta. Enquanto isso, Lee pesquisou sobre alguns trabalhos publicados sobre Alice e ficou inspirada pela sequência de fotos Alice's Mirror – trabalho de Duane Michals, revelado originalmente em

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ISBN: 978-85-69697-01-5 _______________________________________________________________ 1974 –, bem como pela adaptação surreal para o cinema produzida pelo diretor tcheco Jan Svankmajer em 1988, intitulada Alice. Além disso, o mestrado em Book Arts permitiu que a autora-ilustradora pensasse no livro como um meio de arte. A ideia de que os elementos físicos de um livro podem fazer parte de uma narrativa foram sendo desenvolvidas ao longo de seus estudos. Espelho é um livro sobre um livro, um tipo de abordagem pelo qual Suzy Lee sempre teve interesse. Em formato retangular, seguindo o padrão mais usado na produção de espelhos (LEE, 2012, p. 104), as 48 páginas duplas que compõem o primeiro livro-imagem da ―Trilogia da Margem‖ se dividem em dois extremos: na página à esquerda, temos o primeiro cenário, equivalente à realidade; e deparamos com o segundo cenário na página à direita, correspondente à imaginação. No entanto, o fator que aproxima Espelho do clássico de Lewis Carroll se esconde no terceiro cenário, no mundo do desconhecido que fica na margem central do livro, na dobra de uma página à outra. Este movimento de passagem do mundo da realidade para o mundo da imaginação é gancho central para a imersão do leitor nas duas estórias da Alice de Carroll. O mundo dos sonhos em Alice no país das maravilhas e do espelho em Alice através do espelho são ambientações semelhantes àquelas vividas pela protagonista nos livros-imagem de Lee. A book artist sul-coreana se utiliza de poucos elementos na construção de suas narrativas pictóricas, como um desenho feito em carvão, uma aquarela em tonalidade amarela manchas em tinta preta e o formato do livro como cenário do teatro que está exposto ao fruidor/leitor. A aparição e desaparição da protagonista, sua entrada e saída da margem central (Figura 2), em meio a algumas páginas em branco, vazias funciona em parceira com o movimento de passar as páginas.

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Figura 2 – Páginas internas de Espelho (LEE, 2009). Não muito diferente do que Suzy Lee imprime em suas páginas duplas quando quer mostrar esta imersão na dobra central, esta transição de um lado para o outro no livro é a técnica simples, porém visual, utilizada na versão que a editora Cosac Naify produziu em 2015 para Alice através do espelho, de Lewis Carroll. Nos momentos que Alice precisa pular, saltar os seis riachos que encontra ao longo do percurso para se tornar rainha (CARROLL, 2015, p. 53; 57; 93; 103; 138; 160), os códigos verbais do livro são interrompidos por um conjunto de asteriscos, que tomam a página de um lado a outro em três fileiras que formam um tipo de riacho, espaço entre os blocos de palavras. Como a seguir:

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Esta deliberada manipulação dos variados níveis narrativos presente nas obras de Lee e Carroll fazem eco ao que David Lewis aponta quando afirma que o "livro ilustrado é, portanto, tanto um processo quanto uma forma de texto" (2001, p. 67). Para tal processo, o especialista em literatura infantil determinou o termo picturing text (texto imaginado, texto em imagens). 3158 | P á g i n a

ISBN: 978-85-69697-01-5 _______________________________________________________________ Mesmo que estes livros tenham sido produzidas em anos distintos, por artistas diferentes, tais ações de semelhança emanam uma função mnêmica, isto é, uma função que faz uso de ―formas pré-formadas já buriladas e abarcadas pela figuração artística‖ (WARBURG, 2015, p. 369). Essas formas de uma memória cultural, atemporal, transmitidas pelas palavras de Lewis Carroll estão em acordo com o que Iúri Lotman pensa ao escrever que ―a memória não é um repositório de informação, mas um mecanismo de regeneração da mesma‖ (1998, p. 157). As informações impressas nos códigos verbais de Carroll estão traduzidas, regeneradas nos códigos visuais produzidos por Suzy Lee e na mais recente edição de Alice através do espelho, ilustrada por Rosângela Rennó. Além dos elementos citados anteriormente, Suzy Lee faz uso do único código verbal presente em Espelho, o título impresso na capa do livro, para emitir significado imagético referente ao seu conteúdo. Encaradas também como imagens pela autora (2012, p. 136), as palavras que simbolizam os títulos da ―Trilogia da Margem‖ emitem códigos visuais simples em suas traduções, porém quando lidos os títulos originais, em coreano, há uma possibilidade maior de informações. No caso de Espelho, o título original da obra é

, que traduzindo

literalmente poderia ser lido como Através do Espelho ou Dentro do Espelho. Estas possibilidades de leitura da imagem representada pelo título em coreano informam bem mais sobre o conteúdo do livro-imagem do que o título em português. Animismo em páginas estáticas Assim como ocorre com os quadros que fazem parte da história da arte, as imagens em qualquer livro ilustrado infantil emitem significados, mais simples ou mais elaborados, sobre os contextos aos quais estão ligadas. Este uso de códigos visuais é ainda mais nítido nas publicações compostas por narrativas pictóricas, como é o caso dos livros-imagem de Suzy Lee, assim como o é com o aclamado ―atlas de imagens‖ de Aby Warburg.

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ISBN: 978-85-69697-01-5 _______________________________________________________________ Elaborado nos últimos anos de vida do historiador da arte alemão, entre 1924 e 1929, o Mnemosyne é composto por mais de 70 pranchas de tecido preto que expõem conteúdos específicos – recortes de reproduções de quadros, fotografias, esculturas, poesias, textos de jornais etc. –, seguindo sintomas de uma característica cultural que se repete nos mais variados ramos da expressão humana, não apenas artística. O objetivo principal de Warburg era conseguir contar a história da arte sem fazer uso de palavras, mostrar os acontecimentos históricos por meio de uma leitura de imagens justapostas, umas próximas das outras, correlacionadas por aspectos estéticos. Dentro desta perspectiva de uma história da arte mostrada, de uma memória cultural em movimento, Iúri Lotman reflete: Os aspectos semióticos da cultura (por exemplo, a história da arte) se desenvolvem [...] de acordo com as leis que relembram as leis da memória, segundo as quais o que aconteceu não é aniquilado nem se torna inexistente, porém, sofrendo uma seleção e uma complexa codificação, torna-se preservada, para, em determinadas condições, manifestar-se novamente (1998, p. 153). Este tal ―saber em movimento‖ (DIDI-HUBERMAN, 2013, p. 32) das produções figurativas de cada época retoma especificidades do que as sociedades viviam em seus tempos, porém com traços de similaridade que são alheios ao tempo. E o que Aby Warburg buscava estabelecer era ―uma teoria da memória das formas – uma teoria feita de saltos e latências, de sobrevivências e anacronismos, de quereres e inconscientes‖ (DIDI-HUBERMAN, 2013, p. 57). O movimento do saber se faz presente no próprio ato de ler/ver o que está exposto à frente do leitor/fruidor das artes, assim como acontece com quem tem um livroimagem em mãos. Ficar diante a qualquer prancha do Mnemosyne é não apenas ver o movimento da passagem dos olhos de um recorte para o outro (Figura 3), mas a presença de tal movimento nas próprias imagens (MICHAUD, 2013, p. 99), ação também conhecida como animismo.

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Figura 3 – Pranchas 79, 45 e 46 do Mnemosyne (NIEL, 2011). Podemos realizar uma aproximação do raciocínio de Warburg, no referente à leitura das pranchas do Mnemosyne, com o que David Lewis afirma sobre o "significado como uso" quando diz que "a função peculiar das imagens nos livros ilustrados é revelada de maneira impressionante quando as colocamos lado a lado com outros tipos de imagens que servem para outros fins" (2001, p. 130). Seguindo este pensamento, um caso interessante seria colocar uma imagem da protagonista de Espelho ao lado de uma das várias fotografias tiradas pelo próprio Lewis Carroll da garotinha que o inspirou a escrever sua Alice: ambas com um idade de aproximadamente 10 anos, expressões faciais bem nítidas e cabelos curtos. Apesar de conhecida pelos seus livros-imagens, Suzy Lee também produziu livros ilustrados com a utilização de códigos verbais e visuais, bem como ilustrou publicações escritas por outros autores. É notável a presença da mesma protagonista em seus diversos trabalhos, sempre uma garota de vestido e cabelos curtos. A protagonista da obra de Lewis Carroll pode ter sido ilustrada com cabelos longos e loiros, no entanto, a ―musa inspiradora‖ do escritor britânico possuía cabelos curtos e escuros, assim como a personagem onipresente nas obras de Suzy Lee (Figura 4). Este ―regresso ao mundo por meio das imagens‖ (MICHAUD, 2013, p. 114), apontado já nos estudos warburgianos sobre memória cultural, fica claro não apenas com a 3161 | P á g i n a

ISBN: 978-85-69697-01-5 _______________________________________________________________ semelhança física entre Alice Liddell e a garota de Espelho, como também a ação de atravessar fronteiras entre os mundos da realidade e da imaginação.

Figura 4 – Alice Liddell e a protagonista de Espelho (CARROLL, 2015; LEE, 2009). O movimento de atravessar fronteiras, de pular riachos, de entrar no mundo dos sonhos ou do espelho está presente nas obras de Carroll e Lee, no entanto, a narrativa feita por meio de uma sequência de imagens, pela passagem de uma página à outra, é característica presente em Espelho. A produção de sentido por meio apenas dos códigos visuais é feita a cada nova leitura/visualização que o leitor/fruidor faz do primeiro título da ―Trilogia da Margem‖. Não apenas o formato do livro como cenário do teatro em exposição ao leitor, as páginas em branco funcionando como intervalos da peça em exibição, o clímax resultante da falta de simetria após a entrada da garota no espelho: tudo caminha para a reflexão de que "as imagens nos livros sem palavras exigem que os fruidores resolvam o quebracabeça sobre qual história elas estão contando" (NODELMAN, 2003, p. 298). Porém este pensamento está presente apenas nos livros-imagem de Suzy Lee. Conseguimos encontrar sintomas desse ―quebra-cabeça‖ já na leitura que fazemos do clássico de Lewis Carroll.

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ISBN: 978-85-69697-01-5 _______________________________________________________________ Considerações Finais Publicamente encantada pelo legado deixado por Lewis Carroll à literatura infantil, Suzy Lee produz narrativas pictóricas que aproximam os leitores de uma memória cultural do que se pode encarar como obra de arte. Seus livros-imagem emitem significações diversas a cada nova leitura, a cada novo virar de página. Envolvido pelo mundo fantástico e nonsense, o criador de Alice é elemento figurativo nos estudos dos mais diversos campos do conhecimento. Detentora de um destaque especial no campo artístico, a obra máxima de Carroll celebra em 2015 seus 150 anos de publicação estando presente nos movimentos criativos de artistas como a sul-coreana que vem dando novas reflexões à crítica especializada no mercado editorial para crianças e jovens. Artista plástica de formação, Suzy Lee reflete sobre os livros-imagem dentro do campo literário, no entanto, sua produção está diretamente atrelada ao campo das artes. E tratar de arte dentro de um espaço gerador de narrativas está no cerne da idealização do ―atlas de imagens‖ de Aby Warburg. Refletir sobre o imaginário cultural do passado reproduzido em obras de uma sociedade do presente, ecoando sintomas de uma memória pulsante e de presença íntima na nossa realidade é fato que merece atenção nas pesquisas acadêmicas atuais, com especial recorte no caso da literatura infantil. Referências Bibliográficas CARROLL, L. Alice através do espelho e o que ela encontrou lá. Tradução de Alexandre Barbosa de Souza. São Paulo: Cosac Naify, 2015. 208 p. DIDI-HUBERMAN, G. A imagem sobrevivente: história da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013. 506 p. LEE, S. Alice in Wonderland. Mantua: Corraini Edizioni, 2002. 56 p. _____. A trilogia da margem: o livro-imagem segundo Suzy Lee. Tradução de Cid Knipel. São Paulo: Cosac Naify, 2012. 192 p. 3163 | P á g i n a

ISBN: 978-85-69697-01-5 _______________________________________________________________ _____. Espelho. São Paulo: Cosac Naify, 2009. 48 p. LEWIS, D. Reading contemporary picturebooks: picturing text. New York: Routledge, 2001. 184 p. LOTMAN, I. M. La semiosfera II: semiótica de la cultura, del texto, de la conducta y del espacio. Traducido por Desiderio Navarro. Madrid: Ediciones Cátedra, 1998. 256 p. MICHAUD, P. A. Aby Warburg e a imagem em movimento. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013. 344 p. NIEL, L. Atlas Mnemosine. A regra e a excepção, Lisboa, 08 dezembro 2011. Disponível em http://aregraeaexcepcao.blogspot.com.br/2011/12/atlas-mnemosine.html/. Acesso em 20 julho 2015. NODELMAN, P. The pleasures of children‟s literature. 3rd ed. Boston: Allyn and Bacon, 2003. 338 p. ____________. Words about pictures: the narrative art of children‟s picture books. Athens: UGA Press, 1988. 318 p. WARBURG, A. Histórias de fantasma para gente grande: escritos, esboços e conferências. Tradução de Lenin Bicudo Bárbara. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. 417 p.

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