Alterações emocionais da gravidez, in Zugaib & Sancovski: O pré natal. SP Atheneu 1991

May 31, 2017 | Autor: Julieta Quayle | Categoria: Pregnancy, Maternidade
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Alterações Emocionais da Gravidez Julieta QuaYle

Cada scr hununo é um Exisfem t$ntns mâneirâs de ser nãc qu$to çxistem mulhcrçg compç6amonto6 0 oçõe*, cm que cs tradurpm ç unlv*no ,tc dçsçjos, aspiraçõrx s*nümcnto$ compromissns grcvido f*z opções e ttsçâ sô-u como cm qualqucr oulra sinração vihl, r mulhor quando mas ó tambem um pcrlodo mulher, desúno. A gestação é uma fase "nonnal" na vidâ da unâ Uansição onde mudanças exccpcionai Caú gravidcr cm cmla mulhcr é únicn, mi|'cs ist'o nÃose processa de Mas psiquicas' t"ftetem modificações corporais exppss&rn, " maneira uniforme.

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de vida

personalidade e históÍis Experiências emrrcionais pofirndarnenÚe mârcadâs pela gesfacional' As vivências doprocesso biológicas às'altcraçõxx dc ca4a gcstântc "*o"ú*-r" variaÍ - c variam - *nu' as Àpccffict, os scnúmentoo e os compoÍlamentos do{nnon1"s podem gestagfo^s de umn ms$ns mulher' diÍbrem ns., gá"i tur,

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dinâmica' Pode'm de outÍo$ aspects, lâmbém os dadc objetivos inÍlucm nessa com sina6es variaçoes na aceiüçeo ilicial dc lma gravidez, so nos confroutamm

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coka ü errado', Prescnte gue nfu bá uê-lo crcsciú, y;ntc í*o cot to t t t sfunúno. Queb*sc da têr que rtcsr na hospltal quc o comida á rulm, quc o mari&t &vcrfu vir vê-la wmprc. Churu umtïcqúênciet, m* dizque subiudo risco que corioc quc esómuitoleüacon s perspcctiva th scr nãc, Jó S.B. telln 29 anas, está casúa há vi{. c crl sto tcrceira gravidcç Nfu plarcjtw cngravifur niivamente, que 'a pílulafallrcu', mls quc, Fsmao o'suno', ehc o naridofrccrutfttízÊs, EC. se diz 'bem cu*tdu e teliz". Cuwu-w jornm, uts 20 unlos. EIq c o marido rcsolwram gue iriunr

esper0r'paro ter filhos quando ,êrminasscm os esudos e losscm completanentc ittdcpen&ntes dc suur fimílias, uila vcz que esta;t os ajudavwn na mgnutençõo casa Áo consifurarçm estas crtrulições preenchidu recen emente, suspenderwt de camum acordo a utitiuçfu & práticttr cltntraceptivas e ugora' oos 25 anos, EC, ençontra-se no quimo nês & geíqçõo. Esls vem se desenvolvendo sent problenus, e ela e o marido dizcm egar muito cofllentes,laundo phnos e se prepurundo pura a criança que estó pura chegan

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Os exemptos podoriam $uccdor-$e lnÍindavelmente. O esmpo não é devassar aqú a inümidadc aÍ'ctiva dqsuu mulhcrcs, nsm fomecer paradigmas interpretaúvc. Não d possÍvel sabcr qual dqssas histri,rias tcrú um "linal l'cliz", ncm exalamontc onde íi$târó tlste final. b parro,

o nüscilnünto dc uma criança sauddvel sem maiorcs intdrconôncias d, o rigor, apenas mais um mÕmcnto' uma pâ$'$âgom' quasc um rcçomcço. O quo Frccc k:gítimo supor, B partir dcsse$ Íolatos, d a alta probabiüdadc tlc cxistircm vivências divesilica4as associaús a cssas gcstações, bem como vários graus de invectimenr na funçüo marcrnsl.

A dcspeito do quo sç acredi!Ê, a marernidado nÃo é um dcscjo de toda.s as mulheres, c mesmo_guando o é, pode não ocorrcr livre de conflitôs. O assim chamado "mito da matemidadc feliz", pressupondo que a pemp€ctiva de ser mãe

é do agrado de toda mulher, associado È noção aa exiscncia

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"iotintn u"i"nn"t"

traruformaram-se cm grandcs falácias de nossa cultrua, conribuindo paÌa g acirramento dos corúlitc de muitas gestarttes. Ao não se sentir feliz e segrua,6mo acrçdita ser o ,no16al,,, a mulher sentÊ-se inadcquada c cncontra dificuldades em adaptar-se. Da me.sma maneiran enÍ'atizar+c a importância dos riscos, medos e ansiedades counõ sendo a tônica da gravidcz, colocando-a spcnas como um período difÍcil a scr atravessado, nada m4is é do que o úerso da mesma mwda.

Por ouuo lado, I própria exisrôncia da gravidez inmodrz modificações na vida emocional da mdher. É atgo a ser incorporado, rcjeinÃ, aceiro ou ignorado. Assim, existe.m alterações cmmionais que acompanham o prooe$so gestrncional, no senüdo de que esüÈ, como momcnlo normal e excepcional na vida reprodutiva da mulher, prcvocâ mudarças \o modus operandi cotidiano do psiquismo feminino. Apsrentcmcnte, essas modtficaçõcs são dísparcs. fíxirriri", cnlÍetântq um ponto dc enconüo, uma intcrsecção nesse mqaioo multifacetado? M.S die quc pensou em pnocutot uma clínice puafatpr um aborto, pis rchaw gw nib poüa ter a criarça. Acha que tem 's vifu nda pelafrente], 0 QW 'vr mãe sakeira deire-*genn fclda eslragL nossas chances", Ndo tinha a qtnm racorrcr parusnanciar o pracedincnlo e, a consello de umaumiga, resolwu ir uë alormóciapraotom4rumadaguelos injeçõesqwÍsz,pçrder onenêo. Ao chegur ló ficou com wrgonho Hoje rcha qw jó é muito unh Fwa isrq quc seria muito arrlscedo. Pettsa que se a mde não qaiser qjdá"|o, podc dar a criança para afuçfu, mas ü vezes acredita que gucrficu com eh, quc poú xrforç ê su,ct€nw-se sozjnhe. LK, por lus veL diz ndo astu $rependido de sua escolho, apesor de a gravidc| niio tu sido

planeiula.

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adniu

em que queriu muito

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que hoavc momentos em que seut seúimentos ercrn mistursdos. Momeúos mar em gue se resvntia das limitações que isn lhe impuho

filho

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re)are qtasrinpra- ccÈr'ra drnr)nbra'ÌrmÈs?Èüpar)È'-.ÈTÌõÌ.àDIDJücèü vràrozzn,.tú. àctaÒ,Ìao quertcsró muito "pres', c teme que isto possa atrapalhar sua ptoftstõo c vu relicionomento coa o maritlo.

Jú F.C. tem oaïús preacupações, Rcceia niÍo ser umo boa nãe, não conscguir sc divüir bm cnm u profissdo, ofilho, o nariclo, os sÍszeres dacasq" Tem muito medo de sentir fuq mas cspra qu

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F ó*r.

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seu parto não $eju rulm, Fiçou n uito cont4,,tG Wrqut seu mëdiço pcrmiliu gue a milido a u(\,ntpíl/rhil\r;e, pírLï ú$.ïir,l .ïdflrd-.r? nuút:reFur& Às vc4es, tcn c que (t criançg Pas$a ter qu^lquef úJeito, que o lilho dc unu anti$u:;ud tt&sceu cont ':;opnt no coruçAq", Dlz santir-se bm, quc u gruvklez em nuda anapuüta suu vúq a que ndo vê a horo de po&r tet a criançü nos baços.

Apcsar das discrepâncias, estâs qualxo mulhcres fazem referência às perdas e ganhos envolvidos simbolicamcnte na atual gestâção. Refercm-se à ambivalência com rolação à gravidez c à criança, as perspectivas dc mudanças em suas vidas e aos riscos; que representqm. Cáda rtma enfrenta a sinração de acordo com os recursos disponíveis e a vivçncia de maneira pessoal. O fato de a gravidez, enquanto processo, txazer em seu bojo a pcsibiüdadc de uma nova vida, do desempeúo de novos papeis e responsabiüdades, propõe como intersecção o próprio momentJo de tramição, a perspecüva de mudanças e a neeessidade de novas adaptações. Não é uniforme a fonna coÍno csta adapüa$o Ëo proces.sa, ou mÊsmo se ela se efeüva. O pontrl do convergêncla ds diveÍsldsdo pareco ser o enfrentarnento do dcsalio ituplÍcin na maternidade, tal como ocore em outras sinuçõ€s vitais. É a conceituação do ciclo gravÍdico-pucrpcral como uma das cituáÉcs do crise avolutivs no dcsonvolvimento poÍquico da muther que permitc comprcender o significado de vivênciss particulams ou r€vividâ$.

O CTCLO GRAVbICO-PUNBPERAL COMO CruSE NOAMATTVA dc "criscs normoúvas' propõe a cxistêocir de perhdc prcvisÍveis'de uonsi6o no dcscnvolvimcnüo psicoafetivo do indivíduo, associados a situaçõcs intcmas ou cxteross, c s transforma$cs n e'sfera biológica ou sociab o eçilíbrio exi$testc é mmpido c sc impõe a ncccssidadc tls buscar novas formas de adaplação e aondutâ.

o conccito

E*sc úpo dc criss cmhapõe-$€ à acidcntal ou impÍevistâ" Àquola procipitada por fslor€t quo cscaparn ao con[ole do indivíduq fiegiientementc de cuúo trausútico. Como a puberdade e o climatério, ociclo gravídico-pue{pcral é considcrado um período crít"ico biologicamentc delerminado na vida da mulber. Existc maior wlnerab{lidadc, ceía instabilidadc, c a ncccssidade de sê eÍrconlrar novas formas adaptaüvas do pdnto de vista intrapsíquico e do rclacionamento interpessoal. É exigida uma reesuunuação paulatina dos paÉis desempcúados e da pníptia identidade.

A possibilidade da matemidade fazcom que a mulher passe a se olhar e s ser visa sob um novo ângulo. E este nem sempr€ é lisonjeiro ou de acordo com suas expectativas e idealizações. Isto é particularmente verdadeiro na primeira geitação, mas pode se repetir camb€m nas subseqüentcs, uma vez guo úo é a mesú.na coisa sermãe de um ou de rnnis filhos.

O rclacionamcnro familiar sofie alteraSes devido à incorporação dos novos pa$is. Do companlrcinr r! cxigida a elnbora$o dc sua ptemidade, situação cr{tica em muitos a$pccto$ cornpar{vcl À tla matcmidado. O ca.sal cpnfronlâ-sc com os modclos incorporsdos dc "p&i" e "mãc", c isüo potlc incrcmcntar conÍlitm já cxistontcs com as Íiguras pÂrcnlris. Outras vezes, csta tarclb aproxima as geraçõcs que tenüam recorutruir seus paÉis.

Para atguns c.aseis a gmvidcz põc cm evidência as difïcukladcs cristcntcs no rclacionamsnlo, principahncnte se elas docorem doc pasis gu/cada um descmpenha. Numa relação fragilizada, pode haver rupura c scparação, mas freqiienlcmento o cn&,cntameno sincerc cla crisc pnrphia a mclhor intcgração do casal, palcndo favomrcero amadurccimcno individual ç o cilsbelccimeilo dc um vÍnculo mais sau&ivçl çom r crianço. Sendo prccipitndl por um prcccs$o biológico, cssa crisc vitsl t€odc a fucavdvcr* acompaúardo o ritrno das mudanças da gravidez, tais omo pcrccbidas pcta múhcr e scu

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comparúciro. As vivências cmocimais, as fanhsias e os medc, embom pcssoaiq estão inünumcntc rclacionadm üo tomÍxr biológico. Estn fase críúca rúo tcrmina com o paflo, cstculendo-se ao pucrpério, época em quc (rom) o efieúvo dcscmpcúo do papcl matemal, com todos os ajustamcnlos e tarcfss que lhe são

pcculiarcs.

O DESET\IVOLVIMENTO DA GRAVIDEZ Na opinião de Therese Bencdeclc, "é urna caracterísüca fisiológica da mulher que suas fun@es reprodutivas requeiram uma intensifica$odos processosmehMlicos". Acresenta que tais altoraçõcs hormonais o mctabólicas, necrxsárias para manter o crcscimqnto normal do feto e o adequado desenvolvimento da gravidc4 tendem a associar-se a estaôs psíquicos particulares, orr clc cnrdkr introvcniivo, ora expansivo ou deprr:ssivo, Estimuladas por e$$a.s alterações, outras mais visívcis ocorrem. No inlcio da gravidez, obserya-sc quc existc uma lcntiÍicação no riuno dc vida, maior neccssidade de sono, mudanças no apetite. Ë,veatualmcnte islo se altcrna com períodos de múta vitalidadc, ou mcslrto agifnção. Como reflexos de um proeesso a quô a mdher não têm acesso, tais mudanças podem lb causar esnôúÊza ou rnnl-eslaf, frcqüeatcmenlc panilhndos por s6u companhcirc. Nõo é inconum a mulher "Eabcr-se" grdvida antÊs mesÍno de conÊultar o médico ou ttslirâr cxünes. Bte saber intuiúvo rellete as mudanças sutis qrlo Já ocorcm no htorior dc seu corpo, não so vinculando a altcraçÕes corporais do início rh gravide4 nesto momonto discrËtas. É fohlórica c romanceada a pndourin;furcia de hnnras, dmmaioq náuseas c vômitos no início da gravidez. ïbdavia, embora existam indícios de que cstcs sinlomas são dcconent€s das alteraçõcs bioquímicas gue sc efeüvam, clcs não são predominant€s nem impediüvos dc uma vitla normal na maioria dos casos, com exccção dos dc hipedmcse gnavídica ou da franca obcsidadc, yroxcmplo.

Culturalmcntc trâürda oomo o prelúlio dc unra bem-avennrança, algo "subliÍqe", à gravidcz, paradoxahucnt€, é üambém imputado gnande mal+tar c sofrimenüo, quase um "umb que prenúncio daquele quc fatalmente oconeró no parto. "Scr mãc é sofier no parríso", c parece ' isto conúçr

cedo.

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Parrlelamente, evidcncia-se t'ma lendêNrcia, assimilada ideologicamente, a cosidcrar a existência de todo e qualquer sinloma como tendo um cará,ter psicossomático, refletindo a rejeição inconsciente da gravidez c &nuciando dificuldades da mulher cm Ítlação à feminilidadc c À matemidade. Divcrsas pcsqúsas, com algrrnc resultadç contnditórios, apr€s€n0am indícios de que nos câsos €m qrc tais sintomas são modemdos e passageirm, não so pode responsabitizar uma etiologia psicológica por sua oconência, Íeserando tal hipótese paÍa as situações de maior conílito ou peÍtuÍbeçõo cmocional. Por outlo hdo, é provdvcl quc em conjugação oom as alterações orgônicas, a própria vivência e elaboração da ambivalência podem estar relaciona.laç com a duração desses sintomas. M.C.$.tem25 arws,cstágrávidapebsegunfuveT.comid& gestrcionalesimúem 12semanas, Dizque a gravi&zfoi planejdç aEis um per{odo dri brcvc sepraçdo dc seu companheiro, com qucm já vlvia hó qustro cuos. Coúrariamcnte (D quc ocoücu na gcstaç@ aaQrior, efla wm sc caracleritgtdo por aprescntü uma série de ocorrências: ssngramentos cspordicos, tonturas, nóuxas persistentes e túmitosÍreqílentcs,

estcs

ndo cedenfu àmedicaçfu

prc*rita

M.C.8. rcíerc que elae ocompnhelroesãafeliuscom agravifuL qtu asaëunsinaldcqrctudo vai lnm entc cbs. A criunça 'é pane & nossc rcconciüoção', afirma. Por outtp lado, cmbra tenha desnbcrto quc J, é naito importantc para cla quc nfu pdc 'vivcr scm ek', diz guc o rclociorutmento cnte chs andttctso alarmal como soíAtmágovAr nfu houwssomsl& csquccifus, üJôirbios dç ress'ente ch tu*u mfurçí{.- ç vem Ofilho do casal aprcntcmenta,

I

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qrc*M

comportanvnlo e fÍunca re1rcssbo,A uunutcnçcio clos sintomcts fez cont qué M.C.B. procurusse orientaç&) psicokigic4 ocusiõo em tlue foi propostu a participação de J, Os sintomas gue os prcocupavam furam desaparecenda ptufutinumente à ncdida que o cusal ficle percebcr o significú daqueh gestaçdo e encaró-ladc maneba mais reaüsta, mcnos ideatizads com a maior panici4tçõo de J. no Ptocesso e nas tarefas domésicas, e sua aproimuçAo do filho, a crise emergente foi conttontda e, juntos, pussuruun u buscar furmas mais eteüvus cle lidar com suç.s tlificuldades.

À perccp$o inicial da

gravidez, especialmente após su conÍirmação oficial, vem sonlâr-sc senl.imentm frcgüontemcnte antagônicos c conlraditórios. Alegria c sal^isfação podcm alternar-sc com momenm de dúvid4 irucgruança e mc$no rejcição. ,l\s vczes, o filho é rcsJxrnsabilidadc dcmasiada, em oulr&s, não sc acrcdita que s gravidcz seja "pnra valcí'. O colllfx)rlrunonto tcndc a reÍlcürcssa alFmôncia c, a dr:spcitode totlo um movimcnloinlroversivo, cxistc una maior dcpendência dc Íiguras afcüvamcnts signi{icativru, púcipaftnonüc o

eompaúciru

e a mãc.

Frcqüentemente o obsbtra, ou mestuo outrro psotiesional da e{uipe, d colocado na difÍcil posição de corúìdcnte' ou tncsmo resporudvel pela gestalão e seu desonvslvimcnlo. Mais quc isso: responxÍvel pela pÍópria gestantc. É en6o cleito como alguém afedvamcntc significativo, pârâ qucm s pacientesc volta comsuasdúvidas, tcmorcs,aruicdades, inundando-ocotn vivênçias quÈ nem s'cmprc podem ser nabalhadas no conlexúo da consulta. Por vezes, ela sc trransforma na

conhecida "paciente poliqueixosa", tenürndo angariar simpatia e maior intercssc do médico. Ouuas vezss não respeita os limites instinrcionais ou do comnltório, rclefonando ou sporsoçndo scm ler hora marcada-e, aparìenlcmentcr sêm gualquer interoorÉncia que jusúrque seu comportâmentro. Não é incomum quc, apóo a tentaúva de se compreeiider tal atinrde, e dc sc adoÍar p6iura paternalistra de ruasseguramento, o médico se impaciente ftente âs consranrcs invasões e às demandas guo não tem como responder. Apr5s uma escuta cúdadosa, o obstetra devc questionar o que pcrmcia este comportaÍnento, se as demandas sõo legítimas e so tcm como satisfazê-las. Para o prufirisional que atua em cqúpc, chcgou o momento dc avaliar, junio a65 colcgas, a neccssicladc
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