A.M.S. BETTENCOURT (1988). Os vasos tronco-cónicos da estação arqueológica do Castêlo - Sever do Vouga, Arqueologia 18: 99-104.

Share Embed


Descrição do Produto

arqueologia

NUMERO DEZOITO

DEZEMBRO DE 1988

Subsidiado pela Fundação C. Gulbenkian e pela Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica.

índice 1

A i n d a a H o m e n a g e m a E.C. S e r r ã o

5

Geoarqueologia por

F.

157

O castro " C o t o d o M o s t e i r o " . . . .

163

N o t a sobre u m

p o r L. O r e r o G r a n d a l (Orense)

2...,

Real, d o M . N . A . E .

e do

Dep.

0

8

Estudo

tipológico

da

estação

paleolí-

164

tica

29

Aproximacion

Oeiras)

al e s t ú d i o d e i P a l e o l í t i c o

167

d o Castelo

p o r J . l . M a r t i n B e n i t o (Salamanca)

por

O Paleol í t i c o d e B o r e l H o r t a

Oliveira

p o r G . Z b y s z e w s k i (S.G.P., Lisboa) e J . L .

Lisboa) 175

(M.N.A.E.,

Inventário e carta arqueológica

Estações e M o n u m e n t o s :

N e w e x c a v a t i o n s i n Casa d a M o u r a . . . ,

A Villa

so e J . d ' E n c a r n a ç ã o

L . G . Strauss

(Univ.

New

Mexico,

R o m a n a de F r e i r i a , p o r G . C a r d o -

Bracara A u g u s t a — A s T e r m a s d a C i v i d a d e ,

U . S . A . ) , Jesus A l t u n a ( S o e . A r a n z a d i , San

105

Beja), J.C.

por

p e l o I.P.P.C.

S e b a s t i a n ) , M. Jakes ( U n i v . A l b e r t a , Cana-

99

(S.R.A.Z.S.,

(Beja) e A . l . Santos

Lisboa) 179

rez ( S a l a m a n c a )

95

S. C o r r e i a

por T . Marques (I.P.P.C., D e p . ° A r q u e o l . ,

Acerca de u m hendidor ..., por J . l . Martin Benito e J . M . Benito Alva-

65

Intervenção arqueológica em Sta. Maria

Inferior

Cardoso (U.N.L.) 53

A vegetação d a Serra d a A b o b o r e i r a . . . . p o r A . R . P i n t o d a Silva ( E s t . A g r o n . N a c ,

p o r M . L . A . Neves ( L i s b o a ) 21

denarius

p o r R. C e n t e n o ( F . L . U . P . )

A r q u e o l . I.P.P.C. ( L i s b o a )

dá) e M . K u n s t ( I . A . A . )

183

Correspondência

N o v a s datas de c a r b o n o 14 para m a m o a s . . . ,

184

Museus

p o r V . O . J o r g e (F.L.U.P.), Fernán Alonso

188

Instituições

(C.S.I.C., Madrid) e G. Delibrias ( C N R S ,

189

Ensino

França)

191

Arqueólogos

Os vasos t r o n c o - c ó n i c o s . . . ,

198

P u b l i c a ç õ e s Recentes

p o r A . M . B e t t e n c o u r t , d a U . A . U . M . (Braga)

200

Notícias

Nuevos grupos de arte rupestre . . . ,

208

Recortes

p o r E. A l v a r o B o b a d i l l a ( M a d r i d ) 109

O a b r i g o c o m p i n t u r a s rupestres . . . . por V . O . Jorge, A . M . Baptista (P.N.P.G., Braga), S.O. J o r g e , M J . Sanches (F.L.U.P.),

E x t r a - t e x t o : fichas

de i n t r o d u ç ã o

à

Arqueo-

logia:

E . J . L. d a Silva ( U n i v . P o r t u c a l e n s e ) , M . S. 131

Silva

(G.E.A.P.)

e A . L.

da

Cunha

T a f o n o m i a , p o r H. M o u r a

(S.R.A.Z.C., Coimbra)

Trepanação, A .

E x c a v a c i o n e s a r q u e o l ó g i c a s en " E l T e s o

Cerâmica campaniforme (Norte de Portu-

Bettencourt

del C u e r n o "

g a l ) , p o r S.O. J o r g e

p o r J . l . M a r t i n B e n i t o (Salamanca)

C i v i t a s , p o r J . de A l a r c ã o

(7)

V . O . J o r g e ( 1 9 8 0 ) , Escavação d a M a m o a 1 d e

Aboboreira, Nord du Portugal),

Outeiro

n.° 12, pp. 96-128.

de

Gregos.

B a i ã o , Portugália, (8)

Serra

da

Aboboreira,

n o v a s é r i e , v o l . I, p p . 9 - 2 8 .

(11) V . O . J o r g e ( 1 9 8 0 - 8 1 ) , Escavação d a M a m o a 1

V . O . Jorge ( 1 9 8 2 ) , A M a m o a 5 de O u t e i r o de

de O u t e i r o de A n t e . Serra da A b o b o r e i r a

G r e g o s , u m " t u m u l u s " n ã o m e g a l í t i c o d a Ser-

B a i ã o , Setúbal

r a d a A b o b o r e i r a , Arqueologia,

n.° 6, p p . 32-

Arqueológica,

(12) V . O . J o r g e e M

M o r e i r a ( 1 9 8 7 ) , Escavação d a

V . O . J o r g e ( 1 9 8 3 ) , E s c a v a ç ã o das M a m o a s 2 e

M a m o a 4 d e C h ã d e Parada ( B a i ã o , 1 9 8 7 ) , Ar-

4 de Meninas d o Crasto. Serra d a A b o b o r e i r a ,

queologia,

B a i ã o , Arqueologia,

Datas d e C a r b o n o 14 p a r a a M a m o a d e C h ã d e

n.°

7, p p . 2 3 - 3 9 ;

V.O.

n.° 16, p p . 4 0 - 5 0 ; V . O . J o r g e ( 1 9 8 8 ) ,

Jorge ( 1 9 8 5 ) , Novas datações de r a d i o c a r b o n o

Parada

para mamoas d o C o n c e l h o de Baião,

121-124.

logia,

Arqueo-

n.° 9, pp. 182-183.

(10) V . O . J o r g e

(1985),

4

( B a i ã o ) , Arqueologia,

n.°

17, p p .

(13) V . O . J o r g e ( 1 9 8 5 ) , U m a d a t a ç ã o p e l o r a d i o c a r b o n o p a r a a M a m o a 5 d e O u t e i r o d e Gre-

Les t u m u l u s d e C h ã d e

gos ( B a i ã o ) , Arqueologia,

S a n t i n h o s ( E n s e m b l e m é g a l i t h i q u e de Serra da

n.° 12, pp. 94-95.

OS V A S O S T R O N C O - C Õ N I C O S D A E S T A Ç Ã O A R Q U E O L Ó G I C A -

S E V E R DO V O U G A

DO C A S T E L O

-

p o r AnaM.S.

0.



vols. V I - V I I , p p .

85-115.

-39. (9)

Arqueologia,

INTRODUÇÃO

Bettencourt

m a s c e r â m i c a s é p r e d o m i n a n t e m e n t e t u m u l a r , s e n d o relat i v a m e n t e escassos os e x e m p l a r e s e m c o n t e x t o d e p o v o a do.

N o s ú l t i m o s a n o s , os vasos t r o n c o - c ó n i c o s e s u b - c i l í n -

E m r e l a ç ã o à c r o n o l o g i a , S . O . J o r g e p e n s a q u e estes re-

d r i c o s t ê m sido m o t i v o de estudos sistemáticos p o r p a r t e

c i p i e n t e s p o d e m t e r " t i d o o seu i n í c i o nos f i n a i s d o I I I .

de alguns a r q u e ó l o g o s ( M . J . S A N C H E S , 1 9 8 0 , 1 9 8 1 , 1 9 8 2 ;

m i l é n i o a . C , d e s e n v o l v e n d o - s e a o l o n g o d a I. d o B r o n z e "

A.M.S.

(1).

NEZ,

BETTENCOURT, M.F.S.

GARCIA,

1 9 8 2 ; J.C. M.J.O.

SENNA-MARTI-

ROSA,

1983/84;

0

S.O.

Os vasos q u e p u b l i c a m o s e q u e pelas suas c a r a c t e r í s t i -

J O R G E , 1986) visando essencialmente a problematização

cas m o r f o l ó g i c a s se i n t e g r a m nesta f a m í l i a d e r e c i p i e n t e s

d e q u e s t õ e s q u e se p r e n d e m c o m a d i s t r i b u i ç ã o e s p a c i a l , a

são, q u a n t o a n ó s , u m n o v o d a d o a i n s e r i r nesta p r o b l e m á -

c r o n o l o g i a e o c o n t e x t o e m q u e estes r e c i p i e n t e s se e n c o n -

tica.

tram. Na mais recente síntese realizada sobre o assunto, S.O. J o r g e e l a b o r o u u m a c a r t a d e d i s t r i b u i ç ã o d e s t e t i p o d e rec i p i e n t e s o n d e se v e r i f i c a q u e o m a i o r n ú m e r o d e a c h a d o s

1.

MEIO

FÍSICO

é p r o v e n i e n t e das regiões d a B e i r a A l t a e M i n h o , s e n d o menos frequentes e m Trás-os-Montes, na Galiza e Beira L i t o r a l p o r o r d e m decrescente. Esta situação, q u e não deve

O C a s t e l o , l o c a l d e p r o v e n i ê n c i a destes r e c i p i e n t e s ce-

ser a l h e i a à escassez d e t r a b a l h o s de i n v e s t i g a ç ã o nestas ú l -

r â m i c o s , é u m a p l a t a f o r m a e m e s p o r ã o d a s e r r a das T a l h a -

t i m a s áreas, está a ser c o l m a t a d a p e l a a p r e s e n t a ç ã o d e n o -

d a s , à c o t a m á x i m a de 5 2 8 m e p e r t e n c e n t e à b a c i a h i d r o -

vos p r o j e c t o s d e i n t e r v e n ç ã o a r q u e o l ó g i c a .

gráfica do Vouga.

D e m o n s t r a a q u e l a a u t o r a , q u e o c o n t e x t o destas f o r -

A serra das T a l h a d a s , o r i e n t a d a n o s e n t i d o N N E - S S O ,

99

556

557

0 ^ » ^ ^ ™ Fig.

1 —

Localização d a estação arqueológica d o Castelo na C.M.P. Esc. 1 / 2 5 . 0 0 0 .

Fig. 2 —

100

O C a s t e l o v i s t o d e Sever d o V o u g a .

11 km

Fig. 3



A s p e c t o das m u r a l h a s recentemente

destruí-

das.

é c o n s i d e r a d a u m c o n t r a f o r t e d a serra d o C a r a m u l o , a t i n -

m o se c o m p r o v a p e l o s v e s t í g i o s d e m u r a l h a d e t i p o c i c l ó -

g i n d o a sua a l t i t u d e m á x i m a a 6 8 0 m d o n í v e l d o m a r .

p i c o e x i s t e n t e s a S u l e a Este e p e l a g r a n d e p r o f u s ã o d e

É c o n s t i t u í d a f u n d a m e n t a l m e n t e p o r granitos p o r f i r ó i -

pedra m i ú d a espalhada pela encosta d o lado N o r t e .

des e p o r x i s t o s - g r a n í t i c o s - m i g m a t í t i c o s ( 2 ) .

S e g u n d o i n f o r m a ç õ e s de C e l s o Tavares d a S i l v a ( 6 ) , o

O Castelo está registado a d m i n i s t r a t i v a m e n t e n o lugar

r e c i n t o m u r a l h a d o e r a r e s t r i t o , n ã o u l t r a p a s s a n d o os 2 5

de S t o . A d r i ã o , f r e g u e s i a de C e d r i m d e , c o n c e l h o d e Sever

m

do V o u g a , u m dos mais orientais d o d i s t r i t o de A v e i r o .

os t r a b a l h o s de e x t r a c ç ã o d e p e d r a a í r e a l i z a d o s há a l g u -

A s suas c o o r d e n a d a s q u i l o m é t r i c a s n a C M . P . , n . ° 1 7 5 , l e v a n t a m e n t o de 1 9 7 7 são:

de d i â m e t r o , t e n d o c o n t r i b u í d o p a r a a sua d e s t r u i ç ã o

mas dezenas d e a n o s , responsáveis t a m b é m p e l a d e s c o b e r -

M.

557,10

ta de u m e l e m e n t o f i x o de m o i n h o m a n u a l e de f r a g m e n -

P.

4507,45

t o s d e vasos c e r â m i c o s lisos d e v á r i o s t i p o s e pastas (gros-

A p l a t a f o r m a s u p e r i o r desta elevação é r e l a t i v a m e n t e p e q u e n a e e n c o n t r a - s e p r o t e g i d a p o r a f l o r a m e n t o s d e gran i t o p o r f i r ó i d e d e g r ã o g r o s s e i r o , a N o r t e e a S u l . Os acessos fazem-se p e l o s l a d o s Este e S u d e s t e , s e n d o as r e s t a n t e s encostas inacessíveis, o q u e f a z d e s t e l o c a l u m a z o n a c o m boas c o n d i ç õ e s n a t u r a i s d e v i g i l â n c i a e d e f e s a .

seiros de c o r c a s t a n h a - a v e r m e l h a d a , e f i n o s d e c o r n e g r a , t o d o s de f a b r i c o m a n u a l ) , a l g u n s d o s q u a i s a i n d a v i s í v e i s n o l o c a l . E n t r e estes r e c i p i e n t e s c e r â m i c o s é d e s a l i e n t a r a e x i s t ê n c i a de u m b o r d o d e c o r a d o c o m impressões digitais e a o c o r r ê n c i a d o 1.° vaso t r o n c o - c ó n i c o e m e s t u d o ( 6 ) . N u m a visita recente q u e e f e c t u á m o s ao l o c a l , recolhem o s n o v o s e l e m e n t o s l í t i c o s e c e r â m i c o s , e n t r e os q u a i s

Nas i m e d i a ç õ e s da p l a t a f o r m a s u p e r i o r o c o r r e m a l g u mas n a s c e n t e s .

d e s t a c a m o s u m a e n x ó e u m b o r d o d e o u t r o vaso t r o n c o c ó n i c o , aqui referenciado c o m n ú m e r o 2. É de s a l i e n t a r a i n s c u l t u r a de f o r m a g e o m é t r i c a , c o m -

N ã o m u i t o longe desta estação, a cerca de 3 k m para

p o s t a p o r três q u a d r i l á t e r o s i n s e r i d o s u n s n o s o u t r o s c o m

S u d e s t e , j á n o c o n c e l h o de O l i v e i r a d e F r a d e s ( V i s e u ) e x i s -

v á r i o s a p ê n d i c e s radiais e c o m u m a ç q v i n h S Ç g n t r a l , grava-

te u m

d a n u m a das r o c h a s h o r i z o n t a i s d o a g l o m e r a d o

p o v o a d o de a l t u r a c o n h e c i d o p e l a d e s i g n a ç ã o d e

rochoso

M u r a d o d a V á r z e a ( 3 ) e a 1 k m p a r a S u l registam-se d o i s

a d j a c e n t e à m u r a l h a e s i t u a d a n o l a d o Oeste d o r e c i n t o

m o n u m e n t o s megalíticos, u m dos quais c o n t e n d o u m d o l -

muralhado (7).

men de câmara sub-trapezoidal e c o r r e d o r p o u c o diferen-

As condições específicas

da ocorrência d o

1.°

vaso

c i a d o ( 4 ) . T a m b é m n o lugar de Alagoas, c o n c e l h o de Oli-

t r o n c o - c ó n i c o são p o u c o c l a r a s , mas os t e s t e m u n h o s o r a i s

v e i r a de F r a d e s , a c e r c a d e 1,5 k m p a r a S u d e s t e d o Caste-

d e q u e d s i p o m o s ( 6 ) s u g e r e m - n o s q u e ele e s t a r i a e n t e r r a d o

l o há n o t í c i a s d e u m a n e c r ó p o l e m e g a l í t i c a q u e a i n d a n ã o

p e r t o d o a f l o r a m e n t o rochoso e associado a dois f r a g m e n -

reconhecemos (5).

t o s d e x i s t o ( 6 ) . O vaso e estes f r a g m e n t o s f o r a m r e c o l h i d o s na é p o c a p e l o e n t ã o p á r o c o d e C e d r i m , o P a d r e A m é r i c o , e m a i s t a r d e e n t r e g u e s — só o vaso — a o C ó n e g o Celso Tavares d a S i l v a , q u e o d e p o s i t o u n o M u s e u d o S e m i n á -

2.

CARACTERIZAÇÃO DA

ESTAÇÃO

r i o M a i o r d e V i s e u o n d e a i n d a se c o n s e r v a . O b o r d o d o vaso n . ° 2 e n c o n t r a - s e e m nosso p o d e r .

Parte da p l a t a f o r m a superior teria sido f o r t i f i c a d a , co-

101 MUSEU D . D t o c o D E SOUSA

Fig.4

O vaso t r o n c o - c ó n i c o n.° 1.

3.

DESCRIÇÃO

DOS

RECIPIENTES

Vaso n.° 2

CERÂMICOS

Dimensões: Vaso n.° 1

Espessura m é d i a das paredes

Dimensões: Altura —

Descrição 9,3 c m

0,85 m m

Técnica:

Pasta d e t e x t u r a c o m p a c t a c o m d e s e n g o r d u r a n t e s m i -

Diâmetro da abertura interior



11,3 c m

cáceos d e p e q u e n o c a l i b r e

Diâmetro da abertura exterior



12,2 c m

q u a r t z o de m é d i o e g r a n d e c a l i b r e ( 8 ) .

D i â m e t r o de f u n d o



7,5 c m

Espessura m é d i a das p a r e d e s — Capacidade



(8) e alguns e l e m e n t o s de

S u p e r f í c i e alisada, n o i n t e r i o r e e x t e r i o r d o f r a g m e n t o 6 mm

cerâmico.

< 0 , 5 I. C o r c a s t a n h a n ã o u n i f o r m e , c o m m a n c h a s m a i s claras.

Descrição

Técnica:

Descrição

Morfológica:

Pasta d e t e x t u r a c o m p a c t a c o m a b u n d a n t e s d e s e n g o r -

T r a t a - s e de u m b o r d o d e u m r e c i p i e n t e a b e r t o , c u j a

d u r a n t e s micáceos de p e q u e n o , m é d i o e grande calibre

p a r t e o b s e r v a d a n ã o a p r e s e n t a sinais d e d e c o r a ç ã o .

(8) e raros e l e m e n t o s de q u a r t z o de m é d i o e grande ca-

O b o r d o é extrovertido e a extremidade plana.

libre (8).

P e r t e n c e a u m vaso d e f a b r i c o m a n u a l .

S u p e r f í c i e apenas alisada, n o i n t e r i o r e e x t e r i o r d o v a so, d e c o r c a s t a n h a - a v e r m e l h a d a c o m m a n c h a s c i n z e n tas. Descrição

4.

CONCLUSÃO

Morfológica:

R e c i p i e n t e a b e r t o , sem d e c o r a ç ã o , de f o r m a s u b - c i l í n -

D a d a a a u s ê n c i a d e escavações a r q u e o l ó g i c a s neste p o s -

drica, perfil levemente sinuoso e f u n d o plano-côncavo,

s í v e l p o v o a d o , n ã o p o s s u í m o s e l e m e n t o s seguros q u e n o s

c o m colo ligeiramente marcado.

p e r m i t a m c o m p r e e n d e r a sua o r g a n i z a ç ã o i n t e r n a b e m c o -

O bordo é extrovertido e a extremidade arredondada.

m o a sua a r t i c u l a ç ã o c o m o m e i o a m b i e n t e e m q u e e s t á i n -

É u m vaso d e f a b r i c o m a n u a l , r e l a t i v a m e n t e b e m c o n -

s e r i d o . N o e n t a n t o , os d a d o s q u e r e u n i m o s d e o r d e m ar-

s e r v a d o , apenas c o m f r a c t u r a s p a r c i a i s n a z o n a d o b o r -

q u e o l ó g i c a ( p r e s e n ç a d e m u r a l h a s , f r a g m e n t o s d e vasos e

do.

de u m m o i n h o m a n u a l , u m a e n x ó , e t c ) , b e m c o m o d e o r -

102

Fig. 5 -

D e s e n h o d o vaso n . ° 1 .

O

d e m f í s i c a ( p l a t a f o r m a d e e s p o r ã o , c o m boas c o n d i ç õ e s

3

Cm

nós desconhecida, pensamos p o d ê - l o inserir talvez na I. d o

n a t u r a i s de d e f e s a , à c o t a d e 5 2 8 m ) , s u g e r e m - n o s estar-

B r o n z e . E s t a i l a ç ã o é-nos s u g e r i d a p e l o f r a g m e n t o d e b o r -

mos p e r a n t e u m p o v o a d o de a l t u r a c o m f o r t e s p r e o c u p a -

d o d e c o r a d o c o m impressões de dedadas, c e r â m i c a m u i t o

ções d e f e n s i v a s .

c o m u m e m p o v o a d o s d e s t e p e r í o d o n u m a v a s t a área p e -

T e m o s , p o r c o n s e g u i n t e , d o i s vasos d a f a m í l i a d o s t r o n -

ninsular, principalmente durante o Bronze m é d i o e final

co-cónicos inseridos n u m provável c o n t e x t o de p o v o a d o ,

( 1 0 ) , b e m c o m o p e l a c o n f i g u r a ç ã o d e t o d o s os d a d o s c i t a -

f a c t o n ã o m u i t o c o m u m , p r i n c i p a l m e n t e se a t e n d e r m o s à

dos a n t e r i o r m e n t e .

região e m q u e f o r a m e n c o n t r a d o s — a B e i r a L i t o r a l , o n d e o único exemplar

conhecido

até à d a t a p r o v e i o d e

um

contexto tumular, a Mamoa da Terranha (9). E m b o r a a c r o n o l o g i a e x a c t a d e s t e p o v o a d o seja p o r

A p e s a r de n ã o n o s ser p o s s í v e l e s t a b e l e c e r a c o n t e m p o r a n e i d a d e d e t o d o o m a t e r i a l d e s u p e r f í c i e , p o r razões ó b v i a s , p e n s a m o s p o d e r i n c l u i r os r e c i p i e n t e s c e r â m i c o s e m e s t u d o a d e n t r o deste m u n d o c r o n o l ó g i c o .

(5)

A . A . G I R Ã O , 1 9 2 1 , p. 1 8 e 4 0 , regista esta n e c r ó p o l e n o lugar da Lagoa, c u j o

NOTAS

topónimo

evoluiu actualmente para Alagôa. (6)

A g r a d e c e m o s t o d a s as i n f o r m a ç õ e s

prestadas

(1)

S . O . J O R G E , 1 9 8 6 , v o l . 1-B, p. 8 7 5 .

p e l o sr. C ó n e g o C e l s o Tavares d a S i l v a s o b r e a

(2)

J.A. M A R T I N S , 1 9 6 2 ; L.S.M. G O N Ç A L V E S ,

e s t a ç ã o d o C a s t e l o , b e m c o m o as f a c i l i d a d e s

1974.

c o n c e d i d a s n o M u s e u de S e m i n á r i o M a i o r d e

(3)

A . A . G I R Ã O , 1 9 2 1 , p. 3 2 e 4 0 .

Viseu.

(4)

A . A . G I R Ã O , 1 9 2 1 , p. 3 1 e 3 9 ; A . M . S . B E T -

Os f r a g m e n t o s de x i s t o p o r ele o b s e r v a d o s n ã o

T E N C O U R T , 1 9 8 1 , p. 2 7 - 3 0 .

apresentavam vestígios de t r a b a l h o h u m a n o .

103

(7)

C . T . S I L V A , 1 9 7 8 , p. 1 7 6 - 1 7 7 , a p r e s e n t a u m quadro

tipológico

das p r i n c i p a i s g r a v u r a s d a

região, onde c i t a c o m o n . ° 8 7 o p e t r ó g l i f o d o Castelo, e m b o r a o situe e r r a d a m e n t e na freguesia d e R i b e i r a d i o , c o n c e l h o d e O l i v e i r a d e Frades. (8)

S e g u n d o as c a t e g o r i a s e s t a b e l e c i d a s p o r

S.O.

J O R G E , 1 9 8 6 , v o l . 1-A, p. 5 7 . (9)

1Cm

O

A.M.S. B E T T E N C O U R T , 1982.

(10) S . O .

JORGE,

1 9 8 1 , p.

72; A.C.F.

SILVA,

1 9 8 6 , p. 1 2 1 . Fig. 6



F r a g m e n t o d e b o r d o d o vaso t r o n c o - c ó n i c o n . ° 2.

BIBLIOGRAFIA " J u n t a de Energia N u c l e a r " , Lisboa. SANCHES, M J . BETTENCOURT, A. levantamento Sever

do

1981 -

Contributos

arqueológico Vouga,

do

para

Concelho

o de

C o i m b r a , ( T r a b a l h o escolar

a p r e s e n t a d o n o I n s t . d e A r q . d a Fac. d e L e t r a s de C o i m b r a ) . 1982 -

A propósito de u m

vaso t r o n c o - c ó n i c o d o M u s e u d e A v e i r o , queologia,

G O N Ç A L V E S , L.S.M. trologie

von

und Albergaria-a-Velha

Geologie

Oliveira

undpe-

de

(Portugal),

1981 —

Azeméis

Berlim.

queologia,

Ar-

da

1 9 8 6 — Povoados região

de

Chaves

da —

Prê-História V.

a

P.

a

de

3 vols., P o r t o , I n s t i t u t o de A r q u e o l o -

g i a d a Fac. d e L e t r a s . M A R T I N S , J.A. nhecimento

104

Recipientes cerâmicos

3, pp. 88-98. 1982 -

V a s o s d a e s t a ç ã o ar-

queológica do Covilho — Santo Tirso,

Arqueo-

5, p p . 5 6 - 6 1 .

SENNA-MARTINEZ, M.J.O.

-

J.C.; G A R C I A ,

1983/84

-

M.F.S.

Contribuição

e

para

u m a t i p o l o g i a d a o l a r i a d o m e g a l i t i s m o das Beiras: olaria da SI L V A , A . C . F . roeste

Idade d o

Bronze,

Clio/Ar-

1,pp. 105-138. 1 9 8 6 - A cultura

de Portugal,

castreja

no

No-

1 v o l . , Sanfins, Museu Mo-

S I L V A , C.T. —

1 9 7 8 — Gravuras rupestres inéditas

d a B e i r a A l t a , Actas lógicas

1977,

das III Jornadas

da região

para do

o co-

Caramulo,

ga

Inovo

Porto.

Arqueo-

v o l . 1 , L i s b o a , p. 1 6 7 - 1 8 4 .

S O U T O , A . — 1 9 4 2 — Romanização

1 9 6 2 — Contribuição

geológico

12-19.

1981 -

n o g r á f i c o de Sanfins.

3, p p . 67-76.

recente

1,pp.

M.J. -

queologia,

Sondagens arqueológicas

na estação d o A l t o da Caldeira (Baião),

J O R G E , S.O. —

SANCHES,

ROSA,

1974 -

des gabietes

J O R G E , S.O. —

Pré-Históri-

Coimbra.

A l g u n s vasos c e r â m i c o s

d a Pré-História Recente d o N o r t e de P o r t u g a l ,

logia,

1 9 2 1 — Antiguidades

cas de Lafões,

Aguiar,

Ar-

5, p p . 4 0 - 4 3 .

GIRÃO, A.A. —

Arqueologia, S A N C H E S , M.J. — Arqueologia,

BETTENCOURT, A. -

1980 -

i n é d i t o s d o Museu de A r q u e o l o g i a d o P o r t o ,

"oppidum"

na zona

no Baixo de

Vou-

Talábriga),

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.