A.M.S. Bettencourt, B. Comendador Rey, H.A. Sampaio & E. Sá (2014). Corpos e matais na fachada Atlântica da Ibéria. Do Neolítico à Idade do Bronze

Share Embed


Descrição do Produto

Entre 2013 e 2014 foram organizados, no âmbito do Projeto Enardas, vários eventos científicos internacionais que se traduziram num aumento do conhecimento científico da Pré-história. Estes foram quer publicados por jovens investigadores quer por colegas de diferentes universidades e de centros de investigação nacionais e estrangeiros, reunindo um total de vinte e três investigadores.Um dos grandes objetivos deste projeto era o de privilegiar os contextos e as práticas funerárias e o fenómeno das deposições metálicas em termos contextuais e interpretativos, além da arte rupestre. Não obstante, pretendia comparar a realidade da área em estudo com outras regiões geográficas. O livro que agora se publica é subordinado aos dois primeiros temas de investigação, enquanto o terceiro será publicado autonomamente.A sua estrutura foi dividida em duas grandes partes. A primeira é dedicada à deposição dos corpos desde o Neolítico à Idade do Bronze, da fachada ocidental da Península Ibérica, desde o Centro-Norte ao Norte de Portugal, procurando, através das práticas e dos seus contextos, interpretar os modos de vida e o universo das crenças inerentes aos seus construtores. Cabem aqui os capítulos de Cruz et al. sobre o megalitismo da serra da Boa Viajem, na foz do Mondego; o de Edite Sá sobre os monumentos de tradição megalítica da serra da Freita, um relevo que limita a nascente o curso inferior do Vouga; o de Luciano Vilas Boas & Maria Martín Seijo sobre práticas funerárias envolvendo o fogo em monumentos de tradição megalítica; o de Rita Gaspar et al. que traz importantes novidades sobre contextos e práticas funerárias da Idade do Bronze em contextos de fossa e, finalmente, o de Alda Rodrigues que trabalha a biografia de um lugar localizado no alto da serra da Freita, na longa diacronia, que começou por ser um locus de ancestrais durante o Neolítico, sendo hoje, também, lugar de memória e dos antepassados através da sua integração turística no Geoparque de Arouca.A segunda parte, relativa à deposição de artefactos metálicos durante a Idade do Bronze do ocidente Ibérico, desde o Centro-Norte à Galiza, deu preferência aos seus contextos e circunstâncias de achado como metodologia que permite novas abordagens interpretativas. Inserem-se, neste âmbito, os capítulos de Comendador Rey et al. sobre a deposição da espada de Forcas no contexto arqueológico da bacia do Sil; o de Xulio Car-ballo Arceo & Josefa Rey Castiñeira sobre um novo depósito de machados no contexto das deposições metálicas da margem norte do rio Minho e das vias de trânsito; o de Alexandre Manteiga Brea sobre um provável campo de depósitos do leito do rio Minho, eventualmente relacionado com o simbolismo da travessia dos rios; o de Bettencourt et al. sobre a contextualização, condições de amortização e novas interpretações do depósito de Cobidalto/Areosa e o de Carlos Cruz et al. sobre a contextualização e interpretação de achados metálicos da bacia do Vouga e do baixo Mondego, no Centro de Portugal.
Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.