Analisando o primeiro decassílabo dos vinte sonetos que comentaremos

June 2, 2017 | Autor: Tiala Moreira | Categoria: Administracion
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Analisando o primeiro decassílabo dos vinte sonetos que comentaremos, seguido da proposição maior, da "transição", ou preparação para o desfecho, e da conclusão. Para cantar de amor tenros cuidados...
A voz poética pede à natureza inspiração, Os grandes gênios receberam inspiração, Sua poesia também pode ser genial, se a natureza ouvir seus apelos. O eu lírico opõe a dureza do cenário à força do Amor. Nem mesmo um cenário como esse garantiu sua proteção contra o sentimento que o tomou, conforme se observa na segunda estrofe do soneto. Mais do que isso, na estrofe final, o eu lírico sugere que cenário "duro" é o que determina a força maior que o Amor empregará para vencer seu adversário.
O eu lírico é derrotado pelo Amor. Sua derrota deve-se ao fato de que, uma vez tocado pelo sentimento amoroso, ele recupera a esperança, justamente o sentimento que ele não tem, fazendo com que se sinta seguro e protegido dos efeitos do amor.
A semelhança no comportamento do eu lírico nos dois poemas ocorre porque ambos investem na razão ( o fato de terem consciência dos perigos do amor) como proteção contra os danos do Amor. O Amor também é caracterizado de modo parecido. Em Camões, ele aceita o desafio e derrota o eu lírico. No sento de Claudio Manuel da Costa, o Amor é caracterizado como uma espécie de guerreiro cuja missão é tomar o coração do eu lírico.
A conclusão que chega o eu lírico, no soneto de Cláudio Manuel da Costa, é semelhante aquela do soneto camoniano: não há condição humana (ou da natureza)capaz de enfrentar a força do sentimento amoroso. Por esse motivo, as pedras são advertidas pelo eu lírico "Vós, que ostentais a condição mais dura,/ temei, penhas, temei; que Amor tirano,/ onde há mais resistência, mais se apura."


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