ANÁLISE COMPARATIVA DA INTENSIDADE DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE 45 VS 90 MINUTOS

June 9, 2017 | Autor: F. Carreiro da Costa | Categoria: Physical Education
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FICHA TÉCNICA  Título: Gymnasium ‐ Revista de  Educação Física, Desporto e Saúde  ISSN: 1645‐3298  Sítio: http://gymnasium.ulusofona.pt  Editor: Edições Universitárias  Lusófonas, Lda  Propriedade:  Faculdade de Educação Física e  Desporto ‐ Universidade Lusófona de  Humanidades e Tecnologias  Cofac – Cooperativa de Informação e  Animação Cultural  Campo Grande 376, Edifício L 3º Piso  1749‐024 Lisboa  Projecto Gráfico  António Lopes, Nuno Ferreira e João  Ferreira  Depósito Legal nº 312855/10  Impressão: Publidisa – Publicaciones  Digitales, SA  Os artigos publicados são da inteira  responsabilidade do(s) seu(s) autor(es)  e espelham unicamente as posições  dos respectivos autores, não  vinculando, por isso, a Revista  Gymnasium e sua proprietária. 

Director 

 

Jorge Proença 

 

Conselho Editorial 

Conselho de Redacção 

Dartagnan Pinto Guedes (Universidadee  Estadual de Lond drina, Brasil) 

ersidade  António  Palmeira  (Unive des  e  Lusófona  de  Humanidad Tecnologiaas) 

Duarte  Araújo  (Universidade  ( Técnicaa  de Lisboa)  Francisco  Carrreiro  da  Costaa  (Universidade Técnica de Lisboa) 

Francisco  Ramos  Leitão  (Unive ersidade  des  e  Lusófona  de  Humanidad Tecnologiaas) 

d  Jaume  Cruz  Feliú  (Universidad Autonoma de Barcelona, Espanha) 

Catarina SSousa (Universidade Lu usófona  de Human nidades e Tecnologias)) 

Jorge Mota (Univversidade do Porto)  José  Fernandes  Filho  (Universidadee  Federal do Rio dee Janeiro, Brasil)  José  Rodrigues  (Instituto  Politécnico o  de Santarém)  Universidade do Porto))  Júlio Garganta (U Luís  Horta  (Univversidade  Lusófona  dee  Humanidades e TTecnologias) 

Claudia  Minderico  (Unive ersidade  des  e  Lusófona  de  Humanidad Tecnologiaas)  José  Brás  (Universidade  Lusóffona  de  Humanidaades e Tecnologias)  Jorge  Casstelo  (Universidade  Lu usófona  de Human nidades e Tecnologias)) 

Silvaa 

Luís  Montteiro  (Universidade  Lu usófona  de Human nidades e Tecnologias)) 

Maurice  Pierón  (Université  de  Liegee,  Bélgica) 

Raquel  Madeira  (Unive ersidade  des  e  Lusófona  de  Humanidad Tecnologiaas) 

Manuel  João  Coelho  da  (Universidade dee Coimbra)  

Miguel  Angel  Delgado  Nogueraa  Granada, Espanha)  (Universidad de G Onofre  Contreras  Jordan  (Universidad d  de Castilla ‐ La M Mancha, Espanha) 

Martins  (Unive Sandra  ersidade  des  e  Lusófona  de  Humanidad Tecnologiaas) 

Pedro  Mil  Ho omens  (Universidadee  Técnica de Lisboaa) 

Sofia  Fonsseca  (Universidade  Lu usófona  de Human nidades e Tecnologias)) 

Rafael  Martín  Accero  (Universidade  daa  Coruña, Espanha) 

 

Santiago  Coca  (U Universidad  de  Deusto o  y  en  las  Universiidades  Complutense  yy  Politécnica de Maadrid, Espanha) 

Secretário o de Redacção 

Víctor  Matsudo o  (Centro  Estudoss  Laboratório  de  Aptidão  Física  São o  Brasil)  Caetano do Sul, B

António Lo opes 

 

COMPAR RATIVE  ANA ALYSIS  OF  THE  T INTENSSITY  OF  PHYSICAL  EDUCA ATIONCLASSSES  OF  45  AND  A 90 MINUTES  1

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Adilson Marques  & Francisco Carreiro o da Costa   1 Faculdade de Motricidade Humana daa Universidade Técnica de Lisboa – Cruz Quebrada,  2 Portugal;  Faculd dade  de  Educação  FFísica  e  Desporto  daa  Universidade  Lusóffona  de  Humanidades e TTecnologias – Lisboa, P Portugal   

This  study  qua antifies,  qualifies  an nd  compares  the  ph hysical  activity  offeered  to  students in phyysical education classses lasting 45 to 90 0 minutes. The inten nsity of  physical  activitty  experienced  by  b boys  and  girls  in  both  types  of  classes  is  also  evaluated. The sample consisted of of 24 students of botth sexes, aged betw ween 13  and 18 years (b boys ‐ n = 12, 16.42±±1.73; girls ‐ n = 12,, 16.25±1.60), atten nding a  secondary scho ool with 3rd cycle off basic education, in n the city of Lisbon. Three  PE classes weree analyzed. The hea art rate of each stu udent was measured d using  the  Polar  Team m  System  Toolkit.  The  quantification  and  qualification  of  the  physical activityy provided in physiccal education classees was carried out th hrough  the  SOFIT.  Stud dents  engaged  in  m moderate‐to‐vigorou us  physical  activity  60.5%  on average (63 3.6% in class 45 minutes and 58.5% in cclasses of 90 minutees). The  average of the  heart rate for the tthree lessons monitored was 136.7±10.3 bpm  (138.7  ±  14.5  in  the  lessons  of  4 45  minutes  and  134 4.5  ±  9.9  in  90  miinutes),  varying betweeen 102 and 161 bpm m. For boys the averrage value was 130.8 ± 9.7  (131.4 ± 15.3 in n the lessons of 45  minutes and 130.1 ± 7.8 in the lessons of 90  minutes)  and  for  f girls  142.4  ±  7.4 4  (145.9  ±  9.6  in  leessons  of  45  minuttes  and  138.9  ±  10.1  in  the  lessons  off  90  minutes).  Theere  were  no  statiistically  significant  diffeerences  in  mean  leevels  of  heart  rate  of  45  lessons  and d  of  90  minutes  (t  (23))  =  1.477,  p=.153).  The  analysis  of  th he  intensity  of  the  classes  pointed out tha at the average timee in which students  participated in classs with  heart  rates  abo ove  and  below  140 0  bpm  was  not  sign nificantly  different  for  f the  classes  of  45  minutes  m (t  (23)  =  ‐.5 542,  p=.593)  and  90 0  minutes  (t  (23)  =  1.253,  p=.223).  From  the  health  promottion  perspective  botth  lessons  have  thee  same  effect  on  stud dents  and  contributte  to  the  improvement  of  physical  fitness.  f Nevertheless, tthe distribution of tthe workload in two o blocks of 90 minu utes for  secondary educcation and 45+90 m minutes for basic ed ducation, as is comm mon in  most  schoolss,  compliance  w with  the  Americcan  Heart  Asso ociation  recommendatio ons is not achieved because the frequency shall be limited to two  days  a  week.  Therefore,  the  cla asses  of  45  minuttes  should  be  distrributed  throughout  thee  week,  preferablyy  in  non‐consecutiive  days,  as  it  hass  been  recommended in the official progrrams.  Key-words: Ph hysical Education,, Physical Activity,, Curriculum, SOFIIT. 

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Adilson Marques  & Francisco Carreiro o da Costa   1 Faculdade de Motricidade Humana daa Universidade Técnica de Lisboa – Cruz Quebrada,  2 dade  de  Educação  FFísica  e  Desporto  daa  Universidade  Lusóffona  de  Portugal;  Faculd Humanidades e TTecnologias – Lisboa, P Portugal   

Este  estudo  qu uantifica,  qualifica  ee  compara  a  activid dade  física  proporccionada  aos alunos nas  aulas de Educação o Física com a duraçção de 45 e 90 minutos. A  intensidade  dee  actividade  física  eexperimentada  por  rapazes  e  raparigas,  em  ambos os tiposs de aulas, é igualm mente avaliada. A am mostra foi constituíída por  24 alunos de a ambos os sexos, com m idades compreen ndidas entre os 13 ee os 18  anos  (rapazes  –  n=12,  16.42±1 1.73;  raparigas  – n=12,  16.25±1.60 0),  que  frequentavam uma escola secundá ária com 3º Ciclo do o Ensino Básico, da cidade  de Lisboa. Fora am analisadas 3 au ulas. A frequência cardíaca de cada alu uno foi  medida  atravéss  do  Polar  Team  Syystem  Toolkit.  A  qu uantificação  e  qualifficação  da  actividade  física  f proporcionad da  nas  aulas  de  Edu ucação  Física  foi  levada  a  cabo  através  do  d SOFIT.  Os  alunos  estiveram  em  média  m durante  60.5%  do  tempo  útil  dass  aulas  em  activida ades  com  intensida ade  moderada  a  viigorosa  (63.6% nas aula as de 45 minutos e 5 58.5% nas aulas de 90 minutos). A freq quência  cardíaca média a, para a totalidadee das aulas monitorrizadas, foi de 136.7±10.3  bpm  (138.7±14 4.5  nas  aulas  de  45 5  minutos  e  134.5±±9.9  nas  de  90  miinutos),  variando entre  102 e 161 bpm. Pa ara os rapazes o vallor médio foi de 130 0.8±9.7  (131.4±15.3 na as aulas de 45 minutos e 130.1±7.8 nass de 90 minutos) e p para as  raparigas 142.4 4±7.4 (145.9±9.6  na as aulas de 45 min nutos e 138.9±10.1  nas de  90 minutos). N Não se verificaram d diferenças estatisticcamente significativvas nos  níveis  médios  de  d frequência  card díaca  das  aulas  de  45  e  90  minutos  (t(23)  ( =  1.477; p=.153).. Da análise da inteensidade das aulas, verificou‐se que o  tempo  médio  em  que  os  alunos  participa aram  na  aula  com  ritmos  cardíacos  acima  a e  abaixo  dos  140 0  bpm  não  foi  signiificativamente  diferrente  para  as  aulass  de  45  (t(23) = ‐0.542;; p=.593) e 90 minutos (t(23) = 1.253; p p=.223). Do ponto d de vista  da  promoção  da  saúde  ambas  podem  ter  o  messmo  efeito  nos  alu unos  e  contribuírem pa ara a melhoria da a aptidão física. Não o obstante, com a diviisão da  carga horária eem dois blocos de 9 90 minutos para o eensino secundário e 45+90  minutos  para  o  ensino  básico,  ccomo  é  comum  na a  maioria  das  esco olas,  o  cumprimento  das  d recomendaçõess  American  Heart  Association  cai  por  terra  porque a frequ uência passa a limittar‐se a dois dias d da semana. É conveniente,  assim,  que  as  aulas  passem  a  seer  de  45  minutos,  distribuídos  ao  lon ngo  da  semana, de preeferência em dias nã ão consecutivos, com mo vem recomenda ado nos  programas oficciais.  Palavras-chav ve: Educação Físicca, Actividade Físicca, Currículo, SOF FIT.

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Adilson Marques  & Francisco Carreiro o da Costa   1 Faculdade de Motricidade Humana daa Universidade Técnica de Lisboa – Cruz Quebrada,  2 dade  de  Educação  FFísica  e  Desporto  daa  Universidade  Lusóffona  de  Portugal;  Faculd Humanidades e TTecnologias – Lisboa, P Portugal 

Introduçãão  As referênciass sociais e culturaais da Educação Fíísica já fazem parte dos  hábitos, valorres, práticas de trabalho, lazer e daas tradições. Tal im mplica  que  a  Educaçção  Física  apareça,  desde  cedo,  no  n currículo  escolar,  de  forma  a  refleectir  a  cultura  so ocial  em  que  estáá  inserida.  A  Edu ucação  Física e respeectivos programass constituem reprresentações sociaais das  actividades físsicas e desportivaas.   Para  além  disso,  e  talvez  atéé  mais  importante  na  conjuntura  social  ucação  Física  é  um m  local  privilegiaado  para  se  invesstir  na  actual,  a  Edu promoção da  saúde no contextto da saúde públiica ao longo da vida, da  mesma  forma  como  os  proggramas  escolares  devem  influencciar  os  os,  comportamen ntos  e  atitudes  desde  d a  infância  até  a  conhecimento idade  adulta  (Sallis  &  McKen nzie,  1991;  Tapp pe  &  Bursesson,  2004;  Trudeau & Shepard, 2005).   O potencial q que a Educação Fíísica representa n na promoção da ssaúde,  mais  concretaamente  no  desen nvolvimento  de  estilos  de  vida  acttivos  e  saudáveis,  tem  sido  reconheccido  (Sallis  &  McK Kenzie,  1991;  USDHHS,  E Física  escolar  providencia  uma  óptima  ó 2000).  A  Educação  oportunidadee  para  que  todoss  os  alunos  participem  em  activiidades  físicas e desportivas de forma  estruturada e reggular. Em alguns p países,  o  publicamente  manifesto  m e a  Edu ucação  esse  reconhecimento  tem  sido u  a  integrar  as  estratégias  de  promoção  p da  saú úde  e  Física  passou prevenção  dee  doenças  (Harriss  &  Penney,  200 00;  Tappe  &  Burggeson,  2004).  Por  este  e motivo,  os  objectivos  da  saúde  pública  naacional  passam  pela  participação  dos  adolescentes  na  disciplina  de  Edu ucação 

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Física. O uso d de evidências cien ntíficas passou a sser uma recomen ndação  para  as  intervvenções,  sendo  u um  novo  desafio  para  os  professores  de  Educação Física.   Estes objectivvos ao serem conssiderados têm pro ovocado alteraçõe es nos  dos  programaas  da  disciplina  (M Morris,  1991).  Co omo  a  adolescênccia  é  a  idade em quee os alunos começam a fazer as su uas próprias escollhas, é  importante  serem  desenhaadas  experiênciaas  que  ajudem m  os  adolescentes  a  tomarem  deccisões  correctas  acerca  da  sua  saúde  ndo,  a  Organizaçção  Mundial  de  Saúde  presente  e  futura.  Assim  sen ntes  objectivos  para  a  disciplina:  criar  c o  (WHO,  2000)  definiu  os  seguin hábito  vitalíccio  pela  prática  das  actividades  físicas  e  desportivas;  desenvolver ee melhorar a saúd de e bem‐estar do os estudantes; ofe erecer  satisfação, prazer e interacção social e; ajudar a prevenir problem mas de  s podem  manifestar  no  futuro o.  A  consideraçãão  da  saúde  que  se  exequibilidade  destes  objectivvos  reside  no  faccto  da  Escola  ofe erecer  a uma  Educaçãão  Física  obrigatória,  permitindo  que  todos  os  alunos  tomem  partee  das  actividades  físicas  e  desporrtivas,  e  porque  possui  estruturas adequadas e os proffissionais mais qualificados.  Tem  sido  pro oposto  que  a  Educação  Física  pro oporcione  quantiidades  apropriadas d de actividade físicca durante as aulaas e, do ponto de e vista  educacional,  espera‐se  que  os  alunos  apreendam  um  capittal  de  os e habilidades q que os permitam  permanecer activvos ao  conhecimento longo da vida (Sallis & McKenzzie, 1991). A diverrsidade de objectivos, a  es,  as  experiência  e  as  orientaçõees  educacionais  dos  professore na  e  a  condições  inffraestruturais,  o  ttempo  horário  deedicado  à  disciplin falta  de  políticas  centrais  em  relação  ao  comp promisso  com  a  saúde,  s uem as variações d dos níveis de activvidade física nas aaulas e  talvez expliqu a diversidade dos efeitos que p provocam nos alun nos (Harris, 2005)).   d a  importância  da  Educação  E Física  para  p a  Tendo  sido  demonstrada  saúde  públicaa,  as  medidas  inseridas  nas  políticas  educativas  devem  d reflectir  o  que  realmente  se  p pretende  com  a  disciplina,  d contrib buindo  para o alcancee dos seus objectiivos.  

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Fairclough  &  Stratton  (2006aa)  realizaram  um ma  extensa  revisãão  da  m  o  objectivo  analisar  se  a  Edu ucação  Física  esttava  a  literatura  com proporcionar  os  níveis  adeequados  de  actividade  física.  Foram  penas os estudos  que realizavam u uma avaliação objjectiva  analisados ap da actividade física durante as aulas de Educação Física. Foram re evistos  dos  mostraram,  independentemen nte  do  44  artigos.  Oss  resultados  obtid instrumento ee avaliação utilizaado, que os aluno os passavam em  média  apenas  34,2% %  do  tempo  útil  d de  aula  envolvido os  em  actividade e  física  moderada a vvigorosa.  Diniz  (1997),  num  estudo  realizado  em  escolass  portuguesas,  an nalisou  der  e  a  intensidaade  da  actividade e  física  as  oportunidaades  para  aprend nas aulas de EEducação Física. O Os resultados mosstraram que as au ulas de  Educação  Físsica  estudadas  p proporcionavam  poucas  oportuniidades  para  aprendeer  e  níveis  reduzid dos  de  actividadee  física  (de moderrada  a  vigorosa). Din niz verificou aindaa que as oportuniidades para apren nder e  os  níveis  de  actividade  físicaa  durante  as  aulas  de  Educação  Física  urmas,  variavam  entre  os  alunos  de  uma  mesma  turma  e  entre  as  tu do da estratégia p pedagógica adopttada pelo professo or, das  como resultad condições  dee  ensino‐aprendizzagem  e  das  caraacterísticas  dos  alunos  a (idade, género o e níveis de aptid dão física).   Em  Portugal,  a  partir  do  ano  lectivo  20 001‐2002,  houve  uma  reestruturaçãão dos tempos lecctivos das aulas dos alunos do 5º aao 12º  ano de escolaaridade. Essa med dida transformou  os tempos lectivvos em  blocos  que  podem  p ser  de  45 5  ou  90  minutos,  passando  a  Edu ucação  Física a ter semanalmente 135 minutos para os 2º e 3º Ciclos do EEnsino  o  9º  ano)  e  180  m minutos  para  o  secundário  s (10º  ao  a 12º  Básico  (5º  ao ano).  Com  essse  tempo,  as  esccolas  podem  auto onomamente  disttribuir,  de  acordo  co om  os  possíveis  blocos  lectivos,  as  aulas  ao  longo  da  semana,  sem  que  haja  qualqu uer  limitação  ou  obrigação  da  parrte  do  ontudo,  os  Programas  Nacionaais  de  Ministério  da  Educação.  Co utos  sejam  distrib buídos  Educação  Físiica  recomendam  que  os  135  minu em 3 blocos d de 45 minutos ao o longo da semanaa e, de preferência, em  dias  não  consecutivos.  c Reelativamente  ao os  180  minuto os,  a  recomendaçãão  é  que  se  dividaam  em  4  blocos  de  d 45  minutos  ou u  num 

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bloco  de  90  minutos  m e  2  de  4 45,  em  dias  não  consecutivos.  c A  maioria  m dos  Professorres  de  Educação  Física  parece  preeferir    uma  organização  curricular  de  tempos  distribu uídos  pela  seman na  (Soares,  Proença  &  Bom, 2002). As  sugestõess  presentes  nos  programas,  que  se  pretendem  que  q as  escolas  adopttem,  baseiam‐se  nas  recomendaçções  para  a  prática  de  actividade físiica. Algumas desssas recomendaçõees, reconhecendo que a  inactividade  física  é  o  quartto  maior  factor  de  risco  modificável,  mas  de  afirmam  que  todos  os  jovenss  deveriam  particcipar  em  program 3‐4  vezes  por  sem mana,  durante  30 0  a  60  actividade  física  pelo  menos  3 minutos (Fletcher et al., 1992;; Sallis & Patrick,  1994; Buchheit,  Platat,  on, 2007). Outros  autores referem  uma frequência  diária,  Oujaa & Simo pelo menos d durante 60 minuttos a uma intensidade moderada ((Cavill,  Biddle & Salliss, 2001; Strong et al., 2005).  A Educação FFísica passa a ser  um alvo de extreema importância p para o  cumprimento o  dessas  recomen ndações,  uma  vezz  que  grande  partte  dos  adolescentes  são  fisicamente  inactivos  nos  seu us  momentos  de  lazer,  001;  Matos  et  al.,  a 2003),  restan ndo  a  (Martinez‐Gonzalez  et  al.,  20 m Educação  Físsica  como  o  último  reduto  paraa  a  prática  de  muitos  adolescentes e jovens.  o  da  carga  lectiva  da  Apesar  da  reecomendação  paara  a  distribuição Educação Física ao longo da seemana, baseada eem vários estudoss e nas  ões, ainda não exisstem dados empíricos, do ponto de e vista  recomendaçõ da  promoção o  da  saúde  e  ap ptidão  física,  que  suportem  a  suggestão  constante no programa. Assim sendo, o objectivvo deste estudo de caso  mparar a actividad de física proporcionada  foi quantificar, qualificar e com n aulas  de  Educação  Física  com m  duração  de  45 5  e  90  aos  alunos  nas  minutos. Com mo objectivo secundário procurou  comparar‐se o níível de  intensidade  experimentado  e en ntre  rapazes  e  raaparigas,  em  amb bos  os  tipos  de  aulas,  para  verificar  se  são  suficientees  para  o  cumprim mento  dações em amboss os sexos.  das recomend

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Métodoss  Amostras A amostra foi constituída por 2 24 alunos de ambo os os sexos, com iidades  os 18 anos (rapazzes – n=12, 16.42±1.73;  compreendidas entre os 13 e o raparigas  – n=12,  16.25±1.60),  que  frequentavam  uma  escola  om 3º Ciclo do Enssino Básico, da cid dade de Lisboa.  secundária co

Procedime entos  Para a realização do estudo foii pedida autorizaçção à Direcção Re egional  de Educação  de Lisboa e à esccola onde foram feitas as observações. A  o objectivo da pessquisa e foi dirigid do aos  todos os alunos foi explicado o ma  carta  com  um m  pedido  específiico  de  encarregadoss  de  educação  um autorização,  para  que  os  sseus  educandos  pudessem  partticipar  voluntariamente da investigaçãão.  Durante 3 aulas de Educação  Física os alunos fforam observadoss e foi  a em  pelo  menos  m monitorizada  a  frequência  cardíaca  de  cada  aluno,  otalizando  72  re egistos  uma  aula  dee  45  e  outra  dee  90  minutos,  to individuais.  Antes  A do  início  d de  cada  aula  os  cardiofrequencím metros  eram  entregu ues,  com  os  dado os  relativos  a  cada  aluno  já  introduzidas  na  memória  do  equipamento o.  No  final  da  au ula,  assim  que  50 0%  da  turma  abandonava  o  local,  o  investigador  terrminava  os  registtos  de  metros,  observação  e  os  alunos  tiravam  os  cardiofrequencím os ao investigadorr. De seguida os dados eram transfferidos  devolvendo‐o para suporte informático. 

Instrumen nto  Para a quantiificação e qualificcação da actividad de física proporcionada  nas  aulas  dee  Educação  Físicaa  foi  utilizado  o  SOFIT,  concebid do  por  McKenzie,  Sallis  &  Nader  (199 91)  e  utilizado  em m  vários  outros  esstudos  & Stratton,  2006b b;  Kulinna,  Silverrman  &  Keating,  2000;  (Fairclough  &  McKenzie, LaM Master, Sallis & M Marshall, 1999).  O equipamen nto utilizado para  a medição da freequência cardíacaa foi o  Polar  Team  System  S Toolkit  (Fairclough  &  Strattton,  2005a;  Ridggers  & 

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Stratton,  2005).  O  aparelho  peermite  o  registo  da  frequência  cardíaca  de  5  em  5  segundos,  que  fica  armaazenada  no  recceptor  uporte  (cardiofrequeencímetro)  e  postteriormente  é  traansferido  para  su informático, aatravés de um dispositivo de interfaace. 

Análise Esttatística  Procedeu‐se  ao  cálculo  das  m médias  dos  valorees  obtidos  para  os  o dois  ulas,  em  cada  contexto  observvado,  com  os  dados  tipos  de  au provenientes do SOFIT.  Relativamente  aos  dados  daa  frequência  carrdíaca,  foi  avaliaada  a  de  das  variânciaas  dos  normalidade  da  distribuição  e  homogeneidad médios  grupos compaarados. A significâância da diferençaa entre os níveis m de frequênciaa cardíaca das aulas de 45 vs 90 minutos foi avaliada pelo  teste  de  t‐stu udent  para  amosttras  emparelhadaas,  uma  vez  que  foram  considerados  os mesmos alunos em duas cond dições experimenttais. O  os níveis de intenssidade  mesmo teste foi utilizado para a comparação do omo limiar de inteensidade o valor d de 140  das aulas, esttabelecendo‐se co bpm. A comp paração entre os  sexos foi realizad da separadamente e para  cada tipo de  aula. Para a frequ uência cardíaca ggeral e para as au ulas de  udent  para  amostras  45  minutos  utilizou‐se  o  teste  de  t‐stu buição dos valoress médios da frequ uência  independentees. Como a distrib cardíaca  paraa  as  raparigas  não o  seguia  a  normaalidade  nas  aulas  de  90  minutos,  paraa  a  análise  comp parativa  foi  utilizado  o  teste  de  Mann‐ M Whitney. As aanálises estatísticas foram executaadas com o SPSS  (v. 15,  SPSS Inc, Chiccago, IL), para um nível de significân ncia de p 140 (% %) Aulas de 90 min nutos

FC < 140 (min) Aulas de 45 4 minutos

FC C > 140 (min) Aulas de 90 minutos

  Figura 1 – Percen ntagem e duração do tempo de aula acima e abaixo dos 140 bpm m  160 140 120 100 80 60 40 20 0 F média FC

FC - 45 minutos

Rapazes

FC - 90minutoss

Raaparigas

 

Figura 2 – Valore es da frequência cardííaca dos rapazes e dass raparigas 

De  acordo  com  c os  dados  p provenientes  do  teste  t‐studentt  para  amostras emp parelhadas não see verificaram diferrenças estatisticam mente  significativas  nos níveis médioss de frequência caardíaca das aulas  de 45  de  das  e  90  minutoss  (t(23)  =  1.477;  p=.153).  Da  análise  da  intensidad aulas, foi inteeressante observaar que o tempo m médio em que os aalunos  participaram  na  aula  com  ritm mos  cardíacos  accima  e  abaixo  do os  140  23) = ‐ bpm não foi ssignificativamentee diferente para aas aulas de 45 (t(2 .542; p=.593) e 90 minutos (t(2 23) = 1.253; p=.223).  Na  análise  co omparativa  dos  vvalores  médios  da  d frequência  cardíaca  entre  rapazees  e  raparigas,  o os  resultados  do o  teste  t‐studentt  para  amostras  in ndependentes  m mostraram  que  existiam  diferrenças  significativas (t(22) = ‐3.314; p==.03). Com recursso ao mesmo teste e, mas  utos, verificou‐se q que os  apenas para aa comparação dass aulas de 45minu

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sexos diferiam m significativamen nte (t(22) = ‐2.786 6; p=.011). Para ass aulas  de  90  minuto os  o  teste  de  Maann‐Whitney  dem monstrou  resultad dos  na  linha dos anteeriores, ou seja, aas raparigas tinhaam níveis de frequ uência  cardíaca significativamente sup periores aos rapazzes (Z = ‐2.170; p= =.03). 

Discussão o  Neste estudo foi utilizado a freequência cardíacaa e o SOFIT para aavaliar  ualidade da activid dade física nas au ulas de  a intensidadee, quantidade e qu Educação Física, de um grupo d de alunos de umaa escola secundáriia com  nsino Básico.   3ª Ciclo do En Através  dos  resultados  da  m monitorização  daa  frequência  carrdíaca,  q estes  professsores  leccionaram m  aulas  com  níve eis  de  verificamos  que  intensidade  superiores  s aos  eencontrados  em  outros  estudos  (Diniz,  1997; Fairclou ugh & Stratton, 2006a; Scruggs et  al., 2003). Os dad dos do  SOFIT  corrob boraram  os  da  frequência  card díaca,  mostrando o  que  durante  60.5% %  do  tempo  de  aaula  os  alunos  esstiveram  em  activvidade  com intensidaade moderada a  vigorosa, sendo ttambém superiore es aos  da literatura,  utilizando o messmo instrumento  (Fairclough & Strratton,  2006b;  McKenzie  et  al.,  2000;;  McKenzie,  Sallis  &  Nader,  1991)..  Estes  bos  os  tipos  de  aula  a (45  e  90  minutos)  resultados  mostram  que  amb es.  providenciaraam um esforço fisiiológico suficientee nos participante A  semelhançaa  dos  valores  enccontrados  entre  os  o professores  reflectiu  as  característticas  educacionaiss  do  trabalho  dee  grupo,  assim  co omo  o  rigor  na  plan nificação.  Esses  dados  parecem  su uportar  a  ideia  de  que  para promoveer a saúde, atravéés da actividade físsica na Educação Física,  as  aulas  deveem  ser  previamen nte  planificadas  (Martin,  et  al.,  20 001).  A  literatura  tem m  demonstrado  que  a  planificação  das  aulas  com  c a  intencionalidaade  de  se  elevareem  os  níveis  de  intensidade  é  po ossível,  sem que os o objectivos das meesmas sejam comprometidos (Faircclough  &  Stratton,  2005b),  isto  é,  tan nto  podem  ser  alccançados  objectivvos  de  m como de melho oria de aptidão físsica. De acordo com os  aprendizagem dados, esses  objectivos  podem m  ser  igualmente  atingidos nas  au ulas  de  45 e 90 minuttos. 

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Um aspecto q que sobressai natu uralmente na análise do comportam mento  dos  professorres  é  o  tempo  dedicado  à  transm missão  de  informações.  Poder‐se‐ia  afirmar  a que  é  ccontraproducentee,  todavia,  apesar  de  ocupar grande parte das intervvenções dos profeessores não influe enciou  e  uma  os  níveis  de  actividade  física.  Autores  defendeem  que  para  que o estilo de vida seeja efectiva, é con ndição  abordagem reelacionada com o essencial  a  interiorização  de  determinad dos  conceitos  e  o  o  claro  dos  beneefícios  inerentes  à  prática  do  exe ercício  entendimento (Brynteson  &  & Adams,  1993 3;  Dale,  Corbin n  &  Cuddihy,  1998),  defendendo  que  a  Educação  Física  deveria  teer  concomitantem mente  uma componeente teórica e práática.  Os resultadoss da análise comp parativa demonstrraram que não exxistiam  diferenças siggnificativas nos nívveis médios de freequência cardíacaa entre  as aulas de 45 e 90 minutos. EEssa constatação  significa que do  ponto  de vista da prromoção da saúde ambas podem tter o mesmo efeitto nos  alunos  e  con ntribuírem  para  aa  melhoria  da  ap ptidão  física.  Con ntudo,  apesar  da  nãão  existência  de  diferenças  com  significado  estattístico,  importa verifiicar o tempo que os alunos estiverram em prática m motora  com  níveis  de  d intensidade  m moderada  a  vigorrosa.  Nas  aulas  de  90  minutos  estivveram  em  médiaa  37  minutos  com m  níveis  de  frequ uência  cardíaca  acim ma  dos  140  bpm,  nas  aulas  de  45  minutos  estiveraam  23  minutos. Essees valores mostram m que nas aulas d de 45 minutos os aalunos  estiveram  maais  de  50%  do  ttempo  em  actividade  com  intenssidade  vigorosa.  Em  relação  às  aulas  de  90  minutos,  apesar  dos  aluno os  não  o  em  prática  mottora  com  intensidade  vigorosa  du urante  terem  estado metade  da  aula,  estiveram  o  tempo  suficientee  para  cumprir  co om  as  ões do American H Heart Association (Fletcher et al., 19 992).  recomendaçõ Sallis  &  Pattrick  (1994)  consideram  que  todas  as  criançças  e  adolescentes  deveriam  ser  ffisicamente  activvas  diariamente.  Estes  mam  que  os  adoleescentes  devem  praticar  p uma  variedade  autores  afirm de  actividadees  físicas  como  p parte  normal  do  seu  estilo  de  vida.  A  frequência  e  duração  proposttas  por  estes  autores  são  de  3  ou u  mais  nutos,  com  intenssidade  sessões  semaanais  durante  pello  menos  20  min moderada  a  vigorosa.  v O  gasto o  energético  que  se  pretende  com m  esse 

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volume  está  fundamentalmen nte  relacionado  co om  a  redução  do o  risco  piratória.  Conside erando  de  obesidadee e  melhoria  da aptidão  cardioresp apenas a cargga de treino das aulas de Educação o Física, pode‐se afirmar  que  ambos  os  o tipos  de  aulaa  eram  suficientees  para  cumprir  essas  recomendaçõ ões. Não obstantee, com a divisão daa carga horária em m dois  blocos de 90  minutos para o eensino secundário o e 45+90 minutos para  o  ensino  báásico,  como  é  comum  na  maaioria  das  escollas,  o  cumprimento o  das  recomendaçções  cai  por  terrra  porque  a  frequ uência  passa a limitar‐se a dois dias daa semana.  De acordo com esses dados, a  divisão das aulass de Educação Físiica em  blocos de 45  minutos proporciionava aos alunoss pelo menos três vezes  de  se  exercitarem m  suficientemente e  para  por  semana  a  possibilidade  d m, de acordo com aalguns  terem benefíccios ao nível da saaúde. Ainda assim autores (Cavilll, Biddle & Sallis,  2001; Strong et a al., 2005) não seriiam as  vezes  suficien ntes  para  o  cum mprimento  mínim mo  das  recomend dações  para a práticaa das actividades ffísicas e desportivvas.   A distribuição o das aulas de Edu ucação Física no m maior número de vezes  ao  longo  da  semana,  ganha  m maior  relevância  se  considerarmo os  que  percentagem dos  adolescentes e jo ovens em idade e escolar  uma grande p não  praticam m  actividade  físicaa  regularmente  nos  momentos  de e  lazer  (Esculcas  &  Mota,  2005;  Maatos  et  al.,  2003 3),  restando  ape enas  a  Educação Física como o único eespaço para exerccitação.  e,  nas  Relativamente  à  comparação  entre  os  sexos,,  verificou‐se  que d frequência  cardíaca  mesmas  aulaas,  as  raparigas  tiveram  níveis  de  estatisticamente superiores ao os rapazes, na méédia geral, nas au ulas de  pendentemente d da distribuição horrária o  45 e 90 minuttos, ou seja, indep efeito fisiológgico das aulas foi eestatisticamente d diferente nos rapazes e  nas raparigas. Esses resultadoss são coincidentess com os de Diniz ((1997)  003,  2005a)  e  Stratton  e  contrários  aos  de  Fairclouggh  &  Stratton  (20 nadas  com  o  factto  das  (1996).  Essas  diferenças  podeem  estar  relacion raparigas  paarticipantes  nos  estudos  referidos  terem  praticado  actividades  diferentes  d das  d dos  rapazes,  seendo  que  os  raapazes  privilegiaram  os  desportos  que  requeriam  o  movimento  de  quase  pos musculares, ao o contrário das raparigas.  todos os grup Página 68 

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O  facto  das  aulas  observadaas  serem  em  reegime  de  coeducação,  m actividad des.  As  implicou  que  todos  os  alunos  praticassem  as  mesmas  or  nós  observadaas  podem  ser  o  resultado  dos  raapazes  diferenças  po terem  níveis  mais  baixos  de  frequência  cardíacca  quando  praticam  os  ovimentos  que  as  raparigas  (Stratton,  1996),  ou  mesmos  mo simplesmentee  que  os  rapazees,  na  generalidaade,  tinham  melhores  níveis  de  ap ptidão  física.  Independentementee  da  razão  que  possa  explicar  essas  diferenças,  o  principal  a  reteer  é  que  as  aulas  de  de  45  ou  90  minu utos,  contribuíram m  para  Educação  Físiica,  quer  sejam  d que  as  rapaarigas  tivessem  níveis  mínimos  de  actividade  física,  suficientes  paara  beneficiarem  a  saúde  (Sallis  &  Patrick,  1994)).  Essa  constatação éé importante porq que a maioria doss estudos mostra q que as  raparigas  são o  menos  activas  d do  que  os  rapazees  (Sallis,  Prochaacka  &  Taylor, 2000),, sendo a Educaçãão Física um locall óptimo de exerccitação  para as rapariigas inactivas nos momentos de reccreação e lazer. 

Conclusãão  Parece  que  a  Educação  Física  escolar  tem  poteencial  para  promo over  a  aptidão  cardiiorespiratória  noss  alunos.  Os  níveeis  de  actividade  física  verificados  neste  n estudo  são o  motivo  de  en ncorajamento  paara  os  professores  e  profissionais  de  educação.  Contudo,  C para  que  q a  Educação  Físiica  sirva  melhor  as  população  e  atinja  alguns  doss  seus  objectivos,  que  se  relacionam m  com  a  saúde  pública,  a  distrib buição  pelas escolas devee ser revista.  horária normaalmente pratica p Sabendo  quee  tanto  as  aulas  de  45  como  as  de  90  minutos  podem  p proporcionar  níveis  de  activvidade  física  no os  alunos  capaze es  de  o do estado de saú úde, é convenientte que  contribuírem  para a promoção as aulas passeem a ser de 45 minutos, distribuído os ao longo da semana,  de preferência em dias não con nsecutivos, como vem recomendad do nos  o Desta  forma,  como  a  disciplina  tem  caarácter  programas  oficiais.  obrigatório, o os alunos, principaalmente os pouco o activos e sedenttários,  passam  a  terr  pelo  menos  3  momentos  semaanais  em  que  praaticam  actividade físiica com intensidade moderada a vigorosa. 

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