ANÁLISE COMPARATIVA DA INTENSIDADE DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE 45 VS 90 MINUTOS
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FICHA TÉCNICA Título: Gymnasium ‐ Revista de Educação Física, Desporto e Saúde ISSN: 1645‐3298 Sítio: http://gymnasium.ulusofona.pt Editor: Edições Universitárias Lusófonas, Lda Propriedade: Faculdade de Educação Física e Desporto ‐ Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Cofac – Cooperativa de Informação e Animação Cultural Campo Grande 376, Edifício L 3º Piso 1749‐024 Lisboa Projecto Gráfico António Lopes, Nuno Ferreira e João Ferreira Depósito Legal nº 312855/10 Impressão: Publidisa – Publicaciones Digitales, SA Os artigos publicados são da inteira responsabilidade do(s) seu(s) autor(es) e espelham unicamente as posições dos respectivos autores, não vinculando, por isso, a Revista Gymnasium e sua proprietária.
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António Lo opes
COMPAR RATIVE ANA ALYSIS OF THE T INTENSSITY OF PHYSICAL EDUCA ATIONCLASSSES OF 45 AND A 90 MINUTES 1
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Adilson Marques & Francisco Carreiro o da Costa 1 Faculdade de Motricidade Humana daa Universidade Técnica de Lisboa – Cruz Quebrada, 2 Portugal; Faculd dade de Educação FFísica e Desporto daa Universidade Lusóffona de Humanidades e TTecnologias – Lisboa, P Portugal
This study qua antifies, qualifies an nd compares the ph hysical activity offeered to students in phyysical education classses lasting 45 to 90 0 minutes. The inten nsity of physical activitty experienced by b boys and girls in both types of classes is also evaluated. The sample consisted of of 24 students of botth sexes, aged betw ween 13 and 18 years (b boys ‐ n = 12, 16.42±±1.73; girls ‐ n = 12,, 16.25±1.60), atten nding a secondary scho ool with 3rd cycle off basic education, in n the city of Lisbon. Three PE classes weree analyzed. The hea art rate of each stu udent was measured d using the Polar Team m System Toolkit. The quantification and qualification of the physical activityy provided in physiccal education classees was carried out th hrough the SOFIT. Stud dents engaged in m moderate‐to‐vigorou us physical activity 60.5% on average (63 3.6% in class 45 minutes and 58.5% in cclasses of 90 minutees). The average of the heart rate for the tthree lessons monitored was 136.7±10.3 bpm (138.7 ± 14.5 in the lessons of 4 45 minutes and 134 4.5 ± 9.9 in 90 miinutes), varying betweeen 102 and 161 bpm m. For boys the averrage value was 130.8 ± 9.7 (131.4 ± 15.3 in n the lessons of 45 minutes and 130.1 ± 7.8 in the lessons of 90 minutes) and for f girls 142.4 ± 7.4 4 (145.9 ± 9.6 in leessons of 45 minuttes and 138.9 ± 10.1 in the lessons off 90 minutes). Theere were no statiistically significant diffeerences in mean leevels of heart rate of 45 lessons and d of 90 minutes (t (23)) = 1.477, p=.153). The analysis of th he intensity of the classes pointed out tha at the average timee in which students participated in classs with heart rates abo ove and below 140 0 bpm was not sign nificantly different for f the classes of 45 minutes m (t (23) = ‐.5 542, p=.593) and 90 0 minutes (t (23) = 1.253, p=.223). From the health promottion perspective botth lessons have thee same effect on stud dents and contributte to the improvement of physical fitness. f Nevertheless, tthe distribution of tthe workload in two o blocks of 90 minu utes for secondary educcation and 45+90 m minutes for basic ed ducation, as is comm mon in most schoolss, compliance w with the Americcan Heart Asso ociation recommendatio ons is not achieved because the frequency shall be limited to two days a week. Therefore, the cla asses of 45 minuttes should be distrributed throughout thee week, preferablyy in non‐consecutiive days, as it hass been recommended in the official progrrams. Key-words: Ph hysical Education,, Physical Activity,, Curriculum, SOFIIT.
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Adilson Marques & Francisco Carreiro o da Costa 1 Faculdade de Motricidade Humana daa Universidade Técnica de Lisboa – Cruz Quebrada, 2 dade de Educação FFísica e Desporto daa Universidade Lusóffona de Portugal; Faculd Humanidades e TTecnologias – Lisboa, P Portugal
Este estudo qu uantifica, qualifica ee compara a activid dade física proporccionada aos alunos nas aulas de Educação o Física com a duraçção de 45 e 90 minutos. A intensidade dee actividade física eexperimentada por rapazes e raparigas, em ambos os tiposs de aulas, é igualm mente avaliada. A am mostra foi constituíída por 24 alunos de a ambos os sexos, com m idades compreen ndidas entre os 13 ee os 18 anos (rapazes – n=12, 16.42±1 1.73; raparigas – n=12, 16.25±1.60 0), que frequentavam uma escola secundá ária com 3º Ciclo do o Ensino Básico, da cidade de Lisboa. Fora am analisadas 3 au ulas. A frequência cardíaca de cada alu uno foi medida atravéss do Polar Team Syystem Toolkit. A qu uantificação e qualifficação da actividade física f proporcionad da nas aulas de Edu ucação Física foi levada a cabo através do d SOFIT. Os alunos estiveram em média m durante 60.5% do tempo útil dass aulas em activida ades com intensida ade moderada a viigorosa (63.6% nas aula as de 45 minutos e 5 58.5% nas aulas de 90 minutos). A freq quência cardíaca média a, para a totalidadee das aulas monitorrizadas, foi de 136.7±10.3 bpm (138.7±14 4.5 nas aulas de 45 5 minutos e 134.5±±9.9 nas de 90 miinutos), variando entre 102 e 161 bpm. Pa ara os rapazes o vallor médio foi de 130 0.8±9.7 (131.4±15.3 na as aulas de 45 minutos e 130.1±7.8 nass de 90 minutos) e p para as raparigas 142.4 4±7.4 (145.9±9.6 na as aulas de 45 min nutos e 138.9±10.1 nas de 90 minutos). N Não se verificaram d diferenças estatisticcamente significativvas nos níveis médios de d frequência card díaca das aulas de 45 e 90 minutos (t(23) ( = 1.477; p=.153).. Da análise da inteensidade das aulas, verificou‐se que o tempo médio em que os alunos participa aram na aula com ritmos cardíacos acima a e abaixo dos 140 0 bpm não foi signiificativamente diferrente para as aulass de 45 (t(23) = ‐0.542;; p=.593) e 90 minutos (t(23) = 1.253; p p=.223). Do ponto d de vista da promoção da saúde ambas podem ter o messmo efeito nos alu unos e contribuírem pa ara a melhoria da a aptidão física. Não o obstante, com a diviisão da carga horária eem dois blocos de 9 90 minutos para o eensino secundário e 45+90 minutos para o ensino básico, ccomo é comum na a maioria das esco olas, o cumprimento das d recomendaçõess American Heart Association cai por terra porque a frequ uência passa a limittar‐se a dois dias d da semana. É conveniente, assim, que as aulas passem a seer de 45 minutos, distribuídos ao lon ngo da semana, de preeferência em dias nã ão consecutivos, com mo vem recomenda ado nos programas oficciais. Palavras-chav ve: Educação Físicca, Actividade Físicca, Currículo, SOF FIT.
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Adilson Marques & Francisco Carreiro o da Costa 1 Faculdade de Motricidade Humana daa Universidade Técnica de Lisboa – Cruz Quebrada, 2 dade de Educação FFísica e Desporto daa Universidade Lusóffona de Portugal; Faculd Humanidades e TTecnologias – Lisboa, P Portugal
Introduçãão As referênciass sociais e culturaais da Educação Fíísica já fazem parte dos hábitos, valorres, práticas de trabalho, lazer e daas tradições. Tal im mplica que a Educaçção Física apareça, desde cedo, no n currículo escolar, de forma a refleectir a cultura so ocial em que estáá inserida. A Edu ucação Física e respeectivos programass constituem reprresentações sociaais das actividades físsicas e desportivaas. Para além disso, e talvez atéé mais importante na conjuntura social ucação Física é um m local privilegiaado para se invesstir na actual, a Edu promoção da saúde no contextto da saúde públiica ao longo da vida, da mesma forma como os proggramas escolares devem influencciar os os, comportamen ntos e atitudes desde d a infância até a conhecimento idade adulta (Sallis & McKen nzie, 1991; Tapp pe & Bursesson, 2004; Trudeau & Shepard, 2005). O potencial q que a Educação Fíísica representa n na promoção da ssaúde, mais concretaamente no desen nvolvimento de estilos de vida acttivos e saudáveis, tem sido reconheccido (Sallis & McK Kenzie, 1991; USDHHS, E Física escolar providencia uma óptima ó 2000). A Educação oportunidadee para que todoss os alunos participem em activiidades físicas e desportivas de forma estruturada e reggular. Em alguns p países, o publicamente manifesto m e a Edu ucação esse reconhecimento tem sido u a integrar as estratégias de promoção p da saú úde e Física passou prevenção dee doenças (Harriss & Penney, 200 00; Tappe & Burggeson, 2004). Por este e motivo, os objectivos da saúde pública naacional passam pela participação dos adolescentes na disciplina de Edu ucação
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Física. O uso d de evidências cien ntíficas passou a sser uma recomen ndação para as intervvenções, sendo u um novo desafio para os professores de Educação Física. Estes objectivvos ao serem conssiderados têm pro ovocado alteraçõe es nos dos programaas da disciplina (M Morris, 1991). Co omo a adolescênccia é a idade em quee os alunos começam a fazer as su uas próprias escollhas, é importante serem desenhaadas experiênciaas que ajudem m os adolescentes a tomarem deccisões correctas acerca da sua saúde ndo, a Organizaçção Mundial de Saúde presente e futura. Assim sen ntes objectivos para a disciplina: criar c o (WHO, 2000) definiu os seguin hábito vitalíccio pela prática das actividades físicas e desportivas; desenvolver ee melhorar a saúd de e bem‐estar do os estudantes; ofe erecer satisfação, prazer e interacção social e; ajudar a prevenir problem mas de s podem manifestar no futuro o. A consideraçãão da saúde que se exequibilidade destes objectivvos reside no faccto da Escola ofe erecer a uma Educaçãão Física obrigatória, permitindo que todos os alunos tomem partee das actividades físicas e desporrtivas, e porque possui estruturas adequadas e os proffissionais mais qualificados. Tem sido pro oposto que a Educação Física pro oporcione quantiidades apropriadas d de actividade físicca durante as aulaas e, do ponto de e vista educacional, espera‐se que os alunos apreendam um capittal de os e habilidades q que os permitam permanecer activvos ao conhecimento longo da vida (Sallis & McKenzzie, 1991). A diverrsidade de objectivos, a es, as experiência e as orientaçõees educacionais dos professore na e a condições inffraestruturais, o ttempo horário deedicado à disciplin falta de políticas centrais em relação ao comp promisso com a saúde, s uem as variações d dos níveis de activvidade física nas aaulas e talvez expliqu a diversidade dos efeitos que p provocam nos alun nos (Harris, 2005)). d a importância da Educação E Física para p a Tendo sido demonstrada saúde públicaa, as medidas inseridas nas políticas educativas devem d reflectir o que realmente se p pretende com a disciplina, d contrib buindo para o alcancee dos seus objectiivos.
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Fairclough & Stratton (2006aa) realizaram um ma extensa revisãão da m o objectivo analisar se a Edu ucação Física esttava a literatura com proporcionar os níveis adeequados de actividade física. Foram penas os estudos que realizavam u uma avaliação objjectiva analisados ap da actividade física durante as aulas de Educação Física. Foram re evistos dos mostraram, independentemen nte do 44 artigos. Oss resultados obtid instrumento ee avaliação utilizaado, que os aluno os passavam em média apenas 34,2% % do tempo útil d de aula envolvido os em actividade e física moderada a vvigorosa. Diniz (1997), num estudo realizado em escolass portuguesas, an nalisou der e a intensidaade da actividade e física as oportunidaades para aprend nas aulas de EEducação Física. O Os resultados mosstraram que as au ulas de Educação Físsica estudadas p proporcionavam poucas oportuniidades para aprendeer e níveis reduzid dos de actividadee física (de moderrada a vigorosa). Din niz verificou aindaa que as oportuniidades para apren nder e os níveis de actividade físicaa durante as aulas de Educação Física urmas, variavam entre os alunos de uma mesma turma e entre as tu do da estratégia p pedagógica adopttada pelo professo or, das como resultad condições dee ensino‐aprendizzagem e das caraacterísticas dos alunos a (idade, género o e níveis de aptid dão física). Em Portugal, a partir do ano lectivo 20 001‐2002, houve uma reestruturaçãão dos tempos lecctivos das aulas dos alunos do 5º aao 12º ano de escolaaridade. Essa med dida transformou os tempos lectivvos em blocos que podem p ser de 45 5 ou 90 minutos, passando a Edu ucação Física a ter semanalmente 135 minutos para os 2º e 3º Ciclos do EEnsino o 9º ano) e 180 m minutos para o secundário s (10º ao a 12º Básico (5º ao ano). Com essse tempo, as esccolas podem auto onomamente disttribuir, de acordo co om os possíveis blocos lectivos, as aulas ao longo da semana, sem que haja qualqu uer limitação ou obrigação da parrte do ontudo, os Programas Nacionaais de Ministério da Educação. Co utos sejam distrib buídos Educação Físiica recomendam que os 135 minu em 3 blocos d de 45 minutos ao o longo da semanaa e, de preferência, em dias não consecutivos. c Reelativamente ao os 180 minuto os, a recomendaçãão é que se dividaam em 4 blocos de d 45 minutos ou u num
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bloco de 90 minutos m e 2 de 4 45, em dias não consecutivos. c A maioria m dos Professorres de Educação Física parece preeferir uma organização curricular de tempos distribu uídos pela seman na (Soares, Proença & Bom, 2002). As sugestõess presentes nos programas, que se pretendem que q as escolas adopttem, baseiam‐se nas recomendaçções para a prática de actividade físiica. Algumas desssas recomendaçõees, reconhecendo que a inactividade física é o quartto maior factor de risco modificável, mas de afirmam que todos os jovenss deveriam particcipar em program 3‐4 vezes por sem mana, durante 30 0 a 60 actividade física pelo menos 3 minutos (Fletcher et al., 1992;; Sallis & Patrick, 1994; Buchheit, Platat, on, 2007). Outros autores referem uma frequência diária, Oujaa & Simo pelo menos d durante 60 minuttos a uma intensidade moderada ((Cavill, Biddle & Salliss, 2001; Strong et al., 2005). A Educação FFísica passa a ser um alvo de extreema importância p para o cumprimento o dessas recomen ndações, uma vezz que grande partte dos adolescentes são fisicamente inactivos nos seu us momentos de lazer, 001; Matos et al., a 2003), restan ndo a (Martinez‐Gonzalez et al., 20 m Educação Físsica como o último reduto paraa a prática de muitos adolescentes e jovens. o da carga lectiva da Apesar da reecomendação paara a distribuição Educação Física ao longo da seemana, baseada eem vários estudoss e nas ões, ainda não exisstem dados empíricos, do ponto de e vista recomendaçõ da promoção o da saúde e ap ptidão física, que suportem a suggestão constante no programa. Assim sendo, o objectivvo deste estudo de caso mparar a actividad de física proporcionada foi quantificar, qualificar e com n aulas de Educação Física com m duração de 45 5 e 90 aos alunos nas minutos. Com mo objectivo secundário procurou comparar‐se o níível de intensidade experimentado e en ntre rapazes e raaparigas, em amb bos os tipos de aulas, para verificar se são suficientees para o cumprim mento dações em amboss os sexos. das recomend
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Métodoss Amostras A amostra foi constituída por 2 24 alunos de ambo os os sexos, com iidades os 18 anos (rapazzes – n=12, 16.42±1.73; compreendidas entre os 13 e o raparigas – n=12, 16.25±1.60), que frequentavam uma escola om 3º Ciclo do Enssino Básico, da cid dade de Lisboa. secundária co
Procedime entos Para a realização do estudo foii pedida autorizaçção à Direcção Re egional de Educação de Lisboa e à esccola onde foram feitas as observações. A o objectivo da pessquisa e foi dirigid do aos todos os alunos foi explicado o ma carta com um m pedido específiico de encarregadoss de educação um autorização, para que os sseus educandos pudessem partticipar voluntariamente da investigaçãão. Durante 3 aulas de Educação Física os alunos fforam observadoss e foi a em pelo menos m monitorizada a frequência cardíaca de cada aluno, otalizando 72 re egistos uma aula dee 45 e outra dee 90 minutos, to individuais. Antes A do início d de cada aula os cardiofrequencím metros eram entregu ues, com os dado os relativos a cada aluno já introduzidas na memória do equipamento o. No final da au ula, assim que 50 0% da turma abandonava o local, o investigador terrminava os registtos de metros, observação e os alunos tiravam os cardiofrequencím os ao investigadorr. De seguida os dados eram transfferidos devolvendo‐o para suporte informático.
Instrumen nto Para a quantiificação e qualificcação da actividad de física proporcionada nas aulas dee Educação Físicaa foi utilizado o SOFIT, concebid do por McKenzie, Sallis & Nader (199 91) e utilizado em m vários outros esstudos & Stratton, 2006b b; Kulinna, Silverrman & Keating, 2000; (Fairclough & McKenzie, LaM Master, Sallis & M Marshall, 1999). O equipamen nto utilizado para a medição da freequência cardíacaa foi o Polar Team System S Toolkit (Fairclough & Strattton, 2005a; Ridggers &
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Stratton, 2005). O aparelho peermite o registo da frequência cardíaca de 5 em 5 segundos, que fica armaazenada no recceptor uporte (cardiofrequeencímetro) e postteriormente é traansferido para su informático, aatravés de um dispositivo de interfaace.
Análise Esttatística Procedeu‐se ao cálculo das m médias dos valorees obtidos para os o dois ulas, em cada contexto observvado, com os dados tipos de au provenientes do SOFIT. Relativamente aos dados daa frequência carrdíaca, foi avaliaada a de das variânciaas dos normalidade da distribuição e homogeneidad médios grupos compaarados. A significâância da diferençaa entre os níveis m de frequênciaa cardíaca das aulas de 45 vs 90 minutos foi avaliada pelo teste de t‐stu udent para amosttras emparelhadaas, uma vez que foram considerados os mesmos alunos em duas cond dições experimenttais. O os níveis de intenssidade mesmo teste foi utilizado para a comparação do omo limiar de inteensidade o valor d de 140 das aulas, esttabelecendo‐se co bpm. A comp paração entre os sexos foi realizad da separadamente e para cada tipo de aula. Para a frequ uência cardíaca ggeral e para as au ulas de udent para amostras 45 minutos utilizou‐se o teste de t‐stu buição dos valoress médios da frequ uência independentees. Como a distrib cardíaca paraa as raparigas não o seguia a normaalidade nas aulas de 90 minutos, paraa a análise comp parativa foi utilizado o teste de Mann‐ M Whitney. As aanálises estatísticas foram executaadas com o SPSS (v. 15, SPSS Inc, Chiccago, IL), para um nível de significân ncia de p 140 (% %) Aulas de 90 min nutos
FC < 140 (min) Aulas de 45 4 minutos
FC C > 140 (min) Aulas de 90 minutos
Figura 1 – Percen ntagem e duração do tempo de aula acima e abaixo dos 140 bpm m 160 140 120 100 80 60 40 20 0 F média FC
FC - 45 minutos
Rapazes
FC - 90minutoss
Raaparigas
Figura 2 – Valore es da frequência cardííaca dos rapazes e dass raparigas
De acordo com c os dados p provenientes do teste t‐studentt para amostras emp parelhadas não see verificaram diferrenças estatisticam mente significativas nos níveis médioss de frequência caardíaca das aulas de 45 de das e 90 minutoss (t(23) = 1.477; p=.153). Da análise da intensidad aulas, foi inteeressante observaar que o tempo m médio em que os aalunos participaram na aula com ritm mos cardíacos accima e abaixo do os 140 23) = ‐ bpm não foi ssignificativamentee diferente para aas aulas de 45 (t(2 .542; p=.593) e 90 minutos (t(2 23) = 1.253; p=.223). Na análise co omparativa dos vvalores médios da d frequência cardíaca entre rapazees e raparigas, o os resultados do o teste t‐studentt para amostras in ndependentes m mostraram que existiam diferrenças significativas (t(22) = ‐3.314; p==.03). Com recursso ao mesmo teste e, mas utos, verificou‐se q que os apenas para aa comparação dass aulas de 45minu
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sexos diferiam m significativamen nte (t(22) = ‐2.786 6; p=.011). Para ass aulas de 90 minuto os o teste de Maann‐Whitney dem monstrou resultad dos na linha dos anteeriores, ou seja, aas raparigas tinhaam níveis de frequ uência cardíaca significativamente sup periores aos rapazzes (Z = ‐2.170; p= =.03).
Discussão o Neste estudo foi utilizado a freequência cardíacaa e o SOFIT para aavaliar ualidade da activid dade física nas au ulas de a intensidadee, quantidade e qu Educação Física, de um grupo d de alunos de umaa escola secundáriia com nsino Básico. 3ª Ciclo do En Através dos resultados da m monitorização daa frequência carrdíaca, q estes professsores leccionaram m aulas com níve eis de verificamos que intensidade superiores s aos eencontrados em outros estudos (Diniz, 1997; Fairclou ugh & Stratton, 2006a; Scruggs et al., 2003). Os dad dos do SOFIT corrob boraram os da frequência card díaca, mostrando o que durante 60.5% % do tempo de aaula os alunos esstiveram em activvidade com intensidaade moderada a vigorosa, sendo ttambém superiore es aos da literatura, utilizando o messmo instrumento (Fairclough & Strratton, 2006b; McKenzie et al., 2000;; McKenzie, Sallis & Nader, 1991).. Estes bos os tipos de aula a (45 e 90 minutos) resultados mostram que amb es. providenciaraam um esforço fisiiológico suficientee nos participante A semelhançaa dos valores enccontrados entre os o professores reflectiu as característticas educacionaiss do trabalho dee grupo, assim co omo o rigor na plan nificação. Esses dados parecem su uportar a ideia de que para promoveer a saúde, atravéés da actividade físsica na Educação Física, as aulas deveem ser previamen nte planificadas (Martin, et al., 20 001). A literatura tem m demonstrado que a planificação das aulas com c a intencionalidaade de se elevareem os níveis de intensidade é po ossível, sem que os o objectivos das meesmas sejam comprometidos (Faircclough & Stratton, 2005b), isto é, tan nto podem ser alccançados objectivvos de m como de melho oria de aptidão físsica. De acordo com os aprendizagem dados, esses objectivos podem m ser igualmente atingidos nas au ulas de 45 e 90 minuttos.
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Um aspecto q que sobressai natu uralmente na análise do comportam mento dos professorres é o tempo dedicado à transm missão de informações. Poder‐se‐ia afirmar a que é ccontraproducentee, todavia, apesar de ocupar grande parte das intervvenções dos profeessores não influe enciou e uma os níveis de actividade física. Autores defendeem que para que o estilo de vida seeja efectiva, é con ndição abordagem reelacionada com o essencial a interiorização de determinad dos conceitos e o o claro dos beneefícios inerentes à prática do exe ercício entendimento (Brynteson & & Adams, 1993 3; Dale, Corbin n & Cuddihy, 1998), defendendo que a Educação Física deveria teer concomitantem mente uma componeente teórica e práática. Os resultadoss da análise comp parativa demonstrraram que não exxistiam diferenças siggnificativas nos nívveis médios de freequência cardíacaa entre as aulas de 45 e 90 minutos. EEssa constatação significa que do ponto de vista da prromoção da saúde ambas podem tter o mesmo efeitto nos alunos e con ntribuírem para aa melhoria da ap ptidão física. Con ntudo, apesar da nãão existência de diferenças com significado estattístico, importa verifiicar o tempo que os alunos estiverram em prática m motora com níveis de d intensidade m moderada a vigorrosa. Nas aulas de 90 minutos estivveram em médiaa 37 minutos com m níveis de frequ uência cardíaca acim ma dos 140 bpm, nas aulas de 45 minutos estiveraam 23 minutos. Essees valores mostram m que nas aulas d de 45 minutos os aalunos estiveram maais de 50% do ttempo em actividade com intenssidade vigorosa. Em relação às aulas de 90 minutos, apesar dos aluno os não o em prática mottora com intensidade vigorosa du urante terem estado metade da aula, estiveram o tempo suficientee para cumprir co om as ões do American H Heart Association (Fletcher et al., 19 992). recomendaçõ Sallis & Pattrick (1994) consideram que todas as criançças e adolescentes deveriam ser ffisicamente activvas diariamente. Estes mam que os adoleescentes devem praticar p uma variedade autores afirm de actividadees físicas como p parte normal do seu estilo de vida. A frequência e duração proposttas por estes autores são de 3 ou u mais nutos, com intenssidade sessões semaanais durante pello menos 20 min moderada a vigorosa. v O gasto o energético que se pretende com m esse
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volume está fundamentalmen nte relacionado co om a redução do o risco piratória. Conside erando de obesidadee e melhoria da aptidão cardioresp apenas a cargga de treino das aulas de Educação o Física, pode‐se afirmar que ambos os o tipos de aulaa eram suficientees para cumprir essas recomendaçõ ões. Não obstantee, com a divisão daa carga horária em m dois blocos de 90 minutos para o eensino secundário o e 45+90 minutos para o ensino báásico, como é comum na maaioria das escollas, o cumprimento o das recomendaçções cai por terrra porque a frequ uência passa a limitar‐se a dois dias daa semana. De acordo com esses dados, a divisão das aulass de Educação Físiica em blocos de 45 minutos proporciionava aos alunoss pelo menos três vezes de se exercitarem m suficientemente e para por semana a possibilidade d m, de acordo com aalguns terem benefíccios ao nível da saaúde. Ainda assim autores (Cavilll, Biddle & Sallis, 2001; Strong et a al., 2005) não seriiam as vezes suficien ntes para o cum mprimento mínim mo das recomend dações para a práticaa das actividades ffísicas e desportivvas. A distribuição o das aulas de Edu ucação Física no m maior número de vezes ao longo da semana, ganha m maior relevância se considerarmo os que percentagem dos adolescentes e jo ovens em idade e escolar uma grande p não praticam m actividade físicaa regularmente nos momentos de e lazer (Esculcas & Mota, 2005; Maatos et al., 2003 3), restando ape enas a Educação Física como o único eespaço para exerccitação. e, nas Relativamente à comparação entre os sexos,, verificou‐se que d frequência cardíaca mesmas aulaas, as raparigas tiveram níveis de estatisticamente superiores ao os rapazes, na méédia geral, nas au ulas de pendentemente d da distribuição horrária o 45 e 90 minuttos, ou seja, indep efeito fisiológgico das aulas foi eestatisticamente d diferente nos rapazes e nas raparigas. Esses resultadoss são coincidentess com os de Diniz ((1997) 003, 2005a) e Stratton e contrários aos de Fairclouggh & Stratton (20 nadas com o factto das (1996). Essas diferenças podeem estar relacion raparigas paarticipantes nos estudos referidos terem praticado actividades diferentes d das d dos rapazes, seendo que os raapazes privilegiaram os desportos que requeriam o movimento de quase pos musculares, ao o contrário das raparigas. todos os grup Página 68
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O facto das aulas observadaas serem em reegime de coeducação, m actividad des. As implicou que todos os alunos praticassem as mesmas or nós observadaas podem ser o resultado dos raapazes diferenças po terem níveis mais baixos de frequência cardíacca quando praticam os ovimentos que as raparigas (Stratton, 1996), ou mesmos mo simplesmentee que os rapazees, na generalidaade, tinham melhores níveis de ap ptidão física. Independentementee da razão que possa explicar essas diferenças, o principal a reteer é que as aulas de de 45 ou 90 minu utos, contribuíram m para Educação Físiica, quer sejam d que as rapaarigas tivessem níveis mínimos de actividade física, suficientes paara beneficiarem a saúde (Sallis & Patrick, 1994)). Essa constatação éé importante porq que a maioria doss estudos mostra q que as raparigas são o menos activas d do que os rapazees (Sallis, Prochaacka & Taylor, 2000),, sendo a Educaçãão Física um locall óptimo de exerccitação para as rapariigas inactivas nos momentos de reccreação e lazer.
Conclusãão Parece que a Educação Física escolar tem poteencial para promo over a aptidão cardiiorespiratória noss alunos. Os níveeis de actividade física verificados neste n estudo são o motivo de en ncorajamento paara os professores e profissionais de educação. Contudo, C para que q a Educação Físiica sirva melhor as população e atinja alguns doss seus objectivos, que se relacionam m com a saúde pública, a distrib buição pelas escolas devee ser revista. horária normaalmente pratica p Sabendo quee tanto as aulas de 45 como as de 90 minutos podem p proporcionar níveis de activvidade física no os alunos capaze es de o do estado de saú úde, é convenientte que contribuírem para a promoção as aulas passeem a ser de 45 minutos, distribuído os ao longo da semana, de preferência em dias não con nsecutivos, como vem recomendad do nos o Desta forma, como a disciplina tem caarácter programas oficiais. obrigatório, o os alunos, principaalmente os pouco o activos e sedenttários, passam a terr pelo menos 3 momentos semaanais em que praaticam actividade físiica com intensidade moderada a vigorosa.
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