Análise conceitual do \"elogio\" sob a ótica da Análise do Comportamento

November 13, 2017 | Autor: A. Roberto-Fonseca | Categoria: Análise Do Comportamento, Behaviorismo Radical, Comportamento Verbal, Análise Conceitual/filosófica
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ANÁLISE CONCEITUAL DO “ELOGIO” SOB A ÓTICA DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

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Roger Andrade Bressiani, Vanessa Gomes Porto e Abraão Roberto-Fonseca. Os dois primeiros autores são psicólogos pelas Faculdades Integradas de Cacoal (UNESC/RO). O último autor é editor deste número e Bacharel em Psicologia e Psicólogo pela Universidade Federal do Pará (UFPA/PA). Mestre em Psicologia: Teoria e Pesquisa do Comportamento (UFPA/PA). Docente das Faculdades Integradas de Cacoal (UNESC/RO).

Revista Científica da UNESC, ano 11, n. 14, 23 - 41

ANÁLISE CONCEITUAL DO “ELOGIO” SOB A ÓTICA DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO Como citar segundo as normas da ABNT: BRESSIANI, Roger Andrade; PORTO, Vanessa Gomes, ROBERTOFONSECA, Abraão. Análise conceitual do “elogio” sob a ótica da Análise do Comportamento. Revista Científica da UNESC, Cacoal, ano 11, n. 14, p. 23 - 41, 2013.

1. DEFINIÇÕES INICIAIS 1.1.! Elogio A palavra “elogio” é definida como: S.m. 1. Louvor, encômio, gabo. 2. Discurso em louvor de alguém (HOLANDA, 2010); 3. Julgamento favorável que se exprime em favor de alguém; louvor; 4. Discurso em louvor de alguém. (HOUAISS, 2001). É uma palavra que está presente com frequência no repertório verbal de diversas pessoas, sendo esta utilizada com diversas funções, para enaltecer ou aprovar uma característica de algo ou alguém, também é utilizado para motivar outras pessoas, e também pode ser uma ação que aprova padrões comportamentais, reconhece desempenho e atos de destaque de uma pessoa ou grupo de pessoas.

1.2.! Operantes Verbais Skinner (1957) expõe que os homens agem sobre o mundo, modificam-no e, por sua vez, são modificados pelas consequências de sua ação, e que uma vez estabelecido um comportamento apropriado, suas consequências agem através de processos semelhantes para permanecerem ativas. Acrescenta ainda que se o meio se modifica, formas antigas de comportamento desaparecem, enquanto novas consequências produzem novas formas. O comportamento altera o meio através de 24

ações físicas, e suas propriedades ou dimensões se relacionam frequentemente, de uma forma simples, com os efeitos produzidos. Ainda de acordo com Skinner (1957), o indivíduo comumente age apenas indiretamente sobre o meio do qual emergem as últimas consequências de seu comportamento, seu primeiro efeito é sobre outros indivíduos. O autor ainda cita o exemplo de um homem com sede que pode pedir um copo d’água ao invés de dirigir-se até a fonte, ou seja, produz um comportamento constituído por um padrão sonoro, o qual induz alguém a lhe dar um copo d'água. Porém o copo de água só chega ao falante como consequência de uma série complexa de acontecimentos que incluem o comportamento de um ouvinte. O comportamento operante é aquele que altera o ambiente, sofrendo também o efeito das alterações ambientais por ele promovidas. O comportamento verbal é um tipo de comportamento operante: ele altera o ambiente e é modificado por aquelas alterações (BARROS, 2003). Como já exemplificado acima, uma diferença entre o comportamento verbal e outros operantes (não-verbais) está no fato de que o comportamento verbal é um operante cujas consequências não guardam relações mecânicas com a resposta a que são contingentes. As consequências são providas através de um ouvinte, cujo comportamento foi previamente treinado por uma comunidade verbal. Portanto, o comportamento verbal é com-

portamento operante e é mantido por consequências mediadas por um ouvinte que foi especialmente treinado pela comunidade verbal para operar como tal. Comunidade verbal é o conjunto de pessoas que ouvem e emitem consequências que podem ter função reforçadora (BAUM, 2006). Algumas partes do repertório verbal surgem mais provavelmente que outras. Cada operante verbal pode ser concebido como tendo, sob circunstâncias específicas, uma probabilidade de emissão que pode ser determinada em nível do que pode ser compreendido enquanto "força" da resposta. Qualquer operante tem esta propriedade e continua a ser mantida quando as respostas costumam ser seguidas por um reforço. As consequências do reforço continuam a ser importantes depois que o comportamento verbal foi adquirido (teve sua frequência aumentada ao longo do tempo). Sua principal função é manter a força da resposta. Se o reforço cessa, devido a alguma mudança de circunstância, o operante enfraquece (diminui de frequência) e pode mesmo desaparecer pela extinção. Reforço operante, portanto, é um simples meio de controlar a probabilidade de ocorrência de determinada classe de respostas verbais (SKINNER, 1957). Barros (2003), a partir da definição de Skinner (1957), define os principais tipos de operantes verbais, relacionados a seguir.

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1.2.1. Tatear Quando da emissão de tactos compreende-se que estes são respostas verbais, vocais ou motoras, que são controladas por estímulos discriminativos não-verbais e assim mantidas por consequências sociais quando existe correspondência, ou seja, identidade funcional entre o estímulo discriminativo e a resposta. Exemplos de tacto são nomear eventos, objetos, pessoas.

1.2.2. Mandar O comportamento de mando são respostas verbais, vocais ou motoras, controladas por eventos encobertos e determinadas por consequências que reduzam a privação geradora dos quadros motivacionais antecedentes cuja relação funcional tenha se estabelecido previamente na história do ouvinte via controle por regras ou controle pelas consequências. As consequências são munidas por meio de um ouvinte; a resposta mantem identidade funcional com o comportamento do ouvinte, na medida em que emite os reforçadores a serem providos. O mando é a categoria de operantes verbais que as pessoas emitem quando dão ordens, fazem pedidos, formulam perguntas, dão conselhos ou mencionam (tateiam) os reforçadores de que estão privados.

1.2.3. Ecoar

O comportamento ecoico são respostas verbais, vocais ou motoras (códigos verbais gestuais), controladas por estímulos discriminativos verbais auditivos ou visuais (códigos gestuais) e mantidos por reforçadores sociais, sendo que há identidade estrutural entre a resposta e o estímulo. A resposta reproduz formalmente o estímulo discriminativo verbal apresentado, devendo haver identidade de propriedades físicas entre a resposta e o estímulo (chamada na literatura da área como “relação ponto-a-ponto”), para que haja reforçamento. Barros (2003) exemplifica o comportamento de pais que tentam ensinar os tactos “papai” e “mamãe” a seu filho. Eles produzem o estímulo discriminativo “papai” para a criança. Se ela reproduz vocalmente esse som (comportamento ecoico), a resposta é consequenciada positivamente e geralmente de maneira vocal.

1.2.4. Comportamento Textual Comportamento textual são respostas verbais vocais (oralização) controladas por estímulos discriminativos verbais visuais (texto escrito) e mantidas por reforçamento social. A resposta mantem correspondência funcional com o estímulo. Barros 26

(2003) exemplifica, diante da palavra escrita “MARACUJÁ”, a oralização “maracujá” é consequenciada. Diferente do comportamento ecoico, constata-se que não há correspondência formal entre o estímulo (que é escrito) e a resposta (que é vocal).

1.2.5. Intraverbalizar O Comportamento intraverbal são respostas verbais, vocais ou motoras, controladas pelo próprio comportamento verbal do emitente (ou pelo comportamento verbal de outro, cujo fluxo de comportamento verbal o emitente está acompanhando) e mantidas por reforçamento social. Consiste em emitir resposta que, no senso comum, indiquem dependência entre elementos verbais de acordo com a cultura particular ou o mundo físico fazem entre os elementos verbais e não verbais. O intraverbal “quatro” pode ser controlado tanto pelo antecedente “2+2”, quanto por “6-2” ou pela sequência “1, 2, 3...”), são exemplos de comportamento intraverbal (BARROS, 2003).

1.2.6. Autoclíticos Autoclíticos são respostas verbais, vocais ou motoras, controladas pelo próprio comportamento verbal (antecedente, simultâneo ou concorrente) do emitente e as quais articulam, organizam ou modificam as respostas verbais que as controlam.

Acrescenta-se ainda que o comportamento autoclíticos têm a função de comentar, qualificar, enfatizar, ordenar, coordenar e alterar a função de outros comportamentos verbais de maneira geral (BARROS, 2003). Almeida (2008) realizou uma pesquisa cujo objetivo era investigar o efeito de descrições verbais, acompanhadas ou não de operantes autoclíticos, sobre o comportamento de participantes adultos, em uma tarefa de escolha. Inicialmente um delineamento de escolhas concorrentes, no qual foi observado o padrão de preferência de cada participante entre alternativas de reforçamento menor-imediato (reforço monetário logo após a resposta do sujeito, porém estabelecido um valor menor) ou maior-atrasado (reforço monetário de maior valor, mas também com um prazo maior para ser entregue ao sujeito), em um “jogo” (programa elaborado com o propósito da pesquisa) de computador. Depois de estabelecida as preferências, as descrições verbais foram introduzidas após as respostas de escolha dos participantes, então foi avaliado se a inclusão de operantes verbais autoclíticos favoreceria ou não o controle pela descrição, verificado a partir da emissão de respostas contrárias ao padrão inicialmente estabelecido. Os resultados dos repertórios dos sete participantes, cuja preferência foi por reforçamento menor e imediato, indicaram que a presença ou ausência do autoclítico produziu um controle equivalente sobre as respostas de escolha, ou seja, os dados indi27

cam que mesmo as descrições menos elaboradas seriam capazes de evocar respostas de subordinação, de acordo com experiências anteriores que acarretassem a instalação de um repertório de seguimento de regras, ou o controle pelas contingências concorrentes com as descrições, no caso da pesquisa realizada por Almeida (2008), as contingências de reforçamento maior e atrasado. Os resultados dos participantes cuja preferência inicialmente foi por reforçadores maiores e atrasados, com a presença do autoclítico foi relevante na redução do percentual de escolhas por esta opção de reforço. Almeida (2008) pôde fazer essa análise devido ao fato de haver mudança na direção das escolhas, de reforçamento maior e atrasado para menor e mediato, os dados ainda sugerem que a inserção de autoclíticos pode ser necessária quando se pretende alterar um desempenho que, inicialmente teria indicativos de forte probabilidade de emissão da resposta de escolha na direção do reforçamento maior e atrasado. Almeida (2008) apontou que as descrições acompanhadas por autoclíticos demonstraram um maior efeito, que o autor denominou de “persuasivo”, aumentando o controle verbal sobre as respostas de escolha, quando comparadas às descrições em que o autoclítico esteve ausente. Observou ainda que em grande parte das vezes, o efeito persuasivo da descrição tende a se desaparecer conforme o contato com as contingências que

seguem a emissão da resposta especificada, independente do conteúdo da descrição apresentada. O resultado evidencia que, ainda que persuasivo, o controle verbal não se sobrepõe ao controle das contingências em vigor (ALMEIDA, 2008). Com esse estudo, Almeida (2008, p. 112) concluiu que: “Comportar-se verbalmente, no sentido de “ser consciente” das vantagens ou desvantagens em emitir certos comportamentos não resulta, necessariamente, na mudança de nossos hábitos. Quando esses hábitos produzem reforçamento imediato (fumar, comer, beber), conversas podem ser pouco eficientes em reverter nosso padrão de respostas. Nestes casos, o controle verbal será, então, mais potente quando estivermos “indecisos”, ou seja, quando nossas respostas variem em direções opostas. Por outro lado, mesmo que estejamos determinados a seguir com um comportamento que produza reforçamento atrasado (fazer dieta, por exemplo), conselhos na direção contrária podem facilmente nos fazer desistir (“hoje não faz mal”, “só um pouquinho”).”

Assim, pode-se dizer que, em algumas situações, o controle verbal pode induzir nosso comportamento, ao salientar um ou outro aspecto da situação. Portanto, segundo o estudo realizado por Almeida (2008), os operantes autoclíticos com funções específicas podem alterar a frequência das respostas. Outro estudo, realizado por Faleiros & Hübner (2007) com crianças, procurou avaliar se o reforçamento diferencial de descrições verbais que qualificam a atividade de ler (interpretadas 28

pelo autor como tatos com autoclíticos qualificadores positivos) tem efeito sobre a emissão e a duração do comportamento de ler propriamente dito e sobre a escolha de fotografia referente à atividade de ler. Como resultado do procedimento ocorreu um aumento, tanto na frequência da escolha pela atividade de ler, como das escolhas por fotografias relacionadas à atividade de ler, o que segundo os autores do estudo, pode ser função não apenas do reforçamento diferencial das descrições verbais, mas da própria descrição verbal “Ler é gostoso (importante, divertido)”, que pode ter se tornado um estímulo antecedente condicional para a atividade de ler (FALEIROS e HÜBNER, 2007). Os autores supõem que há influência dos autoclíticos qualificadores na emissão do comportamento de ler e do comportamento de escolher fotografias relacionadas ao ler. Relatam que o autoclítico pode contribuir para tornar a descrição da contingência mais “atraente” ou “motivadora” e, assim, fazer o comportamento ocorrer (FALEIROS e HÜBNER, 2007). Os mesmos autores (p. 315) demonstraram que: “(...) bem arranjados os estímulos verbais e não-verbais e consequenciadas positivamente as respostas diante deles, podem fazer emergir, de modo econômico e rápido, um comportamento relevante – o de ler. Fundamental, entretanto, é que, após ter surgido, seja mantido pelas contingências de reforçamento em sala de aula e na vida.”

! Ou seja, este estudo corrobora os resultados obtidos por Almeida (2008), no qual se conclui que os operantes autoclíticos com funções específicas podem alterar a frequência das respostas. Porém, ainda há outro detalhe há ser considerado que permeia a aprendizagem do comportamento humano em relação aos repertórios verbais, de acordo com Skinner (1957) o repertório verbal é controlado pelas contingências, assim como ocorre com os repertórios comportamentais não-verbais, o que deixa o repertório verbal sob controle também dos diversos esquemas de reforçamento.

2. REFORÇAMENTO E CONTROLE DO COMPORTAMENTO 2.1. Reforço como uma técnica de controle O estímulo social é importante no controle de um comportamento, por causa das contingências em que se encaixa. Se o indivíduo possui dinheiro ou bens, pode usá-los para propósito de reforço na forma de salários, suborno ou gratificações. Se esta em posição de fazer um favor a alguém, pode reforçar nessa conformidade. Na prática muitos desses reforçadores são precedidos de reforços condicionados mais imediatos. Exemplo menos importantes incluem “agradecimentos” e “elogios” (Skinner, 2003).

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O mesmo autor afirma que, como nem sempre o organismo reforçador pode responder apropriadamente, é provável que o reforço seja intermitente.

2.2. Reforço intermitente Segundo Skinner (2003), o comportamento que age sobre o meio físico imediato é constantemente reforçado. Porém, grande parte do comportamento é reforçado apenas intermitentemente, pois uma determinada consequência pode depender de uma série de eventos não facilmente previsíveis, principalmente contingências que requerem participação de outras pessoas são especialmente incertas. Experimentos laboratoriais (e. g. SKINNER, 2003) comprovam que, em geral, o comportamento reforçado intermitentemente é estável e mostra grande resistência à extinção. “Aprovação”, “afeto” e outros favores pessoais com frequência são intermitentes, não apenas porque a pessoa que fornece o reforço pode comportar-se de diferentes maneiras em ocasiões diferentes, mas precisamente porque pode ter verificado que semelhante esquema produz um retorno mais estável, persistente e “proveitoso” (SKINNER, 2003).

2.3. Reforço Secundário/Social Geralmente quando o reforço requer presença de outra pessoa, consiste em um reforço social, que geralmente é uma questão de mediação pessoal. O comportamento verbal sempre acarreta reforço social e deriva suas propriedades características desse fato. A resposta “um copo d’água, por favor” não tem efeito no ambiente mecânico, mas em um ambiente verbal apropriado pode levar ao reforço primário (Skinner, 2003). De acordo com Baum (2006), a maioria dos reforçadores, que adquiriram tal função no histórico do indivíduo, resulta do fato do ser humano viver em sociedade. “Notas, medalhas, repreensões, elogios… o poder de todas essas consequências é social em sua origem, é o resultado de relações (organismo-ambiente) organizadas pelo grupo” (BAUM, 2006). No campo do comportamento social, dá-se importância especial ao reforço como “atenção”, “aprovação”, “afeição” e “submissão”. Esses importantes reforçadores generalizados são sociais porque o processo de generalização geralmente requer a mediação de outro organismo (SKINNER, 2003). Em se tratando de um ambiente clínico, Follette; Naugle & Callaghan (1996 apud LUNA e TOURINHO, 2010) mencionam que a forma como o cliente se comporta na interação com o terapeuta, e a história de aprendizagem que ocorre ao decorrer

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dessa interação, é considerado como um mecanismo de mudança, na terapia analítico-comportamental. O terapeuta deve prover consequência social com papel eminentemente reforçador, relacionado a uma ampla classe de comportamentos do cliente, a fim deste se engajar em um processo de mudança. E as classes de respostas emitidas pelo terapeuta para o processo terapêutico ocorrer são constituídas de ações e verbalizações do terapeuta (FOLLETTE et al., 1996 apud LUNA e TOURINHO, 2010).

3. VERBALIZAÇÕES DO TERAPEUTA EM RELAÇÃO AO CLIENTE NA CLÍNICA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL Para Salzinger (2003, apud ALMEIDA, 2008) em uma parte ampla da prática clínica, esta pode ser interpretada como uma tentativa de instalar ou alterar comportamentos relevantes a partir de interações face-a-face entre cliente e terapeuta. Na clínica, a análise do comportamento tenta encontrar a função para cada comportamento no repertório do indivíduo, então são realizadas modificações no ambiente com a finalidade de modificar o repertório comportamental do indivíduo, tornando este mais adaptado, de acordo com a sua demanda. Então, a relação terapêutica na análise do comportamento é vista como uma ferramenta de mudança (MEDEIROS, 2002).

Medeiros (2002) ainda afirma que para a clínica analítico-comportamental é importante trabalhar o comportamento verbal do cliente, já que na clínica as interações são em sua maioria verbais. Por isso, o terapeuta deve também adaptar o seu repertório verbal ao do cliente, o que o torna sensível ao cliente enquanto audiência. Todavia, é de suma importância, que o terapeuta utilize o comportamento verbal para que possa modelar topografias de respostas do cliente, para que este posteriormente esteja mais adaptado em seu ambiente (MEDEIROS, 2002), ou seja, saiba como se comportar em contingencias de seu cotidiano. Há ainda que se considerar que cada tipo de intervenção pode evocar uma função diferente e que o conjunto de verbalizações do terapeuta deverá possuir funções de acordo com os objetivos do processo terapêutico nos momentos específicos. O terapeuta deve então conhecer os tipos de intervenções verbais e quais os valores que estas intervenções têm como atuante na modificação de comportamentos (Oliveira-Silva & Tourinho, 2006), sendo importante, o terapeuta elencar as verbalizações com base em sua função e objetivo. Para tanto, é necessário que o terapeuta na clínica analítico-comportamental, disponha de um repertório autoclítico elaborado (SKINNER, 1957). Zamignani (2007) e Meyer & Zamignani (2011) elencaram as verbalizações do terapeuta, vocal e não vocal, nas seguintes categorias, “solicitação de relato”, “facilitação”, “empatia”, “infor31

mação”, “solicitação de reflexão”, “recomendação”, “interpretação”, “aprovação”, “reprovação”, “outras vocal terapeuta”, “t silêncio”, “concordância terapeuta”, “discordância terapeuta”, “comando terapeuta”, “gesto outros terapeuta” e “insuficiente terapeuta”, as quais são descritas a seguir – de acordo com os autores no início do parágrafo - as funções exclusivamente das verbalizações vocais: Terapeuta solicita relato (solicitação de relato): o terapeuta requer do cliente descrições a respeito de ações, eventos, sentimentos ou pensamentos. Geralmente ocorre em situações em que haja coleta de dados e levantamento de informações. Terapeuta facilita o relato do cliente (facilitação): são verbalizações breves ou expressões paralinguísticas no decorrer da fala do cliente. Estas verbalizações indicam atenção ao relato do cliente e sugerem a sua continuidade. Terapeuta demonstra empatia (empatia): essas verbalizações sugerem acolhimento, aceitação, cuidado, entendimento, validação da experiência ou sentimento do cliente, determinado pela história com clientes anteriores que determinaram o aumento da frequência deste repertório. A empatia informa que o cliente é aceito, “bem-vindo”, sem avaliações ou julgamentos. Essa classe de verbalizações auxilia a criação de um ambiente terapêutico para que o cliente se sinta à vontade, conhecido na psicoterapia como rapport, ou um elemento deste.

Terapeuta fornece informações (informação): o terapeuta relata eventos ou informa o cliente sobre eventos, estabelecendo ou não relações causais ou explicativas entre eles. Terapeuta solicita reflexão (solicitação de reflexão): o terapeuta solicita ao cliente que estabeleça qualificações, explicações, interpretações, análises ou previsões a respeito de qualquer tipo de acontecimento. Terapeuta recomenda ou solicita a execução de ações, tarefas ou técnicas (recomendação): Propõe alternativas de ação, ou que o cliente se engaje em ações ou tarefas. Essa classe de comportamento também pode ser referida como aconselhamento, orientação, comando e ordem. Terapeuta interpreta (interpretação): o terapeuta descreve, supõe ou infere relações causais ou explicativas (funcionais, correlacionais ou de contiguidade) a respeito de comportamento do cliente ou de terceiros, ou identifica padrões de interação do cliente e de terceiros. É diferente da categoria de Informação, pois contém explicações a respeito de outros eventos que não o comportamento do cliente ou de terceiros. Terapeuta aprova ou concorda com ações ou avaliações do cliente (aprovação): o terapeuta evidencia avaliação ou julgamento favorável a respeito de ações, pensamentos, características ou avaliações do cliente.

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Terapeuta reprova ou discorda de ações ou avaliações do cliente (reprovação): o terapeuta evidencia avaliação ou julgamento desfavorável a respeito de ações, pensamentos, características ou avaliações do cliente. ! Outras verbalizações do terapeuta (outras vocal terapeuta): verbalizações que não são classificáveis nas categorias anteriores.

gum modo sua verbalização anterior. As funções destas verbalizações são de fortalecer ou enfraquecer verbalizações do cliente sobre si mesmo ou sobre aspectos de sua história ambiental. Luna & Tourinho (2010) acrescentam ainda que há o feedback diferencial, o qual objetiva manter a probabilidade de ocorrência de alguns comportamentos, assim como, também diminui tal probabilidade.

! Concomitante, Oliveira-Silva & Tourinho (2006) e Barbosa & Tourinho (2009) igualmente sugerem categorizações das verbalizações do terapeuta, sendo estas:

Confrontar (CFR): essas verbalizações afirmam a ocorrência de condições, eventos ou relações entre eventos, relacionadas a assuntos abordados pelo cliente, acrescentadas ou não um pedido formal de confirmação. Sua função é de confrontar o cliente com seu relato anterior, ou uma interpretação do terapeuta para os acontecimentos relatados, confirmando ou não a interpretação.

Informar (IFO): verbalizações do terapeuta que informam sobre aspectos do processo terapêutico, ou ainda sobre assuntos mencionados. Sua função é alterar o conhecimento do cliente sobre o processo terapêutico ou sobre os assuntos.

Dar Conselho (CON): verbalizações que indicam ao cliente, para comportar-se de determinado modo. Têm a função de fornecer ao cliente, uma recomendação de comportamento com maior probabilidade de ser reforçado.

Investigar (INV): verbalizações que requerem novas informações do cliente. Sua função é de produzir novas informações sobre a história do cliente e ensinar o cliente a posicionar-se de forma investigativa sobre os fatos ocorridos.

Verbalizações Mínimas (MIN): essas verbalizações demonstram a atenção do terapeuta ou aprovação do comportamento de verbalizar do cliente. Tem como função promover a ininterrupção da verbalização do cliente.

Dar Feedback (FBK): verbalizações de aprovação, desaprovação ou correção de verbalizações do cliente, qualificando de al-

Outras Verbalizações (OUT): Outras verbalizações do terapeuta. Diversas funções.

Terapeuta permanece em silêncio (silêncio terapeuta): quando uma resposta verbal do terapeuta é encerrada sem que uma nova resposta verbal deste seja iniciada.

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Nota-se semelhança nas categorias verbais sugeridas por Oliveira-Silva & Tourinho (2006) e Barbosa & Tourinho (2009) em "Informar", "Investigar", "Feedback", "Confrontar", "Dar Conselhos", "Verbalizações Mínimas" e "Outras Verbalizações" com as descrições das categorias de Zamignani (2007) e Meyer & Zamignani respectivamente nesta ordem "Informação", "Solicitação de Relato", "Aprovação/Reprovação", "Solicitação de Reflexão", "Recomendação", "Facilitação" e "Outras vocal terapeuta" de acordo com as descrições relacionadas por esses autores.

4. APONTAMENTOS SOBRE O COMPORTAMENTO VERBAL COMO COMPORTAMENTO SOCIAL 4.1. Comportamento Verbal e Comportamento Social Segundo Skinner (1957), o comportamento verbal não deve ser entendido apenas como um conjunto de comportamentos com função comunicativa, representativa ou expressiva. Além disso, ele tem uma função adaptativa. O Comportamento verbal é modelado e mantido por suas consequências, no ambiente físico ou físico-social, interno ou externo, público ou privado. Neste caso, o comportamento verbal deve ser compreendido de acordo com o princípio da seleção pelas consequências, na qual os comportamentos mantidos são aqueles que tornam o indivíduo

ou o grupo mais adaptado, no caso ao ambiente social. E.g. quando um indivíduo verbaliza o nome de uma pessoa, e esta pessoa direciona seu olhar para quem emitiu a verbalização, a pessoa que verbalizou o nome aprendeu que, deste modo, ele consegue a atenção (olhar) da pessoa, configura então uma consequência do seu comportamento verbal.

4.2. Controle pelo grupo Devido o fato de um indivíduo viver em sociedade e interagir com um grupo de pessoas, este está sujeito a um controle, este controle por sua vez é mais influente quando duas ou mais pessoas manipulam variáveis que têm um efeito comum sobre seu comportamento, e isto ocorre quando duas pessoas ou mais resolvem controlá-lo do mesmo modo (SKINNER, 2003). Ainda segundo o autor, a técnica utilizada no controle do indivíduo por qualquer grupo de pessoas que vivem juntas é classificar, comumente de maneira informal, o comportamento do indivíduo como “bom” ou “mau”, ou mesmo, “certo” ou “errado” - esperando-se o efeito reforçador ou punitivo sobre o comportamento de acordo com essa classificação. Geralmente o comportamento de um indivíduo bom ou certo é o que reforça outros membros do grupo, e mau ou errado é aquele aversivo aos membros do grupo. 34

Em relação ainda a esta classificação informal, tal ocorre quando os próprios termos vêm a ser usados no reforço. SKINNER (2003) cita que os reforçadores generalizados mais comuns sejam os estímulos verbais “Bom”, “Certo”, “Mau” e “Errado”. Estes, por sua vez, são usados juntamente com reforçadores condicionados e incondicionados para modelar o comportamento do indivíduo, como por exemplo, elogios. Desta forma, de acordo com o padrão do grupo, o “bom” comportamento é reforçado, e o “mau” punido de acordo com o aspecto cultural daquela comunidade. O grupo reforça o bom comportamento apropriadamente porque assim aumenta a possibilidade de um comportamento semelhante ocorrer no futuro. Skinner (2003) sugere que a família é uma agência de controle, é o primeiro agrupamento que controla o comportamento humano. Assim, o indivíduo aprende com a comunidade comportamentos como “agradecer” e “elogiar” comportamentos de outras pessoas, considerados “bons”. Apreende-se a priori que o indivíduo adquire do grupo um extenso repertório de usos e costumes, de acordo com a cultura do grupo via procedimentos anteriormente relatados (ver p. 15). A comunidade, então, funciona como um ambiente, no qual certos tipos de comportamentos são reforças e outros punidos, por exemplo, o comportamento verbal de elogiar (SKINNER, 2003).

4.3. Psicoterapia enquanto uma agência de controle Skinner (2003) alega que a psicoterapia é uma importante fonte de controle na vida de muitas pessoas, onde o terapeuta usa variáveis que estão ao seu alcance para tal controle. Assim, como um sistema social organizado se desenvolve, como citado anteriormente em relação ao controle pelo grupo, o terapeuta também se torna uma importante fonte de reforço. Para o indivíduo, a aprovação do terapeuta pode vir a ser eficiente no estabelecimento de repertórios socialmente mais adaptados. E, à medida que o conhecimento do terapeuta em relação ao seu cliente se desenvolve, este pode sugerir esquemas ou rotinas que afetem níveis de privação ou saciação do cliente, e levem a condicionamento ou extinção de determinados comportamentos, esses esquemas, são seguidos primeiramente por causa do controle verbal do terapeuta (Skinner, 2003). Além disto, a história de seguimento de regras por parte do indivíduo pode favorecer a melhoria das condições comportamentais (ALBUQUERQUE e PARACAMPO, 2005), e gerar aprovação social por parte do terapeuta. De tal modo, pode-se inferir que os comportamentos verbais que ocorrem na clínica, ocorrem da mesma forma no cotidiano das pessoas, o que pode se fazer úteis as categorizações já mencionadas assim como as suas funções, e categorizar então alguns comportamentos que advém com certa frequência no 35

repertório comportamental dos seres humanos, como o comportamento verbal de elogiar.

4.4. O “Elogio” nas Categorias de Verbalização A seguir foram elencadas as categorias de verbalização onde o “elogio” pode ser utilizado com o intuito de evocar sua determinada função: Comportamento Verbal de Aprovação: Nessa categoria estão inclusos elogios ou avaliações positivas Zamignani (2007): O falante expressa julgamento favorável a comportamentos, características ou aparência do ouvinte. Exemplos: “Parabéns pela sua atitude”; “Nossa, como você está elegante!”. Comportamento Verbal de Feedback: Nessa categoria o “elogio” pode decorrer como verbalizações curtas de aprovação, que podem ser consideradas feedback quando de algum modo qualificam a verbalização anterior do cliente. Exemplo: “Muito bem” (OLIVEIRA-SILVA e TOURINHO, 2006).

DISCUSSÃO Os comportamentos das pessoas são estabelecidos de acordo com a relação que estas têm com o mundo ao emitir determinada ação e como essa ação é consequenciada. Através desta

consequência, pode-se saber se este comportamento foi apropriado para a situação e determinará sua ocorrência em termos de frequência, de acordo com o que afirma Skinner (1957). O elogio é um comportamento verbal, que geralmente é emitido por pessoas que pretendem consequenciar determinada resposta de outra pessoa em um momento de interação. A comunidade verbal é o conjunto de pessoas que ouvem e emitem consequência que podem ter função reforçadora (Baum, 2006), um reforço que depende da presença de outra pessoa consiste em um reforço social (Skinner, 2003), e, muitas vezes, esse reforço acontece por meio de uma verbalização. A eficácia de todas essas consequências reforçadoras é resultado das relações sociais (Baum, 2006), e devido à importância do reforço social para o comportamento dos indivíduos, este tem um papel de controle sobre a emissão de alguns deles; o elogio pode ser estímulo reforçador de uma resposta, se emitido como um operante verbal autoclítico com função de qualificar, como por exemplo, o adulto ao falar “muito bom” diante da emissão do comportamento de ler em uma criança, este estará consequenciando seu comportamento, que se espera ter uma função reforçadora. Exemplo este, corroborado pelo experimento realizado por Faleiros & Hübner (2007) com crianças em contingências cuja resposta de ler era consequenciada por autoclíticos qualificadores.

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! Os comportamentos verbais, assim como os demais comportamentos não verbais, são mantidos de acordo com a sua funcionalidade em tornar o indivíduo mais adaptado ao ambiente social (SKINNER, 1957). Então, emitir o comportamento de “elogiar” também tem uma função adaptativa ao ambiente, e este, por sua vez, também deve ser aprendido como os demais comportamentos, sendo consequenciado por um processo que aumente a probabilidade de ocorrência futura, ou seja, por reforçamento. Utilizando o mesmo exemplo acima, se o fato de a criança ler servir como reforçador para as respostas do adulto, então, ao emitir o elogio e a consequência for a criança continuar a ler ou ler mais, haverá consequência reforçadora sobre o evento de "elogiar” deste adulto. Desta forma, conforme vai se deparando com contingências semelhantes a esta em seu cotidiano, o adulto estará aprendendo que o seu comportamento de elogiar interage sobre o ambiente, e ainda tem um papel de controle sobre este – como no caso de algumas funções das verbalizações de um terapeuta. Outro exemplo seria um indivíduo ao ajudar uma pessoa recolher os livros que acabara de derrubar, e este consequenciar o comportamento dizendo “obrigado, você é muito gentil”, estará reforçando o comportamento de ser prestativo do indivíduo, e consequentemente se este continua a recolher os livros ou ainda ajuda aquele que os derrubou a carregá-los posteriormente,

então este estará reforçando agora o comportamento de elogiar. Entretanto, é importante ressaltar que, em se tratando de reforço social, nem sempre o organismo reforçador irá responder apropriadamente – sucessivamente - e isto implica que o comportamento será reforçado intermitentemente, o que torna este comportamento estável a ainda com grande resistência à extinção, como afirmou Skinner acerca de esquemas de condicionamento (SKINNER, 2003). Na clínica analítico-comportamental, observa-se melhor como funciona a emissão do comportamento verbal de elogiar, as diversas categorias de comportamentos verbais, e suas funções, geralmente servindo como consequência social com papel reforçador. O terapeuta, ao aprovar um comportamento do cliente, estará fazendo um julgamento favorável a respeito de suas ações, características ou avaliações (ZAMIGNANI, 2007; MEYER e ZAMIGNANI, 2011). Em uma análise contingencial este comportamento do terapeuta se estabelecerá como um reforçador diante do comportamento emitido pelo cliente, ou de seu relato (LUNA e TOURINHO, 2010). E, como aprovação, pode-se utilizar o elogio como consequenciação. E.g. o cliente faz uma avaliação de como deveria se comportar em determinada situação, e verbaliza para o terapeuta, este por sua vez consequência respondendo com um elogio à atitude do cliente, reforçando o comportamento do cliente de verbalizar suas avaliações. 37

Ou então, ao proporcionar o elogio como feedback para o cliente em determinada situação, o terapeuta também poderá estar emitindo verbalizações de aprovação com o intuito de fortalecer verbalizações anteriores do cliente, qualificando-as (OLIVEIRA-SILVA e TOURINHO, 2006), ou ainda manter a probabilidade de ocorrência de determinados comportamentos – mesmo que não socialmente aceitos (LUNA e TOURINHO, 2010). Um exemplo disto seria o terapeuta elogiar as ações do cliente em realizar tarefas previamente estabelecidas e verbalizar suas ações em terapia, esta última também emitidas pelo cliente. Assim como o terapeuta aprende na clínica que tais comportamento de elogiar (aprovação e feedback) têm função sobre ações do cliente, devido às consequências que se obtêm ao elogiar, as pessoas também têm aprendizado semelhante na vida cotidiana, de acordo com o desenvolvimento do sistema social em que faz parte, e a família constitui o primeiro agrupamento. Skinner (2003) traz que as respostas que aumentam a frequência da resposta discriminativa de ver um objeto são também aquelas que aumentam a frequência de respostas abertas e encobertas que produzem o objeto. Assim, se ouvir determinada palavra é forte, dizer essa palavra possivelmente também será forte, desde que seja uma resposta precorrente que torna possível ouvi-la. O autor supõe que algumas vezes é reformador o fato de ouvir-se elogiar, por isso, um enunciado verbal simples

é o auto-elogio. Desta forma, cita que o “orgulho” é reforçado pelo elogio que se ouve. E nessas condições de motivação alguém pode mostrar uma grande probabilidade de ouvir elogios. A partir desta análise, compreende-se que o elogio, enquanto resposta a um estímulo (o comportamento de outro indivíduo, o ouvinte) e consequência (para a resposta emitida pelo ouvinte, que a emitiu antes de haver a verbalização do elogio) é um repertório verbal categorizado em aprovação e devolutiva/ feedback, isso com relação a repertórios motores (não vocais); e também, a repertórios verbais de outrem na comunidade verbal em que o indivíduo que emite o elogio esta inserido. Desta forma, é possível afirmar que, assim como ocorre na clínica, o controle sobre comportamentos de outras pessoas em interação social por verbalização do elogio, também é feito no cotidiano, pois este aprende com a comunidade comportamentos como elogiar, que por sua vez também tem uma função de controle.

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