Análise da competitividade das exportações brasileiras de suco de laranja: 1989-2011

June 28, 2017 | Autor: Nilson Luiz Costa | Categoria: Agribusiness, Agricultural Economics
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ANÁLISE DA COMPETITIVIDADE DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE SUCO DE LARANJA: 1989-2011 AN ANALYSIS OF THE COMPETITIVENESS OF BRAZILIAN EXPORTS OF ORANGE JUICE: 1989-2011 Autor(es): Patricia BATISTELLA¹; Nilson Luiz COSTA¹; Carlos André Corrêa de MATTOS¹; Antônio Joreci FLORES; Olívio Alberto TEIXEIRA. Filiação: ¹Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); ²Universidade Federal do Pará (UFPA). E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]. Grupo de Pesquisa: GRUPO 3. COMÉRCIO INTERNACIONAL Resumo Nos últimos anos, o Brasil passou a ocupar um espaço significativo no mercado internacional de produtos agropecuários. Atualmente, é o maior produtor e exportador mundial de café, açúcar, etanol e de suco de laranja. O segmento de suco de laranja, especificamente, vem chamando a atenção devido se potencial competitivo e volume de exportações, o que o torna um dos principais destaques do agronegócio nacional. O objetivo deste estudo é responder se o Brasil é competitivo o suficiente para continuar expandindo sua participação neste mercado e se beneficiar das perspectivas de crescimento do setor. Para tanto, calculou-se o Índice de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR), apresentado por Balassa (1965), no período de 19892011, e para analisar a evolução do IVCR e das séries de exportações ao longo do tempo, estimaram-se cinco equações econométricas baseadas no modelo de tendências e taxa de crescimento log-linear, proposto por Santana (2003b) e Gujarati (2011). O Brasil, apresentou vantagem comparativa revelada, porém, a mesma apresenta consistentes constantes quedas no período analisado. Palavras-chave: Exportações; Suco concentrado de laranja; competitividade; Índice de Vantagem Comparativa Revelada (VCR). Abstract In recent years Brazil, has occupied a significant space on the agenda of world exports. The Brazilian nation is currently the largest producer of office and exporter of coffee, sugar, ethanol and orange juice. Orange juice segment specifically, has been drawing attention because of its high potential and its relevance to the national agribusiness. On this, the aim of this study is to answer if Brazil is competitive enough to continue expanding its market share and benefit from the growth prospects of the sector. Then, we calculated the Revealed Comparative Advantage (RCA), presented by Balassa (1965), from 1989 to 2011, and to analyze the evolution of RCA and exports series over time, were estimated five econometric model equations based on trends João Pessoa - PB, 26 a 29 de julho de 2015 SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

and log-linear growth rate proposed by Santana (2003b) and Gujarati (2011). The Brazil had a revealed comparative advantage, however, it came holding constant falls in the period analyzed. Key words: Exports; Concentrate juice of Orange;Competitiveness: Revealed Comparative Advantages (RCA).

1. Introdução Nas últimas décadas, o espaço ocupado pelos produtos derivados do agronegócio brasileiro aumentou significativamente. Com isso, o país tornou-se um dos líderes mundiais na produção e exportação de vários produtos agropecuários e passou a ocupar o posto de primeiro produtor e exportador de café, açúcar, etanol e suco de laranja (MAPA 2015). Mundialmente, o Brasil é reconhecido por seu desempenho competitivo nos mercados de produtos alimentícios. Neste contexto, o Market Share das exportações agropecuárias brasileiras em relação às exportações mundiais evoluiu de 4,6%, para 7,6% no período 2002 2012, enquanto que as exportações totais evoluíram de 1,2% para 1,6% no espaço de tempo (BRASIL, 2013). Neste cenário, as exportações brasileiras de produtos agropecuários cresceram 379% e chegaram a US$ 83,414 bilhões em 2012, com destaque para os produtos do complexo soja (31% do total), carnes (19%), complexo sucroalcooleiro (18%), cereais, farinhas e preparações (8%), café (8%), fumo e seus produtos (4%) e sucos (3%), conforme é possível observar na Figura 1. Figura 1. Exportações de produtos agropecuários – Brasil: 2012 30,000

US$ Bilhões

25,000 20,000 15,000 10,000 5,000

Complexo soja

Carnes

Complexo Sucroalco oleiro

26,114

15,736

15,045

US$ Bilhões

Cereais, farinhas e preparaçõ es 6,674

Café

Fumo e seus produtos

Sucos

Outros

6,463

3,257

2,451

7,674

Fonte: Brasil (2013).

O segmento de sucos em geral e o de suco de laranja em específico chama atenção por seu potencial. Com as rápidas alterações demográficas que levaram ao aumento e urbanização da população, o mercado para néctares e refrescos à base de sucos se ampliou, com destaque João Pessoa - PB, 26 a 29 de julho de 2015 SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

para o sabor de laranja, com aproximadamente 39% do Market Share dos produtos do gênero (AIJN, 2014). A União Europeia se constitui como o maior importador mundial e Brasil e Estados Unidos são os maiores produtores e exportadores. Dada a relevância deste segmento para o agronegócio nacional e as perspectivas de ampliação de mercado, espera-se responder, com este estudo, se o Brasil é competitivo o suficiente para continuar expandindo sua participação neste mercado e se beneficiar das perspectivas de crescimento do setor. Para tanto, a pesquisa se propõe a analisar a evolução da produção interna, a participação deste segmento nas exportações brasileiras totais e nas exportações mundiais de suco de laranja e, sobretudo, identificar os níveis de competitividade do setor de exportação do produto foco no Brasil. Neste sentido, serão analisadas as principais séries históricas de produção e de exportação, a localização espacial dos pomares e características conjunturais deste mercado na atualidade. A análise da competitividade do segmento se dará pela mensuração do Índice de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR). O artigo está organizado em cinco seções, contento a presente introdução. Na segunda seção, será conduzida pelo referencial teórico, com uma breve contextualização histórica e uma seção dedicada ao mercado citrícola brasileiro. A terceira seção; metodologia, quarta resultados e por fim a quinta seção irá conter as principais conclusões sobre o estudo.

2. Referencial Teórico Com o passar dos anos, processo de globalização e as trocas entre os países se intensificaram e passaram a expor, paulatinamente, as indústrias domésticas à concorrência internacional. Manter-se competitivo neste mercado globalizado não é uma tarefa muito fácil, uma vez que qualidade do produto e preços diferenciados já não bastam. Os primeiros estudos sobre comércio internacional foram desenvolvidos pelos mercantilistas, corrente de pensamento protecionista a qual enxergava os benefícios do comercio internacional de forma limitada. A doutrina mercantilista vigorou entre o século XV e início do século XVIII, e ratificava a importância das exportações, mas negava o papel da importações. Neste contexto, forneceu um conjunto de postulados que estimulava a intervenção governamental, via adoção de práticas protecionistas, no mercado (CARVALHO e SILVA, 2007). Em função das limitações teóricas mercantilistas e de sua incapacidade de fornecer um paradigma de análise econômica adequado para um mundo em rápida transformação, ao findar do século XVIII uma nova teoria surge em contraposição ao status quo estabelecido: a teoria clássica do comércio internacional. Conforme destaca Coronel (2008), essa nova teoria preconizada pelas ideias de Adam Smith e David Ricardo, foi de grande influência para que o estudo das Ciências Econômicas viesse a ter maior foco e uma análise sistêmica do comércio entre as nações. A teoria das Vantagens Absolutas de Smith (1983) apontou a necessidade dos países se concentrarem na produção econômica dos setores em que apresentam vantagens, de forma a beneficiar-se com a especialização nos segmentos onde é mais eficiente e, com isso, promover João Pessoa - PB, 26 a 29 de julho de 2015 SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

ganhos de comércio. Diferentemente, para Ricardo os ganhos de comércio estão diretamente associados à vantagem comparativa e não a vantagem absoluta. Neste contexto, o comércio entre as nações pode ser benéfico para ambas, mesmo nos casos em que um dos parceiros não é o mais produtivo. Sendo assim, em seu livro “Princípios de Economia Política e Tributação”, Ricardo (1982) se contrapôs à teoria das vantagens absolutas desenvolvida por Smith (1983) e mostrou que existe possibilidade de comércio entre nações sem vantagem absoluta na produção de bens, desde que os países se especializem nos setores em que apresentam vantagem comparativa. (CARVALHO, SILVA 2007). A teoria neoclássica também deixou contribuições para a teoria econômica do comércio internacional. As ideias do economista Eli Heckscher, em seu artigo “Os efeitos do comércio exterior Sobre a distribuição de Renda” e do também economista Bertil Olhin, em seu livro “Comércio Inter-regional e Internacional” proporcionaram o surgimento do Teorema de Heckscher-Olhin. A ideia básica deste modelo “consiste no comércio em que cada nação exportará a commodity intensiva em seu fator abundante de produção e importará a commodity que exija a utilização do seu fator escasso e maior custo de produção” (CORONEL, 2008, p. 24). Ambas as contribuições são importantes e estão situadas num contexto analítico macroeconômico. No nível microeconômico e da organização industrial, os pensadores contemporâneos tentam entender o desempenho competitivo das empresas. Neste contexto, destacam as proposição de Porter (1990), que trouxe importantes considerações sobre o êxito competitivo dos países, a noção de competitividade, a formar como as empresas podem obter ganhos nos mercados internacionais, entre outros. A ideia básica de Porter (1999) é a de que a capacidade de promoção de inovações consistentes e posicionamento competitivo de empresas está relacionada em quatro amplos atributos: a. Condição dos fatores de produção, vinculado diretamente à análise da qualificação de mão-de-obra, eficiência da logística e infraestrutura e demais fatores que condicionam a produção; b. Condição da demanda, vinculada às condições de demanda no mercado interno para os produtos que a empresa se propõe a exportar; c. Setores correlatos de apoio, associado à existência ou não de fornecedores internacionalmente competitivos, e; d. Estratégia, estrutura e rivalidade entre empresas, associada às condições internas que determinam a constituição, organização e gerenciamento de empresas e o grau de rivalidade existente entre ambas. Estes, para Porter (1990) foram são os determinantes da formação de um ambiente que leva as empresas a se fortalecerem e competirem. Cada um, individualmente responde por parte do sucesso competitivo e ambos, numa concepção sistêmica, podem garantir o sucesso competitivo de um país. Quando o ambiente nacional possibilita e apoia a acumulação mais rápida de ativos e habilidades especializados – às vezes, simplesmente em razão do maior esforço e comprometimento – as empresas conquistam a vantagem competitiva. Quando fomenta melhores informações e insights contínuos, as empresas conquistam a vantagem competitiva. Finalmente, quando pressiona

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as empresas no rumo da inovação e dos investimentos, elas não só conquistam a vantagem competitiva, como ainda ampliam esta vantagem ao longo do tempo (PORTER, 1999. p. 178-179).

Ainda, para Porter (2004), quatro elementos podem gerar vantagem competitiva global: a vantagem comparativa convencional; economias de escalas que extrapolam os limites de um mercado interno; diferenciação de produtos e; a difusão tecnológica e as informações de mercado. Já, para Farina, Azevedo e Saes (1997), em análise sobre a competitividade do sistema agroindustrial de fibras e alimento, os ambientes institucional, tecnológico e organizacional definem o ambiente competitivo. O primeiro, porque contempla o conjunto de relações que estabelece as regras, o segundo porque oferece a base técnica das atividades econômicas e o terceiro porque agrega as organizações de apoio aos negócios. Uma abordagem emergente e que vem ganhando espaço neste segmento analítico é da competitividade sistêmica, resultante dos estudos desenvolvidos pela OCDE (1992) e trabalhados por Esser et al. (1999), Coutinho e Ferraz e Santana (2002), em um esforço para superar as limitações das abordagens tradicionais. O aspecto inovativo do conceito de competividade sistêmica reside na separação categorização de um conjunto de fatores que contribuem para explicar os diferentes níveis de competitividade, denominados: a. Metanível, onde estão agregados os fatores socioculturais, padrões políticos, tecnológicos, a organização e governança de cadeias; b. Mesonível, composto pelas políticas educacional, tecnológica, de infraestrutura industrial, ambiental e de desenvolvimento; c. Macronível, formado pelas políticas orçamentária, monetária, fiscal, comercial e cambial, e; d. Micronível, onde estão um conjunto de atributos relacionados à capacidade gerencial dos empresários, a formação de estratégias para os negócios, as políticas internas de fomento à inovação e processos de gestão, desenvolvimento, produção e de marketing. Portanto, como é possível observar, as leituras sobre as vantagens comparativas e os níveis de competitividade de países e organizações industriais permite elencar um conjunto de atributos que vai muito além do ambiente interno de uma empresa e agrega elementos de sociologia econômica, organização industrial, políticas públicas, políticas macroeconômicas, padrões de governança e gestão de cadeias produtivas. 3. Referencial Metodológico 3.1 Construção e análise do IVCR Para Porter (2009) a competitividade de um país está diretamente ligada a capacidade de suas industrias em inovar e melhorar. A vantagem competitiva é determinada e amparada por um processo altamente centrado. As várias diferenças entre as nações (cultura, estruturas econômicas, as instituições e a história) são fatores que contribuem para o êxito competitivo. João Pessoa - PB, 26 a 29 de julho de 2015 SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

Um dos indicadores mais utilizados para mensurar a competitividade de setores em ambiente internacional é o Índice de Vantagem Comparativa Revelada (VCR). O VCR foi inicialmente formulado por Balassa em 1965 e em seguida modificado por Vollrath 1991 (TOME, FERREIRA, 2014). O índice denota a relação entre o coeficiente de participação do produto i exportado no fluxo total das exportações do país em questão em função do fluxo das exportações do mesmo produto i no mundo em detrimento de todas as exportações do mundo, no mesmo período, matematicamente expresso como Vollrath (1991 apud TOME, FERREIRA, 2014). Em que: 𝑋𝑖𝑗 𝑋𝑖 𝐼𝑉𝐶𝑅 = 𝑋𝑤𝑗 𝑋𝑤

(1)

Onde: 𝑋𝑖𝑗 = valor das exportações brasileiras de suco de laranja (em US$), NCM 8: 20091100 - Suco (sumo) de laranja, não fermentados, sem adição de álcool, com ou sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes, congelado; 20091200 - Suco (sumo) de laranja, não fermentados, sem adição de álcool, com ou sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes, não-congelado com valor Brix não superior a 20, e; 20091900 - Outros sucos de laranjas, não fermentados, sem adição de álcool, com ou sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes; 𝑋𝑖 = valor total das exportações brasileiras (em US$); 𝑋𝑤𝑗 = valor das exportações mundiais de suco de laranja “Juice, orange, single strength” e “Juice, orange, concentrated”, (em US$); 𝑋𝑤 = valor das exportações mundiais totais (em US$); i = exportações brasileiras; w = exportações mundiais; j = suco de laranja. Os dados utilizados estão disponíveis em MDIC (2015) e FAO (2015). A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). A função do índice de vantagem comparativa revelada, é encontrar um indicador que mensure a estrutura relativa das exportações de forma a evidenciar se o país ou região, possui vantagem comparativa no determinado segmento ou produto. Assim, se o índice originado por essa razão matemática resultar em; IVCR > 1, o país apresenta vantagens comparativas reveladas nas exportações do determinado produto. Caso IVCR < 1, o país apresenta desvantagens comparativas reveladas nas exportações do produto em análise. 3.2 Modelo econométrico de Taxa de Crescimento Com o objetivo de analisar a evolução do IVCR e das séries de exportações ao longo do tempo, estimaram-se cinco equações econométricas baseadas no modelo de tendências e taxa

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de crescimento log-linear, proposto por Santana (2003b) e Gujarati (2011), a seguir especificados: 𝒍𝒐𝒈(𝑿𝒊𝒋 ) = 𝒂𝟎 + 𝜷𝟏 𝑻𝒆𝒏𝒅𝒊 + 𝜺 𝑙𝑜𝑔(𝑋𝑖 ) = 𝑎0 + 𝛽1 𝑇𝑒𝑛𝑑𝑖 + 𝜀 𝑙𝑜𝑔(𝑋𝑤𝑗 ) = 𝑎0 + 𝛽1 𝑇𝑒𝑛𝑑𝑖 + 𝜀 𝑙𝑜𝑔(𝑋𝑤 ) = 𝑎0 + 𝛽1 𝑇𝑒𝑛𝑑𝑖 + 𝜀 𝑙𝑜𝑔(𝐼𝑉𝐶𝑅) = 𝑎0 + 𝛽1 𝑇𝑒𝑛𝑑𝑖 + 𝜀

(2) (3) (4) (5) (6)

No lado esquerdo das equações estão as variáveis logaritimizadas, ambas anteriormente descritas. 𝒂 é a constante ou intercepto da regressão; 𝜷 é o coeficiente de tendência da regressão; 𝑇𝑒𝑛𝑑 é uma série de tendência que, neste caso inicia em 1 e termina em 15; 𝑡𝑖 é o valor da variável de tempo no período i; 𝑒𝑖 é termo de erro aleatório, sob as hipóteses estatísticas clássicas. O teste t foi utilizado para analisar a probabilidade de erro do parâmetro b da regressão. Adotou-se o nível de probabilidade de 5% para atestar a significância estatística do resultado econométrico. Para Santana (2003), o coeficiente de tendência indica o incremento relativo no valor de Y, considerando-se o aumento de uma unidade na variável de tempo. Neste caso, tem-se que para valores positivos, a tendência de Y é crescente e, para valores negativos, a tendência é decrescente.

4. Resultados e Discussões A indústria citrícola brasileira é reconhecida por ser altamente competitiva e organizada. A citricultura é uma das mais destacadas agroindústrias brasileira. Atualmente o Brasil ocupa posição de destaque internacional no mercado de cítricos, pois é líder nas exportações de suco de laranja concentrado e de suco pronto para beber. A estruturação deste segmento iniciou no século XVI, momento em que a laranja foi trazida pelos portugueses e que se formaram pomares no Brasil. Até a década de 50, a produção destinava-se apenas para o mercado doméstico, mas com o passar dos anos a produção elevouse e as empresas processadoras abriram novos mercados, principalmente externos (CITRUSBR, 2014). O cultivo da laranja no Brasil pode ser separado em dois momentos principais. O primeiro, de 1990 a 1999, caracterizado pelo aumento da produção e conquista da posição de líder do setor. O segundo, a partir de 1999, é o período de concretização da capacidade e desempenho produtivo (MAPA 2015). Atualmente, o principal destino das exportações brasileiras, neste segmento, é a União Europeia, a maior importadora mundial do produto. Segundo dados da FAO (2015), os Países Baixos (Holanda), Japão, Bélgica, Estados Unidos, Alemanha e Argentina respondem por 97% das importações mundiais (Figura 2).

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Figura 2. Principias países importadores do suco concentrado brasileiro, em mil U$$ (2011) Argentina; 369; 2% Alemanha; 467; 2%

Outros; 702; 3%

Estados Unidos; 777; 4% Bélgica; 2.421,00; 12%

Países Baixos; 11.264,00; 53%

Japão; 5.142,00; 24%

Fonte: Elaborado pelos autores, FAO (2015).

A citricultura está presente em todos Estados do Brasil, mas concentra-se principalmente em São Paulo, responsável por 80% da produção nacional. Bahia, Sergipe, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul também são importantes produtores, mas com participação de mercado inferior a 5% cada um (Figura 3). Figura 3. Participação dos estados brasileiros na produção de laranja referente a safra de 2011 Minas Gerais 3% Sergipe 4%

Rio Grande do Sul 2% Paraná 3%

Outros 3%

Bahia 5%

São Paulo 80%

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O posto de maior exportador de suco de laranja pertence ao Brasil há vários anos. Em especial, no período 1997 – 2001 as exportações brasileiras cresceram 136% e chegaram ao patamar de US$ 2,376 bilhões, enquanto que o crescimento global foi de 154% e alcançou US$ 6,537 bilhões. Observa-se, portanto, que apesar do crescimento nominal, existe uma perda relativa de mercado, uma vez que as exportações nacionais já chegaram a representar 40% do total mundial e atualmente equivalem a aproximadamente 36%, conforme é possível observar na Figura 4. Figura 4. Exportações brasileiras e mundiais de suco de laranja: 1997 – 2011 Exp. Brasil Suco

6.000

39% 40%

Exp. Mundo Suco

Part. %

Linear (Part. %)

45,00%

37% 34%

33%

38%

35% 35% 33%

5.000

34% 31%

34%

33%

34%

36%

40,00% 35,00% 30,00%

4.000

25,00%

3.000

20,00% 15,00%

2.000

Part. % Exp. Suco

Exportações (em US$ Milhões)

7.000

10,00% 1.000

5,00%

0

0,00%

Anos Fonte: Elaborado pelos autores, FAO (2015).

Esse desempenho coloca a citricultura entre as principais atividades do agronegócio brasileiro. No entanto, ao observar a participação relativa das exportações brasileiras de suco de laranja em relação ao total nacional, observa-se uma tendência de queda, uma vez que a mesma chegou a representar 2,6% do total em 1999 e teve sua participação reduzida para 0,9% em 2011, conforme é possível observara na Figura 5.

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Figura 5. Exportações brasileiras totais e exportações brasileiras de suco de laranja: 1997 – 2011 Exp. Brasil Suco

Exp. Brasil Total

Part. %

Linear (Part. %)

3,00% 2,5%

2,6%

250.000 200.000

2,50% 1,9%

1,9%

1,7%

2,00% 1,6%

1,5%

1,4%

150.000 1,1%

1,1% 0,9%

100.000

1,50% 1,0%

1,1% 0,9%

0,9%

1,00%

50.000

0,50%

0

0,00%

Part. % Exp. Suco

Exportações (em US$ Milhões)

300.000

Anos Fonte: Elaborado pelos autores, MDIC (2015).

Por outro lado, em valores nominais, as exportações brasileiras de suco de laranja cresceram a uma taxa geométrica de 5,56% ao ano no período 1997 – 2011. Diferentemente, as exportações totais cresceram a uma taxa geométrica de 12,63% ao ano no mesmo período, o que ajuda a explicar a tendência de queda na participação do segmento. Em nível internacional, observa-se crescimento médio de 6,27% ao ano nas exportações de suco de laranja e de 9,31% ao ano nas exportações totais. Portanto, também em nível internacional, o segmento está perdendo importância relativa. Tabela 1. Taxa geométrica de crescimento das exportações brasileiras e mundiais, de suco de laranja e totais: 1997 - 2011 R² Coeficiente β1 Estatística t 0,6101 0,0556* 4,51 𝑙𝑜𝑔(𝑋𝑖𝑗 ) = 𝑎0 + 𝛽1 𝑇𝑒𝑛𝑑 + 𝜀 0,9363 0,1263* 13,83 𝑙𝑜𝑔(𝑋𝑖 ) = 𝑎0 + 𝛽1 𝑇𝑒𝑛𝑑 + 𝜀 0,7876 0,0627* 6,94 𝑙𝑜𝑔(𝑋𝑤𝑗 ) = 𝑎0 + 𝛽1 𝑇𝑒𝑛𝑑 + 𝜀 0,9349 0,0931* 13,67 𝑙𝑜𝑔(𝑋𝑤 ) = 𝑎0 + 𝛽1 𝑇𝑒𝑛𝑑 + 𝜀 * estatisticamente significativo ao nível de 1% de probabilidade Fonte: dados da pesquisa.

Esta tendência de queda também é observada através do Índice de Vantagem Comparativa Revelada, em constante queda no período analisado. Por outro lado, o índice mostra que o Brasil ainda possui vantagem comparativa revelada, uma vez que IVCRs maiores que 1 (um) apontam para isso (Figura 6).

João Pessoa - PB, 26 a 29 de julho de 2015 SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

26,02

25,99

27,75

32,88

29,56

38,14

40,38

36,73

31,18

27,39

30

y = -1,36x + 44,675 R² = 0,868

26,93

IVCR

35

35,34

40

44,01

45

41,29

50

43,34

Figura 6. Índice de Vantagens Comparativas Reveladas das exportações brasileiras de Suco de Laranja Concentrado, em US$.

25 20 15 10 5 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Anos Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados, FAOSTAT, OMC e UNCTAD.

O modelo econométrico de taxa de crescimento mostra claramente que a tendência é de perda de vantagem comparativa revelada, uma vez que o IVCR está reduzindo, em média, 4,03% ao ano. Neste contexto, se não houver ações específicas, no sentido de inverter esta trajetória baixista, existe a possibilidade de o Brasil perder a sua vantagem competitiva ao longo das duas próximas décadas. Os resultados do modelo econométrico são apresentados na Tabela 2. Tabela 2. Taxa geométrica de crescimento do Índice de Vantagens Comparativas Reveladas: 1997 - 2011 R² Coeficiente β1 Estatística t 0,8740 -0,0403* -9,49 𝑙𝑜𝑔(𝐼𝑉𝐶𝑅) = 𝑎0 + 𝛽1 𝑇𝑒𝑛𝑑 + 𝜀 * estatisticamente significativo ao nível de 1% de probabilidade Fonte: dados da pesquisa.

Entre os desafios para o setor, estão o de produzir um suco livre de resíduos de agrotóxicos, em especial do carbendazim, um fungicida sistêmico de rápida absorção que atua na proteção e tratamento de pomares, proibido no mercado norte-americano e largamente utilizado nos pomares brasileiros nos últimos anos. Neste contexto, destaca-se a importância de práticas sustentáveis, cada vez mais valorizadas pelos principais mercados consumidores mundiais, entre os quais, se destaca a União Europeia. Outros elementos aparecem como centrais e estão diretamente relacionados à competitividade do setor citrícola nacional, em especial: os elevados custos de mão de João Pessoa - PB, 26 a 29 de julho de 2015 SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

obra/colheita, a realização de adequações no processo produtivo para aumentar a eficiência e a política comercial dos principais importadores de suco de laranja, que resulta em como barreiras tarifárias e grandes perdas para o setor nacional (Tabela 3) (NEVES et. al, 2010). Tabela 3. Impostos de importação para o suco de laranja brasileiro País/Região Alíquota de Impostos de Importação Europa 12,20% US$ 415/ton para o suco concentrado Estados Unidos US$ 42/ton para o suco concentrado Japão 25,5% 7,5% para o suco abaixo de -18º C China 30% para sucos na temperatura acima de -18º C Coréia do Sul 54% Austrália 5% Outros destinos Isento Fonte: Neves et. al (2010. p. 23)

Além disso, o atendimento à regulamentação fitossanitária dos países importadores é uma condição básica para o comércio internacional. Nesta perspectiva, o atual cenário deve ser cuidadosamente analisado. A teoria da competitividade sistêmica pode ajudar neste contexto, a partir da leitura conjuntural existentes nos diferentes níveis analíticos, como segue: a. No metanível, onde estão agregados os fatores socioculturais, padrões políticos, tecnológicos, a organização e governança de cadeias, observa-se que a indústria citrícola está adotando fortemente uma estratégia de verticalização que resulta em aumentar o percentual de utilização de matéria prima própria, o que tem resultado em disputas com o citricultores, conforme é possível observar em CitrusBr (2014). Do mesmo modo, identificou-se a necessidade de aprimoramentos no processo de negociação entre indústrias e citricultores, uma vez que o poder de barganha dos últimos está em um paulatino processo de redução; b. No mesonível, composto pelas políticas educacional, tecnológica, de infraestrutura industrial, ambiental e de desenvolvimento, o maior desafio é promover a citricultura a partir de práticas ambientalmente responsáveis e socialmente justas. Para isso, o apoio de instituições de ensino, pesquisa e extensão pode resultar em ganhos no médio e longo prazos; c. No macronível, formado pelas políticas orçamentária, monetária, fiscal, comercial e cambial, destacam-se as dificuldades enfrentadas nos últimos anos com taxas de câmbio de sobrevalorizadas e, atualmente com um cenário econômico que promove a utilização de políticas contracionistas; d. No micronível, onde estão um conjunto de atributos relacionados à capacidade gerencial dos empresários, a formação de estratégias para os negócios, as políticas internas de fomento à inovação e processos de gestão, desenvolvimento, produção e de marketing, observa-se o amadurecimento e João Pessoa - PB, 26 a 29 de julho de 2015 SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

eficiência nos distintos campos dos negócios, sobretudo, da agroindústria processadora. Afora isto, os resultados da pesquisa ratificam as contribuições de Neves et. al (2009), referente à necessidade de desenvolvimento de um modelo confiável e transparente para precificar a matéria-prima ofertada pelos citricultores deve ser prioridade para o setor, assim como o desenvolvimento de práticas de manejo, o estímulo ao consumo de laranja e derivados, a busca pela redução das barreiras protecionistas e o apoio governamental são essenciais para o avanço da citricultura brasileira. 5. Considerações Finais O presente estudo apresentou uma análise da evolução do índice de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR) no período de 1989 a 2011, referente às exportações brasileiras de suco de laranja. Além da mensuração d a vantagem comparativa revelada, a análise trouxe, a partir de cinco equações econométricas, baseadas no modelo de tendências e taxas de crescimentos, uma projeção para os próximos anos. Os dados analisados demonstraram que o segmento vem tendo uma perda relativa de mercado, pois as exportações nacionais, que chegaram a representar 40% do total mundial em 1998, reduziram-se para aproximadamente 36% em 2011. E sta queda também foi observada na participação relativa das exportações brasileiras de suco de laranja. Estas tendências baixistas contribuíram para que o Índice de Vantagens Comparativas Revelada sofresse constantes quedas no período em análise, apesar de ainda mostrar a existência de vantagem, posto que todos os IVCRs foram superiores a 1 (um). Portanto, no contexto atual, existe clara tendência de perda de vantagem comparativa revelada, o que representa decréscimo médio de 4,03% ao ano. Diante do exposto, faz-se necessário a implementação de políticas que deem suporte a ações específicas para o setor, com o objetivo de inverter esta tendência. As mesmas devem voltar-se ao objetivo principal de promover ações que são valorizadas pelos principais mercados consumidores mundiais, entre eles a União Europeia e os Estados Unidos. Estas ações consistem em incentivar práticas sustentáveis, redução de custos, melhorias e adequações no processo produtivo e uma ação forte no campo da política comercial, a fim de reduzir as barreiras comerciais para o produto brasileiro. Referências Bibliográficas AIJN, European Fruit Juice Association. 2014 liquid fruit market report. 2015. Disponível em < http://www.citrusbr.com/imgs/biblioteca/AIJN_2014_Liquid_Fruit_Market_Report.pdf> Acesso em 08/04/2015. ALICEWEB - Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior. Secretaria de Comércio Exterior. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC. 2014. Disponível em: Acesso em: 09 Mar. 2015. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Intercâmbio comercial do agronegócio: principais mercados de destino / Ministério da Agricultura, Pecuária e

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