ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO NA MANIPULAÇÃO DE QUIMIOTERÁPICOS PARA TRATAMENTO ONCOLÓGICO

June 19, 2017 | Autor: B. De Lima Pereira | Categoria: Farmacia, Manipulação De Medicamentos, Cosméticos, Biotecnologia, Oncologia
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FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE GOVERNADOR VALADARES CURSO DE FARMÁCIA

BRUNO DE LIMA PEREIRA MARIA EUNICE DA SILVA MARIA JOSÉ BRANDÃO MIDIAN ESTER LOBO SARAH NUNES RABELO F. PINHO

ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO NA MANIPULAÇÃO DE QUIMIOTERÁPICOS PARA TRATAMENTO ONCOLÓGICO

GOVERNADOR VALADARES 2012

BRUNO DE LIMA PEREIRA MARIA EUNICE DA SILVA MARIA JOSÉ BRANDÃO MIDIAN ESTER LOBO SARAH NUNES RABELO F. PINHO

ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO NA MANIPULAÇÃO DE QUIMIOTERÁPICOS PARA TRATAMENTO ONCOLÓGICO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Farmácia da Faculdade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC, como requisito parcial para obtenção do título de Farmacêutico. Orientadora: Profª. Esp. Kelly T. Nunes Coelho Bonfim Co-orientador: Prof. Ms. Danilo dos Santos Matos

GOVERNADOR VALADARES 2012

Dedicamos primeiramente essa conquista ao nosso Deus por ter nos ajudado ao longo desse curso nos abençoando, nos dando paciência, perseverança, força e sabedoria. Aos nossos familiares, amigos e namorados (as) pelo carinho, amor, compreensão e por ter nos apoiado na concretização do nosso sonho. Essa vitória é nossa!!!

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus pela nossa vida, por estar sempre no nosso caminho, iluminando e guiando. Aos nossos familiares por todo carinho, por não medir esforços e por ter dado estrutura para toda nossa formação. Aos (às) nossos (as) namorados (as) pela força, paciência e compreensão nos momentos em que deixamos de lhes dar atenção onde à presença de cada um significou segurança e certeza de que não estamos sozinhos nessa caminhada. Amigos pelas alegrias, tristezas e dores compartilhadas com vocês, as pausas entre um parágrafo e outro de produção melhora tudo o que temos produzido na vida. Aos professores pela dedicação e conhecimentos disponibilizados nas aulas contribuindo para nossa formação profissional. A nossa orientadora Kelly T. Coelho Bonfim por nos ter dedicado tempo, atenção, ensinamentos, nos incentivando e se colocando sempre a disposição para nos ajudar ao longo deste trabalho de conclusão de curso.

RESUMO

A área oncológica envolve uma equipe multidisciplinar integrada capaz de colaborar com o paciente para suprir suas necessidades. Dentro desse contexto o profissional farmacêutico participa de forma essencial para o tratamento do paciente oncológico. Cabe ao farmacêutico entre as suas várias funções os cuidados na manipulação de antineoplásicos. O objetivo dessa revisão é analisar a importância da participação do farmacêutico na equipe multidisciplinar da terapia antineoplásica, de forma minuciosa no papel deste profissional em todo o processo da manipulação. O objetivo da estratégia de busca foi encontrar artigos que permitiram atingir os objetivos deste trabalho. Os estudos selecionados foram obtidos por via eletrônica e via Comutação Bibliográfica (COMUT) pela UFMG. As bases eletrônicas utilizadas foram a National Library of Medicine (PUBMED), a Biblioteca Nacional de Medicina/ Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (BIREME/LILACS) e a base de dados eletrônica Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline). Através da pesquisa realizada o número de estudos encontrados foram 167, após houve uma pré-seleção utilizando critérios de inclusão e exclusão no qual totalizou em 38 estudos e resultando em uma seleção de 18 artigos. Dos 18 estudos selecionados, 8 (44,45%) abordam de forma positiva a responsabilidade técnica do farmacêutico na quimioterapia e 10 (55,55%) abordam o farmacêuticos e outros profissionais atuando na manipulação. Dos artigos nacionais foram representados 4 (22,22%) e os internacionais foram 14 (77,78%). Entre os artigos que abordavam erros e acidentes foram encontrados 14 (77,78%). Diante do exposto, a maioria dos artigos encontrados aborda a importância do profissional farmacêutico inserido na manipulação junto à equipe multidisciplinar da oncologia. Mas ainda se faz necessário grandes avanços, principalmente nos países que estão em desenvolvimento. Palavras-chave: Farmacêutico. Oncologia. Quimioterapia Antineoplásica. Manipulação.

ABSTRACT

The oncology involves an integrated multidisciplinary team capable of working with patients to meet their needs. Within this context the pharmacist participates in an essential way to treat cancer patients. It is the pharmacist among its various functions care in handling cytotoxic drugs. The objective of this review is to analyze the importance of participation of the pharmacist in a multidisciplinary team of cancer therapy, in detail in the role of this person in the whole process of manipulation. The purpose of the search strategy was to find items that they achieved the objectives of this work. The selected studies were obtained electronically and via switching Bibliographic (COMUT) UFMG. The electronic databases used were the National Library of Medicine (PUBMED), the National Library of Medicine / Latin American and Caribbean Health Sciences (BIREME / LILACS) database and electronic Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline). Through the survey the number of studies found were 167, after there was a pre-selection using inclusion and exclusion criteria at which amounted to 38 trials, resulting in a selection of 18 articles. Of the 18 selected studies, 8 (44.45%) positively address the technical responsibility of the pharmacist in cancer chemotherapy and 10 (55.55%) approach the pharmacists and other professionals working in the manipulation. National articles were represented four (22.22%) were international and 14 (77.78%). Among the articles that addressed errors and accidents resulted in 14 (77.78%). Given the above, the majority of articles found addresses the importance of the pharmacist in handling inserted in a multidisciplinary team of oncology. But it is still necessary breakthroughs, particularly in countries that are under development. Keywords: Pharmacist. Oncology. Antineoplastic Chemotherapy. Manipulation.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas ABS - Acrylonitrile Butadiene Styrene ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária ASHP - Sociedade Americana de Farmacêuticos Hospitalares CA-125- Antígeno Associado ao Câncer CFF- Conselho Federal de Farmácia CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente CRF - Conselho Regional de Farmácia CRM - Conselho Regional de Medicina CSB - Cabine de Segurança Biológica CSTD - Sistema fechado com dispositivo de transferência de drogas Db - Decibéis DNA - Ácido Desoxirribonucleico EPC - Equipamento de Proteção Coletiva EPI- Equipamento de Proteção Individual FDA - Food and Drug Administration FdUMP - Fluorodeoxiribonucleotídeo Monofosfatado FIP - Federação de Farmácia Internacional HEPA - High Efficiency Particulate Air HPV - Vírus do papiloma humano GRSS - Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde INCA - Instituto Nacional do Câncer ISOPP - Sociedade Internacional de Praticantes de Farmácia em Oncologia IV- Intravenosa MRI - Ressonância Nuclear Magnética NBR - Norma Brasileira NBP - Prática Adequada na Farmácia OMS - Organização Mundial de Saúde OSHA - Occupational Safety and Health Administration PET-CT- Tomografia por Emissão de Pósitrons PH - Potencial Hidrogeniônico PSA - Antígeno Prostático Específico

QA - Quimioterapia Antineoplásica ou Quimioterapia Antiblástica RNA - Ácido Ribonucléico RSS - Resíduos Sólidos de Saúde RSSS - Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde SCP - Staphylococcus Coagulase Positiva SIDA - Síndrome da imunodeficiência adquirida SPIKES - Sistemas de Agulha-Filtro-Válvula TCAP - Tricloroaminoplatinato VM-26 - Teniposídeo Derivado da Podofilotoxina VP-l6 - Etoposídeo Derivado da Podofilotoxina

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Ilustração sobre o processo de carcinogênese ......................................................... 24 Figura 2 - Manipulação em Cabine de Segurança Biológica Classe II e alguns materiais utilizados................................................................................................................................... 39 Figura 3 - Símbolo de risco tóxico ......................................................................................... 488 Figura 4 – Resultados da pesquisa ............................................................................................ 53

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 19 2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 21 2.1 Objetivo geral ..................................................................................................................... 21 2.2 Objetivos específicos .......................................................................................................... 21 3 REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................................... 23 3.1 Câncer ................................................................................................................................. 23 3.1.1 Conceito ........................................................................................................................... 23 3.1.2 Epidemiologia.................................................................................................................. 23 3.1.3 Carcinogênese.................................................................................................................. 23 3.1.4. Diagnóstico ..................................................................................................................... 24 3.1.5 Tratamento ....................................................................................................................... 25 3.1.5.1 Cirurgia ......................................................................................................................... 25 3.1.5.2 Radioterapia .................................................................................................................. 25 3.1.5.3 Hormônios .................................................................................................................... 26 3.1.5.4 Quimioterapia ............................................................................................................... 26 3.1.6 Principais agentes antineoplásicos utilizados no tratamento do câncer .......................... 27 3.1.6.1 Alquilantes .................................................................................................................... 27 3.1.6.2 Antimetabólitos ............................................................................................................ 28 3.1.6.3 Antibióticos .................................................................................................................. 28 3.1.6.4 Inibidores mitóticos ...................................................................................................... 29 3.2 Atuação do farmacêutico na oncologia e sua legislação vigente........................................ 34 3.3 Manipulação de Antineoplásicos ........................................................................................ 36 3.3.1 Rotina na Central de Preparo de Antineoplásicos ........................................................... 36 3.3.2 Técnicas de preparação .................................................................................................... 40 3.3.3 Manipulação de Ampolas ................................................................................................ 42 3.3.4 Manipulação de frascos ................................................................................................... 42 3.3.5 Injeção de fluido dentro da bolsa de infusão ................................................................... 43 3.4 Acidentes no processo de manipulação de antineoplásicos – procedimento ..................... 44 3.5 Biossegurança em oncologia e sua legislação .................................................................... 45 3.6 Controle e gestão de resíduos provenientes da manipulação de antineoplásicos (legislação) .................................................................................................................................................. 47 4 METODOLOGIA................................................................................................................ 51

4.1 Identificação de estudo....................................................................................................... 51 4.2 Estratégia de busca ............................................................................................................. 51 4.3 Critérios de inclusão........................................................................................................... 51 4.4 Obtenção dos dados ........................................................................................................... 52 5 RESULTADOS.................................................................................................................... 53 6 DISCUSSÃO ........................................................................................................................ 67 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 75 ANEXOS ................................................................................................................................. 81

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1 INTRODUÇÃO

A área da saúde no mundo está passando constantemente por modificações com o surgimento de novas tecnologias e aumento do número de doenças necessitando assim cada vez mais de profissionais capacitados. Com o setor da oncologia não poderia ser diferente já que a complexidade do tratamento exige cada vez mais a dedicação dos profissionais envolvidos. Considerando esta realidade o farmacêutico vem ampliando a sua área de atuação, no universo da oncologia, desde a década de 90, quando o Conselho Federal de Farmácia (CFF) estabeleceu como privativa deste profissional a manipulação de medicamentos citotóxicos, através da Resolução 288/96 (ANDRADE, 2009). Devido a este contexto o farmacêutico insere-se na equipe multidisciplinar do tratamento oncológico, se destacando pelo seu conhecimento em relação aos medicamentos e farmacoterapia podendo utilizar esses conhecimentos em beneficio do paciente garantindo um tratamento mais eficaz. Entre as suas várias funções na oncologia, destaca-se o papel na manipulação de medicamentos antineoplásicos. O processo de preparo destes medicamentos é de elevado risco tanto para os manipuladores, quanto para o paciente. Evitar os riscos inerentes ao manuseio dos antineoplásicos e contaminação por resíduos é de responsabilidade do farmacêutico, adotando medidas preventivas relacionadas à biossegurança como o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e equipamentos de proteção coletiva (EPC), seguindo as normas do programa de gerenciamento de resíduos de serviço de saúde e técnicas corretas de manipulação, para que seja assegurada a qualidade dos medicamentos antineoplásicos e minimizar os riscos de exposição ocupacional (MAIA, 2009). Compete ao farmacêutico analisar a prescrição, checando a dosagem, estabilidade, compatibilidade, diluentes e possíveis interações, seguindo normas pré-estabelecidas, desta forma evitando erros relacionados aos medicamentos, garantindo segurança ao tratamento do paciente (CFF, 1996). A oncologia é uma área relativamente nova em que os profissionais da área da saúde têm conhecimento parcial e o tratamento farmacoterapêutico é de alta toxicidade exigindo profissionais e técnicas adequadas, os farmacêuticos são fundamentais para garantir o uso racional e seguro dos medicamentos, bem como alertar quanto aos erros de medicação e como preveni-los. Eles podem trazer contribuições significativas à equipe que atua em oncologia,

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muito além do simples papel de dispensador de medicamentos proporcionando uma oportunidade única de interação com a equipe assistencial e com o paciente. Ambos valorizam e apreciam os conhecimentos desse profissional e dele se beneficiam (OLIBONI et. al., 2009). A área da oncologia vem obtendo grandes avanços desde a década de 90, porém ainda há necessidade de estudos para maior sucesso do tratamento farmacoterapêutico, por isso é viável que se faça um estudo de revisão bibliográfica a fim de relatar a atuação do farmacêutico, já que é o profissional responsável e habilitado para atuar na manipulação de medicamentos antineoplásicos, contribuindo desta forma para o crescimento deste seguimento.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

O objetivo dessa revisão é analisar a importância da participação do farmacêutico na equipe multidisciplinar da terapia antineoplásica, de forma minuciosa no papel deste profissional em todo o processo da manipulação.

2.2 Objetivos específicos

1) Demonstrar que é essencial o farmacêutico na equipe multidisciplinar como responsável pela manipulação da terapia antineoplásica; 2) Verificar o processo de manipulação da terapia antineoplásica; 3) Verificar os requisitos necessários no processo de manipulação dos agentes antineoplásicos; 4) Determinar como é realizado o controle e gestão de resíduos provenientes da manipulação de antineoplásicos.

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3 REVISÃO DA LITERATURA

3.1 Câncer

3.1.1 Conceito

Segundo Silva et al. (2010), o câncer refere-se ao termo neoplasia, que corresponde a um conjunto de mais de 100 doenças, caracterizadas pelo crescimento descontrolado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo (ALMEIDA, 2004, p. 1). Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam lentamente e se assemelham ao seu tecido de origem, raramente constituindo um risco de vida (INCA, 2012). 3.1.2 Epidemiologia

Estatisticamente de acordo com Almeida et al. (2005) o câncer é a terceira causa de óbitos no mundo com 12%, matando cerca de 6,0 milhões de pessoas por ano. Atualmente, é a segunda causa de mortes por doença no Brasil. O número estimado para 2012/2013 é de 518.510 casos novos de câncer no Brasil, incluindo os casos de câncer de pele não melanoma, que é o tipo mais incidente para ambos os sexos (134 mil casos novos), seguido de próstata (60 mil), mama feminina (53 mil), cólon e reto (30 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (18 mil) (INCA, 2012). As causas do câncer ainda não estão bem definidas, mas evidências levam a crer que os fatores externos ambientais sejam as principais. É preciso mencionar também as alterações genéticas que podem ser hereditárias. Todo câncer é originado por modificações nos genes que controlam o crescimento celular (ALMEIDA, 2004, p. 1).

3.1.3 Carcinogênese

O processo de carcinogênese, ou seja, de formação de câncer, em geral dá-se lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa dê origem a um tumor

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detectável. Esse processo passa por vários estágios antes de chegar ao tumor, conforme a Figura 1 e a descrição abaixo. Figura 1 – Ilustração sobre o processo de carcinogênese

Fonte: (INCA, 2012).

- Estágio de iniciação: É o primeiro estágio da carcinogênese. Nele as células sofrem o efeito de um agente carcinogênico (agente oncoiniciador) que provoca modificações em alguns de seus genes. Nesta fase ocorre uma alteração genética das células, porém ainda não é possível detectar um tumor clinicamente. - Estágio de promoção: As células geneticamente alteradas sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores. A célula iniciada é transformada em célula maligna, ocorrendo de forma lenta e gradual. Para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno promotor. A suspensão do contato muitas vezes pode até interromper o processo nesse estágio. - Estágio de progressão: É o terceiro e último estágio e caracteriza-se pela rápida proliferação, sendo um processo irreversível. O câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença (ALMEIDA et al., 2005).

3.1.4. Diagnóstico

O diagnóstico de câncer é necessário e deve ser confirmado, pois permite que os oncologistas escolham o tratamento mais efetivo. Entre os métodos de diagnósticos mais comuns incluem biópsia, endoscopia e diagnóstico por imagem (ITC, 2009).

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3.1.5 Tratamento

O tratamento do câncer pode ser realizado basicamente por quatro abordagens: a cirurgia e a radioterapia, como tratamentos locais; a terapia com agentes biológicos como tratamentos sistêmicos e a quimioterapia (ANJOS et al., 2006).

3.1.5.1 Cirurgia

Este tipo de terapêutica é mais antiga e definitiva, principalmente quando o tumor está in situ e em circunstâncias anatômicas favoráveis para sua retirada (ANDRADE et al., 2007). O tratamento cirúrgico do câncer pode ser aplicado com finalidade curativa ou paliativa, sendo considerado curativo quando indicado nos casos iniciais da maioria dos tumores sólidos. É um tratamento radical, que compreende a remoção do tumor primário com margem de segurança (ANDRADE et al., 2007). A margem de segurança, na cirurgia oncológica, varia de acordo com a localização e o tipo histológico do tumor. Ao contrário do tumor benigno, cuja margem de segurança é o seu limite macroscópico, o câncer, pelo seu caráter de invasão microscópica, exige ressecção mais ampla. Quando houver dúvidas sobre a margem de segurança da peça ressecada, é necessária a biópsia das suas bordas e o exame histopatológico por congelação (INCA, 2012).

3.1.5.2 Radioterapia

A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada (INCA, 2012). Como a radioterapia é um método de tratamento local e/ou regional, pode ser indicada de forma exclusiva ou associada aos outros métodos terapêuticos. Em combinação com a cirurgia, poderá ser pré, per ou pós-operatória. Também pode ser indicada antes, durante ou logo após a quimioterapia (ANDRADE et al., 2007).

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3.1.5.3 Hormônios

Os hormônios e antagonistas hormonais são usados com o objetivo de deter o crescimento tumoral. Os mais utilizados são dietilestilbestrol (estrogênio), tamoxifeno (antiestrogênio),

megestro

(progestogênio),

dexametasona,

prednisona

(adrenocortocosteróide) e anastrozol (inibidor dos adrenocorticosteróides) (ANDRADE et al., 2007).

3.1.5.4 Quimioterapia

Atualmente, a quimioterapia é, dentre as modalidades de tratamento, a que possui maior incidência de cura de muitos tumores incluindo os mais avançados e a que mais aumenta a sobrevida dos portadores de câncer (ANDRADE et al., 2007). A quimioterapia é o método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica (QA) (ALMEIDA, 2004). A QA consiste no emprego de drogas citotóxicas, isoladas ou em combinação, que atuam sobre as células tumorais, agindo também sobre o ciclo celular das células normais de rápida proliferação, produzindo efeitos colaterais indesejáveis e tóxicos, tanto para os indivíduos que necessitam submeter-se ao tratamento, como para os que manipulam as drogas (BOLSAN et al., 2011). Atualmente, quimioterápicos mais ativos e menos tóxicos encontram-se disponíveis para uso na prática clínica. Os avanços verificados nas últimas décadas, na área da QA, têm facilitado consideravelmente a aplicação de outros tipos de tratamento de câncer e permitido maior número de curas (INCA, 2012). A quimioterapia pode ser utilizada em combinação com a cirurgia e a radioterapia. De acordo com as suas finalidades, a quimioterapia é classificada em: • Curativa - quando é usada com o objetivo de se conseguir o controle completo do tumor. • Adjuvante - quando se segue à cirurgia curativa, tendo o objetivo de esterilizar células residuais locais ou circulantes, diminuindo a incidência de metástases à distância. • Neoadjuvante ou prévia - quando indicada para se obter a redução parcial do tumor, visando permitir uma complementação terapêutica com a cirurgia e/ou radioterapia.

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• Paliativa - não tem finalidade curativa. Usada com a finalidade de melhorar a qualidade da sobrevida do paciente (ALMEIDA, 2004, p. 8). As drogas quimioterápicas são ministradas geralmente por via endovenosa ou via oral e passam pela circulação sanguínea se espalhando por todo o corpo. O processo em si não dói, apenas a picada da agulha causa um desconforto inicial. No entanto, o que torna o tratamento mais doloroso são os efeitos colaterais, inevitáveis, já que as drogas utilizadas no tratamento atingem tanto as células doentes quanto as sadias. (CORDEIRO, 2006). Porém, vêm sendo estudadas novas combinações de medicamentos menos nocivos para o corpo e essas reações tão desagradáveis tendem a diminuir. Permitindo assim uma melhor qualidade de vida aos pacientes (CORDEIRO, 2006). Classificação dos quimioterápicos conforme a sua atuação sobre o ciclo celular:  Ciclo-inespecíficos - Aqueles que atuam nas células que estão ou não no ciclo proliferativo, como, por exemplo, a mostarda nitrogenada.  Ciclo-específicos - Os quimioterápicos que atuam somente nas células que se encontram em proliferação, como é o caso da ciclofosfamida.  Fase-específicos - Aqueles que atuam em determinadas fases do ciclo celular, como, por exemplo, o metotrexato (fase S), o etoposídeo (fase G2) e a vincristina (fase M) (INCA, 2012). Os quimioterápicos usados em tratamento de neoplasias inibem o crescimento celular, por atuarem sobre as moléculas que controlam os processos de divisão e desenvolvimento da célula, ou seja, o ácido desoxirribonucléico (DNA), o ácido ribonucleico (RNA) e as proteínas (BERTOLLO et al., 1990).

3.1.6 Principais agentes antineoplásicos utilizados no tratamento do câncer

Os agentes antineoplásicos mais empregados no tratamento do câncer incluem os alquilantes polifuncionais, os antimetabólitos, os antibióticos antitumorais, os inibidores mitóticos e outros.

3.1.6.1 Alquilantes

São compostos capazes de substituir em outra molécula um átomo de hidrogênio por um radical alquil. Eles se ligam ao DNA de modo a impedir a separação dos dois filamentos

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do DNA na dupla hélice espiralar, fenômeno este indispensável para a replicação. Os alquilantes afetam as células em todas as fases do ciclo celular de modo inespecífico. Apesar de efetivos como agentes isolados para inúmeras formas de câncer, eles raramente produzem efeito clínico ótimo sem a combinação com outros agentes faseespecíficos do ciclo celular (INCA, 2012). A mostarda nitrogenada foi à primeira droga quimioterápica descrita e até hoje representa o protótipo de um agente alquilante (MAIA, 2009). As principais drogas empregadas dessa categoria incluem a mostarda nitrogenada, a mostarda fenil-alanina, a ciclofosfamida, o bussulfam, as nitrosuréias, a cisplatina e o seu análago carboplatina, e a ifosfamida (INCA, 2012).

3.1.6.2 Antimetabólitos

Os antimetabólitos afetam as células inibindo a biossíntese dos componentes essenciais do DNA e do RNA. Deste modo, impedem a multiplicação e função normal da célula. Esta inibição da biossíntese pode ser dirigida às purinas (como é a ação dos quimioterápicos 6-mercaptopurina e 6-tioguanina), à produção de ácido timidílico (5fluoruracil e metotrexato) e a outras etapas da síntese de ácidos nucléicos (citocinaarabinosídeo C) (INCA, 1993).

3.1.6.3 Antibióticos

Antibióticos antitumorais: representam um grupo de compostos antimicrobianos produzidos pelo Streptomyces em cultura. A citotoxicidade desses agentes, que limita sua utilidade antimicrobiana, mostrou-se de grande valor no tratamento de ampla variedade de neoplasias. Atuam interferindo com a síntese dos ácidos nucléicos por meio de um processo denominado intercalação, que impede a duplicação e separação das cadeias de DNA e RNA. São drogas ciclo celulares específicas. Os principais antibióticos antitumorais são: Dactinomicina, Doxorrubicina, Daunorrubicina, Bleomicina, Mitomicina, Idarrubicina e Mitoxantrona (MAIA, 2009).

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3.1.6.4 Inibidores mitóticos

Devido ao seu modo de ação específico, os inibidores mitóticos devem ser associados a outros agentes para maior efetividade da quimioterapia. Neste grupo de drogas estão incluídos os alcalóides da vinca rósea (vincristina, vimblastina e vindesina) (INCA, 1993). O QUADRO 1 apresenta informações de acordo com o INCA (2012) sobre alguns antineoplásicos mais comuns com suas respectivas classes.

30 Classe Alquilante

Medicamento e Fórmula estrutural Cisplatina

QUADRO 1 - Alguns dos principais antineoplásicos utilizados no tratamento do câncer

Fonte: (ANVISA, 2002; INCA 2012).

Mecanismo de ação Em solução aquosa, os íons cloreto são lentamente deslocados pela água, gerando complexo carregado positivamente que reage com sítios nucleofílicos de DNA, RNA ou proteína. Disso resulta formação de ligações covalentes bifuncionais, similares às reações alquilantes; as ligações cruzadas intra-filamentos, em particular com guanina e citosina, mudam a conformação do DNA e inibem sua síntese. Também pode ligar-se a bases, formando pares anormais que determinam desenrolamento do DNA.

Prescrição/Aspectos farmacêuticos A cisplatina reage com alumínio, formando gás e um precipitado negro. Diluir a dose em 2L de dextrose 5% com ½ ou 1/3 de cloreto de sódio 0,9% contendo 37,5 g de manitol; infundir esta solução por 6 a 8 horas, à velocidade de 1mg/minuto. Cisplatina aquosa deve ser armazenada entre 15 e 21° C e protegida da luz. Não refrigerar. Após aberto o frasco é estável por 28 dias se protegida da luz ou por 7 dias, sob luz ambiente fluorescente.

Formas farmacêuticas

Câncer que trata

Os disponíveis no Brasil: Solução injetável 0,5 mg/mL, 1 mg/mL. Pó liofilizado para injetável: 10 mg, 20 mg, 25 mg, 50 mg, 100 mg Disponíveis no exterior: Injeção: 1 mg/mL Pó para injetável: 10 mg, 50 mg.

Câncer de bexiga, próstata, ovário, testículo, cabeça e pescoço, pulmão, pulmão de pequenas células, mama, linfomas Hodgkin e nãoHodgkin, neuroblastoma, sarcomas, mieloma, mesotelioma, osteossarcoma

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Classe Antimetabólitos

Medicamento e Fórmula estrutural Fluoracila

Fonte: (ANVISA, 2002; INCA 2012).

Mecanismo de ação Embora o mecanismo de ação desse fármaco ainda não ter sido completamente elucidado é provável que seja pela ligação do fluorodeoxiribonucleotídeo monofosfatado (FdUMP), um metabólito da droga à timilidato sintetase, inativando-a, portanto, impedindo a síntese das timinas e consequentemente a síntese do DNA.

Prescrição/Aspectos farmacêuticos Deve ser armazenada em recipiente hermeticamente fechado e protegido da luz. É irritante, devendo-se evitar contato com pele e mucosas. Diluição em soro glicosado a 5% e cloreto de sódio a 0,9% é estável por 72 horas.

Formas farmacêuticas

Câncer que trata

Formas farmacêuticas Disponíveis no Brasil: Cápsula: 250 mg Creme dermatológico Solução injetável: 10 mg/mL, 25mg/mL, 50 mg/mL. Disponíveis no Exterior: Cápsula: 250 mg Creme: 10 mg/g, 50 mg/g Solução tópica: 10 mg/mL, 20 mg/mL, 50 mg/mL Injetável: 25 mg/mL, 50 mg/mL

Carcinoma colo-retal, gástrico, pancreático e de mama, em pacientes considerados incuráveis por cirurgia ou outros tratamentos. Carcinoma prostático, de bexiga, do epitélio ovariano, cervical, endometrial, anal, esofágico. Tumores metastáticos de carcinoma de pele, hepáticos, de cabeça e pescoço e hepatoblastoma. Carcinoma adrenocortical, vulvar, peniano, tumores carcinóides gastrintestinais e neuroendócrinos em terapia combinada. Na forma tópica o fármaco é indicado para tratamento de condições précancerosas da pele (incluindo múltiplas ceratoses actínicas, queilite actínica, radiodermatite, doença de Bowen, leucoplasia da mucosa e eritoplasia de Queyrat) e carcinoma de célula basal não sensível a outros tratamentos.

Classe Antibiótico

32 Medicamento e Fórmula estrutural Doxorrubicina

Fonte: (ANVISA, 2002; INCA 2012).

Mecanismo de ação Seu mecanismo de ação baseia-se na sua intercalação com o Ácido Desoxirribonucléico (ADN) da célula. Assim, muitas funções do ADN são afetadas, sendo uma possível substância mutagênica e carcinogênica.

Prescrição/Aspectos farmacêuticos Doxorrubicina convencional: Deve ser armazenado em recipientes herméticos e protegido da luz. Deve ser mantido à temperatura ambiente, enquanto que a solução sem conservante deve ser armazenada sob refrigeração; Diluída em soro glicosado 5% ou cloreto de sódio 0,9% (geralmente em 50 a 100 mL) é estável por 24 horas à temperatura ambiente ou por 48 horas sob refrigeração e ao abrigo da luz. Deve-se evitar o uso de agulhas de alumínio, pois pode ocorrer mudança de coloração e precipitação da solução. Doxorrubicina lipossomal: A solução injetável intacta deve ser mantida sob refrigeração. Seu aspecto é de uma dispersão lipossomal vermelha. A dose apropriada (até o máximo de 90 mg) deve ser diluída em 250 mL de soro glicosado 5%, sendo estável por 24 horas sob refrigeração.

Formas farmacêuticas Disponíveis no Brasil: Cloridrato de doxorrubicina convencional Solução injetável: 2 mg/mL, 3,3 mg/mL, 5 mg/mL Pó liofilizado para injeção: 10 mg, 20 mg, 50 mg, 100 mg Disponíveis no exterior: Cloridrato de doxorrubicina convencional Pó liofilizado para injetável: 10 mg, 20 mg, 50 mg, 100 mg Pó liofilizado para injetável (fórmula de dissolução rápida):10 mg, 20 mg, 50 mg, 100 mg, 150 mg Injeção: 2 mg/mL Cloridrato de doxorrubicina lipossomal Injetável: 2 mg/mL

Câncer que trata Doxorrubicina convencional Tratamento de leucemias linfoblástica aguda e mieloblástica aguda, tumor de Wilms, neuroblastoma, mieloma múltiplo, sarcomas de tecido mole, osteossarcomas, carcinomas de bexiga, mama, ovário, tireóide, estômago e pulmão de pequenas células, linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin, sarcoma de Ewing e sarcoma de Kaposi na SIDA. Outras indicações não aprovadas pelo FDA: carcinomas de cabeça e pescoço, endométrio, fígado, útero e próstata. Doxorrubicina lipossomal Tratamento de sarcoma de Kaposi associado a síndrome da imunodeficiência adquirida em pacientes que não responderam ou não toleraram o esquema quimioterápico anterior e no tratamento de carcinoma metastático de ovário em pacientes refratários à terapêutica com paclitaxel e derivados da platina.

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Vincristina

Classe Inibidor Mitótico

Medicamento e Fórmula estrutural

Fonte: (ANVISA, 2002; INCA 2012).

Mecanismo de ação É agente antimitótico específico para a fase M e S do ciclo celular que impede a divisão mitótica durante a metáfase ao se ligar à tubulina, impedindo sua polimerização para formar microtúbulos do feixe mitótico. Interfere também na síntese protéica e de ácidos nucléicos por bloquear a utilização do ácido glutâmico. A interrupção da mitose leva a morte celular.

Prescrição/Aspectos farmacêuticos A droga não é compatível em pH alcalino. A solução deve ser estocada em refrigerador e protegida da luz (vincristina é sensível a luz). O armazenamento em frascos opacos de prolipropileno diminui a decomposição da droga. A compatibilidade da vincristina com a maioria das drogas à temperatura ambiente é de 5 a 10 minutos. Em adultos: (até cinco dias). Dose máxima: 2 mg. Em crianças: menor que 10 kg, uma vez por semana. Dose única máxima: 2 mg.

Formas farmacêuticas

Câncer que trata

Disponíveis no Brasil como Sulfato de vincristina: Pó liofilizado para injeção: 1 mg, 2 mg, 5 mg Solução injetável: 0,1 mg/mL, 1 mg/mL. Disponível no Exterior Sulfato de vincristina: Injetável: 1mg/mL

Tratamento de leucemia linfoblástica aguda, linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin, rabdomiossarcoma embrionário, sarcoma de Ewing, neuroblastoma cerebral, tumor de Wilms, mieloma, câncer de mama, carcinoma de pulmão de pequenas células.

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Portanto é necessário ressaltar que a quimioterapia antineoplásica requer, por sua complexidade, profissional como o farmacêutico que é devidamente capacitado para a sua indicação e aplicação. Ela deve ser empregada e supervisionada por especialista bem treinado nas áreas da oncologia médica e/ou pediátrica e que disponha de condições físicas e materiais adequados para a sua administração. É necessário que o oncologista clínico mantenha-se atualizado com o constante lançamento, no mercado, de novas drogas para uso em oncologia (INCA, 2012).

3.2 Atuação do farmacêutico na oncologia e sua legislação vigente

O farmacêutico na oncologia é indispensável para a qualidade do processo farmacoterapêutico, uma vez que o farmacêutico é o único profissional treinado para prestar informações sobre medicamentos para médicos e pacientes (FERNANDEZ et al., 2006). O CFF estabelece que cabe a esse profissional “avaliar os componentes presentes na prescrição médica, quanto à quantidade, qualidade, compatibilidade, estabilidade e suas interações”. Também deve examinar a sua adequação aos protocolos estabelecidos pela equipe multidisciplinar de terapia antineoplásica e a legibilidade e identificação de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) (OLIBONI et al., 2009). A incorporação do farmacêutico na equipe multidisciplinar de quimioterapia é algo universalmente reconhecido. (FERNANDEZ et al., 2006). A atuação desse profissional está relacionada com a manipulação de quimioterápicos, com a adequação de suas atividades e espaço físico conforme as portarias vigentes, participando do plano de gerenciamento de resíduos, qualificando fornecedores, atuando na gestão de estoque, desenvolvendo trabalhos científicos, acompanhando prescrições e queixas técnicas, devendo ter conhecimento dos fármacos e buscando novas informações sobre reações adversas, tempo de infusão, estabilidade e armazenamento (LARA, 2009). Sendo sua responsabilidade como membro ativo da equipe de saúde (MICHELENA et al., 2008). Sobre a atuação do farmacêutico segundo artigo 1º da Resolução nº288/96 do CFF dele é a competência para o exercício da atividade de manipulação de drogas antineoplásicas e similares nos estabelecimentos de saúde (CFF, 1996). O QUADRO 2 a seguir é baseado no artigo 2° da resolução 288/96 da CFF no qual se refere ao exercício da atividade de quimioterapia nos estabelecimentos de saúde, citando as funções do farmacêutico e sua atuação nas respectivas funções:

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QUADRO 2 – Funções e atuações do farmacêutico

Funções do farmacêutico

Funções administrativas e atenção farmacêutica

Recepção da receita

Manipulação de antineoplásicos

Dispensação

Procedimentos após dispensação

Atuação nas respectivas funções - Selecionar, adquirir, armazenar e padronizar os componentes necessários ao preparo dos antineoplásicos; - Informar periodicamente, ou quando solicitado, o custo de cada componente de solução após o preparo; - Compor a equipe multidisciplinar nas visitas aos clientes submetidos ao tratamento com antineoplásicos; - Participar das reuniões, discussões de casos clínicos e atividades didáticas e científicas da equipe multidisciplinar; - O farmacêutico deverá dispor de dados quanto à qualidade destes produtos, sobretudo garantindo os seguintes parâmetros: solubilidade, estabilidade, homogeneidade, viscosidade, osmolaridade, esterilidade, teor e pureza; - Participar, desenvolver, elaborar pesquisas de antineoplásicos, não só na área de saúde, bem como na área industrial; - Participar e atuar em toda divulgação técnica científica vinculada ao marketing do suporte quimioterápico. - Avaliar os componentes presentes na prescrição médica, quanto à quantidade, qualidade, compatibilidade, estabilidade e suas interações. - Orientar, supervisionar e estabelecer rotinas nos procedimentos de manipulação e preparação dos antineoplásicos; - Assegurar que todos que preparem os medicamentos obedeçam às normas de segurança individuais e coletivas para a manipulação de antineoplásicos recomendadas em nível nacional e internacional. - Preencher adequadamente o rótulo de cada unidade de antineoplásico preparado, assinar e carimbar, identificando o nome do cliente, a quantidade de cada componente, bem como efetuar as devidas recomendações para sua estabilidade e administração; - Registrar cada solução de antinteoplásico preparado em livro de registro, onde constará: data do preparo, nome completo, número do prontuário do paciente e localização, número seqüencial de preparo, diagnóstico, protocolo de referência, quantidade preparada, concentrações do produto. - Assegurar o controle de qualidade após preparo até administração do medicamento; - Assegurar destino seguro para os resíduos dos antineoplásicos.

Fonte: (CFF, 1996)

NA RDC 67/07 da ANVISA consta que o Responsável pela manipulação, inclusive pela avaliação das prescrições é o farmacêutico, com registro no seu respectivo Conselho Regional de Farmácia (CRF) e que ele é o profissional responsável pela supervisão da manipulação e pela aplicação das normas de Boas Práticas, necessitando assim possuir conhecimentos científicos sobre as atividades desenvolvidas pelo estabelecimento (ANVISA, 2007).

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3.3 Manipulação de Antineoplásicos

Entende-se como manipulação de medicamentos citotóxicos o conjunto de operações desde a recepção, armazenamento e transporte, preparação de uma dose a partir de uma embalagem comercial, administração de uma dose ao doente, recolha e eliminação dos desperdícios das duas operações anteriores e recolha e eliminação das excretas (OLIVEIRA et al., 2002). A demanda da manipulação de antineoplásicos vem aumentando bastante, devido à crescente incidência do câncer e da introdução de novos regimes de tratamento cada vez mais complexos (TICHY, 2010). No que diz respeito ao preparo dos medicamentos antineoplásicos, este deve ser realizado com técnica asséptica, em ambiente com infra-estrutura apropriada, segundo as normas

locais

e

padrões

internacionais,

e

procedimentos

pré-estabelecidos

sob

responsabilidade do farmacêutico. A ação desse profissional nessa etapa da terapia antineoplásica é fundamental para diminuir os riscos associados ao manejo desses medicamentos além de prevenir erros como seleção errônea do diluente (ANDRADE, 2009).

3.3.1 Rotina na Central de Preparo de Antineoplásicos

Para proteger o trabalhador durante o manuseio de quimioterápicos é considerada essencial à adoção de medidas, como a utilização de câmaras de fluxo laminar vertical para o preparo de antineoplásicos e o uso de EPI corretamente, nas diversas atividades que envolvem a manipulação de quimioterápicos (MAYER, 1992).

Normas relativas à manipulação de antineoplásicos são preconizadas pela agência norte-americana Occupational Safetyand Health Administration –(OSHA), determinando e especificando como EPI obrigatório durante a manipulação de quimioterápicos: luvas grossas de látex ou prolipropileno, descartáveis e não entalcadas, gorro, propé, aventais impermeáveis, que devem apresentar frente fechada, mangas longas, punhos com elásticos e descartáveis; máscaras com proteção de carvão ativado, o qual age como filtro químico para partículas de até 0,2μ; óculos de proteção, os quais devem impedir contaminação frontal e lateral de partículas, sem reduzir o campo visual (MARZIALE et al., 2004).

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Na década de 90, como resultado dos estudos realizados a respeito dos QA’s, alguns hospitais e institutos de câncer começaram a se preocupar com a proteção de seus trabalhadores, estabelecendo medidas de proteção. Com isso segundo Rey et al., (2006, p. 36) o uso adequado de equipamentos de proteção individual é uma das melhores formas de prevenir a exposição ocupacional dos trabalhadores frente a produtos perigosos. A prevenção supõe um ponto chave em todos os passos do processo. O INCA, elaborou um manual de normas técnicas e administrativas para a manipulação segura de QA’s, que destaca aspectos importantes, como descritas no Quadro 3 abaixo (MAIA, 2009).

QUADRO 3 - Medidas de proteção preconizadas pelo INCA para o manuseio de quimioterápicos antineoplásicos a) Normas de segurança no preparo de QA’s: • Determinar um local exclusivo para o preparo das drogas; • Preparar os QA’s em uma área centralizada; • Manter um ambiente tranquilo, sem corrente de ar, restrito aos funcionários do setor. • Proibir a ingesta de alimentos ou líquidos, fumo e aplicação de cosméticos na área de trabalho; • Preparar os QA’s em uma Cabine de Segurança Biológica (CSB) Classe II, B2 (exaustão externa) que garante a proteção pessoal e ambiental, pois o fluxo de ar filtrado incide verticalmente em relação à área de preparo e a seguir é totalmente aspirado e submetido à nova filtragem; • Realizar manutenção da CSB por trabalhadores especializados pelo menos uma vez ao ano, para assegurar seu perfeito funcionamento; • Trocar os filtros de acordo com os prazos recomendados pelo fabricante; • Fazer limpeza diária da CSB com álcool a 70% antes de iniciar o trabalho e ao seu término; • Lavar semanalmente a CSB com água e sabão ou com um agente alcalino seguido de água; • Ligar a CSB 30 minutos antes de qualquer procedimento. • Usar uma cobertura absorvente impermeável e descartável, sobre a área de trabalho, para minimizar a contaminação por gotículas ou respingos; • Trocar as coberturas absorventes imediatamente após a contaminação; • O uso de equipamento de proteção individual é de suma importância: máscara de carvão ativado, óculos, avental descartável de mangas longas com punhos ajustados, com a parte da frente fechada e com forro interno impermeável, dois pares de luvas cirúrgicas descartáveis de látex, não entalcadas, com punhos longos para cobrir os punhos do avental; • As luvas externas devem ser descartadas a cada 60 minutos ou após sua contaminação com respingo de uma droga; e as duas a cada 120 minutos; • Lavar as mãos antes e após o preparo de QA’s; • Usar agulhas, seringas, equipos® e conexões com rosca (luer-lock); • Remover todo o líquido do gargalo da ampola dos QA’s, posicionando a parte superior da mesma na direção oposta ao preparador, envolver o gargalo com uma folha de gaze esterilizada. Quebrar o gargalo da ampola, mantendo-a mais afastada possível do corpo. Desprezar o excesso de solução da ampola dentro de um frasco selado; • Reconstituir os QA’s contidos em frascos-ampolas usando um filtro que permita a entrada de ar e a saída de aerossóis; respeitar o equilíbrio das pressões interna e externa dos frascos, deixar o diluente escorrer lentamente pela parede do frasco; retirar a dose do agente com a seringa; esperar até que a pressão do frasco se iguale com a da seringa para remover a agulha. Remover lentamente o ar da seringa contendo QA’s, sobre uma cobertura de gaze estéril ou dentro do próprio frasco da medicação. O equipo® deve ser preenchido com soro fisiológico/glicosado antes de adicionar o QA. Fonte: (MAIA, 2009).

38 QUADRO 4 - Medidas de proteção preconizadas pelo INCA para o manuseio de quimioterápicos antineoplásicos. b) Normas de segurança relativas à administração de QA’s: •

Usar equipamento de proteção individual: avental descartável e luva cirúrgica; máscara e óculos são opcionais. É indicado o uso de máscaras com protetores faciais. Lavar as mãos antes e após o uso das luvas; • Proteger a conexão da agulha com o injetor lateral com gaze embebida com álcool a 70%. Obs.: O equipo deve ser preenchido com soro fisiológico/glicosado antes de se adicionar QA, ainda na CSB, de forma a evitar a contaminação ambiental e pessoal na sala de administração. c) Normas de segurança relativas aos equipamentos descartáveis, frascos e ampolas: • Desprezar os objetos pontiagudos, seringas conectadas com agulhas, os frascos vazios ou com restos de medicações, frascos de soro vazios, algodão, gaze e equipos contaminados em um recipiente rígido e impermeável de polipropileno, identificado como "lixo perigoso", e encaminhá-lo para tratamento específico; • Não reencapar a agulha ou desconectá-la da seringa após o término da administração. d) Normas de segurança relativas à contaminação ambiental e pessoal: • Retirar todo EPI contaminado e descartá-lo imediatamente; • Lavar com água corrente e sabão neutro exaustivamente a pele exposta; • Irrigar o olho exposto com água ou solução isotônica por 5 minutos mantendo a pálpebra aberta; • Procurar atendimento médico; • Preencher a ficha de acidentes de acordo com as normas da instituição; • Neutralizar com sódio a 5% ou permanganato de potássio a 1% caso ocorra acidentes com derramamento de drogas, utilizando equipamento de proteção individual para retirar o excesso com papel absorvente, acondicionando em saco plástico e recipiente rígido de polipropileno tipo “Descartex”, lavar abundantemente com água e sabão o local do acidente. e) Normas de segurança relativas ao manuseio de pacientes: • Utilizar EPI (luva e capote) no manuseio de secreção e excretas; • Desprezar com cautela as secreções e excretas para evitar a contaminação através de respingos; • Manusear roupa de cama, camisolas e pijamas contaminados com luva;  Embalar em saco plástico fechado e identificar como roupa contaminada antes de encaminhar à lavanderia. f) Normas de segurança relativas ao pessoal: • Manter o registro completo do pessoal que manipula QA’s para seguimento clínico e pesquisa; • Manter programas de treinamento e atualização dos trabalhadores que manipulam QA’s; • Especializar trabalhadores que manipulam QA’s; • Supervisionar o cumprimento das normas de segurança; • Afastar mulheres grávidas e nutrizes das atividades que envolvam manipulação de QA’s; • Manter fichas de registro de acidentes com trabalhadores que manipulam QA’s; • Estabelecer avaliação médica semestral incluindo exames laboratoriais tais como: hematológico, provas de funções hepática, renal e pulmonar; • Realizar treinamento de atualização dos trabalhadores das unidades de internação que recebem pacientes em tratamento quimioterápico sobre a segurança na manipulação de excretas destes pacientes e o risco ocupacional. Fonte: (MAIA, 2009).

Segundo Almeida (2004, p. 77), o local destinado ao preparo dos antineoplásicos é de acesso restrito ao manipulador devidamente paramentado (farmacêutico).

A sala é

composta por CSB Vertical Classe II B, pois ela garante a proteção pessoal e ambiental, já que seu fluxo incide verticalmente em relação à área de preparo e a seguir é totalmente

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aspirado e submetido à nova filtragem, através do filtro HEPA (High Efficieney Particulate Air) (REBECA, 2006). Esses filtros devem ser trocados a cada seis meses com velocidade de escoamento do ar de 29 a 32,5 metros ou minutos, e nível de ruído abaixo de 80 decibéis (Db). A exaustão é zero de recirculação, o ar é filtrado. A iluminação da área de trabalho é feita por lâmpadas fluorescentes (ALMEIDA, 2004, p. 77). A FIG. 3 a seguir ilustra a CSB e o profissional devidamente paramentado.

Figura 2 - Manipulação em Cabine de Segurança Biológica Classe II e alguns materiais utilizados

Fonte: Neon. med 2012.

A câmara de preparo deve ter pressão positiva com relação à CSB e negativa com relação às áreas adjacentes (ALMEIDA, 2004, p. 77), mesa de aço inoxidável, lisa, lavável, impermeável e resistente à desinfecção; descartex® II (7 litros) no interior da CSB para descarte de material tóxico e perfuro cortantes. Aconselha-se a utilização deste tipo de Descartex® por fornecer uma melhor proteção, tanto ao manipulador quanto aos profissionais que coletam resíduos (ALMEIDA, 2004, p. 78). Ainda segundo Almeida (2004, p. 78), o interior da CSB deve conter aparelho telefônico com comunicação com o exterior, cadeira giratória, calculadora, cestos de lixo com tampa e pedal, seladora de plástico, janela com sistema corrediço para saída das bandejas seladas com os antineoplásicos já manipulados e rotulados para a equipe de enfermagem administrar no paciente. Além disso, devem-se colocar apenas os materiais necessários para o preparo de poucos antineoplásicos e ser proibido beber, comer, fumar, ou usar cosmético (pó facial, pintura para os olhos, esmaltes, rouge), que servem de fonte de infecção.

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De acordo com Teixeira et al. (2001), o material utilizado na manipulação deve conter ligações do tipo luer lock, consistindo numa junção entre duas peças (seringas, agulhas e tampas) por rotação e não por encaixe, reduzindo assim a possibilidade de acidentes por dispersão do tóxico devido às diferenças de pressão criadas. As seringas e agulhas devem ser de tamanho apropriado de forma que permita um equilíbrio de pressão entre o sistema frascoseringa. As compressas devem ser esterilizadas e são utilizadas na limpeza das superfícies da câmara, bancadas e material; as de menores dimensões são utilizadas como auxiliares na preparação das soluções. Além disso, em todos os locais onde se manipulam medicamentos citotóxicos, deve existir um kit de emergência, para que possa ser utilizado em situações de derrame ou contaminação acidental. Este deverá conter substâncias adequadas à neutralização do efeito dos citotóxicos no caso de uma exposição aguda; a informação da substância neutralizante para o respectivo citotóxico deverá constar da ficha de dados de segurança; o equipamento de proteção individual: máscara para evitar a inalação de aerossóis, dois pares de luvas protetoras, óculos protetores e bata impermeável; e o material absorvente para poder ser utilizado num possível derrame. Juntamente com o kit deverá existir uma folha com os procedimentos a seguir em caso de acidente. (TEIXEIRA et al.,2001).

3.3.2 Técnicas de preparação

Apesar das publicações e a implementação de medidas para reconstituição e administração de fármacos antineoplásicos, vários estudos tem demonstrado níveis consideráveis de contaminação ambiental nas áreas de trabalho, ainda que a reconstituição do fármaco tenha sido realizada na CSB. Por isso, é importante adotar uma técnica de preparação adequada a fim de evitar aumentos de pressão durante a manipulação que poderiam produzir aerossóis nos frascos ou derramamentos no caso de seringas (REY et al., 2006, p. 47 e 48). Segundo Rey et al. ( 2006, p. 48), nos últimos anos tem surgido no mercado vários dispositivos para a preparação de citostáticos, destinados a evitar a produção de aerossóis e, portanto, minimizar a exposição. A seguir, realiza-se uma avaliação dos diferentes sistemas disponíveis. A técnica de manipulação será diferente dependendo do material utilizado: frascos-ampolas ou ampolas. As diferentes técnicas que podem ser utilizadas para evitar a formação de aerossóis quando se manipulam frascos-ampola são descritas a seguir:

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Técnica de pressão negativa de Wilson e Solimando: introduz a agulha no frasco extraindo uma pequena quantidade de ar, em seguida insere um volume de solvente ligeiramente inferior ao volume de ar extraído, repetindo a operação até atingir o volume desejado. Antes de retirar a agulha é necessário extrair uma pequena quantidade de ar para criar uma pressão negativa no interior do frasco (REY et al., 2006, p. 49). Sistemas de liberação de pressões: Existem vários tipos. Agulhas com respiro: trata-se de uma agulha unida a um filtro hidrófobo de 0,22 Mm que impede a criação de pressão positiva dentro do frasco. Atua retendo as partículas de líquido e pó, evita a emissão de aerossóis Deve-se trabalhar, portanto, com duas agulhas, a de respiro que atua regulando as pressões, e a de carga, unida á seringa para conter o medicamento. (REY et al., 2006, p. 49).

Sistemas de agulha-filtro-válvula (spikes): são igualmente sistemas com entrada de ar nos quais não é necessário usar duas agulhas; estes sistemas integram a punção spike e o filtro de ar em um mesmo dispositivo, mantendo as pressões igualadas em todo momento. Durante os processos de reconstituição e retirada do fármaco, os aerossóis ficam retidos em um filtro hidrófobo de 22 µm e alguns destes incorporam também um filtro de 5 Mm para retenção das partículas, como as provenientes da borracha ou vidro. Todos eles permitem uma conexão Luer-Lock ás seringas. Há diferentes tipos segundo o material, o tamanho do poro do filtro e o tamanho da punção. Deve-se ter cuidado com os que contem o plástico ABS (acrylonitrile butadiene styrene), que é imcompatível com o etoposídeo (inibidor mitótico). Assim mesmo, é importante levar em consideração o diâmetro da punção em relação ao tipo de frasco que se deve utilizar. Por outro lado, também deve-se considerar o volume morto que fica na punção e que deve ser o menor possível. Existe no mercado uma ampla variedade de produtos deste tipo. Alguns deles são: “Codan Chemoprotect Spike®, “Baxter Chemoaide Pin ®”, Braun Minini Spike Plus ®”, Milipore Millex Vial Vent® , “KRZ Citofilter Chemo Pin®”(REY et al., 2006, p. 50).

Sistemas fechados: são sistemas nos quais o citostático nunca fica em contato com o meio externo, pois é dotado de uma câmara de expansão permitindo a dissolução de substâncias liofilizadas com igualação de pressões e sem risco de liberação de aerossóis. (MARZIALE et al., 2004). Estudos estão sendo conduzidos para avaliar a eficiência desse dispositivo e os resultados demonstraram uma redução da contaminação de superfícies, mesmo quando o fármaco não foi preparado na cabine de segurança (MARTINS et al., 2004). A utilização do sistema fechado unido à CSB e as técnicas padrão de preparação de drogas perigosas significativamente reduz a contaminação da superfície ciclofosfamida, em comparação com as técnicas padrão sozinho (HARRISON et al., 2006). No entanto, esses dispositivos não são comumente usados principalmente por causa de seu custo elevado (MAEDA, 2010).

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Os sistemas fechados podem ser formados por apenas um componente ou por vários. Entre os sistemas fechados disponíveis no mercado se encontram: Grifols PhaSea®: formado por diferentes componentes, que se conectam mediante a técnica de dupla membrana, a qual proporciona uma conexão seca e portanto evita a contaminação por contato; a agulha é protegida em todo momento, evitando perfurações acidentais; previne-se a liberação de aerossóis, pois estes ficam retidos numa câmara de expansão fechada que evita a contaminação por inalação. Euro hospital Secumix®: formado por um só componente. Conecta ao mesmo tempo a solução intravenosa (IV), o fármaco e a seringa, formando um sistema fechado que permite transferir volumes de liquido da solução intravenosa ao fármaco e vice-versa sem desconectar a seringa; a compensação das pressões se realizará através de um filtro hidrófobo de 0,2Mm. Está disponível em duas versões, para conexão de frascos de vidro e para bolsas. Possui conexão Luer para a seringa e encaixe (engate) de segurança no ponto de injeção da bolsa (REY et al., 2006, p. 52). Trevadaptor®: formado por vários componentes: adaptador de seringa com conexão Luer na seringa, adaptador de frascos adaptável a frascos de diferentes diâmetros e provido de um tampão que permite conservar os frascos parcialmente utilizados para uso posterior. Os dois adaptadores se conectam entre si sem necessidade de agulhas (REY et al., 2006, p. 53).

3.3.3 Manipulação de Ampolas

Antes de abrir a ampola deve-se comprovar que toda a solução se encontra na parte inferior da ampola, em seguida envolve-se o gargalo da ampola com uma compressa de gaze estéril umedecida com álcool a 70% e abri a ampola em direção contraria ao manipulador. Deve conectar um filtro de 5Mµ entre a agulha e a seringa, e extrair a quantidade necessária de citostático, após, retira ligeiramente o êmbolo da seringa para corrigir o volume de citostático que fica na agulha (REY et al., 2006, p. 53 e 54).

3.3.4 Manipulação de frascos

Inicialmente limpa a tampa do frasco com uma gaze estéril umedecida com álcool a 70% e deixa evaporar, em casos de frascos com medicamento sólido preenche a seringa com o volume de solvente necessário para reconstituição. Se necessário trabalhar com agulha, introduz a agulha no frasco com o bisel para cima formando um ângulo de 45 graus com a

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superfície do tampão ate a metade do bisel, em seguida coloca a agulha perpendicular ao tampão e introduz no frasco (REY et al., 2006, p. 54 e 55). Para a reconstituição no caso de pó liofilizado, introduz o solvente lentamente no frasco de citostático deixando que desça pelas paredes interiores do frasco, para evitar a formação de aerossóis devem ser utilizadas técnicas de manipulação mencionadas anteriormente agitando o frasco de forma circular e suavemente (REY et al., 2006, 55). A extração da solução é realizada seguindo uma das técnicas de manipulação mencionadas anteriormente; no caso da técnica da pressão negativa, a extração deve ser feita de forma gradual, intercambionando-na por volumes de ar de forma que sempre haja pressão negativa no interior do frasco. Antes de extrair a agulha do frasco, retira um pouco o êmbolo da seringa (REY et al., 2006, p. 55 e 56).

3.3.5 Injeção de fluido dentro da bolsa de infusão

Atualmente, existem disponíveis sistemas que dispensam agulhas, com a finalidade de evitar perfurações durante a preparação do fármaco. Alguns destes sistemas, além de permitir a adição do fármaco, também servem como linha de purificação, de forma que o citostático é dispensado sendo limpo com soro, minimizando assim o risco de contaminação na zona de administração. Alguns destes sistemas são os seguintes: Baxter Cytoluer®: permite a adição do fármaco à bolsa de infusão sem necessidade de utilizar agulhas. Dispõe de conexão Luer à seringa com válvula resselável de silicone que permite múltiplos acessos à bolsa, sem risco de fuga. A conexão ao ponto de adição da bolsa é através de uma agulha protegida para evitar perfurações, o canal da agulha é de alto fluxo para uma transferência rápida da mistura. O sistema fica fixado á bolsa mediante uma pinça de segurança para evitar que desconecte (REY et al., 2006, p. 56 e 57). Alargador Codan Connect Z®, sistema de adição de fármacos com linha de purificação. Conecta-se ao ponto de administração da bolsa mediante um conector com válvula retrátil e permite à adição do fármaco a bolsa de infusão sem necessidade de utilizar agulha. Além destes sistemas tem-se o alargador Abbot para equipe de administração Oncoset®, é um sistema de adição de fármacos com linha de purificação, à conexão a seringa é de silicone retrátil, existem disponíveis nos modelos de alargador, um transparente, sem filtro de entrada de ar e com válvula anti-refluxo, e outro modelo com tubo opaco, filtro de entrada de ar e válvula anti-refluxo (REY et al., 2006, 57 e 58).

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3.4 Acidentes no processo de manipulação de antineoplásicos – procedimento

As evidências científicas comprovam que os riscos advindos da manipulação de quimioterápicos antineoplásicos envolvem a inalação de aerossóis, o contato direto da droga com a pele e mucosas e a ingestão de alimentos e medicações contaminadas por resíduos desses agentes, formas de contaminação que podem provocar danos à saúde dos trabalhadores, como mutagenicidade, infertilidade, aborto e malformações congênitas, disfunções menstruais e sintomas imediatos como tontura, cefaléia, náusea, alterações de mucosas e reações alérgicas em trabalhadores que manipulam essas drogas (ROCHA et al., 2004). As causas de acidentes podem envolver todos os aspectos da preparação: droga, a dose, apresentação, a diluição do fluido de rotulagem, o conjunto de infusão ou até outros aspectos como ausência de comunicação com os fabricantes para prevenir erros de manipulação com melhor apresentação de fármacos. Erros que poderiam induzir toxicidade ou a redução de eficácia (erro potencial de dose de droga, ou a incompatibilidade maior) são definidos como principais (LIMA et al., 2001). Entre os vários tipos de acidentes um dos mais importantes a ser citado é o extravasamento da QA que pode ser definida como infiltração acidental da droga no tecido subcutâneo circunjacente e seus efeitos tóxicos locais variam, podendo causar dor, necrose tissular ou descamação do tecido. O potencial vesicante de uma droga, o volume extravasado, o sítio de infiltração e o tempo de exposição à droga são fatores decisivos para determinar a extensão da lesão (UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO, 2012). Segundo Andrade (2009), em geral os acidentes são de dois tipos: pequenos (menores de 5 mL) e grandes derramamentos (maiores de 5 mL). O derramamento deverá ser contido e limpo com gaze absorvente, no caso de pequenos derramamentos, e com chumaços ou folhas absorventes, nos grandes derramamentos. No caso de derramamento de pós, deverá ser limpo com gaze úmida. A seguir a área deverá ser lavada por três vezes com água e sabão neutro. Secar e manter a área ventilada. Se houver fragmentos de vidro, estes deverão ser recolhidos com pás e colocados em recipiente para perfuro-cortantes. Tanto o recipiente para perfuro-cortantes, como as gases utilizadas deverão ser colocadas em sacos plásticos apropriados para estes resíduos. Na ocorrência de contaminação do filtro HEPA, a capela deverá ser desativada, vedada com plástico, até que técnicos especializados possam trocá-los e realizar nova validação da cabine (ANDRADE, 2009).

45

Assim é importante manter-se em local facilmente perceptível e de fácil acesso kits de emergência corretamente rotulados, tanto nas áreas de preparo como nas áreas de administração de citostáticos. A Sociedade Americana de Farmacêuticos Hospitalares (ASHP) recomenda que os kits contenham, 1 capote impermeável descartável, 1 par de óculos de proteção, 1 touca descartável, 1 par de propés impermeáveis descartáveis, 1 respirador para agentes classe PFF2, 2 pares de luvas de procedimentos, 1 pá plástica descartável, 1 vassourinha plástica descartável, 1 embalagem com sabão neutro líquido, 3 compressas absorventes, 1 ampola de água para injeção (250 mL), 1 ampola de NaCl 0,9% (250 mL), 2 sacos plásticos brancos (NBR/ABNT) identificados com o símbolo de resíduo de risco (ANDRADE, 2009). Os acidentes durante preparação têm muitas causas, e estas precisam ser detalhadas para desenvolver ações corretivas, como a revisão do pessoal, organização de carga de trabalho, revisão da política de compra e intensificação do treinamento técnico (LIMA et al., 2001). As Boas Práticas na Manipulação nem sempre são suficientes para evitar a exposição ocupacional aos antineoplásicos. As alterações constantes no fluxo de ar, as câmaras em mal estado de conservação, associadas à falta de treinamento dos trabalhadores, EPI inadequados e em quantidade insuficiente favorecem a potencialidade dos riscos no manuseio desses agentes. O manipulador deve sempre ter em mente a segurança do paciente bem como a sua própria, manuseando os antineoplásicos com rigorosas técnicas assépticas, minimizando os riscos, por meio do uso das medidas de proteção (GUEDES et al., 2000).

3.5 Biossegurança em oncologia e sua legislação

Como disciplina, a biossegurança desenvolve um corpo de conhecimentos técnicocientíficos com o propósito de prevenir, reduzir danos ao meio ambiente e promover atitudes de cuidado para com os seres vivos. Enfim, tendo-se a idéia de sustentabilidade de todas as formas de vida, sendo que suas ações devem ter base na legislação vigente, na ética da responsabilidade, no conhecimento científico e no senso comum (ERDTMANN, 2004). De acordo com Art. 2º da Resolução nº288/96 do CFF é fundamental assegurar a observância das normas de segurança individuais e coletivas para a manipulação de antineoplásicos recomendadas em nível nacional e internacional.

46

A portaria n° 2439/05 do MS orienta desencadear ações que propiciem a preservação do meio ambiente e a promoção de entornos e ambientes mais seguros e saudáveis, incluindo o ambiente de trabalho dos cidadãos e coletividades. Bonassa et al. (2005) cita que existem riscos em vários momentos para os profissionais que trabalham em oncologia como, por exemplo, ao preparar, administrar e ao descartar dos agentes antineoplásicos, durante o preparo no momento da retirada de solução do frasco ampola, no momento da reconstituição de drogas, na abertura de ampolas, e na retirada de ar da seringa que contém citostático. Goodman & Gilman (2006) alertam que os QA’s oferecem risco ocupacional, tanto em relação a sua manipulação, limpeza e desinfecção das áreas e equipamentos usados para tal, quanto no seu recebimento, transporte, armazenamento, administração do produto acabado e gerenciamento dos resíduos gerados na sua manipulação, administração e em possíveis acidentes. Considerando-se a introdução de vários novos quimioterápicos e a sua utilização em misturas complexas, são previsíveis futuros riscos mais elevados aos que manuseiam essas drogas (CAVALLO et al., 2005). A proteção segundo a RDC 220/04 da ANVISA é dada pelos EPI’s. Já a RDC 67/07 da ANVISA consta que a manipulação de antineoplásicos e outras substâncias com reconhecido risco químico deve seguir critérios rígidos de utilização dos EPC’s. Ao se adotar normas de biossegurança os riscos no ambiente hospitalar podem diminuir consideravelmente (COSTA, 2010). A conscientização sobre o manuseio de medicamentos perigosos podem reduzir os riscos de exposições ocupacionais (MAEDA et al., 2010). Pois, as preparações defeituosas de drogas citotóxicas podem ser detectadas antes de sua utilização, durante a preparação ou no momento do controle final (LIMA et al., 2001). Cada etapa do processo de preparo de um medicamento de risco deve ser realizada sob condições e uso de práticas seguras (INCA, 2012). É importante também fazer exames anualmente para detectar presença de tóxicos ou danos à saúde recorrentes da exposição. O teste ideal para o monitoramento de exposição para drogas perigosas deve ser sensível, específico e quantitativo, de modo que a exposição a um agente particular pode estar relacionado com possíveis efeitos biológicos. Não há uma grande quantidade de experiências relatadas na literatura internacional sobre as medidas a serem tomadas quando metabólitos são detectados em uma amostra de urina do trabalhador, porém o registro do ocorrido é importante para futuras observações (BALDO et al., 2007). É interessante notar que nos EUA, Austrália, Canadá, Reino Unido e outros grandes países ocidentais tem sido a sociedade farmacêutica local ou um organismo profissional que

47

tem estado na vanguarda do esforço para desenvolver diretrizes para segurança do trabalhador e proteção. Tais organizações como a Federação de Farmácia Internacional (FIP), a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Sociedade Européia de Farmácia Clínica precisam se juntar com a Sociedade Internacional de Praticantes de Farmácia em Oncologia (Isopp) e tornar segura a manipulação de citotóxicos e segurança do trabalhador uma prioridade em questão. Isso vai ajudar países pequenos e em desenvolvimento que não tenha uma organização de farmacêuticos ativos para persuadirem em seus ministérios locais para emitir e implementar diretrizes para o manuseio seguro de agentes citotóxicos (CASS et al., 2006).

3.6 Controle e gestão de resíduos provenientes da manipulação de antineoplásicos (legislação)

A World Health Organization (WHO) (2002), estima que ocorrerá aumento do número de casos de câncer em todo mundo, tornando-se um problema de saúde pública mundial. Essa elevação do número de casos de câncer tem como consequência o aumento de resíduos devido à necessidade de mais tratamentos com uso de medicamentos quimioterápicos antineoplásicos e de radiação ionizante (radioterapia). Segundo RDC 306/04 da ANVISA o Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (GRSS) constituem-se em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. A mesma RDC define como geradores de Resíduos Sólidos de Saúde (RSS) todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal. A Norma Brasileira (NBR) n.º 12807/93 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), define resíduo como "todo material desprovido de utilidade para o estabelecimento gerador". A Resolução do CONAMA n.º 358/05, classifica os quimioterápicos nos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSSS) como do Grupo B, que são resíduos que contém substâncias químicas com o risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Citados no item (a) da resolução anterior, produtos hormonais, produtos antimicrobianos, citostáticos; antineoplásicos e imunossupressores. Os resíduos classificados como Grupo B é identificado

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através do símbolo de risco associado, de acordo com a NBR 7500 da ABNT e com discriminação de substância química e frases de risco de acordo com a FIG. 3.

FIGURA 3 - Símbolo de risco tóxico

Fonte: (ABNT, 2004)

No entanto na NBR 10004/04 da ABNT existem critérios estabelecidos para classificar um resíduo como perigoso. Esses critérios levam em conta a propriedade física, química ou infecto contagiosa do resíduo, bem como a possibilidade desses resíduos apresentarem o risco de pegar fogo, corroer, reagir, intoxicar e/ou infectar quem estiver próximo ou em contato com o produto. A Resolução nº288/96 do CFF define que se deve assegurar destino seguro para os resíduos dos antineoplásicos. Segundo Erdtmann (2004), o manejo dos resíduos do Grupo B: representam-se pelo símbolo de substância tóxica, incluindo-se no rótulo de fundo vermelho, desenhos e contornos pretos, escrito: Resíduos Químicos. Se necessitar, acrescentar a inscrição Pérfuro Cortante. Para o acondicionamento deve ser observada a compatibilidade química entre os produtos. Os resíduos sólidos do grupo B poderão ser acondicionados em saco branco leitoso, resistente e impermeável dependendo do material descartável sendo preenchido até 2/3 de sua capacidade, cumprindo a NBR- 9191 da ABNT (2002). Já com os resíduos líquidos podem ser acondicionados em frascos de até dois litros ou em bombonas de material que apresente compatibilidade com o produto, sendo resistentes, rígidas e estanques com tampa rosqueada, vedada e identificada, a sua embalagem tem que garantir que os frascos são seguros e evitar choques mecânicos. Para maior segurança o compartimento estanque deve ser dimensionado de acordo com o volume e a frequência da coleta e é o local onde devem ficar os quimioterápicos e artigos que por eles forem contaminados (ERDTMANN, 2004). O carro de transporte interno deve ser corretamente identificado, com símbolo e cor para grupo B. O armazenamento temporário é regido pela norma NBR-12235 da ABNT (1992).

49

A WHO (1999) recomenda como forma de tratamento para os resíduos perigosos a incineração. Mas devido à presença de cloro, de metais pesados entre outros na composição dos resíduos de serviços de saúde, que acarretam em emissões de gases tóxicos para a atmosfera, essa forma de tratamento vem perdendo sua preferência frente a métodos menos poluentes que estão sendo desenvolvidos ou métodos com custo mais acessível. No manual da WHO (1999), possibilita o uso de fornos de cimento e siderurgia para incinerar resíduos químicos e farmacêuticos. Essa opção tem a vantagem de não exigir mais investimentos para construção e os resíduos ainda servem de combustível para esses fornos. A resolução do CONAMA nº358/05 ressalta que ao submeter os resíduos de medicamentos antineoplásicos a algum processo de tratamento e o estabelecimento que gera resíduos optar por uma disposição final após o processo, este deve ser feito em aterro sanitário específico. Caso o estabelecimento opte em não tratá-lo e esse resíduo esteja no estado sólido, deve dispô-lo em aterro próprio para resíduos perigosos. Já se o resíduo estiver no estado líquido não se tem a opção de disposição em aterro sem tratamento prévio (CONAMA, 2005).

51

4 METODOLOGIA

4.1 Identificação de estudo

O estudo é uma revisão narrativa da literatura sobre a importância do profissional farmacêutico na manipulação de quimioterápicos.

4.2 Estratégia de busca

O objetivo da estratégia de busca foi encontrar artigos que permitiram atingir os objetivos deste trabalho. As bases eletrônicas utilizadas foram a National Library of Medicine (PUBMED), com os seguintes descritores: Handler and antineoplastic e Oncology and pharmacist and handling. Foi obtido um resultado de 99 artigos, que se encontram nas tabelas de n0 9 e 10 dos anexos. A Biblioteca Nacional de Medicina/ Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (BIREME/LILACS), com os seguintes descritores: Farmacêutico and oncologia, Manipulação

and antineoplásicos, Manipulação and

quimioterápicos, Farmacêutico and quimioterapia e Farmacêutico and quimioterapia and erros. E Bireme; Hospital and oncológico and farmácia. Obtendo um resultado de 54 artigos, que se encontram nas tabelas de n0 1, 2, 3, 4, 5, 7 e 8 dos anexos. A base de dados eletrônica Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline), com os seguintes descritores: Antineoplásicos and erros de preparação. Resultando em 14 artigos, que se encontram na tabela de n0 6. A seleção inicial foi realizada pela leitura de títulos e resumos. Dessa pré-seleção, os artigos selecionados foram lidos na íntegra e alguns foram eliminados resultando na seleção final. Foi avaliada também a presença de artigos em duplicidade. Em caso positivo, um dos artigos foi eliminado. Em cada uma das bases de dados foi utilizado o formulário de busca avançada. No caso de artigos sem resumo, foram eliminados quando os títulos não sugeriam o tema proposto e/ou não puderam ser encontrados.

4.3 Critérios de inclusão

Foram selecionados os estudos que continham as seguintes características: 

Estudos

que

antineoplásicos;

descrevem

atuação

do

farmacêutico

na

manipulação

de

52



Estudos

focando

ações/iniciativas

do farmacêutico mesmo

com

outros

profissionais envolvidos na manipulação de antineoplásicos; 

Idiomas inglês, espanhol ou português;



Estudos que descrevem a participação do farmacêutico em biossegurança, prevenção de acidentes e controle de resíduos em oncologia. Foram excluídos:



Artigos que abordam atenção farmacêutica ao paciente oncológico e atenção farmacêutica não relacionada à oncologia;



Artigos em duplicidade;



Artigos que não possuem resumos;



Artigos que não abordam a manipulação, prevenção de acidentes, biossegurança na quimioterapia.



Artigos que abordam exclusivamente outras classes profissionais, que não sejam a farmacêutica na manipulação e administração de antineoplásicos.



Artigos que não apresentam idioma português, inglês ou espanhol.

4.4 Obtenção dos dados

Os estudos selecionados foram obtidos por via eletrônica e via Comutação Bibliográfica (COMUT) pela UFMG.

53

5 RESULTADOS

O esquema abaixo ilustra os resultados encontrados através dos recursos metodológicos utilizados, nos quais tanto os estudos incluídos quanto os que foram excluídos de acordo com os motivos de exclusão estão disponíveis nos anexos.

FIGURA 4: Resultados da Pesquisa.

Número

de

estudos

encontrados: PubMed: 99 Lilacs: 46 Bireme: 8

Motivos de Exclusão:

Medline: 14

- artigos em duplicidade: 13

Total: 167

- não possuem resumos: 30 - não foi possível obter na íntegra: 18 - artigos que não abordam manipulação, prevenção de acidentes e biossegurança na

Pré-seleção

quimioterapia: 76

Total: 38

- artigos que abordam a atenção farmacêutica: 5 - artigos que abordam exclusivamente outros profissionais

na

administração

manipulação de antineoplásicos: 7

Número de artigos excluídos: 148 Seleção Número de resumos ordenados: 18 Figura : Resultados da Pesquisa.

Os quadros 4 e 5 representam a síntese dos artigos selecionados.

ou

na

54

QUADRO 5 - Estudos que abordam de forma positiva a participação do farmacêutico na manipulação, prevenção de acidentes e biossegurança de quimioterápicos.



1

Estudo e desenho

Cidade e/ou Região e/ ou País

Agente

Resultados

Conclusão

El farmacéutico como educador sanitario en pacientes que reciben poliquimioterapia.

Instituto Nacional de Oncologia e Radiobiologia em Cuba no periodo de janeiro a junho de 2003.

Farmacêutico

O farmacêutico entrevistou 183 pacientes com câncer de mama feminino e 79 pacientes para as atividades de ensino, com intuito de educar o paciente em relação ao tratamento indicado. Através do levantamento realizado os resultados obtidos foram: Dos 100% dos pacientes entrevistados 98,73% consideraram útil e acessível à presenca do farmacêutico, 44,30% tinham apenas algumas informações sobre a medicação que receberia e 54,43% não tinham recebido qualquer informação.

O profissional farmacêutico se juntou à equipe multidisciplinar do Ambulatório de poliquimioterapia oncológica. E com isso foi possível concluir que o envolvimento de um farmacêutico na equipe médica contribui para melhorar a qualidade do serviço nos hospitais.

No Instituto Nacional de Oncologia e Radiobiologia, em Havana – Cuba.

Farmacêutico

Foram feitas 22.807 preparações de citostáticos, com um grupo de profissionais de farmácia, onde foi proposto estabelecer, organizar, acompanhar, avaliar e implantar atividades de assistência farmacêutica. Sendo que em relação aos erros encontrados e evitados pela equipe de farmácia 0,4% foram por datas erradas, 0,2% por doses erradas, tal como de outras categorias, o que correspondeu a 0,5% dos erros agrupados de todos os tipos. Com participação do farmacêutico foi possivel obter uma diminuição das quantidades de medicamentos solicitados.

No período em que o profissional farmacêutico foi responsável pelo desenvolvimento da preparação dos citostáticos, foi possível obter um resultado bem significante, concluindo que o envolvimento do profissional farmacêutico na equipe médica melhora a qualidade do serviço na oncologia. Pois são os profisionais que cuidam dos pacientes oncológicos, evitando erros de medicação e diminuido custos para os hospitais de oncologia.

Revisão dos registros médicos com levantamento de dados para avaliar o Guia de Conselhos práticos.

2

Preparación de mezclas intravenosas citostáticas: Experiência de um año de trabajo del Servicio Farmacéutico del Instituto Nacional de Oncología y Radiobiología. Levantamento de dados por documentos de registro e relatórios de incidentes ocorridos no Instituto.

55



3

Estudo e desenho

Analysis of the errors associated with the prescription, preparation and administration of cytostatic drugs.

Cidade e/ou Região e/ ou País

Agente

Resultados

Conclusão

Espanha.

Farmacêutico

No período de 2003-2005 foram encontrados no estudo 268 erros. Nos quais 87,91% do dos erros foram detectados em hospital nos horários de trabalho médico. Houve um aumento de erros em 2005, afetando 13,91% dos pacientes tratados em comparação com 6,69% e 4,81% de 2003 e 2004 respectivamente. O maior número de erros foi relatado por enfermeiras (54,08%), seguido por farmacêutico 39,55% e médico 4,47%. Os erros de prescrição com 45 casos (14%) foi o mais frequente, seguida pela validação (33,58%) e de elaboração (16,41%). Entre os erros de prescrição, as maiores percentagens correspondem a subdosagem (32,32%), extra doses (16,16%) e inversão de doses (11,11%). 11,94% (32) desses erros alcançaram o paciente e 88,06% foram impedidos.

A difusão da segurança clínica vai permitir um retrato mais confiável da realidade assistencial através do programa utilizado para detecção de erros pelo farmacêutico.

Cuba.

Farmacêutico

No estudo foram detectados 61 erros de medicação. Os erros de medicação representaram 33,3%, bem acima do que a literatura aceita para conseguir serviços hospitalares de qualidade. Os níveis internacionais para este indicador devem ser menos de 1%. Destes erros 40 pacientes (22%) subdosagem, 20 pacientes (11%) super dosagem e 1 paciente que por seus antecedentes patológicos teve contraindicado o uso do adriamicina.

Demonstrou-se que a incorporação do profissional farmacêutico na equipe multidisciplinar de oncologia é necessária para oferecer um serviço de melhor qualidade e evitar riscos potenciais ou reais pelo uso inadequado dos agentes citostáticos.

Estudo descritivo transversal dos erros relacionados com a prescrição dispensação, e entrega de drogas citostáticas, estabelecido no PGRQ com drogas citostáticas em um hospital.

4

Análisis de las dosificaciones en los esquemas de citostáticos en el cáncer de mama. Revisão de ordens médicas e histórias clínicas.

56



Estudo e desenho

Cidade e/ou Região e/ ou País

Agente

Resultados

Conclusão

5

Preparation of Centralised Intravenous Additives (CIVA).

Inglaterra.

Farmacêutico

Cuidados relativos às técnicas de manipulação devem ser rigorosamente seguidos. Cada produto tem que ser corretamente formulado e avaliado para garantir que não existam problemas de compatibilidade antes de iniciar qualquer preparação. A dosagem correta deve ser preparada, as informaçoes presentes nas folhas seguidas, e todo o equipamento deve ser adequado para a finalidade.

Recomendação que a preparação intravenosa de medicamentos deve ser realizada em ambiente controlado sob a supervisão de um farmacêutico.

6

Current challenges in European oncology pharmacy practice

Departamento de Farmácia do Hospital Universitário de Heidelberg, Alemanha, pesquisa feita entre 1979 a 1999, aceito em 2010.

Farmacêutico

Foram realizadas pesquisas literárias focadas na busca sobre abordagens para manipulação segura de agentes antineoplásicos para a diminuição da medicação e erros na farmácia hospitalar. Os artigos que foram considerados primordiais na importância para o hospital oncológico foram revisados. Estes conceitos de segurança foram colocados no contexto do hospital de oncologia contemporâneo na prática da farmácia através da discussão de questões-chave, incluindo o aumento da demanda, o papel do farmacêutico na determinação do formulário do hospital e crescimento nas preferências do paciente para a administração oral de quimioterapia. Recomendações sobre as melhores práticas também são fornecidas, com base na literatura relevante e experiência do autor.

A eficiência e a segurança na farmácia hospitalar juntamente com melhoria nas operações através da dosagem, capacidade de planejamento, conhecimento de novos produtos e procedimentos adequados podem reduzir muito os riscos para com a saúde. Relata que os farmacêuticos hospitalares oncológicos podem ser treinados para determinar objetivamente a política monetária, social e valores éticos de novos agentes antineoplásicos, enquanto reconhecendo a intensa pressão de pacientes para novos medicamentos eficazes e seguros. Enquanto algumas decisões de fórmulas podem ser mais bem tratadas a nível nacional, outras decisões devem ser feitas localmente para garantir que os pacientes recebam o melhor cuidado possível.

Revisão. Aborda algumas questões atuais quanto a segurança em relação aos serviços da farmácia oncologica e destaca a importância do farmacêutico.

57



7

Estudo e desenho

25 years of safe handling of cytotoxics antineoplastics in Israel.

Cidade e/ou Região e/ ou País

Israel.

Agente

Resultados

Conclusão

Farmacêuticos

Os resultados mostraram que 23 hospitais forneciam uma vasta gama de serviços de reconstituição de citotóxicos em farmácia, preparando de 25 a 300 itens por dia, com níveis de pessoas que variam, de um a três farmacêuticos. A fim de fornecer orientações harmonizadas e abrangentes para o manuseio seguro de drogas citotóxicas, um seletivo comitê multidisciplinar foi nomeado pelo diretor-geral do Ministério da Saúde em setembro de 1996. Membros incluíam os farmacêuticos dos hospitais, indústria, Ministério da Saúde e do Instituto de Normalização e Controle de Medicamentos. Foi abordado pelos membros da comissão que novas orientações são necessárias para abordar dois critérios básicos. Em primeiro lugar a minimização da exposição do pessoal aos agentes citotóxicos, tanto no hospital e indústria. E em segundo lugar, para assegurar que o melhor serviço possível esteja à disposição do paciente.

Ao longo dos últimos 25 anos, a manipulação segura de agentes citotóxicos avançou em Israel de uma forma comparável ao observado nos melhores países desenvolvidos ocidentais. É interessante notar que nos EUA, Austrália, Canadá, Reino Unido e outros grandes países ocidentais, tem sido a sociedade farmacêutica local ou um organismo profissional que tem estado na vanguarda do esforço para desenvolver diretrizes para segurança do trabalhador e proteção. Tais organizações como FIP, a OMS e a Sociedade Européia de Farmácia Clínica, precisam se juntar com Sociedade Internacional de Praticantes de Farmácia em Oncologia (Isopp) para tornar segura a manipulação de citotóxicos e segurança do trabalhador uma questão de prioridade. Isso vai ajudar os países menores e em desenvolvimento que não têm um lobby farmacêutico ativo para persuadir seus ministérios locais para emitir e implementar diretrizes para o manuseio seguro de agentes citotóxicos.

58



8

Estudo e desenho

Evaluation of Environmental Contaminations and Occupational Exposures Involved in Preparation of Chemotherapeutic Drugs.

Estudo de campo realizado em Hospital da Universidad de Osaka.

Cidade e/ou Região e/ ou País

Japão.

Agente

Resultados

Conclusão

Farmacêuticos

Ciclofosfamida (CP) foi detectada nas superfícies de trabalho no interior de ambas as cabines de segurança biológica (CSBs), e detectada em níveis baixos sobre as superfícies traseiras das CSBs e nas mesas de trabalho em torno das CSBs. Sobre o menor limite de quantificação não foi detectada em ambas as CSBs. CP não foi detectada em todas as amostras de urina de farmacêuticos e enfermeiros.

A freqüência de detecção e a quantidade dessas drogas alcançaram um baixo nível em comparação com relatórios anteriores, no Japão, e os resultados mostraram que as melhorias da consciência sobre a manipulação de medicamentos perigosos podem reduzir o risco das exposições ocupacionais. A Sociedade Japonesa de Farmacêuticos Hospitalares revisou as “Diretrizes para a manipulação de medicamentos antineoplásicos em hospitais”, para que o trabalhador possa ter uma maior segurança em relação aos riscos que estão expostos.

59

QUADRO 6 - Estudos que abordam a participação de farmacêuticos juntamente com outros profissionais na manipulação, prevenção de acidentes e biossegurança de quimioterápicos.



9

Estudo e desenho

Surface Contamination with antineoplasic agents in six cancer treatment center in Canada and the United States.

Cidade e/ou Região e/ ou País

EUA e Canadá.

Agente

Resultados

Conclusão

Farmacêutico, enfermeiro e técnico de farmácia.

Quantidades mensuráveis dos agentes antineoplásicos foram detectadas em 75% das amostras de farmácia e 65% das amostras de administração. Em geral, os níveis de contaminação foram maiores nas áreas de farmácia do que nas áreas de administração de drogas. A área de farmácia é o local com o maior número de preparações farmacêuticas onde foi encontrado nível de contaminação das drogas consideravelmente maior do que em outros locais. Os resultados foram semelhantes para os canadenses e os centros dos EUA.

Níveis de contaminação de substâncias a partir de três agentes antineoplásicos foram detectados em uma variedade de superfícies nas áreas de farmácia e áreas de preparação de drogas e nas áreas de administração de drogas em seis centros de tratamento do câncer no Canadá e nos Estados Unidos.

60



10

Estudo e desenho

Perigos potenciais a que estão expostos os trabalhadores de enfermagem na manipulação de quimioterápicos antineoplásicos: conhecêlos para preveni-los.

Cidade e/ou Região e/ ou País

Agente

Resultados

Conclusão

Dados coletados em um hospital, sendo 30 trabalhadores de enfermagem da cidade de Ribeirão Preto-SP-Brasil. Período de coleta de dados: outubro de 2001 a janeiro de 2002.

Farmacêutico e Enfermeiro.

Dos 30 componentes da amostra, 12 (40%) não possuíam informações sobre a finalidade da quimioterapia antineoplásica e utilização da capela de fluxo laminar; 17 trabalhadores (56,70%) afirmaram terem informações a respeito, e 1 profissional (3,30%) deixou de emitir essa resposta. Em relação à ocorrência de acidentes ao preparar, administrar ou descartar quimioterápicos antineoplásicos, 5 profissionais (16,70%) informaram terem sido vitimados por acidentes, nos quais houve contato de antineoplásicos com a pele, durante a diluição desses agentes. Em relação às medidas de segurança e aos EPIs utilizados pelos enfermeiros durante o preparo de antineoplásicos, foi constatado que nenhum deles utilizou os EPIs de forma correta.

Constatado que o preparo de drogas citostáticas era realizado pelo farmacêutico, de segunda a sexta-feira, no período diurno; na ausência dele (finais de semana, feriados e período noturno), os enfermeiros assumiam essa atividade; e durante este período os enfermeiros se expunham aos riscos da manipulação de antineoplásicos, devido ao relato de que poucos faziam o uso correto dos EPIs e também possuíam informações parciais sobre a finalidade do tratamento quimioterápico antineoplásico.

Análise de 2.826 prescrições, no Hospital Beneficente Nossa Senhora de Fátima, Flores da Cunha, Rio Grande do Sul, Brasil.

Equipe multidisciplinar

Foram identificados 349 erros em 2.826 prescrições (12,3%). A maioria deles estava relacionada às propriedades físico-químicas das preparações (73,9%) que afetaram a preparação final do fármaco (escolha de diluentes e concentração final da solução). O segundo tipo de erro observado nesse estudo era relacionado à adesão aos protocolos (16,3%), sendo a maioria devido a problemas de dose do fármaco.

Faz-se necessário uma análise mais detalhada e fundamentada da validação da prescrição médica, considerando-se os erros de medicação na quimioterapia e o papel fundamental do farmacêutico para prevenção desses erros, colaborando com os demais profissionais da equipe assistencial. Sendo que a atuação do farmacêutico é importante e possibilita estabelecer limites máximos de dose de medicamentos, tempo de infusão, programa de administração, padronização do formulário de prescrição e seu vocabulário e educar pacientes e seus familiares.

Pesquisa descritiva, com análise quantitativa dos dados.

11

Validação da Prescrição Oncológica: O Papel do Farmacêutico na prevenção de Erros de Medicação.

Artigo de revisão.

61



12

Estudo e desenho

Cidade e/ou Região e/ ou País

Safe Handling of Oral Chemotherapeutic Agents in Clinical Practice: Recommendations From an International Pharmacy Panel.

Áustria, Canadá, França, Alemanha, Espanha, Reino Unido e principalmente EUA.

Revisão da literatura não sistemática.

Agente

Resultados

Conclusão

Farmacêuticos e prestadores de cuidados de saúde.

Os farmacêuticos de acordo com a legislação e literatura de vários países fizeram painéis onde na tabela 1 orientam sobre armazenamento e separação, minimizar manipulação de agentes orais quimioterápicos, materiais educacionais para os que atuam na área e para os pacientes. Na tabela 2 foram definidos parâmetros sobre armazenamento, manipulação, disposição e limpeza de materiais contaminantes, treinamento e competências para manipulação segura aos que atuam nesse setor. Na tabela 3 foram descritas recomendações aos cuidadores e pacientes do que se pode fazer e o que não se pode fazer com os quimioterápicos orais.

A quimioterapia oral tem vantagens e desvantagens em comparação com a quimioterapia intravenosa. Embora a responsabilidade para o manuseio seguro e administração de quimioterapia oral em última análise, reside com o paciente ou seu cuidador, é responsabilidade de todos os membros da equipe de saúde, principalmente o farmacêutico, garantir que eles sejam informados sobre o uso seguro e adequado de sua quimioterapia. Todos os interessados devem seguir as orientações estabelecidas ao manusear quimioterápicos orais e continuamente rever e avaliar as suas normas e de conformidade com os procedimentos acordados. Além disso, todas as instalações que lidam com medicamentos quimioterápicos orais devem desenvolver procedimentos operacionais padronizados que são específicos para sua prática.

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Estudo e desenho

Exposição ocupacional aos agentes antineoplásicos em Hospitais do Distrito Federal.

Cidade e/ou Região e/ ou País

Agente

Resultados

Conclusão

Foram avaliados 7 hospitais e entrevistados 112 trabalhadores no Distrito Federal Brasil. Em jan/jun 2000.

Farmacêutico, sendo revezado por enfermeiro.

Em 112 trabalhadores de 7 hospitais, 73% dos trabalhadores da central de manipulação e 66% dos trabalhadores da administração não sabem como agir em situações de acidentes com agentes antineoplásicos . Quanto aos EPIs, observou grande variabilidade em relação ao tipo de material utilizado e a freqüência de uso dos mesmos. Apenas 6 dos hospitais estudados quanto aos resíduos de antineoplásicos da central de manipulação, eram recolhidos em caixa de papelão própria para material de pérfuro cortante contaminados com agentes biológicos. Apenas 2 hospitais identificavam os sacos plásticos contendo lixo de antineoplásicos com etiquetas com os dizeres lixo tóxico. Em todos os hospitais havia CSB classe II, de uso exclusivo; observou-se ainda, que em 71.4% dos hospitais inexistiam área centralizada destinada a administração.

Através dos dados obtidos neste estudo, foram consideráveis os avanços obtidos nos serviços de quimioterapia no DF na última década, no entanto, em relação à segurança dos trabalhadores com antineoplásicos muito ainda precisa ser realizado.

São José do Rio Preto (UNESP).

Corpo técnico paramédico e dos médicos oncologistas.

Em investigações de mutações em E. Coli e Salmonella T. por componentes da urina. Foram localizados 8 estudos dessa natureza, 4 deles evidenciando resultados positivos, 3 evidenciando resultados negativos e 1 com resultados diferentes em situações distintas, quando a manipulação dos agentes foi feita em CSB de fluxo horizontal, detectou-se mutações nos sistemas microbianos, e quando feita em CSB fluxo vertical, resultado com os mesmos profissionais foram negativos.

Pode-se considerar que os indivíduos profissionalmente expostos aos antineoplásicos têm um risco elevado para a ocorrência de anomalias cromossômicas, sendo necessária maior ênfase na observação das normas de segurança para o manuseio de tais drogas, com a utilização dos equipamentos e materiais necessários para a proteção.

Revisão sobre a exposição aos agentes citotóxicos.

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Risco Ocupacional associado à Manipulação de Antineoplásicos. Revisão sobre o efeito mutagênico de antineoplásicos em sistemas de teste in vivo e in vitro.

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Estudo e desenho

Evaluation of genotoxicity induced by exposure to antineoplastic drugs in lymphocytes of oncology nurses and pharmacists.

Pesquisa de campo onde trinta e oito pessoas que atenderam aos critérios do estudo foram selecionadas.

Cidade e/ou Região e/ ou País

Departmento de Medicina Legal e Toxicologia Clínica, Faculdade de Medicina, Tanta, Egito.

Agente

Resultados

Conclusão

Enfermeiros de oncologia e farmacêuticos.

De acordo com a informação obtida do questionário, os enfermeiros trabalhavam em locais bem ventilados e quartos com ventiladores. Luvas foram usadas durante a administração de antineoplásicos, mas não outros equipamentos de segurança. Os farmacêuticos trabalharam em quartos climatizados com segurança e instalações com armário para a preparação de medicamentos antineoplásicos. Durante a preparação das drogas todos eles usavam luvas, máscaras, óculos de segurança e vestidos de proteção com uma frente fechada e mangas compridas com punhos.

No estudo atual, embora ambos os farmacêuticos e enfermeiros foram regularmente manusear drogas antineoplásicas, farmacêuticos evidenciaram frequências significativamente mais baixas de aberrações cromossômicas e células aberrantes. Isto poderia ser explicado pela maior quantidade de medidas de proteção aplicadas, sendo relacionado com o nível mais baixo de danos genotóxicos observados. As práticas de manejo atuais de drogas antineoplásicas aplicadas em Tanta Cancer Center pode não ser suficiente para evitar a exposição. Chama-se a atenção para a importância de empregar medidas de segurança adequadas, o uso adequado de segurança prévio de equipamentos e treinamento do pessoal a fim de evitar ou diminuir riscos potenciais à saúde causados por tratamento antineoplásico.

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Estudo e desenho

Comparison of surface contamination with cyclophosphamide and fluorouracil using a closedsystem drug transfer device versus standard preparation techniques. Estudo de campo em três farmácias de campo em St. Louis.

Cidade e/ou Região e/ ou País

EUA.

Agente

Resultados

Conclusão

Farmacêuticos e Enfermeiros.

Durante um estudo de 36 semanas, foram coletadas 342 amostras. Foi encontrado um total de 8% de fluorouracila positiva nas amostras durante a limpeza em três farmácias. A proporção de amostras positivas de fluorouracila foi significativamente menor na fase do Sistema fechado com dispositivo de transferência de drogas (CSTD) do que nas fases de controle. Havia 324 amostras (95%) positivas de ciclofosfamida na limpeza. A contaminação da superfície mediana foi significativamente diferente entre as três fases. Isto foi consistente em todos os locais, tanto para as superfícies de trabalho na CSB quanto para bancadas. A contaminação em pisos adjacentes às CSBs não foi consistentemente reduzido.

A utilização de um CSTD na CSB em conjunto com técnicas de preparação-padrão reduziu significativamente a contaminação por ciclofosfamida da superfície, em comparação com as técnicas padrão sozinho. Preparação de fluorouracilo fora do CSB usando o CSTD não resultou na contaminação detectável analiticamente significativa sobre as bancadas.

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Estudo e desenho

A centralized Pharmacy Unit for cytotoxic drugs in accordance with Italian legislation.

Estudo de análise sobre: (1) a organização e o equipamento da Unidade de Farmácia centralizada para a preparação de droga citotóxica (Unità Farmaci Antiblastici - 'UFA') e sua metodologia de trabalho, (2) a documentação escrita sobre os procedimentos de trabalho; (3) a estabilidade e esterilidade das formulações de drogas injetáveis; (4) formação profissional sobre gestão da exposição e risco; (5) acidentes e erros que ocorrem no serviço UFA.

Cidade e/ou Região e/ ou País

Itália.

Agente

Resultados

Conclusão

Farmacêutico e Enfermeiro.

Nos resultados do estudo mostraram-se os pontos fortes da unidade italiana e também identificou as áreas que precisam de melhorias para garantir excelência na qualidade do serviço.

A avaliação crítica de todo o processo de preparação dos citotóxicos é um método útil para a melhoria da qualidade a ser iniciada. Onde o conhecimento sobre os riscos, técnicas e procedimentos para a manipulação de drogas antineoplásicas está crescendo. Assim a análise em curso vai garantir uma maior segurança do paciente e da saúde do profissional de saúde.

Cada passo do processo de preparação de droga foi avaliado a fim de garantir a qualidade, eficácia e segurança do produto final, tal como indicados nas diretrizes gerais para a prática adequada na farmácia (NBP). Controles farmacêuticos e microbiológicos apresentam boa qualidade geral desse trabalho. Novos rótulos, contendo informação adicional para correlacionar a terapia para os pacientes individualmente, foram concebidos. Até à data, 40 000 preparações foram revistas e detectadas três erros de dosagem (0,075%).

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Estudo e desenho

Incidence and risk factors of preparation errors in a centralized cytotoxic preparation unit. Estudo realizado no Hospital Besançon Medical School para avaliar os fatores de risco associados a erros de preparação em uma unidade de preparação centralizada citotóxica entre janeiro de 1999 a junho de 2000.

Cidade e/ou Região e/ ou País

França.

Agente

Resultados

Conclusão

Farmacêuticos e técnicos.

A análise incluiu 30,819 preparações. Taxas de erro global e os principais resultados foram, respectivamente, 0,45% e 0,19%. O número de frascos (mais do que um), o volume da solução ativa (mais de 50 ml) e a carga de trabalho diária eram os principais fatores de risco identificados por análise uni e multivariada sucessiva.

As baixas taxas de erros de medicação em comparação com estudos anteriores foram relatadas. Erros de preparação foram importantes, principalmente relacionados à rotulagem de medicamentos (dose / garrafa e concentração) e carga de trabalho. Erros de preparação pareciam ter muitas causas. Estes resultados poderiam ser utilizados para rever a organização geral e determinar uma política de compras adequadas.

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6 DISCUSSÃO

Devido aos riscos e complexidades que envolvem o preparo e a administração de quimioterápicos antineoplásicos, é disposto na Resolução CFF 288/1996 e na Resolução COFEn 210/1998, respectivamente, que é de competência do farmacêutico o preparo de drogas antineoplásicas e de competência do enfermeiro a administração desses agentes conforme farmacocinética da droga e protocolo terapêutico. (ROCHA, 2004). Recentemente, farmacêuticos hospitalares no Japão têm sido responsáveis pela preparação de drogas perigosas. Em 2005, a Sociedade Japonesa de Farmacêuticos Hospitalares (JSHP) revisou as Diretrizes para a manipulação de medicamentos antineoplásicos em hospitais (MAEDA, 2010). Em Israel a Administração Farmacêutica é o órgão responsável pela implementação da política do Ministério da Saúde, também é responsável pela emissão de autorizações para a importação de medicamentos produtos e dispositivos médicos, importação e exportação de drogas perigosas, para o controle e relatório da OMS em todas as questões relevantes envolvidas com drogas perigosas (CASS, 2006). Já na Itália a Legislação; D. 626 de 1999 define regras para uma organização segura e adequada de serviços centralizados para a preparação de antineoplásicos. As NBP são as diretrizes gerais para a prática de farmácia adequada. O farmacêutico inicialmente verifica a adequação (para cada paciente) das dosagens de drogas e do protocolo de quimioterapia programada; uma segunda verificação é realizada pelo técnico sobre as folhas de trabalho e cálculos. Durante a preparação da droga, o técnico segue as instruções de trabalho das folhas e deixa um traço assinado para cada fase do processo. A terceira e última seleção é feita pelo farmacêutico antes da entrega para os serviços hospitalares dos preparados de drogas antitumorais (BALDO et al.,2005). Dos 18 estudos selecionados, 8 (44,45%) abordam de forma positiva a responsabilidade técnica do farmacêutico na quimioterapia e 10 (55,55%) abordam o farmacêuticos e outros profissionais atuando na manipulação. Dos artigos nacionais foram representados por 4 (22,22%), já os internacionais foram 14 (77,78%). Entre os artigos que abordavam erros e acidentes foram encontrados 14 (77,78%). O farmacêutico inserido na equipe multidisciplinar possibilita uma melhor avaliação dos componentes presentes na prescrição médica, quanto à dose, compatibilidade, interações físico - químicas, estabelecendo rotinas nos procedimentos de manipulação e preparação dos

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antineoplásicos, promovendo a disposição e limpeza de materiais contaminantes, treinamento dos técnicos para assegurar que todos que preparem os medicamentos obedeçam às normas de segurança individuais e coletivas para a manipulação de antineoplásicos recomendadas em nível nacional e internacional. E com isto diminuindo o custo em geral e proporcionando um melhor tratamento ao paciente, como descrito nos artigos de números 1, 2, 4,6 e 7 do QUADRO 4. Os farmacêuticos devem assegurar que todos os envolvidos com o armazenamento, manipulação e eliminação de agentes citotóxicos estejam em concordância com a legislação nacional de saúde e segurança. Todos os técnicos devem ser devidamente certificados antes de realizar a sua primeira reconstituição, a partir daí, medidas de controle de qualidade devem ser adotadas e seguidas regularmente, incluindo formação contínua como novos produtos que são lançados (TICHY, 2010). Através dos artigos selecionados onde relatam outros profissionais como manipuladores, como descrito nos artigos 10 e 17 do QUADRO 5 e 3 do QUADRO 4, verificou-se maior ocorrência de erros, pois muitas das vezes os profissionais confirmaram que possuíam informações parciais sobre a finalidade do tratamento quimioterápico antineoplásico. Quanto ao uso inadequado de EPIs, observou-se que farmacêuticos empregavam mais medidas de proteção individual, incluindo o uso de luvas, máscaras, óculos de segurança e vestidos fechados com mangas compridas com punhos, como descrito no artigo 15 do QUADRO 5. Em contrapartida, a utilização de luvas era a única medida de proteção utilizada por enfermeiros e com isso nos finais de semana quando eles manipulavam se expunham aos riscos da manipulação de antineoplásicos, devido ao relato de que não possuíam informações completas do tratamento quimioterápico antineoplásico e de que poucos faziam o uso correto dos EPIs, que não foi suficiente para proteger contra outras vias de exposição, especialmente a inalação de aerossóis de medicamentos, como descrito no artigo 10 do QUADRO 5 (ABUELFADL et al., 2011). Em relação à incidência de derramamentos de citostáticos, todos os locais onde se manipulam medicamentos citotóxicos, deve existir um kit de emergência, para que possa ser utilizado em situações de derrame ou contaminação acidental. Este kit deve ter todos os materiais necessários, pois em casos de acidentes como um derramamento, este deverá ser contido e limpo com gaze absorvente, no caso de pequenos derramamentos, e com chumaços ou folhas absorventes, nos grandes derramamentos. No caso de derramamento de pós, deverá

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ser limpo com gaze úmida. A seguir a área deverá ser lavada por três vezes com água e sabão neutro. Secar e manter a área ventilada. Se houver fragmentos de vidro, estes deverão ser recolhidos com pás e colocados em recipiente para pérfuro cortantes. Daí a importância de se manter a mão kits de emergência, corretamente rotulados, tanto nas áreas de preparo, como nas áreas de administração de citostáticos. (TEIXEIRA et al., 2001). Como demonstrado no artigo 16 do QUADRO 5. Entre as situações que levam a erros frequentes destaca-se a falta de domínio da técnica de manipulação, como descrito nos artigos 5 e 6 do QUADRO 4 e 10 do QUADRO 5.Por isso, os agentes antineoplásicos devem ser manipulados por profissionais capacitados e informados sobre os riscos potenciais a que estão expostos e sobre as recomendações a serem seguidas em todas as suas fases de contato. Sendo assim, cuidados relativos às técnicas de manipulação devem ser rigorosamente seguidos. Foram detectados erros relacionados às propriedades físico-químicas das preparações que afetaram a preparação final do fármaco (escolha de diluentes e concentração final da solução) de acordo com os artigos 5 do QUADRO 4 e 11, 18 do QUADRO 5 . Estes erros poderiam ser evitados se cada produto fosse corretamente formulado e avaliado para garantir que não existam problemas de compatibilidade antes de iniciar qualquer preparação. A dosagem correta deve ser preparada, as informações presentes nas folhas seguidas, e todos os equipamentos devem ser adequados para a finalidade. No que diz respeito ao destino dos resíduos gerados na manipulação, como no artigo 13 do QUADRO 5, evidenciou-se a falta de padronização dos recipientes nos quais eram depositados materiais perfuro cortantes, que após serem fechados e lacrados, não eram colocados em sacos branco-leitosos e identificados como “lixo contaminado” ou “lixo tóxico”, desobedecendo à Resolução 358/05 do CONAMA (ROCHA, 2004). Se tratando do conhecimento em relação ao tratamento antineoplásico a maioria dos trabalhadores não possuíam informações adequadas do tratamento quimioterápico antineoplásico, sobre os riscos potenciais a que estão expostos, quanto à manipulação dessas drogas e sobre as medidas de segurança que devem ser adotadas no sentido de minimizar a exposição dos trabalhadores (ROCHA, 2004). E também por muitas vezes não saberem como agir em situações de acidentes com agentes antineoplásicos, é importante a normalização dos procedimentos operacionais de segurança no manuseio dos agentes de risco, que oferece ao trabalhador a possibilidade de executar suas atividades de maneira mais segura e lhe permite

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dirimir dúvidas que possam surgir quanto a segurança do trabalho com agentes antineoplásicos (GUEDES, 2000). Em relação às normas de biossegurança, constatou-se serem de grande importância, visto que alguns artigos como os de nº 13 e 15 do QUADRO 5, destacam a ocorrência de achados de mutações nos sistemas microbianos, ou alta quantidade de citotóxicos presentes na urina devido a exposição durante a manipulação. A exposição desnecessária a esses agentes foram observadas em trabalhadores sem treinamentos específicos para manusear com segurança substâncias com alto grau de toxicidade (GUEDES et al., 2000). O parâmetro mais comumente analisado é a freqüência de aberrações cromossômicas estruturais, que incluem diferentes tipos de quebras e falhas e de outros fenômenos mais complexos, como translocações e deficiências de segmentos cromossômicos. Nos últimos anos tornou-se comum também a análise das trocas entre as cromátides irmãs, como encontrado no artigo 6 do QUADRO 4. Os números de alterações foram consideravelmente maiores com outros profissionais expostos em comparação com farmacêuticos. Isto poderia ser explicado por medidas maiores de proteção aplicadas tais como uso adequado dos equipamentos utilizados na manipulação, uso correto de EPIs e treinamento do pessoal envolvido na preparação, observando-se níveis mais baixos de danos genotóxicos como relatam os artigos 4 do QUADRO 4 e 9, 10 e 15 do QUADRO 5 (ABUELFADL et al., 2011). O uso de antineoplásicos, portanto associa-se com grandes riscos de danos ao material genético normal. Por isso é necessário meios de prevenção dos seus efeitos em células normais descritos nos artigos 8 do QUADRO 4 e 9 , 14 do QUADRO 5, através das normas de segurança para o manuseio de tais drogas, com a utilização dos equipamentos e materiais necessários para a proteção (BERTOLLO et al., 1990). A exposição a drogas antineoplásicas pode ocorrer através de inalação, absorção pela pele e ingestão, a inalação mais comum é através de aerossóis (gerado durante diluições líquidas) e pele através da absorção, mas também a ingestão acidental. Outros incluem lesões com agulhas ou ferimentos dos frascos quebrados, como relatam nos artigos de número 8 do QUADRO 4 e 10, 17 do QUADRO 5 (BALDO et al., 2005). A minimização da exposição através de maior proteção por métodos, EPI’s, EPC’s reduz o risco de contaminação dos que manipulam, incluindo também o rodízio de manipuladores que reduz a carga horária de trabalho, diminuindo os erros de preparação como encontrado no artigo 6, 8 do QUADRO 4 e 9, 10, 13, 18 do QUADRO 5. Vários estudos como nos artigos 6 do QUADRO 4 e 16 do QUADRO 5, têm mostrado contenção quase

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completa ou redução da contaminação da superfície durante a preparação da droga citotóxica e administração. Nos Estados Unidos o Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional recomenda sistema de dispositivo de transferência de frascos e estes têm sido encontrados em estudos clínicos para reduzir a contaminação ambiental por agentes citotóxicos (TICHY, 2010). Nenhum derramamento de ciclofosfamida ocorreu durante o uso de dispositivo de sistema fechado. Pois o uso de um sistema fechado de drogas nos ambientes de manipulação pode oferecer proteção extremamente necessária, como relatado nos artigos 6,7, 8 do QUADRO 4 e 16 do QUADRO 5 (HARRISON et al., 2006). Mostrando ser um dispositivo mais recente que traz vantagens quando utilizado de maneira correta. De acordo com os artigos 10 e 13 nacionais, comparando com os de numero 6, 8 e 9 internacionais, a maioria dos profissionais brasileiros não utilizam os equipamentos necessários e não sabiam como agir em situações de acidentes. Ressalta-se também o uso de CSB de fluxo vertical como mais eficaz quando comparada a CSB de fluxo horizontal na redução de contaminações por agentes antineoplásicos, citado no artigo 8 do QUADRO 4 e 9, 10, 13, 14 do QUADRO 5. A CSB de fluxo vertical garante uma maior proteção ao operador em relação à exposição aos medicamentos e evita toda contaminação microbiológica da solução, pois possui uma barreira entre operador e a área de trabalho. Quanto aos erros relacionados com as prescrições, o que ocorre nos artigos de números 2, 3 e 6 do QUADRO 4, internacionais, e 11 do QUADRO 5, nacional, os mais comuns envolvem dose, tipo ou volume de diluente, incompatibilidade, omissão de medicamentos, instrução de hidratação e um decimal no local errado, uso de nomenclatura comercial, ausência ou falta de legibilidade na posologia e/ou concentração e/ou unidade de medida, entre outros erros. A presença do farmacêutico na equipe multidisciplinar de quimioterapia e na elaboração de manuais de normas e procedimentos farmacêuticos deve melhorar e diminuir a freqüência de erros de medicação na prescrição de citostáticos (OLIBONI et al., 2009), pois é o profissional especializado para fazer uma análise mais detalhada e fundamentada da validação da prescrição médica, devido aos erros freqüentes de medicação na quimioterapia, contribuindo para prevenção desses erros e colaborando com os demais profissionais da equipe assistencial, como relata nos artigos 1, 4, 5, 6 do QUADRO 4 e 11, 12 do QUADRO 5.

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No que diz respeito aos artigos encontrados, os artigos internacionais representaram maioria quando comparado aos nacionais. Os artigos nacionais nº 10, 11, 13, 14 do QUADRO 5 mostram que os assuntos abordados são bem semelhantes aos internacionais, porém a utilização de métodos e equipamentos presentes nos artigos internacionais de países desenvolvidos mostra uma melhor infra-estrutura dessas nações. Os artigos internacionais são mais completos além de apresentar maior aceitação do profissional farmacêutico.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, a maioria dos artigos encontrados aborda a importância do profissional farmacêutico inserido na manipulação junto à equipe multidisciplinar da oncologia. Mas ainda se faz necessário grandes avanços, principalmente nos países que estão em desenvolvimento na área da oncologia, para que esse profissional conquiste seu espaço, uma vez que em países mais desenvolvidos na área de oncologia como EUA, Austrália, Canadá, Reino Unido, Israel e outros grandes países ocidentais, o farmacêutico já se faz presente, se destacando de forma a contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento do tratamento oncológico (CASS, 2006). Em alguns locais a infraestrutura necessita de recursos para garantir maior segurança à manipulação dos quimioterápicos pelo farmacêutico, o que o limita em tese a fazer uma manipulação adequada e segura. Em contrapartida, foi demonstrado que o farmacêutico busca colocar em ação os procedimentos e normas para garantir a própria segurança, de sua equipe e do paciente. As normas e legislações nacionais poderiam ser mais cautelosas tanto para a fiscalização da manipulação de medicamentos quanto para o gerenciamento de resíduos. Pois em comparação com outros países, as leis e normas do Brasil têm possibilidades de maior organização, rigor e vigilância, pois com a presença do farmacêutico foi observada uma diminuição de falhas nos procedimentos em geral. Também em outros países observou-se que os programas de gerenciamento de resíduos internacionais buscam uma menor contaminação do meio ambiente. Desse modo, é importante o profissional farmacêutico controlando todos os processos críticos da manipulação que coexistem no tratamento terapêutico de qualidade, visto que os danos causados pelo manuseio descuidado podem acarretar danos potenciais à saúde do manipulador, da equipe e paciente.

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REFERÊNCIAS

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81

ANEXOS Resultados primários: leitura de títulos e resumos. Tabela 1 - Resultados LILACS (palavras-chave: farmaceutico and oncologia).

Artigo 1

2

Título Atuação do farmacêutico clínico na otimização do tratamento da sepse grave de pacientes oncológicos em UTI. Análisis de las dosificaciones em los esquemas de citostáticos em el cáncer de mama.

Aceito: Sim/Não - Por que Não. Pois o artigo aborda mais sobre a atenção farmacêutica na sepse grave. Sim. Porque o artigo mostra a importância de inserir o profissional farmacêutico na equipe multidisciplinar do tratamento oncológico. Sim. Devido abordar a importância do farmacêutico em fornecer serviços de saúde especializados e de drogas para garantir seu uso racional. Sim. Porque deixa claro que a presença do farmacêutico melhora a qualidade do serviço hospitalar, que atende pacientes com câncer.

3

El farmacéutico como educador sanitário en pacientes que reciben poliquimioterapia.

4

Preparación de mezclas intravenosas citostáticas: experiencia de um año de trabajo del Servicio Farmacéutico del Instituto Nacional de Oncología y Radiobiología. Validação da prescrição oncológica: o Sim. Mostra a importância do papel do farmacêutico na profissional farmacêutico no Prevenção de erros de medicação. processo farmacoterapêutico, prevenindo erros de medicação, melhorando a qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Women cancer prevention and Não. O artigo fala sobre o pharmaceutical contribution. farmacêutico como educador na prevenção do câncer de mama, e o objetivo é sobre o papel do farmacêutico no tratamento. Orientation and pharmaceutical Não. Pois o artigo foca a atenção accompaniment for use of oral farmacêutica. antineoplasic. Participation of the druggist in the Não. Pois foca na atuação do activities of palliative cares the farmacêutico nos cuidados paliativos oncological patients. do câncer. Identification and classification of the Não. Porque mostra o profissional related adverse reactions to the adjuvant farmacêutico no acompanhamento de treatment with Doxorubicin and reação adversa dos quimioterápicos. Cyclophosphamide in carrying patients of breast cancer attended to Hospital ErastoGaertner. Development of the pharmaceutical Não. Porque mostra o farmacêutico attention the patients who make the use na otimização dos resultados do of oral antineoplasic. tratamento quando desenvolve a atenção farmacêutica.

5

6

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10

Data 21/03/12

21/03/12

21/03/12

21/03/12

21/03/12

21/03/12

21/03/12

21/03/12

21/03/12

21/03/12

82 Tabela 2 - Resultados LILACS (palavras-chave: manipulação and antineoplasicos).

Artigo 1

2

3

4

Título Personal Protective Equipment (PPE): establishing a link between the use and occupational hazards of the nursing staff that works in the administration of chemotherapy. Occupational exposure to antineoplastic agents in hospitals of Distrito Federal.

Aceito: Sim/Não - Por que Data Não. O artigo foca nos riscos 29/03/12 ocupacionais a que estão expostos os trabalhadores de enfermagem.

Placement, maintenance and handling of the peripherally inserted central venous catheter in patients submitted to chemotherapy treatment Occupational exposure to antineoplastic drugs: guidelines for safe handling.

29/03/12

5

Manipulation of the hepatic arterial system: new options in treatment of liver neoplasms.

6

Occupacional risk related antineoplastic drugs manipulation.

7

Actualización de la terapêutica del papilomavirus humano. Terapia convencional. Perigos potenciais a que estão expostos os trabalhadores de enfermagem na manipulação de quimioterápicos antineoplásicos: conhecê-los para prevení-los.

8

9

Management cancer.

of

advanced

to

prostate

Sim. O estudo é sobre o perfil das condições de manuseio dos antineoplásicos, para identificar a exposição ocupacional a estes agentes citotóxicos. Não. Pois o objetivo deste artigo é mostrar a utilização de cateteres venosos na administração de quimioterapia. Sim. O artigo analisa a questão da exposição ocupacional a drogas antineoplásicas, no sentido de orientar quanto aos riscos e cuidados a serem tomados na manipulação de quimioterápicos. Não. Porque o artigo aborda o tratamento de tumor hepático, visando melhoras na sobrevida e qualidade do paciente. Sim. Pois confirmam a necessidade de que sejam mais rigorosamente observadas as normas de segurança previstas para o manuseio de drogas antineoplásicas. Não. Porque o artigo está mais relacionado com os tratamentos para combater o HPV. Sim. O artigo aborda os riscos a que estão expostos os trabalhadores na manipulação de quimioterápicos e a falta de informações suficientes quanto ao assunto. Não. O artigo aborda o tratamento do câncer de próstata, mas não relata nada relevante a manipulação de antineoplásicos.

29/03/12

29/03/12

29/03/12

29/03/12

29/03/12

29/03/12

29/03/12

83 Tabela 3 - Resultados LILACS (palavras-chave: manipulação and quimioterápicos).

Artigo Título Aceito: Sim/Não – Por que 1 Management of advanced prostate Não. Porque o artigo está voltado cancer. para o tratamento do câncer de próstata. 2 Perigos potenciais a que estão Não. Artigo em duplicidade. expostos os trabalhadores de enfermagem na manipulação de quimioterápicos antineoplásicos: conhecê-los para prevení-los 3 Perfil de resistência de cepas de Não. Artigo de estudo sobre perfil Staphylococcus coagulase positiva de resistência de cepas de isoladas de manipuladores de Staphylococcus coagulase alimentos. positiva (SCP) frente a diferentes quimioterápicos. 4 Equipamento de proteção individual Sim. Tese na qual o objetivo do (epi): estabelecendo uma relação estudo é detectar as principais entre a utilização e os riscos causas e efeitos da não utilização ocupacionais da equipe de de EPl’s e o seu uso inadequado. enfermagem que atua na administração de quimioterápicos . 5

6

7

Data 19/04/12

19/04/12

19/04/12

19/04/12

Detecção de S. aureus em manipuladores de alimentos: perfil de resistência a antibióticos e quimioterápicos

Não. Pesquisa sobre disseminação 19/04/12 de microrganismos patogênicos, principalmente, para os alimentos e colegas de trabalho através dos manipuladores de alimentos.

Ações de enfermagem na administração de hemocomponentes em pacientes submetidos a transplante de medula óssea.

Não. Tese sobre as ações de 19/04/12 enfermagem na administração de hemocomponentes em pacientes submetidos a transplante de medula óssea.

O monitoramento de pacientes recebendo interleucina e interferon: bases farmacoclínicas para a assistência de enfermagem

Sim. Artigo que tem como 19/04/12 objetivo mostrar as diretrizes para a manipulação e administração adequadas dessas drogas, e subsídios para a avaliação clínica de enfermagem, considerando os mecanismos de ação das drogas e os principais efeitos colaterais.

84

8

Exposição dos trabalhadores de enfermagem às substâncias químicas: estudo em um hospital público universitário.

9

Occupational exposure to Não. Artigo em duplicidade. 19/04/12 antineoplastic drugs: guidelines for safe handling. Atualidades em biossegurança e Sim. O artigo mostra os passos 19/04/12 quimioterápicos. relativos à administração, manipulação e descarte seguros das drogas antineoplásicas.

10

Sim. O artigo tratou sobre as 19/04/12 substâncias químicas de uso hospitalar e seus efeitos sobre a saúde do trabalhador de enfermagem, na abordagem quantitativa.

Tabela 4 - Resultados LILACS (palavras-chave: farmacêutico and quimioterapia).

Artigo 1

Título Oxidative stress parameters in women with breast cancer undergoing neoadjuvant chemotherapy and treated with nutraceutical doses of oral glutamine

2

Estudo `LOTHAR`: avaliação de eficácia e tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e losartana no tratamento da hipertensão arterial primária

3

4

5

6

Aceito: Sim/Não – Por que Data Não. O artigo tem como objetivo 19/04/12 avaliar os efeitos da administração oral de GLN sobre o estresse oxidativo em mulheres com câncer mamário submetidas à quimioterapia neoadjuvante com esquema.

Não. O estudo LOTHAR avaliou 19/04/12 a eficácia, tolerabilidade e os efeitos metabólicos em médio e longo prazo (um ano) da combinação fixa de anlodipino e losartana versus anlodipino . Validação da prescrição Não. Artigo em duplicidade. 19/04/12 oncológica: o papel do farmacêutico na prevenção de erros de medicação Preparación de mezclas Não. Artigo em duplicidade. 19/04/12 intravenosas citostáticas: experiencia de un año de trabajo del Servicio Farmacéutico del Instituto Nacional de Oncología y Radiobiología. Factores determinantes de la Não. Estudo sobre a qualidade 19/04/12 calidad de los inhaladores dos inaladores de dose calibrada presurizados de dosis medida. (IPDMs) no tratamento da asma e DPOC. El farmacéutico como educador Não. Artigo em duplicidade. 19/04/12 sanitario en pacientes que reciben poliquimioterapia

85

7

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9

10

11

12

13

14

Programa de Atención Farmacéutica y de Seguimiento Farmacológico El consultorio farmacéutico: un nuevo espacio para la atención farmacéutica Selección de medicamentos en la CCSS Comité Central de Farmacoterapia

Não. O artigo aborda a atenção farmacêutica, não relacionando a oncologia. Não. Porque o artigo relata estudos sobre a atenção farmacêutica. Não. O estudo fornece uma apresentação sobre o processo de seleção da droga a nível institucional que se aplica no Fundo de Segurança Social sob a jurisdição do Comitê Central de Farmacoterapia, Análisis de las dosificaciones en Não. Artigo em duplicidade. los esquemas de citostáticos en el cáncer de mama

19/04/12

19/04/12

19/04/12

19/04/12

Evaluación de cuatro vehículos Não. O objetivo deste artigo foi 19/04/12 para formular un fasciolicida selecionar entre quatro veículos, experimental para desenvolver um fasciolicida adequado experimental chamado Alpha. Identification and classification of Não. Artigo em duplicidade. 19/04/12 the related adverse reactions to the adjuvant treatment with Doxorubicin and Cyclophosphamide in carrying patients of breast cancer attended to Hospital Erasto Gaertner

Manipulação magistral medicamentos em pediatria

de Não. O artigo relata preparação 19/04/12 de formas farmacêuticas liquidas de farmácia magistral e hospitalar. Proceso de Adquisición y Não. Artigo sem resumo. 19/04/12 Suministro de Medicamentos Tabela 5 - Resultados LILACS (palavras-chave: farmacêutico and quimioterapia and erros).

Artigo 1

2

Título Aceito: Sim/Não – Por que Validação da prescrição Não. Artigo em duplicidade. oncológica: o papel do farmacêutico na prevenção de erros de medicação. Preparación de mezclas Não. Artigo em duplicidade. intravenosas citostáticas: experiencia de un año de trabajo del Servicio Farmacéutico del

Data 19/04/12

19/04/12

86

3

Instituto Nacional de Oncología y Radiobiología. Análisis de las dosificaciones en Não. Artigo em duplicidade. los esquemas de citostáticos en el cáncer de mama.

19/04/12

Tabela 6 - Resultados MEDLINE (palavras-chave: antineoplásicos and erros preparação).

Artigo

1

Título Securing the circuit of intrathecally administered cancer drugs: example of a collective approach.

Aceito: Sim/Não – Por que Não, pois este trabalho visa melhorar os procedimentos de segurança para a administração intratecal de fármacos antineoplásicos. Não, o artigo visa à diminuição de gastos com medicamentos caros de pouca estabilidade, de utilização em oncologia. Sim, o estudo tem como objetivo mostrar a importância dos cuidados na preparação e administração de medicamentos antineoplásicos, contribuindo para qualidade das drogas. Não, o artigo aborda a implementação de uma metodologia para diminuir os efeitos adversos relacionados a quimioterápicos. Não, porque o artigo foca nos efeitos adversos da aplicação de cisplatina em um paciente com câncer na cabeça e no pescoço.

Data 02/04/12

2

Reusing cytostatics in a centralised pharmacy preparation unit.

3

Centralized intravenous additive services (CIVAS): the state of the art in 2010.

4

Applying Lean Sigma solutions to mistake-proof the chemotherapy preparation process

5

Cisplatin preparation error; patient management and morbidity.

6

Telepharmacy and bar-code Não, pois o artigo relata a 02/04/12 technology in an i.v. utilização de um programa para chemotherapy admixture area. aumentar a presença do farmacêutico a um ponto de risco crítico durante a preparação de quimioterapia. Programas não fazem parte do objetivo do trabalho. Analysis of the errors associated Sim, o artigo faz um estudo 02/04/12 with the prescription, preparation durante dois anos em um and administration of cytostatic hospital para analisar os erros drugs. relacionados com o processo de prescrição, validação, preparação, distribuição e administração de drogas citostáticas.

7

02/04/12

02/04/12

02/04/12

02/04/12

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14

Prescription errors with cytotoxic Não, o artigo tem como objetivo 02/04/12 drugs and the inadequacy of quantificar a quantidade de erros existing classifications. de prescrição potenciais para fármacos anti-cancerígenos, a fim de melhorar a qualidade da assistência.Erros de prescrição não faz parte do assunto tratado. Prevention of preparation errors of Não, pois o artigo tem como 02/04/12 cytotoxic drugs in centralized objetivo visar a qualidade do units: from epidemiology to trabalho do funcionário , em quality assurance. relação a carga horária diária . Incidence and risk factors of Sim, objetivo importante da preparation errors in a centralized preparação centralizada é cytotoxic preparation unit. melhorar a qualidade do produto final, e, assim, a sua segurança para o paciente, na medida em que avalia-se os riscos para cada preparação. Another type of medication error: Não. Não foi possível obter o dilution/reconstitution. artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Electronic balance as quality Não, pois não possui resumo assurance for cytotoxic drug nem texto para serem admixtures. consultados. Validação da prescrição Não, pois o artigo está em oncológica: o papel do duplicidade. farmacêutico na prevenção de erros de medicação Errores asociados con la Não, pois o artigo está em prescripción, validación, duplicidade. preparación y administración de medicamentos citostáticos

02/04/12

02/04/12

19/04/12

19/04/12

19/04/12

Tabela 7 - Resultados BIREME (palavras-chave: hospital and oncológico and farmácia).

Artigo 1

Titulo Prostatectomía laparoscópica: la daprendizaje contutor.

Aceito Sim/Não – Por que Data radical Não, o artigo trata da análise 02/04/12 curva de um método cirúrgico para detalhar o sistema de aprendizagem radical laparoscópica prostatectomia tutor (LRP).

88

2

A centralized Pharmacy Unit for Sim, relata sobre os 02/04/12 cytotoxic drugs in accordance with conhecimentos, erros e riscos Italian legislation. associados à manipulação de citotóxicos.

3

Farmacia y Enfermería en la Não, pois o artigo tem como 02/03/12 educación del paciente oncológico. objetivo avaliar a posição da equipe de enfermagem nas atividades educativas com paciente oncológico. Tabela 8 - Resultados BIREME (palavras-chave: segurança and oncologia and farmácia).

Artigo 1

2

3

Titulo Aceito Sim/ Não – Por que Data Current challenges in European Pois o artigo faz uma revisão de 02/04/12 oncology pharmacy practice. estratégias para lidar com segurança e eficácia com cargas mais pesadas na farmácia de oncologia, ressaltando a importância do farmacêutico. Comparison of surface Sim, o estudo é sobre a 02/04/12 contamination with comparação da utilização de cyclophosphamide and fluorouracil dois métodos de preparação de using a closed-system drug transfer citotóxicos em relação aos device versus standard preparation níveis de contaminação. techniques. Surface contamination with Sim, pois o artigo relata sobre o 02/04/12 antineoplastic agents in six cancer nível de contaminação por treatment centers in Canada and the agentes antineoplásicos na United States. preparação de drogas e áreas de administração.

4

A chemotherapy incident reporting Não, o artigo faz um estudo da 02/04/12 and improvement system. utilização de um sistema, avaliando sua eficácia na comunicação da farmácia de quimioterapia.

5

Raising the bar

Não, pois não foi possível 19/04/12 visualizar o resumo e nem o texto.

Tabela 9 - Resultados PUBMED (palavras-chave: oncology and pharmacist and handling).

Artigo 1

2

Título Management of targeted therapies in hemodialysis patients. Evaluation of genotoxicity induced by exposure to antineoplastic drugs in lymphocytes of oncology nurses

Sim/Não Por que Data Não. Pois o artigo trata de 27/04/12 terapias-alvo em pacientes de diálise. Sim. Porque o estudo aborda os 27/04/12 perigos da manipulação de fármacos antineoplásicos.

89

3

4

5

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9

11

12

13

and pharmacists. Safe Handling of Oral Chemotherapeutic Agents in Clinical Practice: Recommendations From an International Pharmacy Panel. Extemporaneous compounding of oral liquid dosage formulations and alternative drug delivery methods for anticancer drugs.

Sim. Porque o artigo relata 27/04/12 sobre o uso seguro da manipulação de antineoplásicos. Sim. Pois o artigo fala da importância do profissional farmacêutico na manipulação de drogas extemporâneas orais anti-câncer em formulações líquidas. Sim. Porque o artigo trata de recomendação de Farmacêuticos sobre o uso de sistemas fechados. Sim. Avaliação de contaminações ambientais e exposições ocupacionais envolvidos na preparação de drogas quimioterápicas. Não. Artigo em duplicidade.

27/04/12

Safe practices and financial Sim. O artigo aborda práticas considerations in using oral para garantir o armazenamento chemotherapeutic agents. seguro, a prescrição, dispensação e alienação de quimioterapia oral que muitas vezes é auto-administrada em casa ou outras configurações não tradicionais. Individualising drug dispensaries Não. Pois o estudo aborda a in a university hospital. individualização de dispensários de medicamentos em um hospital universitário, não citando o farmacêutico. Documentation of chemotherapy Não. Porque o artigo fala sobre infusion preparation costs in os custos de infusão de academic- and community-based quimioterapia de preparação oncology practices. nas práticas acadêmicas de oncologia e de base comunitária. Drug stability and compatibility Não. Artigo que aborda o in oncology care. enfermeiro na aplicação de quimioterapia de infusão. Certification program in Sim, pois relata sobre curso de antineoplastic drug preparation treinamento em quimioterapia for pharmacy technicians and para técnicos e farmacêuticos

27/04/12

Availability evaluation of closed systems by using practical training kits for preparation of antitumor drugs. Evaluation of environmental contaminations and occupational exposures involved in preparation of chemotherapeutic drugs. Current challenges in european oncology pharmacy practice.

27/04/12

27/04/12

27/04/12

27/04/12

27/04/12

27/04/12

28/04/12

90

pharmacists.

14

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que tem se beneficiado na farmácia em termos de trabalho e controle de estoque. Exposure of hospital pharmacists Sim, pois o artigo fala sobre a 28/04/12 and nurses to antineoplastic exposição do profissionais agents. farmacêuticos hospitalares aos agentes antineoplásicos. Hazards of Implementing practices.

chemotherapy. Sim, pois relata sobre a os safe handling perigos de lidar com agentes quimioterápicos citotóxicos, e proteção para as pessoas (farmacêuticos) envolvidas na preparação de quimioterapia. Justification and implementation Sim. Pois relata sobre a of a cancer center pharmacy implementação de uma satellite. farmácia satélite no Centro de Câncer, diminuindo o tempo de resposta a medicação pela metade e melhorando os serviços farmacêuticos para a equipe de enfermagem. Providing clinical pharmacy Sim. Pois mostra como o services in an AIDS--oncology farmacêutico tem desenvolvido ambulatory-care clinic. políticas e procedimentos para a manipulação segura de agentes antineoplásicos. Occupational exposure to Sim. O artigo fala sobre os anticancer drug--potential and riscos ocupacionais a exposição real hazards aos agentes antineoplásicos dos profissionais de saúde (farmacêutico). Establishment and operation of Sim. Pois relata sobre a an oncology satellite pharmacy. implementação de uma farmácia oncológica satélite possibilitando melhores serviços e diminuindo os riscos potenciais para o farmacêutico envolvido na preparação de medicamentos citotóxicos. Reactions and interactions in Sim. Pois este artigo alerta os handling anticancer drugs. profissionais sobre os perigos inerentes dos riscos da manipulação de citostáticos, onde o farmacêutico deve ser inserido, sugerindo maneiras pelas quais eles podem ser reduzidos. Procedures for handling Sim. Fala sobre os antineoplastic injections in procedimentos para a

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comprehensive cancer centers.

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manipulação de drogas injetáveis de antineoplásicos em centros de câncer, sendo que em 12 destas instituições o farmacêutico é o responsável pelo seu preparo. Exposure of hospital workers to Sim. O artigo relata sobre a 28/04/12 airborne antineoplastic agents. prática (farmacêutica) para a manipulação de drogas antineoplásicas, relatando sobre os riscos possíveis na absorção sistêmica potencial destes agentes por inalação. Guidelines for safe handling of Sim. Pois relata sobre a 28/04/12 cytotoxic drugs in pharmacy evolução de suporte na departments and hospital wards. oncologia, com muitos farmacêuticos a se tornar exclusivamente envolvidos na especialidade de orientações para o manuseio seguro de drogas citotóxicas em departamentos de farmácia.

Tabela 10 - Resultados PUBMED (palavras-chave: handler antineoplasic

Artigo

Título

1

The Effect of Aldosterone on the Accumulation of Adenosine 3':5'Cyclic Monophosphate in Toad Bladder Epithelial Cells in Response to Vasopressin and Theophylline Synthesis of Novel Curcumin Analogues and Their Evaluation as Selective Cyclooxygenase-1 (COX 1) Inhibitors Oncogenic Studies on the Mongolian Gerbil

Não. Porque foge do assunto 03/04/12 devido ao artigo falar sobre vasopressina e teofilina.

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Effect of Adrenal Steroid Hormones on the Response of the Toad's Urinary Bladder to Vasopressin

03/04/12

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Tyrosine kinase inhibitors and immunosuppressants perturb the myo-inositol but not the betaine

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Sim/Não Por que?

Não. Porque foge ao assunto devido ao artigo falar sobre a curcumina e sua ação como inibidora seletiva da COX-1. Não. Pois o artigo cita sobre a indução de tumores em ratos para possível uso antitumorais em roedores para experimentos. Não. Pois o artigo retrata sobre resposta na vasopressina da bexiga do sapo sobre o efeito de hormônios esteróides das supra-renais. Não. Pois o artigo foge do tema abordado.

Data

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cotransporter in isotonic and hypertonic MDCK cells Vasopressin-Stimulated Prostaglandin Não. Pois fala de vasopressina E biosynthesis in the Toad Urinary que estimula biossíntese de Bladder prostraglandina E na bexiga de um sapo, o que foge ao tema. Melanoma-associated retinopathy: a Não. Não foi possível obter o presenting sign of metastatic disease. artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Lupus, "rhupus" and "sjrupus". Não. Não foi possível obter o artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Adverse drug reactions in hospital Não. O artigo aborda as and ambulatory care settings reações adversas em identified using a large administrative atendimento ambulatorial e database ambientes hospitalares. Vascular abnormalities in pediatric Não. O artigo tem como craniopharyngioma patients treated objetivo verificar as with radiation therapy anormalidades vasculares em pacientes pediátricos com craniofaringioma tratados com radioterapia. Antitumor effects of KITC, a new Não. Pois fala sobre o resveratrol derivative, in AsPC-1 and resveratrol que é um composto BxPC-3 human pancreatic carcinoma fenólico encontrado em cascas cells e frutas com atividade anticancerígena com efeito nas células pancreáticas. Novel resveratrol analogs induce Não. Pois a intenção do apoptosis and cause publicado era melhorar o largo espectro de efeitos cell cycle arrest in HT29 human colon antiproliferativos do resveratrol contra as células cancerosas cancer cells: humanas. Inhibition of ribonucleotide reductase activity Benzanilides with spasmolytic Não. Pois o estudo descreve a activity: síntese de derivados de benzanilide novos e da sua investigação farmacológica em Chemistry, pharmacology, and SAR preparações no músculo liso de cobaias mostrando uma atividade espasmolítica. Stilbene analogues affect cell cycle Não. Pois discutem se progression estilbenos análogos afetam a progressão do ciclo celular e

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and apoptosis independently of each apoptose e se afetam other in an MCF-7 array of clones independentemente um do with distinct genetic outro uma matriz de células MCF-7 de clones com genética distinta e resistente à and chemoresistant backgrounds quimioterapia. Novel Resveratrol Derivatives Induce Não. Pois neste estudo, os Apoptosis and Cause efeitos citotóxicos e biológicos dos derivados de resveratrol Cell Cycle Arrest in Prostate Cancer novos foram investigados em células de câncer de próstata. Cell Lines N-hydroxy-N'-(3,4,5Não. Pois cita sobre o Ntrimethoxyphenyl)-3,4,5-trimethoxy- hidroxi-N'-(3,4,5benzamidine, a novel resveratrol trimetoxifenil) -3,4,5analog, inhibits ribonucleotide trimethoxybenzamidine, como reductase in HL-60 human um novo análogo do promyelocytic leukemia cells: resveratrol, onde inibe o synergistic antitumor activity with ribonucleótido redutase em arabinofuranosylcytosine. células humanas HL-60 de leucemia promielocítica: com atividade antitumor sinérgico com arabinofuranosilcitosina. ‘Bridged’ stilbene derivatives as Não. Pois o artigo é sobre O selective cyclooxygenase-1 inhibitors resveratrol ((E) -3,40,5-trihidroxi-estilbeno), uma fitoalexina encontrada em várias plantas, mostra inibição não seletiva da ciclooxigenase1 (COX-1) e ciclo-oxigenase-2 (COX-2). Antitumor effects of 3,3',4,4',5,5'- Não. Não foi possível obter o hexahydroxystilbene in HL-60 human artigo, pois não estava promyelocytic leukemia cells. acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Cushing's syndrome with Não. Não foi possível obter o uncontrolled hypertension, occasional artigo, pois não estava hypokalemia, and two pregnancies. acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Cytotoxic and biochemical effects of Não. O artigo fala sobre 3,3',4,4',5,5'-hexahydroxystilbene, a resveratrol, um ingrediente do novel resveratrol analog in HL-60 vinho, é um inibidor da human promyelocytic leukemia cells ribonucleótido redutase proliferação enzima ligada (RR) e mostra um largo espectro de efeitos citotóxicos contra células cancerosas humanas.

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Hypertension complicating chemotherapy.

cancer Não. Não foi possível obter o artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. MGMT promoter methylation Não. Estudo retrospectivo de correlates with survival benefit and metilação do promotor MGMT sensitivity to temozolomide in em 10 GBM pediátrica. pediatric glioblastoma. Antioxidant, prooxidant and cytotoxic Não. Estudo sobre o resveratrol activity of hydroxylated resveratrol e piceatannol, visando verificar analogues: structure-activity a ação antioxidante destes relationship. compostos. Role of presenilin-1 in cortical Não. Artigo sobre papel do lamination and survival of Cajal- PS1 na migração neuronal e Retzius neurons. laminação cortical do cérebro pós-natal. Resveratrol analogues as selective Não. Estudo sobre resveratrol cyclooxygenase-2 inhibitors: metoxilados e hidroxilado synthesis and structure-activity quanto a capacidade para inibir relationship. as enzimas COX-1 e COX-2 através da medição PGE produção (2). Intracranial germ cell tumors: a single Não. Artigo sobre terapia em institution experience and review of crianças e adultos jovens com the literature. tumores de células germinativas intracraniano. Discoveries of nicotinamide riboside Não. Porque o artigo fala sobre as a nutrient and conserved NRK quinases nicotinamida ribósido genes establish a Preiss-Handler de levedura e os seres independent route to NAD+ in fungi humanos. and humans. Induction of abortion in queens by Não. Pois o estudo é sobre a administration of cabergoline eficácia de cabergolina (Galastop) solely or in combination unicamente ou em combinação with the PGF2alpha analogue com um análogo de PGF2 alfa Alfaprostol (Gabbrostim). no aborto indutor em diferentes fases da gravidez das rainhas. Quantitation of SU1 1248, an oral Não. O artigo trata do multi-target tyrosine kinase inhibitor, SU11248 como um potente and its metabolite in monkey tissues inibidor de PDGFR, VEGFR, by liquid chromate graph with tandem KIT, e flt3, e está atualmente a mass spectrometry following semi- ser a Fase I em avaliação automated liquid-liquid extraction. clínica como um fármaco anticancerígeno. Long-term survival after intralesional Não. Não foi possível obter o resection and multi-modal therapy of artigo, pois não estava thoracic spine osteosarcoma. acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo.

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L-DOPA and glia-conditioned medium have additive effects on tyrosine hydroxylase expression in human catecholamine-rich neuroblastoma NB69 cells.

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Selected reaction monitoring LC-MS determination of idoxifene and its pyrrolidinone metabolite in human plasma using robotic high-throughput, sequential sample injection.

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Antibody-targeted chemotherapy for the treatment of relapsed acute myeloid leukemia.

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Functional implications of the noradrenergic-cholinergic switch induced by retinoic acid in NB69 neuroblastoma cells.

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Atorvastatin transport in the Caco-2 cell model: contributions of Pglycoprotein and the protonmonocarboxylic acid co-transporter.

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Successful use of intracavitary bleomycin for low-grade astrocytoma tumor cyst.

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Nuclear redistribution of tonicityresponsive enhancer binding protein requires proteasome activity.

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The green tea extract epigallocatechin

Não. Investigação sobre o efeito do meio de L-DOPA e células da glia condicionado (MGC) na viabilidade celular, tirosina hidroxilase (TH) expressão, o metabolismo da dopamina (DA) e (GSH) de glutationa níveis de NB69 células. Não. O trabalho fala sobre a monitorização do LC-MS, método bioanalítico para a determinação de idoxifene, um modulador do receptor selectivo estrogênio, e a sua pirrolidinona metabólito em amostras de plasma humano. Não. Pois o artigo fala sobre desenvolvimento promissor no tratamento do cancro é o anticorpo (ATC). Não. Pois relata sobre o estudo, "switch neurotransmissor" induzido pelo ácido retinóico em uma linha de neuroblastoma humano celular (NB69), mostrando características catecolaminérgicos. Não. Porque o objetivo deste estudo foi o de elucidar os mecanismos pelos quais um inibidor da HMG-CoA redutase, a atorvastatina foi transportada na secreção e direções de absorção através da Caco-2 monocamadas de células. Não. O artigo relata sobre o uso bem sucedido da bleomicina em um cisto, tumor de baixo grau Astrocitoma da placa tectal. Não. Porque o estudo é sobre os inibidores de proteassoma e sua atividade para reduzir marcadamente a indução de SMIT e BGT1 mRNA em resposta a hipertonicidade. Não. Pois o artigo é sobre a

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gallate is able to reduce neutrophil influência de epigalocatequina transmigration through monolayers of galato a transmigração de endothelial cells. leucócitos através de monocamadas de células endoteliais e, assim, avaliar seu potencial papel no processo inflamatório. Dexamethasone inhibits leukocyte Não. Estudo da influência da migration through endothelial cells dexametasona sobre a towards smooth muscle cells. migração de leucócitos através de uma monocamada de células endoteliais para SMCcamadas estimuladas por fator de necrose tumoral alfa (TNFalfa). Quinacrine for treatment of giardiasis. Não. Não foi possível obter o artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Chemotherapy for spinal cord Não. Não foi possível obter o astrocytoma. artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Gastrointestinal disease in patients Não. Estudo relativo a receiving salvage chemotherapy or pacientes que receberam bone marrow transplantation. quimioterapia de resgate ou transplante de medula óssea com a doença cirúrgica potencial relacionada a sintomas gastrointestinais. Nasopharyngeal malignancies in Não. Artigo sobre análises children. retrospectivas de neoplasias malignas da nasofaringe em crianças. Effect of high doses of cortisone on Não. Não foi possível obter o bone marrow cell proliferation in the artigo, pois não estava syrian hamster. acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Hepatic aldehyde oxidase. 3. the Não. Não foi possível obter o substrate-binding site.rajagopalan kv, artigo, pois não estava handler p. acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Plasma factors influencing leukocyte Não. Não foi possível obter o release in rats. artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem

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Chemotherapy studies on primary Não. Não foi possível obter o tumor grafts and metastases in artigo, pois não estava hamsters and mice. acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Biological studies of actinomycin D. Não. Não foi possível obter o artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Chemotherapy studies on Não. Não foi possível obter o transplantable human and animal artigo, pois não estava tumors in Syrian hamsters. acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Favorable results using methotrexate Não. Não foi possível obter o in the treatment of patients with artigo, pois não estava ankylosing spondylitis. acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Dexamethasone accelerates Não. O artigo fala sobre differentiation of A6 epithelia and dexametasona que acelera a increases response to vasopressin. diferenciação de epitélios A6 e aumenta a resposta à vasopressina. Central nervous system melanotic Não. Não foi possível obter o neuroectodermal tumor of infancy: artigo, pois não estava value of chemotherapy in acessível, só havia citação do management. título, não havia resumo e nem o artigo completo. Effect of interleukin-2 on diabetes in Não. O artigo relata o efeito da the BB/Wor rat. interleucina-2 sobre a diabetes. Malignant fibrous histiocytoma. Não. Não foi possível obter o artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Malignant fibrous histiocytoma of Não. O Artigo relata sobre a soft tissue in childhood. histiocitoma fibroso maligno, que é um tipo de sarcoma dos tecidos mole. Late effects after treatment of twenty Não. O artigo fala sobre os children with soft tissue sarcomas of efeitos tardios após o the head and neck. Experience at a tratamento de crianças com single institution with a review of the sarcomas de tecidos moles da literature cabeça e pescoço. Activators of protein kinase C inhibit Não. O artigo avalia o papel da proteína quinase C no

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sodium transport in A6 epithelia.

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Isotretinoin for oral lichen planus.

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Vasopressin-elicited refractoriness of the response to vasopressin in toad urinary bladder

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Chemotherapy in the management of childhood cancer of the head and neck: indications and results.

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Peritonsillar abscess: a complication of corticosteroid treatment in infectious mononucleosis.

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Treatment of psoriasis with topical nitrogen mustard.

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Neurogenic sarcoma of the head and neck.

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Effect of adrenal steroids on vasopressin-stimulated PGE synthesis and water flow.

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Factors involved in the action of cyclic AMP on the permeability of mammalian kidney and toad urinary bladder.

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Alveolar cells: protein biosynthesis

transporte de sódio através de canais de sódio sensíveis a amilorida em curto-circuito no epitélio formado por células A6 em cultura. Não. Não foi possível obter o artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Não. O artigo fala sobre a incubação da bexiga urinária de Bufo marinus com altas concentrações de vasopressina. Não. Não foi possível obter o artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Não. Não foi possível obter o artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Não. O artigo recordar os médicos a considerar um agente que é fácil de administrar tendo vários novos métodos de tratamento da psoríase, mais eficaz e não consome tempo e sem efeitos tóxicos sistêmicos. Não. O artigo relata a experiência no diagnóstico sobre e tratamento que os autores tiveram sobre sete casos de sarcomas neurogênicos da cabeça e pescoço. Não. Não foi possível obter o artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Não. Não foi possível obter o artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Não. Não foi possível obter o

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artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Não. Não foi possível obter o 02/04/12 artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Não. O artigo relata sobre 20/04/12 diabetes mellitus auto-imune .

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Quantification of cellular influx into the croton oil-induced pouch. Effects of prednisolone.

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Altered expression of diabetes in BB/Wor rats by exposure to viral pathogens. Insulin dependent diabetes mellitus Não. Não foi possível obter o hypothesis of autoimmunity. artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Kidney-derived cells show multidrug Não. Não foi possível obter o secretory transport. artigo, pois não estava acessível, só havia citação do título, não havia resumo e nem o artigo completo. Transepithelial transport of Não. O artigo fala sobre o novo vinblastine by kidney-derived cell modelo de transporte que pode lines. Application of a new kinetic ser útil para muitos tipos de model to estimate in situ Km of the experiências transporte pump. transepitelial. Rhabdomyosarcoma of the head and Não. O artigo fala que o neck in children Rabdomiossarcoma é o mais comum sarcoma de tecidos moles em bebês e crianças, e que o tratamento para esta neoplasia foi submetido utilizando uma combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Transepithelial transport of drugs by Não. O artigo relata estudos the multidrug transporter in cultured sobre transporte transepitelial Madin-Darby canine kidney cell de 3H-rotulados hidrofóbicos epithelia. fármacos catiônicos em epitélios formado por tipo selvagem e por células resistentes a drogas de rim. Adenosine-sensitive phosphoinositide Não. O artigo fala sobre o turnover in a newly established renal auxilio na caracterização de cell line. receptores de adenosina em células renais.

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100 Tabela 11 - Resultados secundários: Pré- Seleção da leitura dos artigos na integra

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Análisis de las dosificaciones em los esquemas de citostáticos em El cáncer de mama.

Sim. Porque o artigo mostra a 21/03/12 importância de inserir o profissional farmacêutico na equipe multidisciplinar do tratamento oncológico. El farmacéutico como educador Sim. Devido abordar a importância do 21/03/12 sanitario en pacientes que farmacêutico em fornecer serviços de reciben poliquimioterapia. saúde especializados e de drogas para garantir seu uso racional. Preparación de mezclas intravenosas citostáticas: experiencia de unaño de trabajo del Servicio Farmacéutico del Instituto Nacional de Oncología y Radiobiología. Exposição ocupacional aos agentes antineoplásicos em hospitais do Distrito Federal.

Sim. Porque deixa claro que a presença 21/03/12 do farmacêutico melhora a qualidade do serviço hospitalar, que atende pacientes com câncer.

Sim. O estudo é sobre o perfil das 31/05/12 condições de manuseio dos antineoplásicos, para identificar a exposição ocupacional a estes agentes citotóxicos. Occupational exposure to Não. Não foi possível obter o artigo na 29/03/12 antineoplastic drugs: guidelines integra pelas pesquisas realizadas e for safe handling. nem via Comut.

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Risco ocupacional associado à Sim, Pois confirmam a necessidade de 31/05/12 manipulaçäo de antineoplásicos que sejam mais rigorosamente observadas as normas de segurança previstas para o manuseio de drogas antineoplásicas.

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Perigos potenciais a que estão expostos os trabalhadores de enfermagem na manipulação de quimioterápicos antineoplásicos: conhecê-los para prevení-los.

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Equipamento de proteção Não. Não foi possível obter o artigo na 19/04/12 individual (epi): estabelecendo integra pelas pesquisas realizadas e uma relação entre a utilização e nem via Comut. os riscos ocupacionais da equipe de enfermagem que atua na administração de quimioterápicos.

Sim. O artigo aborda os riscos a que 29/03/12 estão expostos os trabalhadores na manipulação de quimioterápicos e a falta de informações suficientes quanto ao assunto.

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O monitoramento de pacientes recebendo interleucina e interferon: bases fármacoclínicas para a assistência de enfermagem

Não. Após leitura do artigo na integra 31/05/12 foi possível identificar que ele não é relevante, pois aborda o tratamento com interleucina interferon, diferente do tratamento convencional e não citando em nenhum momento a participação do farmacêutico.

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Exposiçäo dos trabalhadores de enfermagem às substâncias químicas: estudo em um hospital público universitário.

Não. O artigo tratou sobre as 19/04/12 substâncias químicas de uso hospitalar e seus efeitos sobre a saúde do trabalhador de enfermagem, sendo que estas substâncias não são relevantes para o nosso trabalho.

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Atualidades em biossegurança e Não. Não foi possível obter o artigo na 19/04/12 quimioterápicos. integra pelas pesquisas realizadas e nem via Comut.

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Centralized intravenous additive Sim, o estudo tem como objetivo 02/04/12 services (CIVAS): the state of mostrar a importância dos cuidados na the art in 2010. preparação e administração de medicamentos antineoplásicos, contribuindo para qualidade das drogas. Analysis of the errors associated Sim, o artigo faz um estudo durante 02/04/12 with the prescription, preparation dois anos em um hospital para analisar and administration of cytostatic os erros relacionados com o processo drugs. de prescrição, validação, preparação, distribuição e administração de drogas citostáticas.

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Incidence and risk factors of preparation errors in a centralized cytotoxic preparation unit.

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A centralized Pharmacy Unit for Sim, relata sobre os conhecimentos, 31/05/12 cytotoxic drugs in accordance erros e riscos associados à manipulação with Italian legislation. de citotóxicos.

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Comparison contamination

of

Sim, objetivo importante da preparação 31/05/12 centralizado é melhorar a qualidade do produto final, e, assim, a sua segurança para o paciente, na medida em que avalia-se os riscos para cada preparação.

surface Sim, o estudo é sobre a comparação da 31/05/12 with utilização de dois métodos de

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cyclophosphamide and preparação de citotóxicos em relação fluorouracil using a closed- aos níveis de contaminação. system drug transfer device versus standard preparation techniques. 17

Surface contamination with antineoplastic agents in six cancer treatment centers in Canada and the United States.

Sim, pois o artigo relata sobre o nível 02/04/12 de contaminação por agentes antineoplásicos na preparação de drogas e áreas de administração.

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Evaluation of genotoxicity induced by exposure to antineoplastic drugs in lymphocytes of oncology nurses and pharmacists. Safe Handling of Oral Chemotherapeutic Agents in Clinical Practice: Recommendations From an International Pharmacy Panel. Extemporaneous compounding of oral liquid dosage formulations and alternative drug delivery methods for anticancer drugs. Availability evaluation of closed systems by using practical training kits for preparation of antitumor drugs.

Sim. Porque o estudo aborda os perigos 31/05/12 da manipulação de fármacos antineoplásicos.

Evaluation of environmental contaminations and occupational exposures involved in preparation of chemotherapeutic drugs. Current challenges in European oncology pharmacy practice.

Sim. Avaliação de contaminações 31/05/12 ambientais e exposições ocupacionais envolvidos na preparação de drogas quimioterápicas.

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Sim. Porque o artigo relata sobre o uso 27/04/12 seguro da manipulação de antineoplásicos.

Não. Não foi possível obter o artigo na 27/04/12 integra pelas pesquisas realizadas e nem via Comut.

Não. Não foi possível obter o artigo na 27/04/12 integra pelas pesquisas realizadas e nem via Comut.

Sim. Pois o artigo faz uma revisão de 31/05/12 estratégias para lidar com segurança e eficácia com cargas mais pesadas na farmácia de oncologia, ressaltando a importância do farmacêutico. Certification program in Não. Não foi possível obter o artigo na 27/04/12 antineoplastic drug preparation integra pelas pesquisas realizadas e for pharmacy technicians and nem via Comut. pharmacists. Exposure of hospital pharmacists Não. Não foi possível obter o artigo na 27/04/12 and nurses to antineoplastic integra pelas pesquisas realizadas e agents. nem via Comut.

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Hazards of chemotherapy. Implementing safe handling practices. Justification and implementation of a cancer center pharmacy satellite

Não. Não foi possível obter o artigo na 27/04/12 integra pelas pesquisas realizadas e nem via Comut. Não. Não foi possível obter o artigo na 27/04/12 integra pelas pesquisas realizadas e nem via Comut.

Providing clinical pharmacy services in an AIDS-oncology ambulatory-care clinic. Occupational exposure to anticancer drug--potential and real hazards Establishment and operation of an oncology satellite pharmacy.

Não. Não foi possível obter o artigo na integra pelas pesquisas realizadas e nem via Comut. Não. Não foi possível obter o artigo na integra pelas pesquisas realizadas e nem via Comut. Não. Não foi possível obter o artigo na integra pelas pesquisas realizadas e nem via Comut. Não. Não foi possível obter o artigo na integra pelas pesquisas realizadas e nem via Comut. Não. Não foi possível obter o artigo na integra pelas pesquisas realizadas e nem via Comut. Não. Não foi possível obter o artigo na integra pelas pesquisas realizadas e nem via Comut. Não. Não foi possível obter o artigo na integra pelas pesquisas realizadas e nem via Comut. Sim. Mostra a importância do profissional farmacêutico no processo farmacoterapêutico, prevenindo erros de medicação, melhorando a qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Sim. O artigo trata do desenvolvimento da manipulação segura de antineoplásicos em Israel.

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Reactions and interactions in handling anticancer drugs.

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Procedures for handling antineoplastic injections in comprehensive cancer centers. Exposure of hospital workers to airborne antineoplastic agents.

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Guidelines for safe handling of cytotoxic drugs in pharmacy departments and hospital wards. Validação da prescrição oncológica: o papel do farmacêutico na Prevenção de erros de medicação.

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25 years of safe handling of cytotoxics (antineoplastics) in Israel.

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Pharmacy program for improved Não. Não foi possível obter o artigo na 28/04/12 handling of antineoplastic agents. integra pelas pesquisas realizadas e nem via Comut. Safe practices and financial Não. Não foi possível obter o artigo na 27/04/12 considerations in using oral íntegra disponibilizando apenas o chemotherapeutic agents. resumo.

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