Análise das propriedades físico-mecânicas e biológicas dos cimentos resinosos

June 12, 2017 | Autor: F. Pires-de-Souza | Categoria: Dentistry
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Descrição do Produto

Estética Revist a Den ta l P r e ss d e

ISSN 1807-2488 R Dental Press Estét

Maringá

v. 6

n. 3

p. 1-136

jul./ago./set. 2009

Sumário

Estética R e vi st a De n t a l P r e ss d e

volume

6 - número 3

julho / agosto / setembro 2009

40

Técnica caseira de clareação dentária em Odontologia Restauradora Cosmética

80

The use of the home-bleaching technique in Cosmetic Restorative Dentistry

Multidisciplinary approach in the rehabilitation of upper incisors - case report

leonardo Fernandes da Cunha, ana Raquel Benetti, Sérgio Kiyoshi Ishikiriama, adilson Yoshio Furuse, José Mondelli

50

Análise das propriedades físicomecânicas e biológicas dos cimentos resinosos

Boanerges araújo Netto Jr., Maurício grecco Côsso, Elton gonçalves Zenóbio, lêda Marina de lima araújo, Erika Storck Cezario

96

glauco Rangel Zanetti, liliane Scheidegger da Silva Zanetti, Marcelo Massaroni Peçanha, Fausto Frizzera Borges Filho, gabriela Cassaro de Castro

lucas da Fonseca Roberti garcia, Simonides Consani, Fernanda de Carvalho Panzeri Pires-de-Souza, Fabrício Mariano Mundim

106

Faceta direta em resina composta: relato de caso

Otimizando a cimentação de facetas de porcelana Optimizing porcelain veneers cementation

Analysis of the physical-mechanical and biological properties of the resinous cements

56

Abordagem multidisciplinar na reabilitação de incisivos superiores relato de caso

Direct composite resin veneers: case report

Cimentação adesiva na atualidade: revisão de literatura Adhesive cementation nowadays: literature review

Roberta Saboia-gomes, Renata Corrêa Pascotto

Marcelo Barbosa Ramos, ana Paula Ribeiro do Vale Pedreira, Thiago amadei Pegoraro, luiz Fernando Pegoraro

68

Resolução estética de dentes com diastemas - 10 anos de proservação clínica

116

Transformando sorrisos com o auxílio da proporção áurea Changing smiles with the assistance of golden proportion Flavia Caetano P. dos Santos, Weider de Oliveira Silva, Miquelle Carvalho

Aesthetic resolution in teeth with diastemas - ten years of clinical attendance Márcio grama Hoeppner, Eduardo augusto Pfau, Stella Kossatz Pereira, Patriane Iara Caccia, ariane Cristina Basso

S E Ç Õ E S Editorial

5

Fundamentos estéticos? Esthetic principles?

Entrevista

12

Dudu Medeiros Our interviewed has, in a brilliant way, approached Dentistry and photography Nosso entrevistado tem, de forma brilhante, aproximado a Odontologia e a fotografia

Caso Selecionado

20

Integração multidisciplinar em Odontologia Restauradora Estética Multidisciplinary integration in Esthetic Restorative Dentistry guilherme Noriaki Itikawa, Hélio Kiyohiro Taniguchi, Oswaldo Scopin de andrade, luiz alves Ferreira

Biologia da Estética

124

Qualidade da barreira de tecido mineralizado no reparo após o capeamento e a pulpotomia: relação com a origem da polpa dentária Quality of the mineralized tissue barrier in repair after covering and pulpotomy: relationship with the dental pulp origin alberto Consolaro

EDITOR EDITORES ASSISTENTES

PUBLISHER CONSULTORES CIENTÍFICOS

CONSULTORES EM PRÓTESE DENTÁRIA

CONSULTORES DE FOTOGRAFIA

Sidney Kina - Maringá - PR Ronaldo Hirata - uFPR - PR Oswaldo Scopin de andrade - CES - SENaC - SP Vania Volpato Kina - Clínica particular - Maringá - PR laurindo Zanco Furquim - uEM - PR albert Heller - Montevideo - uruguai alberto Consolaro - FOB-uSP - SP antônio Salazar Fonseca - aPCD - SP anuar antônio Xible - Clínica particular - Vitória - ES Carlos alexandre leopoldo Peersen da Câmara - Clínica particular - Natal - RN Carlos Eduardo Francci - uSP - SP Carlos Eduardo Francischone - FOB-uSP - SP Claudia Cia Worschech - Clínica particular - americana - SP Claudio Pinho - Clínica particular - Brasília - DF Daniel Edelhoff - universidade de Munique - alemanha David a. graber - Medical College of georgia School of Dentistry - atlanta - georgia Dickson Martins da Fonseca - Clínica particular - Natal - RN Didier Dietschi - universidade de geneva - Suíça Eduardo Passos Rocha - FOa-uNESP - SP Euripedes Vedovato - aPCD - SP Ewerton Nocchi Conceição - uFRgS - RS glauco Fioranelli Vieira - uSP - SP Jairo Pires de Oliveira - Clínica particular - Ribeirão Preto - SP João Carlos gomes - uEPg - PR João Pimenta - Clínica particular - Barcelos - Portugal José arbex Filho - Clínica particular - Belo Horizonte - Mg José Roberto Moura Jr. - Clínica particular - Taubaté - SP Katia Regina Hostilio Cervantes Dias - uERJ / uFRJ - RJ luiz antônio gaieski Pires - Clínica particular - Porto alegre - RS luiz Fernando Pegoraro - FOB-uSP - SP luiz Narciso Baratieri - uFSC - SC Marcelo Fonseca Pereira - Clínica particular - Rio de Janeiro - RJ Marco antonio Bottino - FOSJC - uNESP - SP Mário Fernando de góes - FOP - uNICaMP - SP Markus lenhard - Clínica particular - Suíça Milko Vilarroel Cortez - universidade de Valparaíso - Chile Pablo abate - universidade de Buenos aires - argentina Patrícia Nobrega Rodrigues Pereira - univ. of North Carolina at Chapel Hill e clínica particular em Brasília - DF Paulo Kano - aPCD - SP Raquel Sano Suga Terada - uEM - PR Renata Corrêa Pascotto - uEM - PR Ricardo Mitrani - Clínica particular - México Rodolfo Candia alba Júnior - Clínica particular - SP Sillas luiz lordelo Duarte Júnior - FOar-uNESP - SP Sylvio Monteiro Junior - uFSC - SC Walter gomes Miranda Jr. - uSP - SP Wanderley de almeida Cesar Jr. - Clínica particular - Maringá - PR august Bruguera - laboratório Disseny Dental Bcn - Barcelona - Espanha gerald ubassy - lobo et Centre de Formation International - Rochefort du gard - França José Carlos Romanini - laboratório Romanini - londrina - PR luiz alves Ferreira - aPDESP - São Paulo - SP Marcos Celestrino - laboratório aliança - São Paulo - SP Murilo Calgaro - Studio Dental - Curitiba- PR Oliver Brix - Clínica particular - Kelkheim - alemanha Rolf ankli - Dental atelier - Belo Horizonte - Mg Shigeo Kataoka - Osaka Ceramic Training Center - Osaka - Japão Victor Hugo do Carmo - Hot Spot Design - Cugy - Suíça any de Fátima Fachin Mendes - Fotógrafa - PR Dudu Medeiros - Fotógrafo - SP

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Revista Dental Press de Estética / Dental Press International. -- v. 1, n. 1 (out./nov./dez.) (2004) – . -- Maringá : Dental Press International, 2004Trimestral. ISSN 1807-2488. 1. Estética (Odontologia) – Periódicos I. Dental Press International. II. Título. CDD. 617.643005

DIRETORa: Teresa R. D’aurea Furquim - aNalISTa Da INFORMaçãO: Carlos alexandre Venancio - DIagRaMaçãO: gildásio Oliveira Reis Júnior, Tatiane Comochena - REVISãO: Ronis Furquim Siqueira - TRaTaMENTO DE IMagENS: andrés Sebastián - PROgRaMaçãO: Hélio Ricardo de Castro - BIBlIOTECa: Jéssica angélica Ribeiro - NORMalIZaçãO: Marlene gonçalves Curty - BaNCO DE DaDOS: adriana azevedo Vasconcelos, anderson lima lopes, Cléber augusto Rafael - E-COMMERCE: Soraia Pelloi - COORDENaçãO DE aRTIgOS: Simone lima lopes Rafael - CuRSOS E EVENTOS: ana Claudia da Silva, Rachel Furquim Scattolin - INTERNET: Carlos E. de lima Saugo, Jônatas lucizano - FINaNCEIRO: Márcia Cristina Plonkóski Nogueira Maranha, Roseli Martins - DEPTO. COMERCIal: Roseneide Martins garcia - SECRETaRIa: Cássia Viviane Izidoro - IMPRESSãO: gráfica Regente - Maringá/PR. a Revista Dental Press de Estética (ISSN 1807-2488) é uma publicação trimestral (quatro edições por ano) (Tiragem: 3.500 exemplares) da Dental Press Ensino e Pesquisa ltda. - av. Euclides da Cunha, 1718 - Zona 5 - CEP 87.015-180 - Maringá/PR - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. as opiniões nelas manifestadas não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes. assinaturas: [email protected] ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.

Editorial

Fundamentos estéticos? Regras ou fundamentos estéticos estão presentes em várias atividades humanas relacionadas à cultura e, especialmente, à arte. Os fundamentos são, essencialmente, princípios organizadores do

design das coisas, cuja influência está arraigada, na maioria das vezes, na observação dos padrões mé-

de pensamento e da cultura em geral, o princípio

dios apresentados pela natureza, ou da preferência

unificador dos fundamentos estéticos – e o valor de

intrínseca de uma maioria, em determinada socie-

outras ideias organizadoras – é um tema que mere-

dade. Seu princípio tem raízes nas culturas mais an-

ce ser discutido. Para mim, regras e fundamentos

tigas, onde o pensamento estrutural – mesmo antes

estéticos só funcionam se, depois de resolver os

de sua última codificação, no modernismo europeu

problemas literais, forem conjugados ao pensamen-

e americano – já era traço característico das cul-

to livre, indo além da uniformidade implícita em sua

turas organizadas. Os chineses, os japoneses, os

estrutura, criando uma narrativa visual dinâmica.

gregos, os romanos, os incas e muitos outros povos

afinal, o maior risco das regras é sucumbir à sua

seguiram ideias estruturais ao desenhar, construir e

regularidade. Tadao ando*, considerado por muitos

organizar imagens. Bons exemplos dessas regras

o melhor arquiteto vivo do mundo, tem um pensa-

organizadoras estão presentes no design proposto

mento que conjuga e resume de forma espetacular

em várias cidades da antiguidade – cuja estrutura

o assunto: “[...] há uma parte que resulta do raciocí-

se baseava no cruzamento de eixos que correspon-

nio lógico e outra criada pelos sentidos. Existe sem-

diam à interseção do céu e da terra –, enquanto, em

pre um ponto em que ambas se chocam. Não me

vários ramos da arte, a orientação das proporções

parece que se possa criar arte sem essa colisão”.

baseadas na “proporção áurea” (1:1,618) foi – e é

Os fundamentos estéticos são guias invisíveis, que

– norte para vários artistas e pensadores. Mas, ao

estão por baixo do design pretendido; e o conteúdo

mesmo tempo em que são amados, os fundamen-

verdadeiro acontece por cima, às vezes contido a

tos estéticos também são odiados pelos pressu-

ele, às vezes livre dele. Quem cria um design sem

postos absolutos intrínsecos à sua concepção. Para

graça não são os fundamentos, é o operador.

alguns pensadores, os fundamentos fazem parte

Boa leitura.

incontestável do processo de trabalho, oferecendo precisão, ordem e clareza. Para outros, são símbolos da opressão estética, uma prisão sufocante que atrapalha a busca de expressão. Numa discussão sobre estética, uma simples conversa sobre o lugar das coisas, o simples “pôr ordem na casa”, pode gerar conflitos insolúveis de opiniões. No contexto de nossa nova era, avaliando o curso da liberdade

Para saber mais: SâMaRa, T. GRID: construção e desconstrução. São Paulo: Cosac Naify, 2007. * JODIDIO, P. Ando - complete works. Cologne: Taschen Spring, 2007.

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 5, jul./ago./set. 2009

5

Entrevista

Dudu Medeiros Desde muito, dentistas alimentam um romance platônico com a fotografia. O medo, comum a esses romances, sempre afastou o clínico da máquina fotográfica, muito embora, hoje, indiscutivelmente, a fotografia faça parte dos protocolos clínicos de documentação, diagnóstico, planejamento e comunicação de dados. Nosso entrevistado, o fotógrafo Dudu Medeiros, tem, de forma brilhante – como um cúpido –, aproximado a Odontologia da fotografia. Desde que apareceu no cenário odontológico, com seus trabalhos e artigos, tem desmistificado a fotografia, proporcionando um caminho seguro a essa arte. Com bom humor e todo seu carisma, Dudu, de seu ateliê em São Paulo, nos brinda com esta entrevista.

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 12-19, jul./ago./set. 2009

13

Entrevista

A fotografia, como toda expressão artística, não depende exclusivamente do conhecimento técnico, mas especialmente de uma identificação da alma do artista com o ofício. Quando e como você se viu fotógrafo? Foi num repente ou foi uma descoberta gradual? Digamos que foi num repente... lembro-me que, por ser filho temporão, ficava perturbado com o fato de meus irmãos já estarem encaminhados quando entrei na adolescência, e sempre rezava pedindo um sinal ou um talento – pois, apesar de desenhar muito bem, eu era imediatista demais para trabalhar com técnicas de desenho ou pintura e, pior, era limitado, pois só sabia desenhar mulheres. Morava em Natal/RN e, num verão, fui com uma amiga a uma praia afastada. Eu estava com uma máquina simples – uma Yashica MF3 – e ainda tinha uns seis clicks. lá, arrumei a minha amiga como se fosse modelo, meio intuitivamente, e ela ficou ótima nas fotos. Daí, todas as suas amigas e primas começaram a me pedir para fotografálas...Tinha descoberto o meu talento, mas agora trabalho-o gradualmente, todos os dias. Como você e sua fotografia encontraram a Odontologia? Havia uma modelo internacional nascida em Natal e éramos muito amigos. Como ela morava na Europa e precisava tratar um dente que estava atrapalhando suas fotos de sorriso, me ligou pedindo para eu escolher um dentista para tratá-la nas férias, e não precisar ficar em São Paulo. Procurei me informar sobre qual era o melhor profissional para isso e me indicaram Dr. Dickson Fonseca. Falei com um amigo colunista social, Toinho Silveira, e ele intermediou a apresentação. Fui falar com ele sobre a possibilidade de tratá-la em tempo hábil e, já no primeiro encontro, ele exigiu que eu fizesse fotos da face antes e depois do tratamento.

14

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 12-19, jul./ago./set. 2009

Para mim, nascia aí o que entendo por protocolo fotográfico de face! Depois de tratá-la, ele me disse que escolheria uma modelo por ano para ser tratada pela clínica e para eu montar os castings... Mas ele não conseguia tratar só uma, e acabamos montando um ótimo acervo de casos, que ele utiliza até hoje. Dessa turma, destaca-se a modelo Claudia Bezza, que foi o rosto da ClINIC na Ásia e o sorriso da campanha mundial da Colgate!!!

Atualmente, a fotografia em Odontologia é indispensável e o que, inicialmente, era somente para professores, hoje serve como instrumento de trabalho e documentação. Como fotógrafo profissional, como vê esta incorporação da fotografia na Odontologia e em outras áreas da Medicina, como a Dermatologia e a Cirurgia Plástica? a grande novidade, na verdade, não é a fotografia, e sim a acessibilidade que a tecnologia digital deu a ela. Se pararmos para pensar, veremos que muitos profissionais já trabalhavam com a fotografia na Odontologia, pois ela já era extremamente necessária e útil, mas era um investimento alto... Fotografar em slide, acertar a luz, revelar, arquivar, etc... Tudo era muito trabalhoso. agora tudo é mais fácil, e não só para a Odontologia. a fotografia está extremamente popularizada, basta olharmos os celulares: hoje, é mais difícil encontrar um aparelho sem câmera do que um com!!! Quanto à incorporação, acho que a fotografia vem a somar em todos os aspectos. Em Odontologia, ressalvo que a fotografia intrabucal é uma fotografia macro, e poucos dentistas sabem da importância disso, de quanto é um privilégio para eles trabalhar nesse campo, pois, na verdade, a fotografia nada mais é do que uma tentativa do ser humano de copiar o milagre que é a visão – e sabemos que superar a natureza não é fácil. Pois bem, a única área aonde

Dudu Medeiros

garanto que a culpa não é sua... afinal, se esta-

Entrevistadores

mos falando de pessoas que passaram por um curso como o de Odontologia é porque não lhe falta capacidade para aprender – talvez a técnica ou a metodologia não tenha sido feliz, mas capacidade você tem!!! Tenha certeza!!! Se ainda tiver dúvida, desobrigue-se de fotografar seus casos, entre no curso querendo aprender a fotografar seus filhos, flores ou viagens, pois isso vai diminuir

Sidney Kina • Editor da Revista Dental Press de Estética. • Mestre em Clínica Odontológica pela FOP/uNICaMP. • Membro Honorário da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética. • Consultor científico da Revista Clínica – International Journal of Brazilian Dentistry.

muito sua ansiedade. Mas o que você precisa entender é que, começando agora, o ganho é muito maior, pois, se você é um profissional que gosta de atualizar-se e oferecer o melhor ao seu cliente, a fotografia vai entrar em sua vida mais cedo ou mais tarde. Portanto, crie coragem e comece desde já... Seu trabalho vai sair bonito na foto, eu garanto!!!

Ronaldo Hirata • Doutorando em Dentística na uERJ. • Continuing Education on adhesive & aesthetic Dentristry na universidade de genebra. • Curso de aperfeiçoamento em porcelanas em Nova York. • Editor assistente da Revista Dental Press de Estética.

Oswaldo Scopin de Andrade • Mestre e doutor em Prótese pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba - uNICaMP. • Pós-graduado em Prótese e Oclusão pela New York university - Eua. • Professor assistente do curso de atualização em Clínica Odontológica da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - uNICaMP. • “Clinical Fellow – Straumann Clinic”, universidade de Berna - Suíça. • Coordenador dos cursos de Implantodontia (lato Sensu) e Odontologia Estética (lato Sensu) das Faculdades SENaC de Ciência da Saúde. • Editor assistente da Revista Dental Press de Estética.

Dudu Medeiros é fotógrafo, nascido no Rio grande do Norte, faz books para as principais agências de atores e modelos. Fez books de algumas das tops mais importantes do Brasil, como Fernanda Tavares. E-mail: [email protected]

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Caso Selecionado

Guilherme Noriaki Itikawa* Hélio Kiyohiro Taniguchi** Oswaldo Scopin de Andrade*** Luiz Alves Ferreira****



* Especialista em Endodontia FOP-Unicamp e mestrando em Endodontia CPO-SLMandic. ** Pós-graduado em Periodontia UCCB e clínica particular em tempo integral.

*** Doutor em Clínica Odontológica pela Unicamp. **** Técnico em Prótese Dentária em tempo integral.

Guilherme Noriaki Itikawa, Hélio Kiyohiro Taniguchi, Oswaldo Scopin de Andrade, Luiz Alves Ferreira

Integração multidisciplinar em Odontologia Restauradora Estética

Grande tem sido a evolução técnica dos tra-

somente são possíveis de serem realizadas com

balhos estéticos restauradores na Odontologia.

excelência com a magnificação e iluminação for-

Resultado esse obtido da evolução dos materiais

necidas pelo microscópio operatório.

dentários, do conhecimento técnico e da melhora

Uma fratura vertical foi diagnosticada no ele-

na relação entre os clínicos e os técnicos de la-

mento 21, impossibilitando a recuperação da raiz.

boratório. A importância da interdisciplinaridade é

Após exodontia atraumática e cuidadosa cureta-

demonstrada na resolução deste caso clínico. O

gem do alvéolo, foi instalado um implante (Ankylos

planejamento integrado proporciona ao tratamento

B14 / Friadent, Alemanha) e, sobre esse, um

uma otimização e previsibilidade importantes para

abutment (Ankylos Cercon Balance, Friadent) de zircônia. Um provisório livre de oclusão foi colocado imediatamente, para que a reparação tecidual fosse guiada pelo perfil de emergência desse. No elemento 11, foi necessária a reintervenção endodôntica (Fig. 9), precedida da remoção de coroa mais retentor intrarradicular metálico – técnicas apropriadas foram abordadas. Houve indicação de retentor anatômico estético nesse dente devido às suas condições estruturais e estéticas. O conhecimento dos procedimentos protéticos foi necessário ao endodontista para uma resolução com caráter de excelência à confecção do retentor direto. Após o término da terapia endodôntica e do período de osseointegração, foram confeccionadas duas coroas totais no sistema Empress e.max (Ivoclar Vivadent AG, Liechtenstein). Podemos notar, nesse pequeno prazo, uma reparação radiográfica evidente da região perirradicular ao dente 11.

o sucesso de longo prazo. Neste caso clínico, procuramos apresentar, além das etapas restauradoras, as etapas que antecedem a reabilitação estética. Os elementos 11 e 21 apresentavam diferentes complicações, resultando em diferentes modalidades de tratamento e demonstrando a importância da Endodontia e da Implantodontia como base para um resultado estético final saudável e duradouro. No caso descrito, a microscopia foi utilizada tanto na Endodontia quanto em todas as etapas clínicas e laboratoriais da confecção das próteses, obtendo-se uma maior precisão em todos os procedimentos. Vale lembrar da ergonomia atingida com esse tipo de tecnologia. Destaca-se a importância do uso do microscópio, principalmente na fase endodôntica, na qual proporciona um campo de trabalho amplo, luminoso e cheio de detalhes. Etapas críticas, como a limpeza do substrato pré-hibridização,

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 20-38, jul./ago./set. 2009

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Integração multidisciplinar em Odontologia Restauradora Estética

Figura 56 - Radiografia final. Observa-se a resolução da lesão periapical do 11, formação de osso sobre a plataforma do implante e excelente adaptação marginal das coroas.

AGRADECIMENTOS Dedicamos este caso ao grande amigo e mestre adauto de Freitas Jr., que tanto nos ensinou, que tanto nos alegrou e tanta saudade deixa.

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Endereço para correspondência Guilherme Noriaki Itikawa Rua afonso Brás, 525 - cj. 91 Vila Nova Conceição CEP: 04.511-011 - São Paulo / SP E-mail: [email protected]

Caso Clínico

Leonardo Fernandes da Cunha* Ana Raquel Benetti** Sérgio Kiyoshi Ishikiriama*** Adilson Yoshio Furuse**** José Mondelli*****



* Mestre e doutorando em Dentística, Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo. ** Professora da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná.

*** Professor assistente do departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo. **** Doutor em Dentística, Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo. ***** Professor titular do departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo.

Leonardo Fernandes da Cunha, Ana Raquel Benetti, Sérgio Kiyoshi Ishikiriama, Adilson Yoshio Furuse, José Mondelli

Técnica caseira de clareação dentária em Odontologia Restauradora Cosmética The use of the home-bleaching technique in Cosmetic Restorative Dentistry

Resumo

Abstract

Historicamente, a clareação dentária tem sido uma

Dental bleaching has historically been a conservative

alternativa conservadora de tratamento para dentes

treatment for teeth with intrinsic stains. Since the intro-

com manchamento intrínseco. Desde a descrição da

duction of the home-bleaching technique by Haywood

técnica de clareação caseira por Haywood e Heymann,

and Heymann, in 1989, different techniques have been

em 1989, diferentes métodos têm sido utilizados para

used for dental bleaching. Because the good esthetic re-

se obter a clareação dentária. Em função dos bons

sults, this procedure has been widely used by the den-

resultados estéticos, tem sido amplamente utilizada

tists and can be associated with other aesthetic restor-

pelos cirurgiões-dentistas. A clareação dentária possui

ative procedures. Bleaching treatment has been used as

a vantagem de permitir a associação com as demais

the most common cosmetic technique requested by the

técnicas restauradoras estéticas e/ou cosméticas. O

patients. In some situations, bleaching is used mostly

tratamento clareador vem sendo utilizado como uma

due to cosmetic reasons. Thus, the aim of this work is

das técnicas cosméticas mais comumente requisitadas

to present and discuss the home-bleaching technique,

pelos pacientes. Dessa forma, o objetivo deste trabalho

with clinical cases presentation.

é apresentar e discutir a técnica de clareação caseira, com a apresentação de casos clínicos.

Keywords: Tooth bleaching. Hydrogen peroxide. Esthetics, dental. Periodontics. Dentistry.

Palavras-chave: Clareação dentária. Peróxido de hidrogênio. Estética dentária. Periodontia. Odontologia.

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 40-49, jul./ago./set. 2009

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Técnica caseira de clareação dentária em Odontologia Restauradora Cosmética

própria casa, enquanto a clareação em consultó-

DISCUSSÃO uma vez que age por difusão, o peróxido de

rio necessita da aplicação do gel pelo profissional.

hidrogênio penetra na estrutura semipermeável do

Esse fator torna a clareação de consultório mais

dente, resultando no efeito de branqueamento. a

custosa para o paciente. Em outro estudo, reali-

quantidade de peróxido de hidrogênio que atinge

zado também no ano de 200313, a clareação ca-

a câmara pulpar depende da concentração do gel

seira mostrou-se superior para clarear os dentes,

colocado na superfície vestibular dos dentes .

em comparação com a clareação em consultório.

2

assim, a indicação da clareação caseira, por

literatura especializada mostrou também que a

empregar baixas concentrações de gel, torna-se

estabilidade da clareação caseira pode ser obser-

interessante, minimizando os efeitos deletérios

vada em até 90 meses após o tratamento6.

sobre a superfície do esmalte. O peróxido de car-

Muitas vezes, um tratamento restaurador é ne-

bamida, em concentrações de 10 a 16%, parece

cessário após a clareação. Sabe-se que o agente

não afetar a estrutura do esmalte9, enquanto a

clareador diminui a resistência adesiva das restau-

concentração de 35%, como a utilizada na técnica

rações de resina composta, quando feitas ime-

de consultório, pode alterar a estrutura do esmal-

diatamente após esse procedimento3. Por essa

te de maneira significativa8,9. alguns autores não

razão, aguardou-se um período de 21 dias para a

encontraram alterações na microdureza do esmal-

restauração.

te utilizando baixas concentrações de peróxido

além dos aspectos citados, a harmonia dos te-

de carbamida , enquanto outros autores não en-

cidos periodontais também é fundamental para se

contraram alteração na rugosidade superficial do

obter a excelência em estética dentária e, portanto,

esmalte após a clareação . Contudo, quando a

deve ser considerada. Segundo Reinhardt e Eivins

clareação caseira foi associada ao uso de creme

et al.10, a clareação caseira pode ser empregada

dental abrasivo, uma alteração significativa foi ob-

sem risco de mudanças mensuráveis de inflama-

servada . Por isso, a recomendação desse aspec-

ção periodontal. Entretanto, deve-se ressaltar que

to para o paciente se faz fundamental.

a estética é um conceito subjetivo e individual: en-

1

12

12

Segundo um trabalho realizado no ano de 20034,

quanto alguns pacientes não se incomodam com

a falta de dados toxicológicos e efeitos adversos

pequenas alterações na harmonia dentofacial,

dos agentes clareadores torna questionável o uso

outros apresentam queixas extremamente especí-

da clareação apenas por motivos cosméticos. En-

ficas, como pôde ser observado nos relatos dos

tretanto, desde que o tratamento não seja feito de

casos apresentados.

forma indiscriminada, pode ser recomendado com mínimos efeitos adversos. Não há comprovação de estudos in vivo que comprovem o contrário.

CONCLUSÃO a técnica de clareação caseira é uma alterna-

a clareação dentária pode ser considerada

tiva viável, segura e efetiva para a clareação dos

uma modalidade de tratamento segura e, acima

dentes, possibilitando a melhora da harmonia do

de tudo, eficaz. O método caseiro é vantajoso por

sorriso e satisfação aos pacientes, com uma boa

permitir ao paciente realizar o tratamento em sua

relação custo-benefício.

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R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 40-49, jul./ago./set. 2009

Leonardo Fernandes da Cunha, Ana Raquel Benetti, Sérgio Kiyoshi Ishikiriama, Adilson Yoshio Furuse, José Mondelli

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Endereço para correspondência Leonardo Fernandes da Cunha al. Octávio Pinheiro Brisolla, 9-75 - Vila universitária CEP: 17.012-901 - Bauru / SP E-mail: [email protected]

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 40-49, jul./ago./set. 2009

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Artigo de Pesquisa

Lucas da Fonseca Roberti Garcia* Simonides Consani** Fernanda de Carvalho Panzeri Pires-de-Souza*** Fabrício Mariano Mundim****



* Mestre em Endodontia e doutorando em Materiais Dentários (FOP-Unicamp). ** Professor titular do departamento de Odontologia Restauradora, área de Materiais Dentários (FOP-Unicamp).

*** Professora titular do departamento de Materiais Dentários e Prótese (FORP-USP). **** Mestrando em Reabilitação Oral (FORP-USP).

Lucas da Fonseca Roberti Garcia, Simonides Consani, Fernanda de Carvalho Panzeri Pires-de-Souza, Fabrício Mariano Mundim

Análise das propriedades físico-mecânicas e biológicas dos cimentos resinosos Analysis of the physical-mechanical and biological properties of the resinous cements

Resumo

Abstract

A procura cada vez maior por tratamentos restaurado-

The increasing search for aesthetic restorative treatments

res estéticos e a eficiência de união entre o dente e o

and the union efficiency between tooth and restorative

material restaurador proporcionaram o desenvolvimen-

material provided the development of countless com-

to de inúmeras marcas comerciais de cimentos resi-

mercial brands of resinous cements. The objective of

nosos. O objetivo deste estudo foi realizar uma análise

this study was to accomplish a critical analysis on the

crítica sobre as propriedades físico-mecânicas e bio-

physical-mechanics and biological properties of several

lógicas de diversos sistemas de cimentos resinosos,

resinous cements systems, comparing these amongst

comparando-os entre si e também com outros siste-

themselves and also comparing them with other no

mas de cimentos não-resinosos; com intuito de auxiliar

resinous cement systems; with intention of aiding the

os profissionais da Odontologia na correta seleção e in-

Dentistry´s professionals in the best selection and cor-

dicação desses cimentos, o que poderá contribuir para

rect indication of this cements, that will be able to con-

um maior sucesso do tratamento protético.

tributes for a larger success of the prosthetic treatment.

Palavras-chave: Propriedades físico-mecânicas. Cimentos resinosos. Materiais dentários.

Keywords: Physical-mechanical properties. Resinous cements. Dental materials.

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 50-55, jul./ago./set. 2009

51

Análise das propriedades físico-mecânicas e biológicas dos cimentos resinosos

Marathon® e geristore®). Verificaram que películas

duas camadas de verniz copal e cimentação com

acima de 40µm foram observadas para quase to-

fosfato de zinco; grupo 2 – condicionamento com

dos os cimentos resinosos, com exceção do geris-

ácido poliacrílico e cimentação com ionômero de

tore® (20,5µm) e Infinity® (30,7µm). Concluíram que,

vidro, sendo aplicado em seguida verniz protetor;

embora os novos agentes cimentantes resinosos

grupo 3 – cimentação com cimento resinoso. Todas

possuam benefícios do ponto de vista de resistên-

as coroas foram assentadas com pressão digital por

cia ao desgaste e microinfiltração, o controle das

10 minutos. Para o teste de microinfiltração, filtros

propriedades físicas e químicas ainda deveria ser

foram colocados nos receptáculos laterais de aces-

motivo de vários estudos, a fim de que alguns fato-

so e as amostras embebidas em solução contendo

res – como a viscosidade e o grau de polimerização

macromoléculas de dextran e lipopolissacarídeos

– fossem controlados, para obtenção de melhores

com sondas imunofluorescentes. as verificações

valores de espessura de película.

foram realizadas após duas semanas, 1, 2, 3, 4, 5 e

White21 utilizou 35 pré-molares humanos extra-

6 meses, não sendo detectada microinfiltração em

ídos por razões ortodônticas. Os preparos foram

qualquer um dos três tipos de agentes cimentantes

moldados com silicona de polimerização por adi-

utilizados, dentro dos limites desse estudo.

ção, os troquéis obtidos em gesso tipo IV e as fundições realizadas com liga de metal básico. as coroas

CONCLUSÕES

foram cimentadas com carga de 5kg por sete minu-

• Os cimentos resinosos devem apresentar

tos, sendo o desajuste marginal verificado antes e

propriedades físico-mecânicas e biológicas satis-

após a cimentação. Os cimentos utilizados foram:

fatórias, tais como: adesão à estrutura dentária,

fosfato de zinco, policarboxilato, ionômero de vidro,

selamento marginal, resistência aos diferentes va-

cimento resinoso com agente de união e Panavia

lores de coeficiente de expansão térmica e redu-

Ex . após a termociclagem (1.500 ciclos) e fixação

ção da concentração de estresse sobre o material

das amostras com solução de nitrato de prata, es-

restaurador.

®

sas foram embebidas em resina epóxica e seccio-

• O tratamento da superfície, tanto do dente

nadas nos sentidos vestibulolingual e mesiodistal,

(com ácido fosfórico) quanto do material cerâmico

para leitura da microinfiltração. Concluiu-se que o

(com ácido fluorídrico), proporciona significativo in-

cimento resinoso com agente de união foi o que

cremento na resistência de união.

apresentou os menores valores de microinfiltração,

• Os cimentos resinosos apresentam melhores

seguido do ionômero de vidro, Panavia Ex , policar-

resultados em relação à microinfiltração, minimi-

boxilato de zinco e fosfato de zinco.

zando o acúmulo de placa e o aparecimento da

®

Tung e Coleman

18

avaliaram a microinfiltração

doença subsequente.

marginal em coroas totais metálicas cimentadas

• Devido aos cimentos resinosos serem prati-

com fosfato de zinco, ionômero de vidro e cimento

camente insolúveis nos fluidos bucais, alguns tra-

resinoso. Trinta dentes molares humanos foram uti-

balhos chegam a relatar nenhuma infiltração nes-

lizados, sendo os preparos moldados com silicona

tes cimentos.

de polimerização por adição, e as fundições reali-

• a adesão do cimento resinoso ao material

zadas com liga de ouro tipo III. as amostras foram

cerâmico não parece ser o elo fraco na manuten-

divididas em três grupos: grupo 1 – aplicação de

ção da união cimento/restauração.

54

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 50-55, jul./ago./set. 2009

Lucas da Fonseca Roberti Garcia, Simonides Consani, Fernanda de Carvalho Panzeri Pires-de-Souza, Fabrício Mariano Mundim

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Endereço para correspondência Lucas da Fonseca Roberti Garcia Rua Bernardino de Campos, no. 30, ap. 1002 CEP: 14.015-130 - Ribeirão Preto / SP E-mail: [email protected]

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Caso Clínico

Roberta Saboia-Gomes* Renata Corrêa Pascotto**



* Mestranda em Clínica Integrada na Universidade Estadual de Maringá – UEM. ** Professora adjunta da área de Dentística do Departamento de Odontologia na Universidade Estadual de Maringá – UEM.

Roberta Saboia-Gomes, Renata Corrêa Pascotto

Faceta direta em resina composta: relato de caso Direct composite resin veneers: case report

Resumo

Abstract

A restauração estética de dentes com alteração de cor

The aesthetic restoration of teeth with color and/or

e/ou forma tem sido, frequentemente, realizada com

form alteration has been frequently performed with

facetas diretas em resina composta, devido à maior

direct composite resin veneers due to the greater con-

conservação de estrutura dentária e à maior facilidade,

servation of tooth structure and facility in working di-

quando se trabalha diretamente na boca, em se obter

rectly in the mouth to obtain satisfactory results than

resultados satisfatórios do que quando é realizado um

performing an indirect isolated procedure in the ante-

procedimento indireto isolado na região anterior. Nos

rior region. Nowadays, the adhesive restorations are

dias atuais, as restaurações adesivas são muito utili-

widely used for its practicality, simplicity and low cost,

zadas por sua praticidade, simplicidade e baixo custo,

however, the indication and execution of correct tech-

porém, a indicação e execução corretas da técnica é

nique defines the treatment success. The aim of this

que definem o sucesso final do tratamento. O objetivo

study is to present a case report in which was chosen

deste trabalho é apresentar um caso clínico em que se

a direct composite resin veneer in a maxillary central

optou pelo facetamento direto em resina composta em

incisor that had the color changed due to an injury that

um incisivo central superior que apresentava a colora-

caused the need of endodontic treatment and the pres-

ção alterada devido a um traumatismo, que acarretou

ence of a veneer with intrinsic staining.

na necessidade de tratamento endodôntico, e à presença de uma faceta preexistente com manchamento

Keywords: Direct veneer. Composite resin. Aesthetics.

intrínseco. Palavras-chave: Faceta direta. Resina composta. Estética.

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 56-67, jul./ago./set. 2009

57

Faceta direta em resina composta: relato de caso

da existência de apinhamento dentário; da presen-

compósitos de resina em facetas é a dificuldade em

ça de desgastes na estrutura dentária vestibular;

mascarar a superfície escurecida do dente prepara-

da altura da linha do sorriso; da necessidade de

do. Mesmo com a espessura adequada do material

alongamento do dente a ser facetado; da extensão

– entre 1 e 1,5mm – a opacidade é insuficiente e a

da fratura, em casos de dentes fraturados; e das

cor escurecida do substrato fica visível através do

áreas estática e dinâmica de visibilidade .

compósito de resina, prejudicando, assim, o resul-

1

a realização de fotografias extra e intrabucais ob-

tado final da restauração. Mesmo com o uso de

jetiva um adequado plano de tratamento, documen-

resinas opacas, esse problema, geralmente, não

tação do caso e marketing9. as imagens obtidas no

pode ser resolvido com a aplicação de compósitos

presente estudo foram avaliadas previamente, em

finos. Casos com grandes alterações de cor reque-

busca de detalhes anatômicos e cores, no intuito de

rem métodos eficientes de opacificação. O opaco é

possibilitar uma restauração final mais natural.

um material fotoativado, quimicamente compatível

a seleção da cor adequada de resina composta

com a resina composta e capaz de mascarar tona-

é um dos aspectos mais importantes na confec-

lidades escuras com relativa facilidade. Seu uso em

ção de faceta direta e ainda representa um desafio,

excesso causa uma cor artificial ao dente5.

já que cada região do dente, geralmente, apresen-

uma alternativa para isso é a maior profundi-

ta uma cor apropriada. logo, indica-se o uso de

dade do preparo do dente, para o aumento da

resinas translúcidas, que servem como esmalte ar-

espessura da faceta, entretanto, isso resulta em

tificial, e resinas opacas, que servem como dentina

um dente mais enfraquecido. Outra alternativa se-

artificial . além disso, recomenda-se que a sele-

ria a criação de um sobrecontorno no alinhamento

ção da cor da resina composta para restaurar a

do dente, aumentando, também, a espessura do

dentina seja realizada no terço cervical. Enquanto

material a ser utilizado e a chance de mascarar o

nos terços médio e incisal deve-se selecionar a cor

elemento escurecido. Vale salientar que a espes-

da resina composta de esmalte .

sura da faceta não deve ser tão grande, pois isso

12

1

O clínico deve ter conhecimento sobre os con-

influenciaria negativamente em sua estética, alte-

ceitos de cor, croma, valor, translucidez e opacida-

rando um dos mais importantes aspectos de um

de. uma vez que esses critérios são seguidos, as

sorriso: o alinhamento5.

restaurações são capazes de tornar-se satisfatórias tanto ao paciente quanto ao dentista5.

CONCLUSÃO

Casos com alto grau de escurecimento podem

a técnica utilizada no caso clínico apresentado

necessitar da presença de agentes opacificadores

demonstrou a restauração da cor e da forma de

para mascarar a cor original. No entanto, esses

um elemento dentário que prejudicava a estética

materiais devem ser cautelosamente aplicados,

do sorriso. as facetas estéticas são a opção mais

para que não ocorra opacificação excessiva, resul-

conservadora para restaurar a harmonia e reque-

tando em aspecto artificial15.

rem acurado exame clínico e planejamento para o

uma das maiores limitações da utilização de

66

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 56-67, jul./ago./set. 2009

sucesso do tratamento.

Roberta Saboia-Gomes, Renata Corrêa Pascotto

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Endereço para correspondência Roberta Saboia-Gomes Rua Mem de Sá, 502 - Zona 2 CEP: 87.010-370 - Maringá / PR E-mail: [email protected]

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 56-67, jul./ago./set. 2009

67

Caso Clínico

Márcio Grama Hoeppner* Eduardo Augusto Pfau** Stella Kossatz Pereira*** Patriane Iara Caccia**** Ariane Cristina Basso****



* Professor adjunto do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina - UEL / Departamento de Odontologia Restauradora. ** Professor do curso de Odontologia da Universidade Paranaense - Unipar - Campus Umuarama.

*** Professora associada do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG. **** Acadêmicas do curso de Odontologia da Universidade Paranaense - Unipar - Campus Umuarama.

Márcio Grama Hoeppner, Eduardo Augusto Pfau, Stella Kossatz Pereira, Patriane Iara Caccia, Ariane Cristina Basso

Resolução estética de dentes com diastemas 10 anos de proservação clínica Aesthetic resolution in teeth with diastemas - ten years of clinical attendance

Resumo

Abstract

Diante de dentes com diastemas, localizados ou múl-

Ahead of located or multiple teeth with diastemas, sev-

tiplos, várias são as opções de tratamento estético

eral are the possible options of aesthetic treatment to

passíveis de serem planejadas e executadas para a

be planned and executed to the clinical resolution of

resolução clínica do problema, de forma isolada ou as-

the problem, in a isolated or associated form. The aes-

sociada. A seleção do tratamento está na dependência

thetic treatment selection for anterior teeth diastemas

da necessidade estética, da condição socioeconômi-

depends on the aesthetic needs, the economic situa-

ca, da oclusão apresentada pelo paciente; do tempo

tion, the patient’s occlusion, the time available and the

disponível para realização do tratamento, bem como

professional skills. This work aims to present a case re-

da competência e habilidade do cirurgião-dentista em

port showing an esthetical rehabilitation of multiples

planejar e realizar o tratamento. Dessa forma, ilustrado

diastemas using direct composite resins and to confirm

com a descrição de um caso clínico, o propósito deste

the efficiency of the treatment after ten years of clinical

trabalho é apresentar e discutir o emprego das resinas

attendance.

compostas na resolução estética de um sorriso com múltiplos diastemas, além de comprovar a efetividade

Keywords: Composite resin. Diastema. Dental esthetics.

do tratamento proposto e realizado após 10 anos de acompanhamento clínico. Palavras-chave: Resina composta. dentária.

Diastema.

Estética

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 68-78, jul./ago./set. 2009

69

Márcio Grama Hoeppner, Eduardo Augusto Pfau, Stella Kossatz Pereira, Patriane Iara Caccia, Ariane Cristina Basso

No caso clínico descrito, passados 10 anos da

E, consequentemente, parte não desejada do es-

realização do tratamento – embora possamos visu-

pectro da luz visível deve ser filtrada, para que o

alizar pigmentação na superfície e na margem das

calor seja minimizado, com o uso de filtro e venti-

restaurações, principalmente nas áreas interdentá-

lador. além disso, a lâmpada halógena apresenta

rias cervicais, possível de ser interpretada clinica-

curto tempo de vida útil. Em decorrência dessas

mente como microinfiltração marginal –, não diag-

desvantagens, a partir da década de 90, os profis-

nosticamos cárie recorrente ou secundária. Isso nos

sionais têm à sua disposição os aparelhos fotopo-

leva a concluir que, mais ou tão importante quanto

limerizadores à base de lEDs (diodos emissores

a técnica restauradora empregada e a seleção dos

de luz), que, diferentemente do sistema de lâm-

materiais restauradores foi a capacidade do pa-

pada halógena, emitem luz com estreito espectro

ciente em controlar, mecanicamente, o acúmulo de

de comprimento de onda, portanto, geram pouco

placa bacteriana e, consequentemente, a infiltração

calor, além do aumento significativo do tempo de

de microrganismos na interface dente-restauração,

vida útil da lâmpada8.

mesmo que as restaurações tenham sido realizadas sobre esmalte dentário, exclusivamente.

Preenchidos os espaços interdentários, o acabamento imediato das restaurações foi realizado

Para a fotopolimerização dos vários incremen-

com o propósito de remover eventuais excessos na

tos de resina composta, que não excederam 2mm

região cervical, e adequar o contorno e anatomia

de espessura cada, utilizamos um aparelho fotopo-

dos dentes restaurados. Por sua vez, o polimento

limerizador de lâmpada halógena, com intensidade

final foi realizado numa sessão subsequente, para

da luz emitida superior a 400mW/cm , aferida com

a remoção de sulcos e irregularidades da superfície

auxílio de um radiômetro

acabada, além da obtenção do brilho superficial e a

2

. Esses cuidados foram

15,17

tomados porque as resinas compostas fotopolime-

texturização (caracterização) das restaurações.

rizáveis apresentam índice ou grau de conversão limitado, onde a conversão dos monômeros em

CONCLUSÃO

polímero depende de vários fatores: transmissão

Com base na proservação clínica do caso rela-

da luz emitida através do volume de resina a ser

tado e na literatura correlata, pode-se concluir que:

polimerizado, quantidades de fotoiniciador e de ini-

1) a realização de restaurações diretas em resi-

bidor presentes na composição da resina compos-

na composta é uma opção de baixo custo, viável

ta, tempo de exposição à luz emitida pelo apare-

à resolução estética imediata de dentes anteriores

lho fotopolimerizador, espessura do incremento de

com diastemas.

resina composta a ser fotopolimerizado, distância

2) a longevidade clínica das restaurações em re-

entre a ponta ativa do aparelho fotopolimerizador

sina composta mantém relação direta com fatores

e a superfície do material a ser fotopolimerizado,

ligados ao operador/profissional, ao fabricante e ao

comprimento de onda e intensidade da luz emitida

paciente, a saber: competências e habilidades do

pelo aparelho fotopolimerizador15.

profissional necessárias à realização das restaura-

Embora eficazes na fotopolimerização dos ma-

ções, propriedades físicas e estéticas das resinas

teriais resinosos, os aparelhos à base de lâmpada

compostas dependentes da sua composição e

halógena emitem luz branca em uma faixa de com-

técnica de fotopolimerização, e hábitos de higiene

primento de onda muito ampla, além da necessária.

bucal praticados pelo paciente.

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 68-78, jul./ago./set. 2009

77

Resolução estética de dentes com diastemas - 10 anos de proservação clínica

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Endereço para correspondência Márcio Grama Hoeppner universidade Estadual de londrina - uEl Departamento de Odontologia Restauradora - ODO Rua Pernambuco, no. 540 - Centro CEP: 86.020-120 - londrina / PR E-mail: [email protected]

78

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 68-78, jul./ago./set. 2009

Caso Clínico

Boanerges Araújo Netto Jr.* Maurício Grecco Côsso** Elton Gonçalves Zenóbio*** Lêda Marina de Lima Araújo**** Erika Storck Cezario*****



* Mestre em Prótese Dentária pela São Leopoldo Mandic. Especialista em Prótese Dentária pela UFRJ. Especialista em DTM e Dor Orofacial pelo CFO. Especialista em Implantodontia pela UnilesteMG.



** Mestre e doutorando em Implantodontia pela São Leopoldo Mandic. Especialista em Radiologia pela Faculdade de Odontologia de Bauru.

*** Doutor e mestre em Periodontia pela Unesp. Especialista em Implantodontia pela UnilesteMG. **** Mestre em Periodontia pela PUCMinas. Especialista em Prótese Dentária pela Univale. Especialista em Implantodontia pela PUCMinas. ***** Mestre e especialista em Periodontia pela PUCMinas. Doutoranda em Periodontia pela UFMG.

Boanerges Araújo Netto Jr., Maurício Grecco Côsso, Elton Gonçalves Zenóbio, Lêda Marina de Lima Araújo, Erika Storck Cezario

Abordagem multidisciplinar na reabilitação de incisivos superiores - relato de caso Multidisciplinary approach in the rehabilitation of upper incisors - case report

Resumo

Abstract

A evolução das pesquisas, materiais e técnicas cirúrgi-

The development of research, materials and surgical

cas busca resultados tanto funcionais quanto estéticos,

techniques seeks for functional and aesthetic results, to

no sentido de atingir um alto grau de excelência, conse-

achieve a high degree of excellence, thus overcoming

guindo superar as exigências por parte dos profissionais

the professional´s and patient´s demands. However,

e dos pacientes. No entanto, apesar de todos os avan-

despite of all technological advances, to rehabilitate

ços tecnológicos, permanece ainda um grande desafio,

an anterior aesthetic region remains as a major chal-

a reabilitação estética da região anterior, onde ocorre

lenge, where there is a strong influence of segregating

uma forte influência de forças segregativas. O conceito

forces. The concept of reverse planning, where the aes-

de planejamento reverso – onde o planejamento estéti-

thetic and prosthetic planning is performed prior to

co e protético é realizado previamente ao procedimento

surgery, as well as the philosophy which relies on the

cirúrgico – e também a filosofia na qual a colocação es-

placement of the implant guided by the aesthetic res-

tética do implante é guiada pela restauração devem es-

toration, should be interdisciplinarly sedimented. This

tar sedimentados interdisciplinarmente. Isso possibilita

allows more aesthetic and functional crowns, provid-

trabalhos mais estéticos e funcionais, permitindo supor-

ing support and stability of the periimplant tissues in a

te e estabilidade dos tecidos peri-implantares a longo

long term perspective. Within this context, this article

prazo. Neste contexto, este artigo descreve um caso

describes a clinical case within a multidisciplinary ap-

clínico, numa abordagem multidisciplinar, desenvolvido

proach which was developed in accordance with the

de acordo com os conceitos atuais da reabilitação esté-

current concepts of aesthetic implant rehabilitation.

tica sobre implantes. Palavras-chave: Implantes dentários. Restauração estética de implantes. Posição ideal de implantes.

Keywords: Dental implants. Esthetic implant restorations. Ideal implants position.

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 80-95, jul./ago./set. 2009

81

Abordagem multidisciplinar na reabilitação de incisivos superiores - relato de caso

tridimensional, uma distinção deve ser feita entre

CONCLUSÃO

as zonas de “conforto” e de “perigo” em cada di-

a utilização de implantes em zona estética,

mensão. Os implantes posicionados nas zonas de

principalmente nos pacientes com sorriso gengi-

conforto são a base para uma restauração estética

val, exige a aplicação do conceito de planejamento

com estabilidade a longo prazo .

reverso, no sentido de conferir alta previsibilidade.

4

O condicionamento gengival por meio da utili-

a filosofia na qual se baseia a colocação es-

zação de coroas provisórias paulatinamente acres-

tética do implante guiada pela restauração deve

cidas no seu perfil cervical, entre as consultas,

estar sedimentada interdisciplinarmente, possibili-

baseando-se no dente contralateral, é fundamen-

tando trabalhos mais estéticos e funcionais, além

tal para se obter um perfil de emergência correto,

de permitir suporte e estabilidade dos tecidos peri-

com saúde periodontal e dando uma ideia de har-

implantares.

monia à coroa protética, passando a ilusão de ser

É necessário o conhecimento da biologia dos

um elemento natural9. O contorno gengival deve

tecidos, bem como o domínio da técnica e uma

ser trabalhado corretamente, possibilitando um

perfeita noção do posicionamento tridimensional

perfil de emergência adequado. a ausência de pa-

ideal dos implantes, para se alcançar os objetivos

pila pode induzir problemas estéticos, fonéticos e

propostos, devolvendo aos pacientes a função, es-

de impacção alimentar7,12,20.

tética e fonética, enfim, a saúde bucal e emocional.

Os conhecimentos atuais dogmatizam que a prótese deve guiar a cirurgia, ou seja, a colocação estética do implante é baseada em uma filosofia guiada pela restauração

.

4,7,9,14

94

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 80-95, jul./ago./set. 2009

AGRADECIMENTO ao TPD Itamar Cordeiro, pela confecção das coroas cerâmicas do caso clínico apresentado.

Boanerges Araújo Netto Jr., Maurício Grecco Côsso, Elton Gonçalves Zenóbio, Lêda Marina de Lima Araújo, Erika Storck Cezario

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Endereço para correspondência Boanerges Araújo Netto Jr. Rua graciliano Ramos, 36 - Bairro Cidade Nobre CEP: 35.162-373 - Ipatinga / Mg E-mail: [email protected]

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 80-95, jul./ago./set. 2009

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Caso Clínico

Glauco Rangel Zanetti* Liliane Scheidegger da Silva Zanetti** Marcelo Massaroni Peçanha***

Fausto Frizzera Borges Filho**** Gabriela Cassaro de Castro*****



* Professor doutor adjunto I do departamento de Prótese Dentária da Universidade Federal do Espírito Santo/UFES. ** Professora doutora da disciplina de Cirurgia Buco-maxilo-facial II do departamento de Clínica Odontológica da UFES.

*** Especialista em Prótese Dentária e mestre em Clínica Odontológica pela Universidade Federal do Espírito Santo/UFES. **** Especializando em Periodontia pela FOAR-Unesp. ***** Mestranda em Clínica Odontológica - área de Prótese Dental pela FOP/Unicamp/SP.

Glauco Rangel Zanetti, Liliane Scheidegger da Silva Zanetti, Marcelo Massaroni Peçanha, Fausto Frizzera Borges Filho, Gabriela Cassaro de Castro

Otimizando a cimentação de facetas de porcelana Optimizing porcelain veneers cementation

Resumo

Abstract

O estabelecimento da união entre o esmalte dentário e

The bond established between dental enamel and

compostos resinosos ou cerâmicos levou ao crescente

porcelain or resin compounds increased the use and

uso de restaurações com esses materiais, em particu-

application of these materials, especially in cosmetic

lar das chamadas “facetas de porcelana”. Além da alta

porcelain veneers. It presents high esthetic quality that

qualidade estética, permitindo mimetizar a forma e a

mimics tooth appearance and shading. Porcelain is

cor do elemento dentário, as porcelanas são menos

also less prone to wear, being more resistant to abra-

predispostas ao desgaste, ou seja, mais resistentes à

sion, staining and marginal leakage. Since the porce-

abrasão, manchas e infiltração marginal. Porém, por se

lain veneer has a small thickness and is extremely deli-

tratar de uma peça extremamente delicada e de pe-

cate, cementation is a crucial point to obtain success.

quena espessura, sua cimentação se torna um pon-

Cement shade, viscosity and handling have to be re-

to crucial para o sucesso. Sendo assim, a coloração,

viewed carefully prior to final cementation. The use of

viscosidade e manipulação do cimento são caracterís-

a flow resin for this purpose has been indicated in the

ticas que devem ser analisadas e consideradas, com

literature, this material presents excellent physical and

cautela, previamente à realização do procedimento. A

mechanical properties, facilitating this procedure. This

utilização de uma resina flow para esse propósito tem

paper presents a case report where flow resin is pre-

sido indicada na literatura, pois esse tipo de material

sented as a substitute for dual or chemical cure resin

apresenta excelentes propriedades físicas e mecâni-

cement in porcelain veneers cementation showing its

cas, que vêm a facilitar sua cimentação. Neste artigo, a

practicality and versatility as a restorative material.

resina flow será apresentada como material substituto ao cimento resinoso dual, ou de polimerização química,

Keywords: Dental veneers. Cementation. Dental esthetics.

na cimentação de facetas, por meio de um caso clínico, exibindo sua praticidade e versatilidade como material restaurador. Palavras-chave: Facetas dentárias. Cimentação. Estética dentária.

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 96-105, jul./ago./set. 2009

97

Glauco Rangel Zanetti, Liliane Scheidegger da Silva Zanetti, Marcelo Massaroni Peçanha, Fausto Frizzera Borges Filho, Gabriela Cassaro de Castro

CONCLUSÃO

crítica para o sucesso do tratamento, possibilitando

a utilização da resina flow para cimentação de

adequado tempo de trabalho, ausência de preocu-

facetas de porcelana tem se mostrado um méto-

pação em relação à manipulação do material, facili-

do que permite conforto e segurança durante esse

dade de dosagem do material e posicionamento da

procedimento, facilitando a execução dessa etapa

peça cerâmica no elemento dentário.

REFERÊNCIAS

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Endereço para correspondência Glauco Rangel Zanetti uFES - Campus de Maruípe av. Marechal Campos, 1468 CEP: 29.040-090 - Vitória/ES E-mail: [email protected]

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 96-105, jul./ago./set. 2009

105

Revisão de Literatura

Marcelo Barbosa RAMOS* Ana Paula Ribeiro do Vale PEDREIRA** Thiago Amadei PEGORARO*** Luiz Fernando PEGORARO****



* Mestrando em Reabilitação Oral da Faculdade de Odontologia de Bauru - Universidade de São Paulo (FOB-USP). ** Mestre em Reabilitação Oral pela Faculdade de Odontologia de Bauru - Universidade de São Paulo (FOB-USP). Professora substituta do departamento de Odontologia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB).

*** Doutorando em Reabilitação Oral da Faculdade de Odontologia de Bauru - Universidade de São Paulo (FOB-USP). **** Professor titular do departamento de Prótese da Faculdade de Odontologia de Bauru - Universidade de São Paulo (FOB-USP).

Marcelo Barbosa Ramos, Ana Paula Ribeiro do Vale Pedreira, Thiago Amadei Pegoraro, Luiz Fernando Pegoraro

Cimentação adesiva na atualidade: revisão de literatura Adhesive cementation nowadays: literature review

Resumo

Abstract

Tradicionalmente, um dos cimentos mais utilizados na

Traditionally, one of the most used cements for cemen-

cimentação de núcleos e coroas tem sido o cimento de

tation of the post and crowns has been zinc phosphate

fosfato de zinco. Outros cimentos, como os cimentos

cement. Other cements, such as glass-ionomer cement

ionoméricos e os ionoméricos modificados por resina,

and resin-modified glass-ionomer cement, have also

têm sido também utilizados na cimentação de núcleos

been used in the cementation of posts and crowns and

e coroas, apresentando vantagens baseadas, princi-

offer benefits based primarily on its bonding capacity

palmente, na sua capacidade de adesão às estruturas

to the dental structures, low solubility and release of

dentárias, baixa solubilidade e liberação de flúor, po-

fluoride, which may act inhibiting the development

dendo atuar na inibição do desenvolvimento de cárie.

of secondary caries. Originally designed for cementa-

Inicialmente indicados para a cimentação de próteses

tion of adhesive prostheses, the resin cement became

adesivas, os cimentos resinosos passaram a ser indi-

indicated for cementation of crowns, inlays/onlays

cados para a cimentação de coroas, inlays/onlays e

and glass fiber posts. However, different formulations

pinos de fibra. Porém, as diferentes formulações forne-

supplied by the manufacturers and the large number

cidas pelos fabricantes e o grande número de marcas

of trademarks available make difficult the choice of

comerciais disponíveis dificultam a escolha do cimento

cement by the clinician. The technical diversity make

pelo clínico. As diversidades técnicas tornaram difícil o

it difficult handling, which contributes to the varia-

seu manuseio, o que contribuiu para as variações em

tions in their clinical performance and makes impos-

seu desempenho clínico e dificulta uma análise longi-

sible a accurate longitudinal analysis. The objective

tudinal criteriosa. O presente artigo tem como objetivo

of this article was to make clear to the clinician vari-

esclarecer ao clínico as variáveis envolvidas na cimen-

ables involved in adhesive cementation as well as to

tação adesiva, bem como auxiliá-lo em suas escolhas.

assist them on their choices. The cost-benefit relation

A relação custo/benefício da cimentação adesiva deve

of cementing adhesive should be carefully analyzed,

ser analisada com cautela, e estudos clínicos controla-

and controlled clinical studies should be conducted

dos devem ser conduzidos para corroborar os dados

to support laboratory data about the likely long term

laboratoriais acerca dos prováveis resultados clínicos

clinical outcomes.

em longo prazo.

Keywords: Adhesives. Resin cement. Mechanical properties.

Palavras-chave: Adesividade. Cimentos resinosos. Propriedades mecânicas.

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 106-114, jul./ago./set. 2009

107

Marcelo Barbosa Ramos, Ana Paula Ribeiro do Vale Pedreira, Thiago Amadei Pegoraro, Luiz Fernando Pegoraro

A

B

C

D

E

F

Figura 1 - A, B) Cimentos de ionômero de vidro, C) cimento resinoso, D, E) cimentos resinosos dual, F) cimento resinoso autoadesivo.

restaurações indiretas de cerâmicas, resinas com-

na região cervical do dente (efeito férula) é de fun-

postas, ligas metálicas e, também, pinos de fibra.

damental importância para a estabilização e, con-

Mais recentemente, a empresa modificou o modo

sequentemente, durabilidade do conjunto14.

de apresentação para o sistema pasta-pasta e o cimento antes denominado RelyX unicem passou a ser chamado RelyX u100, preservando, porém, a composição do cimento original1.

CONSIDERAÇÕES FINAIS a cimentação de pinos com cimentos adesivos deve ser analisada com muito cuidado, em

ainda não está estabelecido na literatura um

função do substrato dentário e do ambiente onde

consenso acerca da durabilidade e confiabilida-

o processo de polimerização desses materiais irá

de das cimentações adesivas em coroas e pinos

se processar. Fatores como dificuldade de acesso

intrarradiculares. a adesão ao esmalte sempre foi

à luz fotopolimerizadora na porção mais apical do

considerada um procedimento seguro e confiá-

conduto, controle da umidade, forma da cavidade

vel. Entretanto, a adesão à dentina é considera-

que dificulta o escoamento do cimento e que causa

da, ainda hoje, um procedimento altamente sensí-

maior concentração de estresse na interface den-

vel, sujeito a variáveis relacionadas à técnica e ao

tina/cimento, permeabilidade dentinária e o efeito

substrato em si. apesar disso, existe unanimidade

da água nas propriedades dos cimentos, tipo de

acerca da importância da correta indicação dos

adesivo empregado, dentre outros, bem como a

materiais para cada situação clínica específica. a

ausência de estudos controlados de longo prazo,

existência de um remanescente coronário de 2mm

devem ser considerados quando da indicação de

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 106-114, jul./ago./set. 2009

113

Cimentação adesiva na atualidade: revisão de literatura

cimentos resinosos na cimentação de pinos intrar-

seu desempenho clínico e impossibilita uma análi-

radiculares.

se longitudinal criteriosa. a relação custo/benefício

as várias formulações fornecidas pelos fabri-

da cimentação adesiva deve ser analisada com

cantes e o grande número de marcas comerciais

cautela, e estudos clínicos controlados devem ser

disponíveis dificultam a escolha do cimento pelo

conduzidos para corroborar os dados laboratoriais

clínico. as diversidades técnicas tornam difícil seu

acerca dos prováveis resultados clínicos da ade-

manuseio, o que contribui para as variações em

são em longo prazo.

REFERÊNCIAS

1. 3M ESPE. Rely X U100 self-adhesive universal resin cement. germany: 3M ESPE, 2008. Bula. 2. al-aSSaF, K.; CHaKMaKCHI, M.; PalagHIaS, g.; KaRaNIKaKOuMa, a.; ElIaDES, g. Interfacial characteristics of adhesive luting resins and composites with dentine. Dent. Mater., Kidlington, v. 23, no. 7, p. 829-839, 2007. 3. aNuSaVICE, K. J. Philips science of dental materials. 10th ed. Philadelphia: W. B. Saunders, 1996. 4. BuRROW, M. F.; NIKaIDO, T.; SaTOH, M.; TagaMI, J. Early bonding of resin cements to dentin: effect of bonding environment. Oper. Dent., Seattle, v. 21, no. 5, p. 196-202, Sept./Oct. 1996. 5. CaRValHO, R. M. et al. Sistemas adesivos: fundamentos para aplicação clínica. Biodonto, Porto alegre, v. 2, n. 1, p. 1-89, 2004. 6. CaugHMaN, W. F.; CaugHMaN, g. B.; SHIFlETT, R. a.; RuEggEBERg, F.; SCHuSTER, g. S. Correlation of cytotoxicity, filler loading and curing time of dental composites. Biomaterials, St. louis, v. 12, no. 8, p. 737-740, Oct. 1991. 7. CHRISTENSEN, g. J. glass ionomer as a luting material. J. Am. Dent. Assoc., Chicago, v. 120, no. 1, p. 59-62, Jan. 1990. 8. CIlDIR, S. K.; SaNDallI, N. Fluoride release/uptake of glassionomer cements and polyacid-modified composite resins. Dent. Mater J., Tokyo, v. 24, no. 1, p. 92-97, Mar. 2005. 9. CRaIg, R. g. Restorative dental materials. 10th ed. St. louis: C. V. Mosby, 1997. 10. DaVIDSON, C. l.; MJOR, I. a. Advances in glass-ionomer cements. Chicago: Quintessence, 1999. 11. DIaZ-aRNOlD, a. M.; VaRgaS, M. a.; HaSElTON, D. R. Current status of luting agents for fixed prosthodontics. J. Prosthet. Dent., St. louis, v. 81, no. 2, p. 135-141, Feb. 1999. 12. DONOVaN, T. E.; CHO, g. C. Contemporary evaluation of dental cements. Compend. Contin. Educ. Dent., lawrenceville, v. 20, no. 3, p. 197-210, Mar. 1999. 13. KERN, M.; KlEIMEIER, B.; SCHallER, H. g.; STRuB, J. R. Clinical comparison of postoperative sensitivity for a glass ionomer and a zinc phosphate luting cement. J. Prosthet. Dent., St. louis, v. 75, no. 2, p. 159-162, Feb. 1996. 14. MaNNOCCI, F.; BERTEllI, E.; WaTSON, T. F.; FORD, T. P. Resindentin interfaces of endodontically-treated restored teeth. Am. J. Dent., San antonio, v. 16, no. 1, p. 28-32, 2003. 15. McClEaN, J. W.; WIlSON, a. D.; PROSSER, H. J. Development and use of water-hardening glass-ionomer luting cements. J. Prosthet. Dent., St. louis, v. 52, no. 2, p. 175-181, aug. 1984. 16. MOJON, P.; KalTIO, R.; FEDuIK, D.; HaWBOlT, E. B.; MaCENTEE, M. I. Short-term contamination of luting cements by water and saliva. Dent. Mater., Kidlington, v. 12, no. 2, p. 83-87, Mar. 1996. 17. PaMEIJER, C. H.; NIlNER, K. long term clinical evaluation of three luting materials. Swed. Dent. J., Jönköping, v. 18, no. 1-2, p. 59-67, 1994.

114

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 106-114, jul./ago./set. 2009

18. PHIllIPS, R. W.; SWaRTZ, M. l.; luND, M. S.; MOORE, B. K.; VICKERY, J. In vivo disintegration of luting cements. J. Am. Dent. Assoc., Chicago, v. 114, no. 4, p. 489-492, apr. 1987. 19. REICH, S. M.; WICHMaNN, M.; FRaNKENBERgER, R.; ZaJC, D. Effect of surface treatment on the shear bond strength of three resin cements to a machinable feldspatic ceramic. J. Biomed. Mater Res. B. Appl. Biomater., Hoboken, v. 74, no. 2, p. 740-746, 2005. 20. ROSENSTIEl, S. F.; laND, M. F.; CRISPIN, B. J. Dental luting agents: a review of the current literature. J. Prosthet. Dent., St. louis, v. 80, no. 3, p. 280-301, Sept. 1998. 21. SCHWaRTZ, N. l.; WHITSETT, l. D.; BERRY, T. g.; STEWaRT, J. l. unserviceable crowns and fixed partial dentures: life-span and causes for loss of serviceability. J. Am. Dent. Assoc., Chicago, v. 81, no. 6, p. 1395-1401, Dec. 1970. 22. SHIllINgBuRg, H. T. et al. Fundamentals of fixed prosthodontics. 3rd ed. Chicago: Quintessence, 1997. 23. SMITH, D. C.; RuSE, N. D. acidity of glass ionomer cements during setting and its relation to pulp sensitivity. J. Am. Dent. Assoc., Chicago, v. 112, no. 5, p. 654-657, May 1986. 24. STRuTZ, J. M.; WHITE, S. N.; Yu, Z.; KaNE, C. l. luting cementmetal surface physicochemical interactions on film thickness. J. Prosthet. Dent., St. louis, v. 72, no. 2, p. 128-132, aug. 1994. 25. VaRgaS, M. a.; COBB, D. S.; aRMSTRONg, S. R. Resin-dentin shear bond strength and interfacial ultrastructure with and without a hybrid layer. Oper. Dent., Seattle, v. 22, no. 4, p. 159-166, 1997. 26. WalTON, J. N.; gaRDNER, F. M.; agaR, J. R. a survey of crown and fixed partial denture failures: length of service and reasons for replacement. J. Prosthet. Dent., St. louis, v. 56, no. 4, p. 416-421, Oct. 1986. 27. WIlSON, a. D.; KENT, B. E. a new translucent cement for Dentistry: the glass ionomer cement. Br. Dent. J., london, v. 132, no. 4, p. 133-135, 1972. 28. WIlSON, a. D.; NICHOlSON, J. W. Acid-base cements, their biomedical and industrial applications. New York: Cambridge university, 1993.

Endereço para correspondência Marcelo Barbosa Ramos Faculdade de Odontologia de Bauru al. Dr. Octávio Pinheiro Brisolla, 9-75 CEP: 17.012-901 - Vila universitária, Bauru / SP E-mail: [email protected]

Caso Clínico

Flavia Caetano P. dos Santos* Weider de Oliveira Silva** Miquelle Carvalho***



* Especialista em Dentística pela Associação Brasileira de Odontologia - ABO (Taguatinga – DF). ** Especialista em Implantodontia e Dentística pela Associação Brasileira de Odontologia - ABO (Brasília – DF).

*** Cirurgiã-dentista pela Universidade Católica de Brasília – UCB.

Flavia Caetano P. dos Santos, Weider de Oliveira Silva, Miquelle Carvalho

Transformando sorrisos com o auxílio da proporção áurea Changing smiles with the assistance of golden proportion

Resumo

Abstract

O conceito inicial de beleza foi atribuído à harmonia das

The initial concept of beauty was attributed to the har-

proporções. Para estabelecê-lo, a Matemática constituiu

mony of proportions. To establish it, Mathematics was

uma importante fonte inspiradora a filósofos que dese-

an important inspiring source to philosophers who

javam provar a hipótese de que a beleza poderia ser ex-

wished to prove the hypothesis that beauty could be

pressa numericamente. Esse pressuposto baseia-se na

expressed mathematically. This presumption is based

teoria da proporção divina ou proporção áurea. Este tra-

on the theory of golden or divine proportion. The aim

balho tem como objetivo avaliar o método de cálculo da

of this work is to evaluate the golden proportion cal-

proporção áurea, para facilitar as reabilitações estéticas

culation method, in order to improve the complex es-

complexas de dentes anteriores assimétricos.

thetic rehabilitation of asymmetric anterior teeth.

Palavras-chave: Proporção áurea. Estética dentária. Planejamento. Sorriso.

Keywords: Golden proportion. Dental esthetic. Planning. Smile.

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 116-123, jul./ago./set. 2009

117

Flavia Caetano P. dos Santos, Weider de Oliveira Silva, Miquelle Carvalho

DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

o tamanho aparente do incisivo lateral é de, apro-

a partir da proporção áurea, deu-se importân-

ximadamente, 62% do tamanho do incisivo central,

cia para a aparência do sorriso, a qual depende da

e o canino 62% do lateral. um registro fotográfico

relação entre a altura e a largura dos dentes, bem

do sorriso dos pacientes também é um fator im-

como da disposição no arco e da configuração do

portante. Mas pequenas variações são aceitáveis e

sorriso. Se dois dentes têm a mesma largura, mas

podem, até mesmo, contribuir com a composição

comprimentos diferentes, o dente mais comprido

dentofacial2.

parecerá mais estreito, portanto, a similaridade de

a proporção áurea é um ponto de referência e de

largura e comprimento de cada dente com os adja-

partida para a análise estética facial, e o cirurgião-

centes pode ter um efeito significativo na aparência

dentista não deve ficar limitado a essa regra, mais

visual do conjunto. a proporção entre os dentes

sim tentar obter um sorriso harmonioso, propor-

pode ser modificada pela execução de procedi-

cional e compatível para cada paciente. No entan-

mentos restauradores, transformando um sorriso

to, os valores da relação áurea expressos parecem

desagradável em um sorriso esteticamente harmo-

mostrar um plano básico de perfeição. Quanto mais

nioso e agradável.

familiarizados os cirurgiões-dentistas estiverem com

a partir da linha média, em direção ao canino,

essas relações, mais belos serão os seus resultados.

REFERÊNCIAS

1. CaRRIlHO, E. V. P.; Paula, a. Reabilitações estéticas complexas baseadas na proporção áurea. Rev. Port. Estomatol. Cir. Maxilofac., lisboa, v. 48, p. 43-53, 2007. 2. FRaNCISCHONE, a. C. Prevalência das proporções áurea e estética dos dentes ântero-superiores e respectivos segmentos dentários relacionados com a largura do sorriso em indivíduos com oclusão normal. 2005. Dissertação (Mestrado)-Faculdade de Odontologia de Bauru, universidade de São Paulo, Bauru, 2005.

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Endereço para correspondência Weider de Oliveira Silva 710/910 Sul - Ed. Clínico Via Brasil - salas 213/215 CEP: 70 390-108 - Brasília / DF E-mail: [email protected]

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 116-123, jul./ago./set. 2009

123

Biologia da Estética

Alberto Consolaro*



* Professor Titular de Patologia da Faculdade de Odontologia de Bauru e da Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo.

Alberto Consolaro

Qualidade da barreira de tecido mineralizado no reparo após o capeamento e a pulpotomia: relação com a origem da polpa dentária

Este artigo será o primeiro de uma série sobre

cavitários e protéticos, a capacidade de retenção

a biopatologia pulpar e suas implicações no diag-

e de suporte mecânico da estrutura dentária, bem

nóstico, planejamento e prognóstico da estética na

como a necessidade e possibilidade de proteção

Odontologia.

pulpar em procedimentos clínicos operatórios. Delinear e prever os limites entre a dentina e a polpa

1) Polpa dentária ou complexo dentinopulpar? A polpa e a dentina constituem uma unidade es-

significa estabelecer parâmetros para certas condutas terapêuticas e prognósticas.

trutural e funcional, pois a papila dentária, ao mes-

Nesse trabalho, adotamos o termo complexo

mo tempo que dá origem à polpa dentária, permite

dentinopulpar (Fig. 1) quando nos referimos às

também levar à formação da dentina. A dentina

questões embriológicas e funcionais; entretanto,

constitui o produto da síntese das células pulpares,

quando nos referimos à conduta terapêutica, usa-

deixando no seu interior prolongamentos citoplas-

mos os termos dentina e polpa como tecidos to-

máticos, em torno dos quais formam-se os túbulos

pograficamente distintos.

dentinários. Entre as finalidades desses prolongamentos está a manutenção do equilíbrio hídrico e

2) A polpa: uma estrutura única no corpo

iônico da dentina, bem como propiciar mecanismos

humano

de defesa frente a agressores externos . 1,2

A polpa dentária, além de apresentar uma ori-

No estudo das alterações dentárias próprias

gem ectomesenquimal, adquire aspectos pecu-

da idade e das pulpopatias inflamatórias induzidas

liares no corpo humano. Ela requer, para sua for-

por agentes físicos, químicos e/ou bacterianos,

mação, uma íntima inter-relação sincronizada com

torna-se impossível separar a polpa da dentina. A

os tecidos ectodérmicos do órgão do esmalte.

compreensão desses processos requer este con-

Durante a odontogênese, os tecidos dentários são

ceito de unidade estrutural e funcional, do ponto

interdependentes na origem e na função.

de vista embrionário.

A polpa dentária tem, como parte de sua fun-

No diagnóstico, tratamento e prognóstico das

ção formadora, a síntese de dentina pelas células

doenças que afetam o dente, deve-se considerar

localizadas na sua periferia; desde os primórdios,

a polpa separadamente da dentina, porque isso

gradativamente circunscreve-se e, organizada-

permite determinar o grau de profundidade e a

mente, mantém-se ligada – anatômica e fisiologi-

espessura dentinária remanescente nos preparos

camente – a seu produto de secreção. À medida

R Dental Press Estét, Maringá, v. 6, n. 3, p. 124-134, jul./ago./set. 2009

125

Alberto Consolaro

B

D B

PD

A

B

PD

Figura 9 - Barreiras de tecido mineralizado (B) formadas após 120 dias de pulpotomias com hidróxido de cálcio, revelando formações do tipo túnel (setas) preenchidas por tecido pulpar vivo, bem celularizado, vascularizado e com capacidade reacional. A dentina reparatória da barreira se continua naturalmente com as paredes laterais da dentina. D = dentina lateral, PD = polpa dentária (HE, aumentos originais 400X).

espaços vazios e passivos frente à passagem de

Em suma, as barreiras de tecido mineralizado

agentes agressores externos, como a análise em

têm camadas superficiais formadas às custas da

espécimes secos pode sugerir18,19 (Fig. 9).

calcificação distrófica da estreita faixa de necrose

Por analogia, no tecido ósseo também há inclu-

por coagulação induzida pelo pH elevado do hidró-

sões celulares e canais em forma de túnel e, mesmo

xido de cálcio8. Nessa região superficial das barrei-

assim, esse tecido cumpre suas funções biológicas

ras, também pode fazer parte o início da produção

e defensivas em sua plenitude. As formações em

irregular de dentina rica em inclusões celulares.

túnel seriam melhor denominadas formações em

Subjacentemente, as porções médias e profundas

forma de canais ou canalículos, pois túnel pode im-

das barreiras são formadas por dentina e/ou tecido

plicar num entendimento de vazio, enquanto canal

dentinoide bem organizado e com padrão tubular

implica no entendimento de algo ocupando aquele

variável.

espaço, no caso tecido pulpar vivo. Ainda por analogia, as formações em forma de

8) Consideração final

canal, ou canalículo, das barreiras de tecido mine-

Conhecer a origem pulpar e sua formação signi-

ralizado podem ter o mesmo comportamento e a

fica ter consciência do momento e de como intervir

mesma evolução que as formações canaliculares,

terapeuticamente sobre a polpa dentária, uma vez

e também pulpares, que se encontram tão comu-

determinado o diagnóstico clínico e prognosticada,

mente nos ápices dentários, isoladamente ou em

com segurança, a evolução do caso a ser tratado.

um delta apical. No tratamento endodôntico, es-

Resgatando a origem e os mecanismos de forma-

pecialmente nas biopulpectomias, essas estruturas

ção da polpa dentária, pode-se, a qualquer mo-

não geram preocupações quanto ao prognóstico

mento, descobrir manobras e substâncias capazes

do caso, pois as mesmas vão, gradativamente,

de induzir a formação de dentina ou dentina-like em

reduzindo o seu diâmetro, às vezes obliterando-se

exposições diretas, bem como prevenir o envelheci-

por completo4,10.

mento e a instalação de doenças pulpares.

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Qualidade da barreira de tecido mineralizado no reparo após o capeamento e a pulpotomia: relação com a origem da polpa dentária

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Endereço para correspondência Alberto Consolaro E-mail: [email protected]

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— as ilustrações devem ter originais com qualidade apresentável, preferencialmente, na forma de slides ou em CD com imagens em alta resolução.

Artigo de revista CaPElOZZa FIlHO, l. uma variação no desenho do aparelho expansor rápido da maxila no tratamento da dentadura decídua ou mista precoce. R. Dental Press Ortodon. Ortop. Facial, Maringá, v. 4, n. 1, p. 69-74, jan./fev. 1999. STEPHaN, R. M. Effect of different types of human foods on dental health in experimental animals. J. Dent. Res., Chicago, v. 45, no. 3, p. 1551-1561, 1966.

— Os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenhados pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial.

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1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º

Chegada do artigo na editora. Envio de e-mail, acusando recebimento do artigo. Envio de cópia impressa ao conselho editorial. Seleção de dois consultores. Envio de uma cópia do artigo, sem identificação, com formulário de avaliação, aos consultores. Em caso de reprovação, envio para um terceiro consultor. Envio para autores (caso tenha correções). Reenvio aos consultores (caso solicitado). Ao retornar, será pré-selecionado para uma edição. Submetido à correção bibliográfica e normalização. Diagramado de acordo com critérios da revista. Revisão da diagramação. Envio para aprovação do autor. Fechamento da edição. Última correção editorial. Produção gráfica.

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seleção de dois consultores

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