ANÁLISE DE OBRAS LITERÁRIAS AUTO DA BARCA DO INFERNO

June 1, 2017 | Autor: Danillo Macedo | Categoria: Literatura, Literatura Portuguesa, Análise literária
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ANÁLISE DE OBRAS LITERÁRIAS AUTO DA BARCA DO INFERNO

GIL VICENTE

Prof. Me. Danillo Macedo Lima Batista

Goiânia 2016

SUMÁRIO 1. SOBRE O AUTOR .................................................................................................... 3 2. DA PRIMEIRA REPRESENTAÇÃO DO AUTO E DA MINHA EDIÇÃO ....... 3 3. DO MOMENTO HISTÓRICO E DO GÊNERO TEXTUAL .............................. 4 4. DA DESCRIÇÃO DOS PERSONAGENS .............................................................. 4 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 10

AUTO DA BARCA DO INFERNO

GIL VICENTE

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1. SOBRE O AUTOR Gil Vicente nasceu no ano provável de 1465 e morreu também em um ano provável, 1537. Não há registros que comprovem as datas exatas de seu nascimento, mas que apenas apontam para estes anos estimados. Foi dramaturgo, ator, músico e encenador. Considerado por muitos o pai do teatro português e um dois pais do teatro ibérico. Dramaturgo completo, ele tinha prestígio dos poderosos da época, escrevia e organizava os espetáculos palacianos nas festas reais e em datas comemorativas da cristandade. Escrevia para a corte e era acessível pelo povo, o grande paradoxo que o destacava. Dito de outra forma, ele servia ao rei ao mesmo tempo em que criticava os costumes da nobreza e do clero. Representou, pois, a passagem das épocas: da Literatura Palaciana, na qual havia um cristianismo bastante influente, para o Período Clássico, a partir do qual o racionalismo começa a angariar mais forças, o que não significa a anulação daquela, senão uma fase de convivências conflituosas.

2.

DA PRIMEIRA REPRESENTAÇÃO DO AUTO E DA MINHA

EDIÇÃO A edição usada especificamente para esta pequena análise é constituída por outros dois autos (Auto da alma e Auto de Mofina Mendes). Trata-se da 11ª edição, com adaptação de Walmir Ayala e introdução de Leodegário A. de Azevedo. Publicada na cidade do Rio de Janeiro, pela Ediouro, em 2001. São 35 páginas de texto, 69 a 139 dividido por dois. O texto em português brasileiro apresenta-se apenas nas páginas pares, nas páginas ímpares apresentam-se o texto em português arcaico de Portugal. O texto original do auto, assim que por Gil Vicente acabado, foi representado pela primeira vez em 1517, em Lisboa, para a corte portuguesa. Fazendo uma introdução ao seu auto, Gil Vicente afirma que a obra em questão foi representada pela primeira vez na Câmara servindo a vontade da “santa rainha Dona Maria” (p. 71), em cujo mesmo ano veio a falecer. Constitui a primeira da “saga” de outras duas barcas (as chamadas Obras de Devoção ou Trilogia das Barcas): Auto da barca do Purgatório e Auto da barca da Glória.

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3. DO MOMENTO HISTÓRICO E DO GÊNERO TEXTUAL A entrada de cada personagem equivale a uma nova cena. Escrito em redondilha maior, de forma não perfeitamente regular embora, para que o povo tivesse mais acesso. E, por se tratar de uma obra admoestativa, uma vez que ela tem, e isso é evidente, caráter moralizante – um moralizar que ensina com suas críticas – nos chama a atenção pelo uso ponderado de ironias e sarcasmos. Habilidade de admoestar sem profanar, senão “educar” (com todos os riscos que este termo evoca) no esforço de entreter ensinando − ou ensinar entretendo – para fazer reconhecer as próprias mazelas e, assim, provocar no ânimo de cada leitor a postura cristã mais idônea. Leitores que, sabia-se, iam (e ainda vão, com as devidas equivalências contemporâneas) de fidalgos a sapateiros. E nisto Gil Vicente foi muito pertinente e perspicaz: não mencionar diretamente as figuras tratadas, dando-lhes nomes específicos, uma vez que não se tratava deste ou daquele, mas qualquer pessoa estaria sujeita a seus enquadramentos exortativos. Neste contexto histórico Gil Vicente, pois, representa pela primeira vez o seu auto: o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna. O fez, sobretudo, sob encomenda da então rainha de Portugal à época, como já foi dito, D. Maria (Maria de Aragão e Castela), cujo reinado foi de 1500 a 1517, e que encomendou a obra sob mecenato. 4. DA DESCRIÇÃO DOS PERSONAGENS O auto da barca do Inferno é constituído por um único ato (como acontece na maioria dos autos clássicos) e a entrada de cada personagem equivale a uma nova cena. A atuação de cada personagem neste único ato (do julgamento das almas em questão) é uma ação alegórica, ou seja, não são personagens individualizados em direção aos quais são apontadas as aguilhoadas e sábias críticas, como já vimos, são personagens arquetípicos. Um arquétipo, como se sabe, é um elemento único na representação de um todo. Isso significa dizer que o Fidalgo, por exemplo, representa a todos os fidalgos da época. Todavia, é importante ressaltar, isso não se restringe somente aos fidalgos daquela época. O Fidalgo simboliza a todos os ricos mesquinhos e de todas as épocas. O mesmo vale, pois, para os demais personagens cujas críticas, como já expliquei anteriormente,

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servem para corrigir, mais do que meramente acusar de forma gratuita e sem conteúdo substancial. Na parte que se segue, menciono a maior parte dos personagens de que constitui este painel alegórico, no intuito de tecer sobre cada um deles suas características fundamentais

que

revelam

não

apenas

traços

psicológicos

de

natureza

predominantemente perversa, mas as causas que os levaram a serem condenados ao Fogo Eterno ou, no caso de poucos, encaminhados ao Paraíso. Há também provas levantadas contra cada um deles e as diversas estratégias de argumentação sejam as frustradas dos condenados, sejam as mais razoáveis vindas dos santos cavaleiros de Cristo, do Parvo e do Anjo. ANJO: Barqueiro que conduzia as almas salvas ao Céu e enviava ao barqueiro do Inferno, neste caso representado pelo Diabo, as almas condenadas àquele lugar. Antes de cada decisão sua, ele apresentava argumentos e provas para condenar ou absolver os réus. Era uma espécie, ao mesmo tempo, de advogado dos redimidos, juiz de todos e porteiro do Céu. DIABO: Atua no auto como barqueiro do Inferno e como advogado de acusação de todos os réus. Ele não poupa ironias e sarcasmos para com quase todos os acusados, além de ser muito petulante, ao final do julgamento, com os Quatro Cavaleiros. FIDALGO: Arquétipo da soberba, do mau caráter, do amor ao dinheiro etc. O Diabo o acusa dizendo que, devido à sua impertinência, a barca do Inferno é o lugar ideal para ele. O Fidalgo representa o rico mesquinho, que a tudo menospreza e o qual supõe, em sua defesa, que todo mundo deveria servi-lo por ele ser o que chamaríamos de “dono do dinheiro” e “de família renomada”. Fidalgo, que é um título nobiliárquico dado a pessoas de família nobre, seja por qual motivo for, significa filho de algo, ou seja, a pessoa não é “qualquer uma”. Dinheiro e renome fazem com que a pessoa caia na tentação de cometer um desvio de caráter muito comum nos dias de hoje, o qual chamamos vulgarmente de “carteirada” que significa uma situação na qual uma pessoa tenta extrair, de forma forçada ou exagerada, prerrogativas desta situação específica se autodenominando isso ou aquilo na sociedade − um advogado, um juiz ou um delegado, por exemplo − mesmo que daquela

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situação esta pessoa não teria nenhum tipo de vantagem real, ou que então não seria conveniente obtê-la naquele momento sem prejuízo de outras pessoas menos favorecidas socialmente. A carteirada é uma ação moralmente degradante por meio de coação moral, de autopromoção de si mesmo e depreciação e humilhação gratuita dos outros. Já tomando aqui bastante espaço com o Fidalgo, a coação moral foi, portanto, o maior crime dele que tentou subjugar nada mais nada menos que o próprio Anjo, o qual não se sentiu coagido e o convidou a embarcar com o Diabo. Na barca do Inferno, ao lado do Onzeneiro, o Fidalgo, não satisfeito, também cobra mais respeito do Diabo e menospreza a simplicidade da barca. O Diabo, por sua vez, o ignora, naturalmente, e zomba da prepotência e ignorância do burguês que parecia não perceber que estava ali fazendo uma viagem sem volta ao Fogo Eterno. Mas, a petulância e a arrogância não foram os únicos crimes do Fidalgo, e além da mesquinharia, da vaidade, da tirania e do relacionamento conjugal artificial e tolo, ele também foi julgado por sua passividade espiritual, ou seja, ele pressupunha que se apenas orassem ou rezassem por ele, já seria o bastante para que fosse perdoado e salvo por Deus, tentando basear-se nos termos dos preceitos cristãos sem distorção. ONZENEIRO / AGIOTA: Arquétipo do roubo, da extorsão, da ganância, da usura, da sovina etc. O Diabo o chama de “meu parente” (p. 85) e diz que Satanás o ajudou. Assim como o Fidalgo, é obrigado a entrar e a remar. Amante do dinheiro, carregava um grande saco, uma prova material contra ele. Queria voltar à Terra para pegar seu dinheiro que, assim ele imaginava, poderia ajudá-lo a pagar suborno. PARVO (JOANE): É um proscrito ingênuo. É o arquétipo do inocente, que não foi corrompido pela razão, que o permitiria ter malícia e discernir com mais precisão o certo do errado conforme os valores sociais morais. O Parvo, ou tolo, perguntara ao Diabo se aquela era a barca dos tolos, o Diabo disse que sim, que ele podia entrar. Muito “educado”, com uma ingenuidade cômica e totalmente infantil, o Parvo havia dito ao Diabo que ele morrera de “caganeira” (p. 93). Percebendo que a barca não era do Céu, o Parvo começa a insultar o Diabo com os mais variados adjetivos depreciativos como “neto do caga-raivosa” (p. 95) e se dirige

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à barca do Céu, onde o Anjo diz que ele poderia entrar, pois não havia feito nada que o fizesse digno de ir para o Inferno. Não entrando na barca do Inferno e assim não caindo na lábia do Diabo, portanto, ele não era completamente “tolo”, devemos concordar, mas de uma tolice apenas sob a perspectiva humana, sendo sábio, como nas palavras dos Coríntios, para Deus: “Deus usa os loucos para confundir os sábios”. A citação exata (1 Coríntios, 1: 27): O que é estulto no mundo, Deus o escolheu para confundir os sábios; e o que é fraco no mundo, Deus o escolheu para confundir os fortes)1. O Parvo foi salvo, portanto, por sua falta de malícia e por sua humildade quando ele diz, por exemplo, perguntado pelo Anjo quem era ele: “não sou ninguém” (p. 97). SAPATEIRO: cheio de pecados e desculpas. Representa o comerciante que usa de má fé para tirar vantagens sobre os outros e também o falso religioso que diz ter cumprido seu papel indo a missas: “missa ouvir, depois roubar /ó caminho para aqui” (p. 99). Ele carregava quatro tipos de formas usadas para ludibriar as pessoas, passá-las para trás, com seu “mister” (p. 99). E ainda questionava a justiça divina, como se Deus fosse parcial (p. 101). O Anjo, porém, não aceita seus argumentos e o acusa de “quem rouba de praça” (p. 101) e que durante a vida não quis se arrepender e não quis na justiça divina acreditar. FRADE (e uma DAMA, Florença): Acusado e condenado por corrupção religiosa, apostasia, promiscuidade, mentiras, enganações etc. Ele representa o padre mundano (p. 103). Diz não entender por que estava ali, na condição de religioso, e começa a lutar fisicamente, ridiculamente (um ridículo cômico), com o Diabo (p. 107). O Frade e sua companheira vão, definitivamente, sem mais relutarem, para o Inferno. O Frade se dá conta, de uma vez por todas, da sua situação eternamente miserável quando chega o Parvo e pergunta a ele onde é que ele havia furtado aquelas uvas que ele carregava (p. 109). As quais, somos levados a crer, furtadas do estoque da sua igreja.

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Bíblia Online. Disponível em: Acesso em 09 de jul. 2016.

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ALCOVITEIRA BRÍSIDA VAZ: Acusada e condenada por prostituição e também aliciamento de mulheres à prostituição, além de enganar os homens com “postiças virgindades, feitiços, mentiras, enleios, furtos” etc. (p. 113). OBS.: Se repete nesta cena uma estrutura comum: 1º - O condenado chega, o Diabo faz propaganda da sua barca, o condenado a recusa e dirige-se até a barca do Anjo; 2º - O condenado tenta ser gentil com o Anjo e também roga-lhe clemência. O Anjo, no entanto, o recusa e ele, então, desiludido, entrega-se ao seu destino inevitável (ir para o Inferno), reconhecendo, muitas vezes, seu merecimento. JUDEU: Acusado e condenado por avareza, corrupção (corrupto e corruptor), reduzia tudo a valores econômicos, como se fosse possível comprar tudo o que existe no mundo e no outro mundo (postura semelhante a do Fidalgo). O Diabo não queria carregá-lo em sua barca, provavelmente por que via nele um “bom religioso”, pelo menos ironicamente. Mas, se convenceu no último momento que deveria fazê-lo com base nas acusações do Parvo: “Furtaste a cabra, cabrão?” (p. 119) e “Ele mijou em finados / no adro de São Julião. / Comeu carne de panela / pelo dia do Senhor / e depois mijava nela”. (p. 119) 2. Além de tudo, também havia tentado subornar o Diabo (p. 117). O Judeu quer por tudo levar o bode consigo ao Inferno (p. 117) e, por incrível que pareça, fazia questão de ir para o Inferno só para contrariar a vontade do Diabo que tornou a não querer a presença dele ali na sua barca, muito embora em tom de deboche. CORREGEDOR (JUIZ): Juiz corrupto. Como em outras partes, aqui o Diabo é sempre muito sarcástico, muitas vezes cômico, e irônico. Nesta parte ele faz uma série de perguntas de forma irônica para o Juiz a respeito da papelada do Direito. O Juiz fica espantado com o fato de uma pessoa com a posição social dele ir para o Inferno (mais uma postura semelhante a do Fidalgo, de soberba). Igualmente petulante, o Juiz começa a discutir em latim com o Diabo que o provoca dizendo que sua papelada será uma boa isca para o fogo que ele há de conhecer no Inferno.

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Foram mantidos a ortografia e o vocabulário tal como estão redigidos na edição por mim consultada.

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PROCURADOR: Servidor público igualmente corrupto, de acusações semelhantes às do Juiz. O procurador da justiça no Brasil, para citar um tipo prático de procurador, é aquele, simplificando, que exerce a função de “fiscal da lei”. Procurador e Corregedor começam um diálogo em uma cena subseqüente à entrada dos dois (p. 127). O Corregedor alerta ao Procurador o fato de que ambos serão condenados pelos mesmos roubos e mentiras não confessados, pelos quais haveriam de ter-se arrependido e, por meio de cujo arrependimento, redimidos em vida − antes dos bens alheios roubados terem sido usados para os seus interesses pessoais ao invés de, aos legítimos donos, restituídos. Mas não, preferiam doar-se a barganhas e fraudes políticas tomando para si benefícios ilícitos em conluios de todos os tipos, no abuso das prerrogativas dos cargos a que foram instituídos. ENFORCADO: Um malandro, arquétipo do bandido. Mas um bandido cético, de longe aquele tipo do bandido que se arrependeu ao lado de Cristo na cruz. Tentou, assim como outros, enganar o Diabo, desta vez com uma história de que um representante religioso (na verdade, um nobre Português, evocado como Garcia Moniz) tinha dito que ele, na condição de enforcado, iria ser salvo. Porém, o próprio Diabo o acusa de não ter acreditado em nada dos sermões que lhe foram pregados. O texto não diz, mas, como enforcado, a gente pode deduzir que fora um bandido condenado à morte e por isso “enforcado”. QUATRO CAVALEIROS (taciturnos, diferente dos condenados loquazes, apenas dois deles falam e somente o essencial): tratam-se de soldados que lutaram em uma cruzada contra muçulmanos no norte da África no contexto da famosa e extensa guerra entre cristãos e mouros (guerra que durou mais de sete séculos, entre 711 e 1492, que serviu de repertório para muitas obras literárias como o best-seller La mano de Fátima, do escritor e advogado espanhol Ildefonso Falcones). Foram, pois, absolvidos de todas as possíveis culpas graças ao mártir cristão a que se submeteram em vida. Exortam, por fim, aos vivos que vigiem enquanto há tempo e quando o Diabo tentar rebaixá-los, eles, os cristãos, devem pô-lo em seu devido lugar.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Auto da barca do Inferno nos proporciona o tipo de leitura curta cujo efeito não tem duração determinada, são ecos que reverberam na mente e na alma nos convidando, a cada momento, a novas releituras e interpretações. É um livro que diz muita coisa (personificando-o para minha melhor exposição) em tão poucas palavras, ele tem o efeito da pequena faísca que se alastra. Quando o autor usa arquétipos ele deixa de usar personagens individuais para usar todo mundo. Quando ele fala por alegorias, ele acessa várias linguagens de culturas e épocas distintas. É, sem dúvida, o tipo de leitura imprescindível para quem almeja incorporar a mais simples noção do que venha a ser, de fato, fazer literatura. A estória passa-se em meio a dois bateis atracados num rio que equivaleria, na mitologia greco-romana, aos cinco rios que fazem fronteira com os mundos inferior e superior: Aqueronte, Cócito, Flegetonte, Lete e Estige. Além do Diabo, seu companheiro e o Anjo, estão envolvidos mais 17 personagens, cinco vão para o Céu (os quatro cavaleiros de Cristo e o Parvo) e 12 vão para o Inferno: os tipos socialmente definidos e condenados pelos seus respectivos crimes ou pecados. Apesar de apresentar vários personagens que representam personalidades sociais importantes à época e que são igualmente importantes hodiernamente, como o Juiz e o Frade, o livro não é uma apostasia ou ataque aos cristãos. Muito pelo contrário, é exortativo, como já comentei e alerta aos leitores para o fato de que muitas pessoas iriam acabar sendo condenadas ao Inferno pelos seus graves erros em vida. Seu tema principal, portanto, entre a religião e as mazelas mundanas, é o julgamento das almas e disso se desenvolve a exortação das personalidades influentes da época sobre seus atos religiosamente e moralmente reprováveis. Crítico, muitas vezes descontraído, mas faz prevalecer, sobretudo, a moral cristã, a de que é preciso padecer por Cristo para se obter a eterna salvação e também manter em vida uma postura digna de quem professa a religião que preza, que acima de tudo busca a caridade, a fé e o amor.

Danillo Macedo

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