ANÁLISE DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS EM TOMATE DE INDÚSTRIA POR ENSAIOS IMUNOLÓGICOS (Poster)
Descrição do Produto
ANÁLISE DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS EM TOMATE DE INDÚSTRIA POR ENSAIOS IMUNOLÓGICOS Cláudia
1 Santinho ,
Andreia
1Estação
1 Araújo ,
Vanda
1 Canejo ,
2, 3 Boas ,
L. Vilas
J. Constantino
Agronómica Nacional, Quinta do Marquês, 2784-505 Oeiras Telefone: +351 214403500
1 Sequeira
Fax: +351 214413208
2Instituto
de Tecnologia Química e Biológica, Apt. 127, 2784-505 Oeiras 4Instituto Superior Técnico, Av. Rovisco Pais, 1049-001 Lisboa
Introdução
Materiais e Métodos
Os ensaios imunológicos podem ser quantitativos, semiquantitativos ou qualitativos, e têm sido utilizados em análise de contaminantes presentes na água, no solo e nos alimentos [1]. A análise de resíduos de pesticidas em produtos agro-alimentares é geralmente feita por cromatografia, mas há ensaios imunoquímicos de fácil aplicação que podem ser usados como métodos de rastreio. Para avaliar a aplicabilidade destes métodos em amostras de tomate para indústria, analisaram-se frutos da cultivar Perfect Peel colhidos em campos experimentais localizados nas zonas de Vila Franca de Xira e Coruche. Os frutos foram conservados a – 20 ºC até à realização da análise, sendo usada acetona para extracção dos pesticidas. Os pesticidas pesquisados e que tinham sido aplicados na cultura de tomate foram o Clorpirifos, o Clorpirifos-metilo (insecticidas organofosforados) e o Metalaxil (fungicida fenilamida para combater o Míldio).
Para a análise dos pesticidas referidos foram utilizados dois ‘kits’ de ensaios imunológicos: Clorpirifos (Clorpirifos-metilo determinado por reacção cruzada) com limite de quantificação de 0.22 ppb e limite de detecção de 0.10 ppb. Metolacloro (Metalaxil determinado por reacção cruzada) com limite de quantificação de 0.10 ppb e limite de detecção de 0.05 ppb. O funcionamento destes ‘kits’ baseia-se em princípios de ELISA (Figura 1).
Clorpirifos
Clorpirifos-metilo
Padrões Controlo Amostras
As leituras (em absorvâncias) da coloração desenvolvida foram realizadas a 450 nm num espectrofotómetro Beckmann DU-70 da Beckmann Instruments, Inc.
Metalaxil
Conjugado Enzimático Partículas Magnéticas
Adição de Solução de Paragem
(30 min. temp. amb.)
20 min.
Separação Magnética (2 min.)
Figura 1- Esquema de uma Reacção Imunoenzimática (ELISA)
Adição de Solução de Lavagem
Adição de Solução Colorimétrica
Figura 2 - Descrição do ensaio imunológico para detecção de resíduos do pesticida Metalaxil utilizando o ‘kit’ para Metolacloro
Resultados e Discussão
1.6
Referência:
1.2 1 0.8 0.6 0.4 0.2
Am. 52
Am. 51
Am. 50
Am. 49
Am. 48
Am. 47
Am. 46
Am. 45
Am. 40
Am. 39
Am. 38
Am. 37
Am. 36
Am. 35
Am. 34
Am. 33
Am. 19B
Am. 19A
Am. 15B
Am. 15A
Am. 13B
Am. 13A
Am. 7B
Am. 7A
Am. 1B
Am. 1A
Controlo
Pd 3
Pd 2
Pd 1
Pd 0
0
Figura 3- Absorvâncias médias dos padrões de Metolacloro (‘kit’ de Metolacloro) e das amostras de tomate cv. Perfect Peel. Legenda: Pd0 – Padrão zero (0 ppb); Pd 1 – Padrão1 (0.1 ppb); Pd2 – Padrão 2 (1.0 ppb); Pd3 – Padrão 3 (5.0 ppb). 1.4
Absorvância média
Após a realização dos ensaios pode-se concluir, mesmo através da observação visual dos tubos (Figura 2), que a coloração diminuiu de intensidade com o aumento da concentração dos padrões do pesticida em análise, sendo o padrão zero (0 ppb de pesticida) aquele que apresentava uma cor mais forte. Verificou-se que as absorvâncias medidas para as amostras eram superiores às obtidas para os padrões usados nos ensaios (Figuras 3 e 4). De acordo com o funcionamento dos ‘kits’, quanto maior for o desenvolvimento da coloração durante o ensaio (maior absorvância), menor é a concentração de pesticida presente na amostra. Absorvâncias superiores às obtidas para os padrões usados nos ensaios indicam que o tomate não apresenta resíduos dos pesticidas considerados, ou que os níveis presentes nas amostras são inferiores aos limites de quantificação dos ‘kits’ (0.22 ppb para o Clorpirifos, 0.84 ppb para o Clorpirifos-metilo e 0.66 ppb para o Metalaxil). Como os Limites Máximos de Resíduos (LMR) permitidos por lei para o Clorpirifos e Clorpirifos-metilo são de 0,5 ppm e de 0,2 ppm para o Metalaxil, pode-se concluir que o tomate analisado é adequado para o consumo.
Absorvância média .
1.4
1.2 1 0.8 0.6 0.4 0.2
Agradecimentos: Trabalho realizado no âmbito do Projecto B-PARIPIPI-INIAP.
Am. 24
Am. 23
Am. 22
Am. 21
Am. 20
Am. 19
Am. 18
Am. 17
Am. 12
Am. 11
Am.10
Am. 9
Am. 8
Am. 7
Am. 6
Am. 5
Am. 19B
Am. 19A
Am. 15B
Am. 15A
Am. 13B
Am. 13A
Am. 7B
Am. 7A
Am. 1B
Am. 1A
controlo
pd3
pd2
pd1
0 pd0
1 Skerrit, J.H., 1995. Analytical aspects of immunoassays of agrochemicals. In: Kurtz, D.A., Skerritt, J.H., Stanker, L. (eds.). New frontiers in agrochemical immunoassay. AOAC, pp. 1-16.
Figura 4- Absorvâncias médias dos padrões de Clorpirifos (‘kit’ de Clorpirifos) e das amostras de tomate cv. Perfect Peel. Legenda: Pd0 – Padrão zero (0 ppb); Pd 1 – Padrão1 (0.22 ppb); Pd2 – Padrão 2 (1.0 ppb); Pd3 – Padrão 3 (3.0 ppb).
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