Análise do Referencial Bibliográfico de Dissertações do Programa Multiinstitucional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (UFPB, UFPE, UFRN E UNB)

June 1, 2017 | Autor: Nálbia Santos | Categoria: Bibliometrics
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Análise do Referencial Bibliográfico de Dissertações do Programa Multiinstitucional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (UFPB, UFPE, UFRN E UNB) Conference Paper · September 2009

3 authors, including: Nálbia De Araújo Santos Universidade Federal de Viçosa (UFV) 29 PUBLICATIONS 11 CITATIONS SEE PROFILE

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Análise do Referencial Bibliográfico de Dissertações do Programa Multiinstitucional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (UFPB, UFPE, UFRN E UNB) Autoria: Nálbia de Araújo Santos, Severino Cesário de Lima, Gilberto de Andrade Martins

RESUMO Este estudo epistemológico, orientado pela bibliometria, demonstra as especificidades das referências bibliográficas incorporadas pelos autores na construção das dissertações defendidas no Programa Multi-institucional e Inter-regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (UFPB, UFPE, UFRN e UnB) no período de 2002 a 2007. Mediante o uso da técnica estatística do Qui-Quadrado e da Análise de Correspondência, o estudo destaca a relação entre o referencial bibliográfico utilizado para a construção da plataforma teórica das dissertações produzidas e a área temática (ensino, usuários externos e usuários internos) e com as instituições integrantes do programa. Os resultados apontam que as principais fontes de informação usadas para a construção do conhecimento, segundo as áreas temáticas, são os livros nacionais, as revistas estrangeiras e os endereços eletrônicos, sendo os livros nacionais o referencial predominante em cada área. Quanto à relação das categorias dos referenciais bibliográficos com as instituições integrantes do programa, averiguo-se que a UnB aproximase das revistas estrangeiras, livros estrangeiros traduzidos e endereços eletrônicos; a UFPE aproxima-se das dissertações, teses, leis, decretos e normas; a UFPB aproxima-se de anais de eventos nacionais e revistas nacionais; e a UFRN aproxima-se dos anais de eventos estrangeiros, livros estrangeiros e livros nacionais. Verificou-se uma baixa proporção de anais de eventos nacionais e revistas nacionais, dificultando discussões teórico-empíricas contemporâneas veiculadas em publicações dessa natureza. Revela-se ainda baixa proporção de consultas a teses e dissertações, indicando que os mestrandos desse Programa podem estar dando baixa significância a esse tipo de fonte de informação para a construção do saber. Palavras-chave: bibliometria, análise de correspondência, plataforma teórica. 1

INTRODUÇÃO

A construção da plataforma teórica ocorre por meio da pesquisa bibliográfica, no qual o pesquisador identifica, obtém e consulta livros, artigos científicos, teses, jornais entre outros. Essas fontes ou materiais aproveitados no trabalho são refletidos e informados ao final do texto por meio da relação bibliográfica, Referencial Bibliográfico, ou simplesmente Referências. Ressalta-se que a análise e avaliação do levantamento bibliográfico permitem reflexões quanto aos tipos e as características das fontes utilizadas no processo de construção do conhecimento e da prática cientifica na elaboração da dissertação. Estudos que se propõem a analisar as fontes utilizadas no levantamento bibliográfico são denominados de bibliométricos, visto que analisam a produção científica de determinada área ou temática observando e examinando a literatura que subsidiou os pesquisadores no desenvolvimento de seus trabalhos. Desta forma, é possível levantar especificidades da literatura usada no processo de construção do conhecimento e obter indicadores que possibilitam uma avaliação do estágio de maturidade da produção científica de certa área ou programa de pesquisa. Neste sentido, este estudo de natureza epistemológica visa analisar e avaliar as referências bibliográficas utilizadas pelos autores das dissertações defendidas no Programa Multi-institucional e Inter-regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (UFPB, UFPE, UFRN e UnB), no período de 2002 a 2007. Além disso, pretende-se analisar a relação entre a natureza da plataforma teórica utilizada nas dissertações defendidas com as respectivas Instituições e Áreas de Pesquisas do Programa. Cabe esclarecer que o Programa Multi-institucional e Inter-regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis surgiu em virtude da necessidade de implantação de cursos Stricto Sensu, na modalidade de Mestrados, na área de Ciências Contábeis. Assim, partindo-se do

esforço comum para concentrar recursos e da iniciativa de cooperação e intercâmbio técnicocientífico e pedagógico, um conjunto de Instituições de Ensino Superior, formada pela Universidade de Brasília (UnB) e pelas Universidades Federais da Paraíba (UFPB), de Pernambuco (UFPE) e do Rio Grande do Norte (UFRN), uniram-se para possibilitar a participação de um corpo docente com titulação adequada à sua implantação, em dois núcleos sediados em Brasília e outro no Nordeste. Esse Programa de Pós-Graduação tem por objetivo aprofundar os conhecimentos em Ciências Contábeis e integrar o ensino, a pesquisa e o debate por meio do desenvolvimento de estudos e pesquisas que colaborem no avanço da profissão contábil. Neste contexto, o Programa se propõe a desenvolver, capacitar, preparar e aperfeiçoar alunos para a realização de estudos e pesquisas, visando torná-los capazes de serem docentes, pesquisadores e profissionais competentes, além de ter como finalidade o desenvolvimento de estudos e pesquisas que possam contribuir para o avanço tecnológico e crescimento social da área de Ciências Contábeis (SOUZA, 2005, p. 15). O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou o Mestrado em Ciências Contábeis, oferecido pelo Programa, com base na recomendação dada pela CAPES (Of. CAA/CTC/59, de 20.06.2000), e considerou a proposta inovadora e relevante. A primeira turma do Programa teve início em agosto/2000 em Brasília e em março/2001 no Núcleo Nordeste. Ainda, como um processo de evolução natural do Programa, no ano de 2007, as Instituições UnB, UFPB e UFRN implementaram o curso de Doutorado em Ciências Contábeis. Vale salientar que a UFPE deixou de fazer parte do Programa, a partir de 2007, por ter implantado seu próprio curso de Mestrado. Assim, diante deste cenário e considerando a relevância do Programa de Mestrado Multi-institucional na produção científica em Contabilidade no Brasil, o presente estudo orienta-se pela seguinte questão-problema: Quais são as especificidades das referências bibliográficas incorporadas pelos autores na construção das dissertações defendidas no Programa Multi-institucional e Inter-regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (UFPB, UFPE, UFRN e UnB) de 2002 a 2007? Adicionalmente almeja-se, por meio do uso da técnica estatística de Análise de Correspondência identificar a relação entre a área temática e as peculiaridades do referencial bibliográfico, bem como a relação entre as instituições integrantes do programa e os referenciais teóricos. Deste modo, espera-se contribuir na revelação das principais características das fontes de informação que os alunos consideram úteis e se fundamentam para a construção do saber deste Programa de Pós-Graduação, oferecendo, assim, aos seus gestores elementos de reflexão crítica e auto-avaliativa sobre os esforços dos alunos na concepção da plataforma teórica por área temática e instituições integrantes do programa. 2

SOBRE A BIBLIOMÉTRIA E A PRODUÇÃO CIENTÍFICA

Utilizar a abordagem bibliométrica para analisar a produção científica de determinada área ou temática não é uma experiência nova, pelo contrário, nota-se na literatura que pesquisadores de diversos campos do conhecimento recorrem a esses estudos para fazer um levantamento de indicadores da produção científica. Nesse sentido, estudos bibliométicos têm sido feitos nas diversas áreas do conhecimento como metodologia para a obtenção de indicadores de avaliação da produção científica (HAYASHI et al., 2007, p. 3). Alvarenga (1998, p. 2) assinala que a bibliometria é um ramo da ciência da informação que costuma priorizar a produção científica convencional como objeto, embora não restrinja seu universo de pesquisa apenas aos domínios desse tipo de literatura. A referida autora salienta ainda que as variáveis mais comuns nos estudos bibliométricos são os elementos textuais, para-textuais e contextuais e os resultados obtidos entre os ângulos abordados refletem aspectos quantitativos de campos de conhecimento quanto: 2

(...) a produtividade de autores ou de fontes discursivas, aos autores que constituem as frentes de pesquisa em determinado campo de conhecimento e constatações de regularidades que podem fazer emergir fatos históricos, no processo de evolução de uma disciplina (ALVARENGA, 1998, p. 3).

Além disso, Alvarenga (1998, p.3) comenta que “o potencial de dados gerados pela bibliometria se apresenta como insumos valiosos para o desenvolvimento de estudos arqueológicos e epistemológicos regionais, ou seja, dos campos específicos do saber”. Para ela os resultados dos estudos bibliométricos que quantificam a literatura publicada e mapeiam a rede de relações estabelecidas entre autores e textos, por meio das citações, por privilegiarem os discursos publicados, podem se constituir insumos empíricos relevantes na busca por evidências de ângulos peculiares do processo de produção de conhecimentos. Diante do exposto, observa-se que existem diferentes formas de abordar um problema no campo teórico da bibliometria, podendo extrapolar o enfoque quantitativo e positivista. Este estudo dará ênfase aos métodos quantitativos, porém não irá se restringir apenas a abordagem quantitativa, visto que pretende avaliar as peculiaridades da produção acadêmica de um Programa de Pós-Graduação. A avaliação da produção científica do Programa de Pós-Graduação sob o enfoque bibliométrico pode revelar quais são as principais características das fontes de informação que seus alunos consideraram úteis para alcançar seus objetivos de pesquisa. Portanto, esse tipo de trabalho analisa o resultado final das pesquisas desenvolvidas pelo Programa, que é seu principal propósito conforme assinala Ferraro (2005, p. 40): “a pesquisa tornou-se função básica da pós-graduação, que por sua vez a trata como o locus da produção do conhecimento”. Destaca-se que no entendimento de Velloso (1978), apud Moriki e Martins (2003), os programas de pós-graduação têm três objetivos: a) ao nível cognitivo, busca-se o aprofundamento dos conhecimentos de determinada área do saber. Inclusive aí tanto uma ampliação do quadro teórico quanto o domínio de métodos e técnicas; b) ainda ao nível cognitivo, os programas têm por objetivo oferecer treinamento básico em metodologia de pesquisa, capacitando o discente a iniciar-se na investigação científica. A este objetivo alia-se o desenvolvimento de atitude crítica frente ao conhecimento. Isto significa não aceitar a evidência sem antes verificar seu rigor lógico e sua coerência, avaliar método de análise e se as observações realizadas permitem alcançar as conclusões obtidas; c) a nível afetivo é o desenvolvimento de formas de pensamento e de comportamentos para o trabalho científico independente.

Neste contexto, observa-se que os estudos de natureza bibliométrica, com o enfoque quantitativo e qualitativo podem contribuir na verificação das pesquisas do programa quanto ao alcance de tais propósitos. Hayashi et al. (2007, p. 4) destacam a importância de três autores que contribuíram para os avanços da bibliométria, que são Lotka (1926), Zipf e Bradford. O primeiro tratou da produtividade dos autores por meio da quantificação de suas publicações científicas, sendo chamada de Lei de Lotka, no qual o número de autores que produzem ‘n’ publicações em um determinado campo científico é aproximadamente 1/n² dos autores que fazem somente uma publicação, isto significa que a proporção de uma única contribuição é de 60% (URBIZAGÁSTEGUI-ALVARADO, 2002, p.14). A Lei indica que provavelmente 60% dos autores irão contribuir com apenas uma publicação, enquanto que 15% terão duas e 7% terão três, assim por diante (HAYASHI et al., 2007, p. 4). Segundo Hayashi et al. (2007, p. 5) a Lei de Zipf é empregada na indexação de artigos científicos porque mede a freqüência de aparecimento das palavras no texto visando listar os termos de certa disciplina. Para Zipf as ocorrências de palavras no texto de tamanho considerável se forem listadas em ordem decrescente de freqüência indicaram que determinada palavra desta lista terá uma probabilidade maior de ocorrência, enquanto outras têm menor freqüência. 3

Hayashi et al. (2007, p. 5) afirmam que a Lei de Bradford foca no conjunto de publicações de uma disciplina científica em que o número de revistas do primeiro, segundo e terceiro tercis de produção obedece a certa ordem de 1:n:n². A Lei de Bradford é usada para mensurar a produtividade de revistas, pois trata da distribuição dos artigos pelas diversas revistas (HAYASHI et al., 2007, p. 5). Para Bradford os artigos considerados significantes de uma disciplina se concentram em um pequeno grupo de periódicos, logo as revistas podem ser divididas nos seguintes grupos contento em média um terço dos artigos: a) um agrupamento com poucos periódicos; b) um núcleo secundário com mais periódicos e c) um grupo terciário composto pela maioria dos periódicos. (HAYASHI et al., 2007, p. 5). Além das Leis mencionadas, outra forma de criar indicadores bibliométricos é por intermédio da contagem de citações. Segundo Velho (2008) a Science Citation Index (SCI) coleta citações de autores feitas em artigos publicados nas revistas que são indexadas. O banco de dados é compilado desde 1963, pela empresa americana Institute for Scientific Information (ISI), e atualmente é a maior base de dados bibliográfica disponível, inclusive via internet. A lista da SCI possui 3.762 revistas, sendo três brasileiras, há também uma lista adicional denominada de "SCI Expanded" que contém quinze revistas brasileiras num total de 5.891 indexadas (VELHO, 2008). A SCI utiliza das citações contidas nessas revistas para elaborar uma lista dos que mais aparecem, isto é, são citados. Desta forma, a SCI gerou conceitos e métodos para medir a literatura científica. Conforme Velho (2008) o índice lista publicações (artigos e periódicos), citações e autores (cientistas individuais, projetos, departamentos, institutos, países), gerados pela SCI, agregados de maneiras diversas, por exemplo: por escolas de pensamento, por grupos teóricos, por especialidades, redes, aglomerados entre outros modos. Para Velho (2008) esse tipo de avaliação foi estimulado pelo avanço tecnológico que permitiu a geração de uma base de dados computadorizada, no qual a informação pode ser encontrada com um maior grau de facilidade, assim foi possível detectar quantas vezes tal cientista foi citado ou qual disciplina tem maior número de citações. Ainda, Velho (2008) comenta que “aparentemente simples e direto, e por isso adotado sem cerimônias por quase todos os que se dispõem a avaliar produção científica, o SCI enquanto base de dados, de fato, apresenta uma série de problemas, tanto do ponto de vista conceitual como metodológico”. Velho (2008) critica essas formas de avaliação do trabalho científica por meio de indicadores quantitativos bibliométricos, que apontam se este ou aquele cientista, esta ou aquela área do conhecimento, este ou aquele país são os mais produtivos, pois esses índices empregados para avaliação podem conter vícios de origem. Assim, considerando os possíveis vícios de origem, a referida autora pede cuidado para as generalizações do tipo, “tão ao gosto da mídia”, em que pesquisadores são apontados como o que mais publicou ou que mais foi citado e ainda a área da ciência que teve maior número de citações em trabalhos científicos foi esta ou aquela. A crítica de Velho (2008) procede, já que o desempenho científico de uma publicação considerada de qualidade não pode ser avaliado pelo número de vezes que foi referenciada em razão dos possíveis problemas: • Há uma reconhecida tendência dos cientistas de se auto-citar (fazer "propaganda" do seu próprio trabalho) e de citar seus amigos, já que conhece bem seus trabalhos anteriores e os de seus amigos. • O sistema de comunicação científica internacional é bastante imperfeito e o acesso a trabalhos varia consideravelmente, o que torna questionável a atitude de mensurar algo apenas pelas citações. • Há uma barreira lingüística que muitas vezes separa os cientistas de determinadas publicações indexadas no SCI, de onde são colhidas as citações. • Trabalhos de pesquisa fundamental são muito mais citados do que os experimentais, o que não significa que são mais importantes.

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• Práticas de publicação variam entre as áreas do conhecimento. Não se pode, por exemplo, dizer que a física é mais produtiva que a matemática com base nos trabalhos publicados de uma e outra. São ciências diferentes, com culturas diferentes no que se refere à divulgação em revistas científicas. • Trabalhos são citados sem terem sido lidos e analisados cuidadosamente. • Citações são muitas vezes feitas de segunda mão, isto é, levantadas de um outro artigo, sem terem sido lidas e sem dar crédito ao trabalho que primeiramente as apontou. • Citações são muitas vezes colocadas depois que o trabalho de pesquisa está pronto, quase como uma "decoração" para se seguir o "ritual" acadêmico. (VELHO, 2008)

Os problemas assinalados indicam que a contagem de citações e de referências bibliográficas podem não refletir uma medida adequada para mensurar sua qualidade. Neste sentido, este estudo alia-se aos métodos quantitativos para obter também uma análise qualitativa, porque a identificação das freqüências das categorias de referências bibliográficas utilizadas permite estabelecer relações qualitativas entre áreas temáticas/referências e instituiçõe/referências, possibilitando reflexões a respeito dos veículos de comunicação usados para a geração do conhecimento. 3

PLATAFORMA TEÓRICA

Triviños (1987, p. 98) infere que uma das maiores dificuldades para os mestrandos na fase de elaboração da dissertação refere-se ao referencial teórico, ou fundamentação teórica, ou revisão de literatura. Triviños (1987, p. 98-99) relaciona os principais obstáculos dos mestrandos: a natureza do material, a falta de fontes bibliográficas causada pela escassez de livros e revistas atualizados no ambiente do pesquisador ou por problemas dos meios de comunicação, suas próprias deficiências pessoais como investigador na realização de uma pesquisa mais completa. Entre as deficiências atribuídas ao investigador, Triviños (1987, p. 99) aponta para problemas na sua formação, embaraço na leitura de literatura de línguas estrangeiras e dificuldades no desenvolvimento de um embasamento teórico que subsidie na explicação, compreensão e lhe dê significado aos fatos que se investigou e aos resultados obtidos na pesquisa. Neste contexto, Triviños (1987, p. 100) explica que o processo de avaliação do material bibliográfico permite ao pesquisador descobrir até onde os demais investigadores têm chegado em seus esforços, quais métodos tem empregados, quais foram suas dificuldades, o que pode ser ainda pesquisado, etc. Consequentemente, isto lhe possibilitará uma avaliação quanto a representatividade de seu trabalho para a área, bem como sua possível consecução (TRIVIÑOS, 1987, p. 100). Neste sentido, Sampieri, Collado e Lucio (2006, p. 52) ressaltam a relevância de se revisar o passado para contribuir com o presente e visualizar o futuro, isto significa que é conveniente localizar, obter e consultar estudos anteriores, como livros, revistas científicas, ensaios, teses, congressos, etc. relativos ao problema ou tema da pesquisa. Todavia, caberá ao pesquisador decidir qual o material será útil para aproximar ou gerar a formulação de seu problema de estudo. Os autores fazem ainda uma distinção entre os termos “marco teórico” e “revisão de literatura”. Entendem que o marco teórico compreende a revisão de literatura correspondente ao trabalho e a adoção de uma teoria ou desenvolvimento de uma perspectiva teórica ou de referência. Concluem que o marco teórico implica na análise de teorias, pesquisas e antecedentes considerados válidos no enquadramento do estudo. Entre as funções do marco teórico destacam-se o auxilio na prevenção de erros que tenham sido cometidos em outros estudos, a orientação sobre a forma de realização do trabalho, a ampliação do horizonte do estudo ou orientação do pesquisador para o enfoque do seu problema, evitando desvios da elaboração original, a condução na elaboração de hipóteses, a inspiração para novas linhas ou áreas de pesquisa e o fornecimento de um marco de referências literárias para interpretar os resultados do estudo (SAMPIERI, COLLADO e 5

LUCIO, 2006, p. 53). Portanto, salienta-se que o processo de seleção das referências de literatura deve ser criterioso por parte do investigador, visto que de acordo com Triviños (1987, p. 100) o pesquisador, geralmente, inicia sua revisão bibliográfica sem uma linha teórica definida. Triviños (1987, p. 100) comenta que nestes casos surgem duas situações, uma primeira em que o cientista tem dúvidas sobre qual teoria está de acordo com seu ponto de vista, sua concepção de vida, seus princípios e por isso coloca em foco da melhor forma o assunto objeto de estudo ou tem carência de orientação teórica especifica. Neste último caso, a coleta do referencial teórico e das idéias encontradas por parte do pesquisador fica sem critérios teóricos adequados, por conseguinte, suas preocupações atem-se em apenas ter nas Referências Bibliográficas, nas últimas páginas de sua dissertação, uma quantidade crescida de títulos (TRIVIÑOS, 1987, p. 100). Ressalta-se que as observações feitas por Triviños e por Sampieri, Collado e Lucio têm reflexos nas Referências Bibliográficas descritas nas dissertações. Além disso, conforme Magalhães (2006, p. 58) o orientador pode influenciar seu orientado nas escolhas das plataformas teóricas, visto que o processo de construção do conhecimento de trabalho como a dissertação não é uma atividade isolada. Leite Filho (2004, p 6) enfatiza que o aluno orientando ao escrever sua dissertação interage com a pessoa ou orientador, ou grupo de pessoas, da área de conhecimento, que já escreveram e publicaram. Logo, os critérios de escolha e as preferências dos autores e de seus orientadores por determinados elementos da literatura e ou canais de comunicação são refletidos nas páginas da Referência Bibliográfica. Neste sentido, Velho (1997), apud Magalhães (2006, p. 65), comenta que “a preferência por determinados canais de comunicação é influenciada pelo estágio de consolidação teórica e metodológica da área sob análise”, isto indica que o desenvolvimento de determinada ciência pode ter relação direta com a expressão e significância de suas plataformas teóricas ou referências bibliográficas. Moriki e Martins (2003) explicam que o uso constante de livros e o emprego raro de citações de revistas nacionais ou estrangeiros sugerem uma postura conservadora e convencional dos autores. Isto dificulta discussões contemporâneas veiculadas em periódicos que, geralmente, trazem idéias e conceitos emergentes, revelando o estado da arte da área sob estudo (MORIKI e MARTINS, 2003). Assim, o mapeamento das referências bibliográficas de um Programa de Pós-graduação, de modo qualitativo e quantitativo, pode identificar os autores cujos conceitos, métodos ou teorias serviram de inspiração para o desenvolvimento do trabalho, se ocorreu problemas de auto-citação, a postura de seus autores, características das fontes citadas, os contornos da comunicação científica entre outros fatores. Entre esses fatores, a idade do elemento referenciado segundo Velho (1986) apud Magalhães (2006, p.32) sugere que uma proporção substancial de citações à literatura internacional antiga pode indicar o passado educacional da amostra de cientistas, ou dos orientadores. O contraponto apresentado por Velho (1986) apud Vanz e Caregnato (2003, p.249) é que se o campo de pesquisa é recente, então existem poucos trabalhos para serem citados, logo as citações se concentram em trabalhos recentes. Entretanto, Velho (1986) salienta que os pesquisadores dos países chamados de “periféricos” tendem a ignorar ou não ter acesso à literatura mais antiga, assim, há uma dependência de artigos científicos atuais e isto reflete também uma característica de “periferalidade” em ciência. Vanz e Caregnato (2003, p.255) recomendam que “os resultados de uma análise de citação devam ser interpretados com cautela, principalmente no que diz respeito à avaliação de cientistas individualmente ou de grupos ou instituições como um todo”. As autoras ponderam que estudos dessa natureza são relevantes e servem de instrumentos para o

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entendimento dos processos de comunicação científica nas diferentes áreas do conhecimento humano. Sendo assim, ressalta-se que a mensuração quantitativa das referências bibliográficas de um Programa de mestrado pode auxiliar na compreensão de sua estrutura e do grau de desenvolvimento porque esse mapeamento possibilita identificar suas principais fontes e uma série de características do comportamento de uso da informação recuperada. 4

ESTUDOS BIBLIOMÉTRICOS NA ÁREA DE CONTABILIDADE NO BRASIL

Vários foram os estudos epistemológicos bibliométricos desenvolvidos na área de contabilidade no Brasil, conforme relacionados no quadro 1 a seguir: Quadro 1 – Resumo dos estudos bibliométricos na área de contabilidade no Brasil 1982 a 2007 (continua) AUTORES Germano (1982) Riccio, Sakata e Carastan (1999) Oliveira (2002)

Martins (2002)

Cardoso, Pereira Guerreiro (2004)

e

Theófilo (2004)

Santana (2004)

Cardoso, Mendonça Neto, Riccio e Sakata (2005)

OBJETIVOS E RESULTADOS DO ESTUDO O estudo classifica as teses e dissertações produzidas no programa de pósgraduação FEA/USP no período de 1970-1988 de acordo com a temática abordada. Analisam a distribuição, as características e a evolução dos textos acadêmicos em contabilidade produzidos pelas universidades brasileiras no período de 1962 a 1999, focando as tendências quanto ao número de teses e dissertações por ano, método de pesquisa empregado e a variação temática. Examinou uma amostra de periódicos brasileiros no período de 1990 a 1999. Os resultados revelaram que a maioria dos autores é constituída por docentes, sugerindo que a pesquisa contábil é realizada no interior das universidades e reflete a carência de centro de pesquisas contábeis, falta de mecanismos de incentivo e a pressão exercida pelos programas de pós-graduação. Analisou doze anos (1989-2001) da produção publicada no Caderno de Estudos atual Revista de Contabilidade & Finanças. Com base na análise da bibliografia referenciada, o autor conclui haver “uma certa acomodação” dos pesquisadores, caracterizada pela utilização de poucas fontes bibliográficas comuns, a predominância de estudos bibliográficos e a pequena participação de estudos empíricos. Analisaram a produção científica em contabilidade gerencial e de custos dos trabalhos apresentados nos Encontros Anuais da Associação Nacional de Pósgraduação e Pesquisa em Administração-ENANPADS, no período de 1998 a 2003. Concluíram forte crescimento quantitativo da produção em contabilidade gerencial e custos, mas não acompanhado de um crescimento qualitativo. Desenvolveu uma tese de doutorado na FEA/USP, em seqüência as suas pesquisas anteriores, com o objetivo de examinar as teses e dissertações defendidas nos programas de pós-graduação strictu sensu em contabilidade e trabalhos publicados em anais de encontros científicos e periódicos no período de 1994 a 2003. Os resultados evidenciam uma mudança de paradigma a partir do final da década de 90 quando começa a predominar os trabalhos com pesquisa empírica. Investigou a pesquisa em contabilidade social no Brasil de 1990 a 2003 utilizando análise bibliométrica. O outor encontrou indícios de concentração de artigos nos últimos sete anos pesquisados (89%) e na temática de Balanço Social (45%). Observou ainda que a produção é pequena no que diz respeito à periódicos avaliados pelo Qualis Capes. (11,8% do total). Verificou ainda uma concentração de artigos em poucos autores, além de evidências de endogenia na área de Contabilidade Social. Analisaram a produção científica brasileira em contabilidade publicada nos periódicos classificados com o conceito A pela CAPES no período de 1990 a 2003. Concluíram sobre a baixa produtividade dos pesquisadores nacionais de contabilidade quando comparada com a de autores que publicam em língua inglesa e compara ainda com autores nacionais da área de finanças. O estudo revelou que as universidades com maior número de publicações na área foram a USP, FGV-SP, FGV-RJ e UFRS.

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Quadro 1 – Resumo dos estudos bibliométricos na área de contabilidade no Brasil 1982 a 2007 (continuação) Batista da Silva, Oliveira e Ribeiro Filho (2005) Martins e Silva (2005)

Mendonça Neto, Riccio e Sakata (2006) Magalhães (2006) Chan, Milani Martins (2007)

filho,

Cardoso, Oyadomari e Mendonça Neto (2007)

Analisaram as transformações ocorridas na Revista de Contabilidade & Finanças desde o estudo realizado por Martins(2002), constatando quantidade maior de autores de instituições diversificadas, bem como um crescimento da abordagem empírica nos artigos publicados. Levantaram e analisaram a plataforma teórica utilizada pelos autores dos artigos aprovados e divulgados no 3º e 4º Congressos USP de Controladoria e Contabilidade. A análise efetuada contou com 221 artigos, envolvendo 3.795 referências, com uma média de 17 por artigo. O estudo, baseado em uma abordagem crítico-analítico, constatou que não foi possível distinguir clássicos nacionais ou internacionais. Além disso, observou-se que os artigos adotaram uma postura extremamente conservadora e convencional devido a natureza das referências bibliográficas, com raras consultas a periódicos e anais de eventos. Revisaram a produção em contabilidade apresentada no ENANPAD no período de 1981 a 2005 tendo por objetivo identificar a participação dos estudos na abordagem positivista, identificando que 79,14% dos trabalhos utilizaram a abordagem positivista e 20,86% utilizaram a abordagem normativista. Analisou 48 teses apresentadas na USP no período de 2002 a 2005, identificando que de 5.737 citações, os livros foram os referenciais mais citados, seguidos pelos periódicos. Analisaram a relação entre as áreas temáticas e a natureza das plataformas teóricas de 101 artigos do 3º Congresso USP de Controladoria e Contabilidade. Os autores concluíram que a área de usuários externos diferencia-se das demais pela preponderância de conteúdo normativo. A área de mercado financeiro e a área de controladoria mostraram-se mais próximas d e discussões contemporâneas. Os artigos da área de ensino e pesquisa em contabilidade demonstraram preponderância de referências bibliográficas a dissertações e endereços eletrônicos. Analisaram a influência da abordagem da Positive Accounting sobre a produção científica dos programas de pós-graduação stricto sensu de contabilidade no Brasil. Os resultados apontaram um crescimento de pesquisa contábil no Brasil com o emprego da abordagem positiva, entretanto essas pesquisas estão concentradas em apenas dois programas: FEA/USP e FUCAPE.

A diversidade de abordagens bibliométricas evidencia resultados surpreendentes, bem como preocupação e vigilância sobre a qualidade da produção científica da área contábil. 5

METODOLOGIA DA PESQUISA

Este estudo tem caráter empírico-analítico e a estratégia usada foi a pesquisa documental, cuja população de estudo é composta por 135 dissertações defendidas entre 2002 a 2007 pelos alunos do curso de Mestrado do Programa Multi-institucional e Inter-regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (UFPB, UFPE, UFRN e UnB). A coleta das dissertações foi facilitada uma vez que estão disponíveis no site da UnB, em arquivos na versão do aplicativo Adobe Reader®. Inicialmente, a população em estudo foi estratificada por instituições integrantes do programa de pós-graduação multi-institucional e por áreas temáticas e, em seguida, os dados foram coletados segundo os respectivos estratos. Assim, os elementos componentes da população são classificados da seguinte forma: Tabela 1 – Instituições por área temática - 2002-2007 ÁREA TEMÁTICA Ensino Usuários Externos Usuários Internos TOTAIS

UnB 3 51 10 64

UFPE 4 9 17 30

UFPB 4 6 10 20

UFRN 1 7 13 21

TOTAIS 12 73 50 135

Os dados da Tabela 1 permitem identificar que a UnB concentra o maior número de dissertações defendidas. Quanto à área temática, observa-se que a UnB desenvolve trabalhos 8

em maior quantidade voltados aos usuários externos e as demais instituições têm como foco os usuários internos. Cada referência foi identificada segundo as categorias a seguir e classificadas por três áreas temáticas (ensino, usuários externos e usuários internos): Livros nacionais; Anais de congressos nacionais Livros estrangeiros; Anais de congressos estrangeiros Livros estrangeiros traduzidos; Endereços eletrônicos Revistas nacionais; Leis, decretos e normas Revistas estrangeiras; Outros Dissertações; e Teses Na categoria outros foram alocados todas as referências que não se enquadraram nas categorias anteriores, como, por exemplo, pronunciamentos, notas técnicas, textos para discussões, jornais, apostila, boletins, folhetos, dicionários, textos de circulação interna, anuários, monografias, relatórios de pesquisa, manuais, cadernos e CDs. Já a classificação das dissertações em áreas temáticas foi procedida mediante a leitura dos resumos e, subsidiariamente, mediante leitura das palavras chaves, objetivos do estudo, questãoproblema, contribuições do estudo e conclusões da pesquisa. Pelo fato das variáveis em estudo serem nominais, optou-se por analisar as freqüências das mesmas, por intermédio de teste Qui-quadrado e da Análise de Correspondência, também denominada de ANACOR. No contexto desta investigação o teste Qui-quadrado visa verificar se existe associação entre as variáveis (a) natureza das referências bibliográficas, (b) área temática e (c) instituições, buscando analisar se há indícios que possam levar a rejeição da hipótese nula de independência entre as mesmas. A Análise de Correspondência é uma técnica multivariada exploratória que trata, em essência, da distribuição de freqüências resultantes de duas variáveis categóricas, buscando mostrar associações em um espaço multidimensional, permitindo representar graficamente a natureza das relações existentes, sendo uma técnica complementar ao teste Qui-quadrado. Hair et. al (2006, p.441) esclarecem que: A análise de correspondência (CA) é uma técnica de interdependência que tem se tornado cada vez mais popular para a redução dimensional e o mapeamento perceptual. [...] Sua aplicação mais direta é retratar a “correspondência” de categorias de variáveis, particularmente aquelas medidas em escalas nominais”. (HAIR et al, 2006, p.441)

Corroborando com os esclarecimentos de Hair et. al, Fávero et. al. (2006, p.8), assinalam que a análise de correspondência é um método que funciona da seguinte forma: O método consiste de duas etapas básicas, referentes ao cálculo da medida de associação e à criação do mapa perceptual. A Anacor utiliza o teste X² para padronizar os valores das freqüências e formar a base para as associações. A partir de uma tabela de contingência, calculam-se as freqüências esperadas e o valor do X² para cada célula, considerando-se as diferenças entre as freqüências observadas e as esperadas. Assim, com as medidas padronizadas da associação, a Anacor cria uma medida em distância métrica e cria projeções ortogonais sobre as quais as categorias podem ser alocadas, de forma a representar o grau de associação dado pelas distâncias X² em um espaço dimensional. (FÁVERO, et. al., 2006, P.8)

Nessa pesquisa, foi utilizado, para o teste de ANACOR, o método de normalização simétrica que, conforme Pestana e Gageiro (2005, p.201), é utilizado “quando interessa saber as diferenças ou semelhanças entre as duas variáveis”. 6

ÁNALISE DOS RESULTADOS

6.1. Associação entre as Categorias Referenciadas e as Áreas Temáticas 9

A um nível de significância de 1%, conclui-se haver uma relação de dependência entre as categorias de referências bibliográficas e a área temática, conforme mostra os resultados do teste Qui-quadrado da Tabela 2. Tabela 2 – Teste Qui-Quadrado: Associação entre categorias de referências e áreas temáticas Value df Asymp. Sig. (2-sided) Pearson Chi-Square 775,971(a) 22 ,000 Likelihood Ratio 717,701 22 ,000 Linear-by-Linear Association 43,089 1 ,000 N of Valid Cases 10068 a 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 8,74.

A Tabela 3, a seguir, mostra a distribuição conjunta entre as referências bibliográficas e as áreas temáticas. Tabela 3 - Distribuição das Referências Bibliográficas por Áreas Temáticas das Dissertações no período de 2002 a 2007 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Livros Nacionais Livros Estrangeiros Traduzidos Livros Estrangeiros Revistas Nacionais Revistas Estrangeiras Dissertações Teses Anais Eventos Nacionais Anais Eventos Estrangeiros Endereços Eletrônicos Leis, Decretos e Normas Outros TOTAIS

ÁREA TEMÁTICA Ensino Usuários Externos Usuários Internos 184 23% 1138 21% 1035 26% 34 4% 329 6% 574 14% 37 5% 427 8% 183 5% 160 20% 338 6% 209 5% 55 7% 972 18% 581 15% 77 10% 206 4% 243 6% 17 2% 121 2% 100 3% 38 5% 209 4% 186 5% 9 1% 44 1% 59 1% 60 8% 723 14% 249 6% 63 8% 447 8% 213 5% 52 7% 351 7% 345 9% 786 100% 5.305 100% 3.977 100%

TOTAIS 2357 937 647 707 1608 526 238 433 112 1032 723 748 10.068

23% 9% 6% 7% 16% 5% 2% 4% 1% 10% 7% 7% 100%

O contingenciamento entre a área temática e a natureza do referencial bibliográfico revela a seguinte ordem decrescente para as cinco primeiras referências: Ensino: Livros nacionais (23%); Revistas Nacionais (20%); Dissertações (10%); Endereços Eletrônicos (8%) e Leis, Decretos e Normas (8%); Usuários Externos: Livros Nacionais (21%), Revistas Estrangeiras (18%) e Endereços Eletrônicos (14%); Livros Estrangeiros (8%) e Leis, Decretos e Normas (8%); Usuários Internos: Livros Nacionais (26%), Revistas Estrangeiras (15%) e Livros Estrangeiros Traduzidos (14%), Dissertações (6%) e Endereços Eletrônicos (6%). Procedendo-se uma análise geral, observa-se a preferência por Livros Nacionais (23%), seguido por Revistas Estrangeiras (16%), Endereços Eletrônicos (10%), Livros Estrangeiros Traduzidos (9%) e, na mesma proporção de 7%, Revistas Nacionais, Leis, Decretos e Normas e Outros. Para a realização da análise de correspondência, o número máximo de dimensões é definido considerando-se o menor número de categorias em cada variável menos um. No caso específico, temos 12 categorias de referências bibliográficas 3 categorias de áreas temáticas, logo obtendo 2 dimensões para a projeção plana das categorias, conforme representadas no mapa perceptual mostrado no Gráfico 1 a seguir:

10

Row and Column Points Symmetrical Normalization 1,5 Ensino

Área Temática

ArRevNacionais

Referencias Bibliográficas

Dimension 2

1,0

Dissertações 0,5

ArCongNacionais LvNacionais

ArCongEstrangeiros 0,0

Usuário Interno

Lei,decretos,norm Usuário Externo

outros

Teses LvEstrangeiros EndEletrônicos

LvEstrTrad

-0,5 -1,0

-0,5

ArRevEstrangeiros 0,0

0,5

1,0

Dimension 1

Gráfico 1 - Mapa perceptual das categorias das referências bibliográficas e áreas temáticas

Observa-se no Gráfico 1 que a categoria dissertações ficou afastada de todas as áreas. A seguir destaca-se a aproximação das referências bibliográficas em cada área temática. Ensino Usuários Externos Usuários Internos Revistas Nacionais Livros Estrangeiros Anais de Eventos Estrangeiros Revista Estrangeira Anais de Eventos Nacionais Endereços Eletrônicos Livros Nacionais Leis, Decretos e Normas Livros Estrangeiros Teses Outros Essas aproximações revelam as referências preferenciais entre os estudantes do Programa de acordo com a área temática e possíveis influências de seus orientadores (MAGALHÃES, 2006; LEITE FILHO, 2004). Além de revelar as fontes de informação associadas às áreas temáticas, esses resultados expõem, conforme Triviños (1987), Leite Filho (2004), Moriki e Martins (2003), prováveis obstáculos, inspirações, esforços, preferências e influências dos mestrandos em relação à natureza do material. Fica evidente que o fato de não existir associação e da baixa freqüência entre a área ensino com fontes estrangeiras pode ser em razão de possível embaraço na leitura de literatura de línguas estrangeiras. Destaca-se a associação de fontes normativas na área de usuários externos e de materiais considerados contemporâneas para usuários internos, resultados semelhantes foram encontrados por Chan, Milani Filho e Martins (2007). 6.2. Associação entre as Categorias referenciadas e as Instituições O teste do Qui-Quadrado, cujo resultado está reproduzido na Tabela 4, revela, a um nível de significância de 1%, logo há uma relação de dependência entre as referências bibliográficas e as instituições que integram o programa de pós-graduação multiinstitucional.

11

Tabela 4 – Teste Qui-quadrado: Associação entre categorias de referência e as Instituições

Pearson Chi-Square Likelihood Ratio Linear-by-Linear Association N of Valid Cases

Value 912,387(a) 928,185 49,779 10068

df 33 33 1

Asymp. Sig. (2sided) ,000 ,000 ,000

a 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 16,13.

A Tabela 5, a seguir, mostra a distribuição conjunta entre as referências bibliográficas e as Instituições que integram o programa multiinstitucional apresenta os dados da tabela a seguir. Tabela 5 -Distribuição das Referências Bibliográficas por Instituições - 2002 a 2007 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Livros Nacionais Livros Estrangeiros Traduzidos Livros Estrangeiros Revistas Nacionais Revistas Estrangeiras Dissertações Teses Congressos Eventos Nacionais Congressos Eventos Estrangeiros Endereços Eletrônicos Leis, decretos e normas Outros TOTAIS

INSTITUIÇÃO UnB UFPE UFPB 789 17% 746 29% 389 27% 313 7% 274 11% 159 11% 421 9% 100 4% 63 4% 256 6% 230 9% 134 9% 1116 24% 223 9% 101 7% 164 4% 169 7% 103 7% 101 2% 66 3% 39 3% 154 3% 144 6% 83 6% 49 1% 27 1% 14 1% 621 14% 171 7% 134 9% 292 6% 206 8% 124 9% 311 7% 223 9% 107 7% 4.587 100% 2.579 100% 1.450 100%

TOTAIS UFRN 433 30% 2357 23% 191 13% 937 9% 63 4% 647 6% 87 6% 707 7% 168 12% 1608 16% 90 6% 526 5% 32 2% 238 2% 52 4% 433 4% 22 2% 112 1% 106 7% 1032 10% 101 7% 723 7% 107 7% 748 7% 1.452 100% 10.068 100%

O contingenciamento entre a instituição e a natureza do referencial bibliográfico revela a seguinte ordem decrescente para as cinco primeiras referências: UnB: Revistas Estrangeiras (24%), Livros Nacionais (17%), Livros Estrangeiros (9%) Livros Estrangeiros Traduzidos (7%) e outros (7%); UFPE: Livros Nacionais (29%), Livros Estrangeiros Traduzidos (11%), Revistas Nacionais (9%), Revistas Estrangeiras (9%) e Outros (9%); UFPB: Livros Nacionais (27%), Livros Estrangeiros Traduzidos (11%), Revistas Nacionais (9%), Endereços Eletrônicos (9%) e Leis, Decretos e Normas (9%); UFRN: Livros Nacionais (30%), Livros Estrangeiros Traduzidos (13%), Revistas Estrangeiras (12%), Endereços Eletrônicos (7%), Leis, Decretos e Normas (7%). As relações apresentadas no Gráfico 2 mapeiam as fontes de informações preferenciais dos estudantes do Programa conforme a instituição a que estão ligados e prováveis influências de seus orientadores (MAGALHÃES, 2006; LEITE FILHO, 2004), além de possibilitar o estabelecimento de relações entre as categorias do referencial bibliográfico e as Instituições integrantes do programa multiinstitucional.

12

UFRN

0,6

ArCongEstrangeiros Instituição

LvEstrTrad

Dimension 2

0,4

Referências Bibliográficas

LvNacionais

0,2 0,0

Dissertações

Lei,decretos,normas -0,4

UFPB

UNB

outros Teses

UFPE

-0,2

ArRevEstrangeiros

LvEstrangeiros EndEletrônicos

ArRevNacionais ArCongNacionais

-0,6 -0,6

-0,3

0,0

0,3

0,6

0,9

Dimension 1

Gráfico 2 - Mapa perceptual das categorias das referências bibliográficas e instituições

O Gráfico 2 mostra a seguinte aproximação das referências bibliográficas com as Instituições integrantes do programa multiinstitucional. UnB UFPE Revistas Estrangeiras Dissertações Livros Estrangeiros Traduzidos Teses Endereços Eletrônicos Leis, Decretos e Normas Outros UFPB UFRN Anais de Eventos Nacionais Anais de Eventos Estrangeiros Revistas Nacionais Livros Estrangeiros Livros Nacionais Além disso, observa-se no resultado geral que existe uma concentração de Livros Nacionais (23%), Revistas Estrangeiras (16%), Endereços Eletrônicos (10%) e Livros Estrangeiros Traduzidos (9%). Salienta-se que apesar da proporção relevante de Revistas Estrangeiras, motivados particularmente pelos mestrandos da UnB e das áreas de usuários externos e internos, o grau de concentração em Livros ainda é considerável. Esse resultado é similar ao encontrado por Magalhães (2006) em relação às Teses do Programa de PósGraduação em Controladoria e Contabilidade da Universidade de São Paulo. Ainda, verifica-se a baixa proporção de Anais de Eventos Nacionais e Revistas Nacionais citados, dificultando discussões teórico-empíricas contemporâneas veiculadas em publicações dessas naturezas. Nota-se também baixa proporção de consultas a teses e dissertações, isto pode indicar, de acordo com Velho (1997), apud Magalhães (2006, p. 65), baixa significância desse tipo de referência para os orientadores e mestrandos desse Programa. 7

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

A plataforma teórica construída em um trabalho acadêmico para dar suporte às descobertas científicas tem por instrumento diversas categorias de referências bibliográficas. Entre essas categorias existem algumas condutoras de conhecimentos contemporâneos como 13

as revistas científicas e as divulgações de trabalhos acadêmicos em congressos nacionais e internacionais, outras de conhecimentos didáticos e conservador como os livros e, ainda, aquelas de conhecimentos científicos formais como as teses e as dissertações. Há também os referenciais clássicos que apresentam um conhecimento velho, mas sempre atual. Neste sentido, o pesquisador precisa consultar referências, na construção do saber, pertinentes e apropriadas para dar maior credibilidade ao conhecimento que está sendo produzido. Daí, a importância de cada ciência desenvolver estudos epistemológicos para se compreender o nível de desenvolvimento de seu campo de estudos. Diante dessa visão, o presente estudo produziu um diagnóstico acerca da natureza do referencial bibliográfico utilizado pelos autores das dissertações defendidas no Programa Multi-institucional e Inter-regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (UFPB, UFPE, UFRN e UnB) no período de 2002 a 2007. Por meio do uso da técnica estatística do Qui-Quadrado e da Análise de Correspondência, o estudo evidenciou a relação entre o referencial bibliográfico utilizado para a construção da plataforma teórica das dissertações produzidas e a área temática (ensino, usuários externos e usuários internos), bem como a relação do referencial bibliográfico e as Instituições integrantes do programa. Os resultados do teste de Qui-quadrado, revelaram que há uma relação entre a área temática e a natureza do referencial bibliográfico, bem como entre as Instituições integrantes do programa e o referencial bibliográfico. O levantamento das dissertações e posterior classificação por áreas temáticas e instituições permitiram identificar que a UnB concentra o maior número de dissertações defendidas (47%). Quanto à área temática, observa-se que a UnB desenvolve trabalhos em maior quantidade voltados aos usuários externos e as demais instituições têm como foco os usuários internos. Os mapas perceptuais obtidos com a Análise de Correspondência revelam a aproximação das categorias dos referenciais bibliográficos com as instituições integrantes do programa e as áreas temáticas. Para a UnB observa-se uma aproximação com as revistas estrangeiras, livros estrangeiros traduzidos e endereços eletrônicos; a UFPE aproxima-se das dissertações, teses, leis, decretos e normas; a UFPB aproxima-se de anais de eventos nacionais e revistas nacionais; e a UFRN aproxima-se dos anais de eventos estrangeiros,livros estrangeiros e livros nacionais. Quanto às áreas temáticas, observa-se que a área de ensino aproxima-se de revistas nacionais; a área de usuários externos dos livros estrangeiros, revistas estrangeiras, endereços eletrônicos e das leis, decretos e normas; e a área de usuários internos aproxima-se dos anais de eventos estrangeiros, anais de eventos nacionais, livros nacionais, livros estrangeiros e teses. Os resultados apontam que os principais conjuntos de publicações ou canais de disseminação de pesquisas que estão sendo utilizados como fonte de informação para a construção do conhecimento por parte de seus alunos segundo as áreas temáticas são os livros nacionais, as revistas estrangeiras e os endereços eletrônicos, sendo os livros nacionais o referencial predominante em cada área. Verificou-se uma baixa proporção de anais de eventos nacionais e revistas nacionais, dificultando discussões teórico-empíricas contemporâneas veiculadas em publicações dessa natureza. Outro achado foi a baixa proporção de consultas a teses e dissertações, indicando que os mestrandos desse Programa podem estar dando baixa significância a esse tipo de fonte de informação para a construção do saber. REFERÊNCIAS ALVARENGA, Lídia. Bibliometria e arqueologia do saber de Michel Foucault: traços de identidade teórico-metodológica . Ciência da Informação, Brasília, v.27, n.3, p.1-9, 1998.

14

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15

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