Anarquistas, com o aval do Império

June 4, 2017 | Autor: Rafael Sêga | Categoria: Anarquismo
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ANARQUISTAS, COM O AVAL DO IMPÉRIO A romântica utopia da Colônia Cecília, uma experiência anarquista no sul do Brasil que, não fosse a República, teria terras doadas por D. Pedro II POR RAFAEL A. SÊGA

“Nem pátria, nem Deus, nem patrão! Enforquemos o último rei com as tripas do último padre!” Com palavras de ordem como essas, o anarquismo — do grego ánarkhos, “ausente de governo” — se consolidou na Europa com a Primeira Internacional (1864-1876) e tornou-se uma das principais forças do movimento operário mundial até a primeira metade do século XX. Seu âmago é a supressão de tudo que cerceie a liberdade humana. Nesse contexto, ele se organiza como um movimento político contra o Estado e seus principais artefatos ideológicos, tais como a religião, o voto, o direito e a propriedade privada, entendidos como obstáculos para que o homem alcance a felicidade e a liberdade, por meio de uma vida comunitária livre, mas com direitos e deveres comuns. Não podemos confundir, entretanto, o anarquismo libertário com o anarcosindicalismo. Se o anarquismo libertário está mais para uma reflexão filosófica, o anarco-sindicalismo foi influenciado pelo sindicalismo francês e enfatiza a importância dos sindicatos para a construção de uma nova sociedade. Essa corrente ideológica acreditava que os sindicatos serviam como entidades fundamentais na luta pela melhoria de vida do proletariado e pela sua emancipação social. Ela considerava os sindicatos as bases da nova sociedade após a vitória da revolução, na qual a greve geral desempenharia papel fundamental. O anarquismo moderno trilhou, em sua gênese, as mesmas veredas históricas do socialismo e até se confundiu com ele, em alguns momentos. Por exemplo: a “Conspiração dos Iguais”, liderada por FrançoisNoël (Graco) Babeuf (1760-1797), ocorreu no bojo da Revolução Francesa e foi uma das primeiras tentativas de implantação de uma igualdade social dos cidadãos, superando a mera igualdade política, um dos lemas da revolução. O primeiro escritor a teorizar sobre essa igualdade efetiva entre os homens talvez tenha sido o inglês William Godwin (1756-1836), que, em seu tratado de 1793 Enquiry concerning political justice (Indagação sobre a justiça política), assinalou pontos que tomariam corpo no século seguinte. Todavia, o século XIX foi marcado pela separação nítida do anarquismo e do socialismo utópico e científico com as obras teóricas anarquistas de Pierre-Joseph Proudhon (1809-1861), Enrico Malatesta (1853-1932), Piotr Kropotkin (1842-1921), Max Stirner (1806-1856) e, principalmente, Mikhail Bakunin (1814-1876), antagonista de Karl Marx (1818-1883) e um dos fundadores da Associação Internacional de Trabalhadores. Essa era a denominação da Primeira Internacional Operária, que, a partir de 1872, passou a dirigir as organizações operárias de vários países, especialmente da Itália e da Espanha, desarticuladas mais tarde pelo franquismo e pelo fascismo. A atuação nacional mais marcante dos anarquistas possivelmente deu-se na Espanha, onde eles tiveram papel de destaque na Catalunha e na Andaluzia. O regime autoritário e intransigente de Miguel Primo de Rivera (1923-30) colocou na ilegalidade a Confederação Nacional do Trabalho (CNT). Essa organização sindical anarquista reapareceu renovada durante as eleições de 1936, indo contra a crença anarquista no abstencionismo. Foi, aliás, decisiva para o êxito eleitoral da Frente Popular. Durante a Guerra Civil Espanhola (1936-39), a CNT integrou o governo

republicano, mas o antagonismo com os comunistas e a derrota militar da República para os falangistas acarretaram o desbaratamento quase integral do movimento anarquista espanhol. Na verdade, o anarquismo como movimento de massa praticamente desapareceu no período entre as duas guerras mundiais e não conseguiu sobreviver à posterior polarização ideológica da Guerra Fria. No Brasil, as relações de trabalho se preservaram. O imigrante se reinseria como proletário em potencial, fadado a viver na pobreza No continente americano, o anarquismo chegou em fins do século XIX, junto com os imigrantes europeus, particularmente espanhóis e italianos. Não por acaso, houve a fundação da Federação Operária Regional Argentina (FORA), em 1901. Mais adiante, em 1910, começou a ser publicado o jornal Regeneración, pelos irmãos mexicanos Ricardo, Enrique e Jesús Flores Magón. Em Cuba, os anarquistas se fizeram presentes até 1925 por meio da Federação Cubana do Trabalho. Nos Estados Unidos, contudo, a atuação dos anarquistas foi maculada com a execução criminosa dos militantes Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti, em 1927. No final do século XIX, o Brasil recebeu uma grande quantidade de imigrantes, principalmente italianos, saídos de um meio rural para outro. Se na Itália os fundamentos da emigração foram as dificuldades das condições de vida no campo, aqui, tanto nas fazendas de café como nos núcleos coloniais, as relações de trabalho, em linhas gerais, se preservaram, não dando ao processo um caráter inovador. O imigrante se reinseria no Brasil como proletário em potencial, fadado a viver na pobreza. Atraídos pela possibilidade de adquirir suas próprias terras, os imigrantes encontraram uma realidade diferente daquela sonhada. Os fazendeiros, acostumados a lidar com escravos, não dispensaram, na maioria das vezes, tratamento diferenciado para os colonos. Os lavradores, cansados de maus-tratos, tinham duas opções: voltar para seus países de origem ou rumar para as cidades. Nesse período, a população ligada à indústria era pequena. Ainda que existisse uma boa quantidade de fábricas, a verdade é que empregavam pouca mão-de-obra, porque a maioria tinha o caráter de unidade de produção doméstica. Foi nesse meio social que o anarquismo se propagou no Brasil. Filósofos ácratas A primeira tentativa efetiva de implantação do ideário anarquista em terras brasileiras se deu em 1889 com a fundação da Colônia Cecília, na localidade de Palmeira, no Paraná, como iniciativa do jornalista e agrônomo italiano Giovanni Rossi (1856-1943). Ele era um ideólogo e escritor anarquista que havia pedido ao imperador D. Pedro II a instauração de uma comunidade capaz de servir como centro propulsor de um “novo tempo”. Rossi e seus correligionários intitulavam-se “filósofos ácratas”, ou seja, adeptos da “acracia”. Esta palavra deriva do grego akratía e, de acordo com o Dicionário Houaiss, significa “falta de força, impotência para governar, fraqueza” ou “sistema político que nega obediência a qualquer autoridade; anarquia”. Giovanni Rossi nasceu em Pisa, na Itália, em 1856. 14, foi editor do jornal anarquista II Sperimentale (O Experimental). Conheceu, em Milão, em 1888, o músico brasileiro Carlos Gomes, que o instigou a procurar D. Pedro II para levar a cabo suas idéias, com o intuito de instaurar uma utopia baseada no trabalho, na vida e no amor libertários. O imperador atendeu o pedido de Rossi. Escreveu-lhe, oferecendo 300 alqueires a serem ocupados por 250 italianos na região meridional brasileira, na província do Paraná. Na verdade, por trás da aparente “bondade” do imperador estava

o interesse pela colonização. E, de qualquer forma, a doação não aconteceu, porque em seguida à oferta foi instaurada a República brasileira, que nasceu sob a égide militar e não reconheceu concessões de terras outorgadas pelo imperador deposto a estrangeiros. Nem assim Rossi desistiu. Comprou, ele mesmo, a área por meio da Inspetoria de Terras e Colonização. A UTOPIA, NO FALANSTÉRIO DO SAÍ François-Marie Charles Fourier talvez tenha sido, dentre os autores do chamado “socialismo utópico”, o mais audacioso. Nasceu na França, em Besançon. Filho de um comerciante de tecidos, abandonou os confortos pequeno-burgueses para lutar ao lado dos revolucionários em 1789. Dedicou a vida (morreu em Paris, em 1837) à luta pelos avanços sociais, na prática e na teoria. Em 1808 escreveu seu primeiro trabalho de peso, Teoria dos quatro movimentos e dos destinos gerais, no qual defendia a ideia de uma ordem social natural, paralela à ordem física do Universo, cuja evolução máxima seria uma sociedade perfeita. Na primeira década do século XIX, Fourier pôde se dedicar mais à literatura, após receber uma herança. Logo em seguida publicou Tratado da associação agrícola doméstica (1822), em que expôs a noção de “falanstérios”, comunidades claramente inspiradas nas abadias medievais e que deveriam ser constituídas por aproximadamente oito centenas de pessoas de cada sexo, nas quais as formas de amor seriam exercidas sem repressão, as crianças educadas de acordo com suas aptidões e a contraposição entre trabalho e satisfação desapareceria. Apesar das críticas de Marx a Fourier, sua doutrina política antecipou muitos ideais libertários do século XIX, inspirando algumas cooperativas que foram estabelecidas nos continentes europeu e americano, inclusive uma no Brasil. Em 1842, um grupo de franceses se fixou na região do Saí, hoje município de São Francisco do Sul, Santa Catarina, com a finalidade de fundar um falanstério. A experiência foi organizada por Benoît Jules Mure, um dos precursores da homeopatia no Brasil. Os colonos foram recrutados em Paris, com a finalidade de montar a Colônia Industrial Francesa, banhada pelos rios Saí-Guaçu e Saí-Mirim. Ela, de acordo com os planos, deveria se transformar numa “metrópole da renovação social”, longe dos problemas que a Europa atravessava na época. O objetivo era provar que o ser humano poderia construir uma sociedade mais justa, desde que fosse mais bem orientado. A iniciativa fracassou, mas a maioria das famílias francesas atraídas pelo sonho inicial, como os Ladoux, Rainert e Devoisin, permaneceu no distrito, contribuindo para o desenvolvimento político-social da região. Na parte continental do município de São Francisco do Sul, encontra-se até hoje o distrito do Saí, composto pelas localidades de Torno dos Pintos, Estaleiro e Vila da Glória. Estrutura precária Os colonos começaram a chegar em 1891, vindos, na maioria, do norte da Itália, atraídos pela possibilidade de acesso à terra. Ao final daquele ano, a Colônia Cecilia já comportava quase três centenas de pessoas, inclusive o próprio Rossi. Sobre isso, Maurício Monteiro Filho esclarece: “Essa explosão populacional superava em muito a estrutura disponível, que se resumia a cerca de 20 casas de madeira e um barracão comunitário. Nessa época, a lavoura e a pecuária ainda não produziam o suficiente para a subsistência de tal contingente. Além disso, grande parte dos recémchegados era de origem operária e não tinha conhecimentos agrícolas para implementar uma produção em maior escala”. O resultado foi o primeiro revés da colônia, com a partida de sete famílias.

A primeira desagregação levou à necessidade de reestruturar a Colônia, que ficou reduzida, em fins de 1891, a apenas 20 pessoas, quando veio outra leva de colonos para lhe dar novo alento. O ano seguinte pode ser considerado o apogeu da breve história da Colônia Cecilia, que terminou 1892 com 64 pessoas, dois poços e uma estrada de acesso. Nessa época, os colonos começaram a vitivinicultura e a fabricação de sapatos e barricas. Os sapateiros oriundos da Colônia Cecília exerceram, posteriormente, papel de liderança no movimento operário paranaense. As desilusões da Colônia Cecília foram inevitáveis e, a partir de 1891, começou a migração dos primeiros desencantados para Curitiba. Eram intelectuais, professores, médicos, engenheiros e operários de Milão, além de camponeses da região lombarda italiana. Eles fundaram a Sociedade Giuseppe Garibaldi, que acolheu todas as iniciativas de mobilização trabalhista, naquela cidade, a capital do estado, onde havia corporações de sapateiros. Cada corporação reunia mais de 80 profissionais, sob a liderança de Diego Muggiati, Biezo Fabiani e Severo Arturi. Esses italianos atraíram um integrante da Colônia Cecília, Carlos Torti, por meio de Ferdinando Patitucci e Domingos Fráximo. Torti passou a morar em Curitiba, onde se integrou ao grupo e atuou na arregimentação de companheiros para a causa das necessidades operárias. Na liderança sindical representou a Liga dos Sapateiros, com sede no Alto do São Francisco (região no centro de Curitiba, onde as organizações operárias se estabeleceram), nos idos de 1906, no primeiro grito de protesto da categoria profissional contra o estado de carestia em que viviam. Participou e liderou a greve pró aumento de 25%. Esse ano foi decisivo na elaboração de uma frente de aglutinação dos trabalhadores paranaenses, graças à fundação da Federação Operária Paranaense (FOP), com sede na Sociedade Garibaldi. A Liga dos Sapateiros participou da iniciativa. LEMBRANÇAS DE QUEM VIVEU A HISTÓRIA “Os Gattai foram alojados provisoriamente no barracão coletivo construído pela primeira leva. Nos dias que se seguiram, cada família tratou de construir sua própria morada. Papai nos contara que a tentativa de Giovanni Rossi durou quatro anos (1890 a 1894). A família Gattai permaneceu lá [na Colônia Cecília] apenas dois anos, não se adaptou e, em 1892, pais e filhos partiram para São Paulo.” (Zélia Gattai, em Anarquistas, graças a Deus) “Acredito que Giovanni Rossi legou um grande exemplo ao homem do futuro: sua obra, teorias e a própria vida em busca da verdade e de um ideal. Para Rossi, o anarquismo não era uma essência, ou ideologia a ser aplicada de forma imediata, mas a busca incessante do bom, do belo e do perfeito, apesar de saber que estas virtudes no homem e em sua sociedade não seriam facilmente alcançadas.” (Cândido de Mello Neto, médico, descendente direto dos imigrantes da Colônia Cecília) Sonho desfeito Bem antes, porém, a Colônia Cecília deu sinais de esgotamento. Na verdade, esses indícios estavam claros em 1893. As razões são alinhadas por Maurício Monteiro Filho: “A grande demanda por mão-de-obra e a expectativa de melhores condições de vida nas cidades vizinhas fizeram com que muitos abandonassem o local e partissem para Palmeira, Porto Amazonas, Ponta Grossa e Curitiba. Mesmo após sua saída, algumas famílias continuaram chegando à Colônia, em razão da forte propaganda difundida pelos veículos da imprensa socialista européia. Esse movimento, no entanto, não foi suficiente para sua manutenção, e ela se extinguiu por volta de abril de 1894”.

Para Miguel Sanches Neto, um dos tradutores de alguns escritos de Giovanni Rossi, a principal razão da desagregação da Colônia Cecilia foi o fato de que os colonos encontravam facilidade de acesso à terra. “Como era composta por poucos anarquistas convictos e por colonos recém-convertidos, de olho na melhoria econômica da própria família, estes logo deixavam a Colônia e se estabeleciam na região.” Já Helena Isabel Mueller, que tem uma tese de mestrado na Universidade de São Paulo a respeito, acredita que a carestia e a falta de consistência ideológica de alguns colonos contribuíram para o fracasso da experiência. “Não era possível sobreviver em meio à miséria, mesmo em nome de um ideal. Até porque esse ideal pressupunha uma vida prazerosa e, na miséria, não há prazer que sobreviva.” Para Giovanni Rossi o problema era outro: a permanência da estrutura familiar. “No seio do parentesco, ordinariamente, os defeitos são tolerados, os quais, ao contrário, se condenam acerbamente nos outros. Estamos convencidos de que só quando a molécula doméstica — a família — estiver decomposta nos seus átomos constituintes a propriedade dos meios de produção voltará ao clã, mas o clã será o gênero humano. Sem oposições à completa autonomia individual, só então corresponderá necessariamente à solidariedade econômica e à liberdade política, o que para nós é como dizer: comunismo e anarquia.” Após três anos na Colônia Cecília, ele mesmo acabou desistindo e, em 1893, abandonou o Paraná e foi lecionar agronomia em Taquari, no Rio Grande do Sul. Mais tarde se transferiu para Santa Catarina, onde dirigiu a estação agronômica estadual. Retornou à Itália em 1907, para retomar a atividade profissional como vitivinicultor, até sua morte, em 1943. Apesar do aparente fracasso do projeto anarquista mais amplo de que se tem notícia, no Brasil, a atuação política de alguns de seus líderes foi fundamental para conquistas da classe trabalhadora. A ideologia que defendiam predominou como base de organização do proletariado urbano brasileiro durante a Primeira República, como instrumento de intensificação da luta política e de incremento das reivindicações por melhores condições de vida. Multiplicaram-se pelo país ligas e uniões, sociedades de resistência, socorros mútuos, caixas, clubes, associações, corporações, federações e confederações, como formas de organização dos operários. De caráter beneficente, recreativo ou de luta por direitos, todas serviram como veículos de propagação de idéias e de afirmação de classe. Além disso, os imigrantes e seus descendentes ainda contribuíram de maneira decisiva com a implantação de uma imprensa voltada aos interesses do proletariado, lançando títulos como L'Avvenire (São Paulo, 1894), II Risveglio (São Paulo, 1898), II Diritto (Curitiba, 1899), L' Asino Umano (São Paulo, 1893), L'Operario (São Paulo, 1896), La Battaglia (São Paulo, 1904). A circulação da doutrina, em sua corrente anarco-sindicalista, foi o mais importante fator na organização do operariado brasileiro até a década de 20, com o surgimento do Partido Comunista do Brasil. RAFAEL SÊGA é historiador GLOSSÁRIO Primeira Internacional: nome pelo qual ficou conhecida a Associação Internacional dos Trabalhadores, criada em 1864 em Londres. Reuniu entre seus fundadores os principais líderes sindicais franceses e ingleses.Com estatutos redigidos por Karl Marx, marcou a separação entre marxistas e anarquistas. Foi extinta em 1876.

François-Noël Babeuf, (1760-1797): revolucionário francês, também chamado Gracchus,ou Graco. Fundador de uma variante do comunismo conhecida como babovismo. Miguel Primo de Rivera y Orbaneja (1870-1930): militar e político espanhol. Seu governo intransigente e autoritário,de 1923 a 1930,antecedeu a Guerra Civil Espanhola. Alçado ao poder pelo golpe de Estado de setembro de 1923, Miguel Primo de Rivera dissolveu o Parlamento e suspendeu as garantias constitucionais. Apesar de a monarquia ter sido mantida,o rei Alfonso XIII tornou-se apenas um títere.Tomou para si o comando militar no protetorado do Marrocos e obteve alguma popularidade quando conseguiu pôr fim à guerra em 1927, com a vitória da Espanha.Também obteve sucesso na solução de questões trabalhistas e na realização de obras públicas Na tentativa de criar um partido forte, de apoio a seu regime e fiel às tradições espanholas, fundou a União Patriótica, mas não atingiu seu objetivo. Mesmo tendo promovido algumas melhorias importantes, Miguel Primo de Rivera provocou descontentamento geral e revolta com sua atitude autoritária. Seu regime, no entanto, conseguiu resistir a três tentativas de golpe em 1926 e tomou-se cada vez mais intolerante com a oposição. Quando o Exército, sua principal fonte de poder, recusouse a apoiá-lo, em 1930, Miguel Primo de Rivera foi forçado a renunciar e exilou-se em Paris, onde morreu em 16 de março do mesmo ano. PARA SABER MAIS

Hasui, Marta & Sêga, Rafael A. O papel político dos sapateiros, Curitiba 1890-1907. Curitiba: Monografia para conclusão da graduação em História, UFPR, 1992. Mello Neto, Cândido. O Anarquismo Experimental de Govanni Rossi; de Poggio al Mare à Colônia Cecília. Ponta Grossa: Editora da UEPG, 1997. Monteiro Filho, Maurício. Memória anarquista. (Disponível em forma de mídia eletrônica: http://www.reporterbrasil.com.br/reportagens/cecilia/iframe.php). Rossi, Giovanni. Colônia Cecília e outras utopias. Curitiba: Imprensa Oficial, 2000.

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