Aniversário de 10 anos

June 3, 2017 | Autor: Adilson Ramos | Categoria: Dentistry
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Descrição do Produto

Editorial

Aniversário de 10 anos Quando escreveu seu primeiro editorial, em setembro de 1996, Dr. Laurindo Furquim discorreu sobre a evolução da Dental Press, empresa criada seis anos antes com o objetivo inicial de traduzir artigos estrangeiros para os ortodontistas, além de oferecer apoio àqueles que necessitassem de pesquisas bibliográficas. Naquele editorial, ainda, refletia sobre o amadurecimento conquistado com a experiência anterior: “Esta será uma publicação destinada à comunidade ortodôntica e demais interessados, com o objetivo de compartilhar conhecimentos, divulgar experiências clínicas e publicar resultados de pesquisas, dentro de uma busca constante pelo aprimoramento de uma especialidade que reúne, em si mesma, arte e ciência. Durante todos estes anos a Dental Press utilizou seus veículos de comunicação para a divulgação da ciência ortodôntica. Continuará com esta conduta editorial, porque acredita na liberdade de expressão de várias correntes existentes e no debate aberto que fomenta a investigação”. O desafio estava lançado! Todos os envolvidos naquele momento iniciaram uma corrida em busca do melhor conteúdo, edição após edição. Passados 7 anos, Prof. Furquim, avaliando o meu amadurecimento, como um dos membros do conselho editorial desde o início, nomeou-me Editor. Que responsabilidade! Aceitei aquele novo desafio, impulsionado pelo anseio de alcançar patamares ainda mais altos para a Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial. Em meu primeiro editorial (set./out./2003) escrevi: “Consciente da transparência de decisões que minha função exige, espero corresponder às expectativas da classe ortodôntica nacional e promover, nessa publicação, as mudanças necessárias, tendo em mente a importância de conservar o que já foi consagrado”. Juntamente com uma maravilhosa equipe, de diagramadores, revisores, conselheiros etc, seguimos a política exaltada no primeiro número com todo afinco. E, gradualmente, pudemos aumentar o rigor das revisões, agilizar o fluxo editorial, formatá-la cada vez melhor, segundo padrões internacionalmente reconhecidos, e há quase um ano o trabalho de todos nos rendeu a sonhada inclusão na coleção SciELO! Hoje, portanto, o que foi escrito no primeiro editorial da Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial pelo Prof. Furquim cumpre-se ipsis litteris e mais: com acesso livre a todos os interessados e sem fronteiras. Nesta edição comemorativa temos, como Tópico Especial, um artigo sobre a análise facial subjetiva, reforçando a aplicabilidade clínica deste padrão de diagnóstico. Como entrevistado, temos a satisfação de apresentar o Professor Hugo Trevisi, que tem levado a Ortodontia brasileira para todos os rincões deste planeta, por meio da divulgação da filosofia MBT e, mais recentemente, da incorporação de um novo braquete de auto-ligação. Na seção “O que há de novo na Odontologia”, questiona-se a superioridade do uso do fio dental como auxiliar na higiene bucal, comparado ao uso de bochechos anti-microbianos. Também é apresentada uma curiosa pesquisa sobre as razões da existência do mento na estrutura mandibular, estrutura esta criada durante a evolução da espécie, mas que não mostrou-se mecanicamente útil.

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Recebendo o “selo do editor” nesta edição, o artigo sobre os efeitos do aparelho Herbst na dentadura mista aponta os resultados que podem ser esperados para esta fase, salientando o forte componente dentoalveolar, e apresenta uma rica discussão sobre qual a fase mais clinicamente interessante para este tipo de correção. Qual é o prognóstico do comportamento gengival quando protruímos os incisivos inferiores? Yared, Zenobio e Pacheco discorrem sobre este tema, apresentando uma revisão crítica da literatura que aponta as principais variáveis envolvidas. Mais uma vez mostramos nossa preocupação quanto ao custo biológico do tratamento ortodôntico, ao selecionarmos o artigo que aponta o uso de dentifrícios contendo flúor-xilitol para o controle da placa bacteriana e da gengivite em pacientes jovens. Principalmente voltado para os praticantes da técnica do arco segmentado, o estudo sobre alça “T” de Thiesen et al. apresenta as variações das proporções momento/força e carga/deflexão para dois tipos de desenhos, com e sem pré-ativação, para dois calibres de fio retangular, de aço e de beta-titânio. No tema diagnóstico, são incluídos, ainda, um artigo sobre o comportamento do plano palatino em relação à base do crânio em pacientes normais e dois artigos sobre as características ântero-posteriores, dentárias e cefalométricas, na fase da dentadura decídua. Ainda é abordado, em dois estudos, o uso dos métodos de avaliação da maturidade esquelética, incluindo o método digital e convencional do índice de Grave-Brown, e uma comparação quanto ao uso do índice carpal versus o vertebral. O fator estabilidade é motivo de preocupação constante em nossos consultórios. Será que as extrações de pré-molares melhoram o prognóstico? Qual a influência da curva de Spee na manutenção da correção vertical? Dois trabalhos do Departamento de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru trazem à tona mais evidências sobre estes temas. Uma avaliação da superfície da porcelana após a descolagem de braquetes aponta as melhores combinações de tempo de condicionamento com o ácido fluorídrico, bem como o uso do silano. Por fim, um oportuno trabalho sobre os limites da distribuição de tarefas aos auxiliares, no consultório ortodôntico, discorre sobre o tema e apresenta um levantamento do que se tem praticado na região de Goiânia. Finalizo este editorial com o mesmo entusiasmo do lançamento da Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial em setembro de 1996. Tenho a convicção de que toda a equipe compartilha deste sentimento de busca incansável pelo melhor, edição após edição. Impulsionados pelo respaldo de nossos leitores e amigos colaboradores, teremos mais e mais motivos para comemorar. Parabéns pelos 10 anos de muito trabalho e do merecido sucesso! Feliz aniversário! Adilson Ramos Editor

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Novos Produtos

TP Orthodontics lança braquete Nu-Edge À primeira vista, os braquetes NuEdge parece ter um design familiar de mini braquetes. No entanto, uma avaliação mais minuciosa mostrará os aperfeiçoamentos que foram feitos. A nova tecnologia encontrada neste braquetes estabelecerá novos padrões para todos os braquetes ortodônticos no futuro. *Com ou sem slot vertical; * Resistente à corrosão; * Força de colagem muito mais intensificada; * Propriedades de fricção aperfeiçoadas; * Teor de níquel muito reduzido. A maioria dos aços inoxidáveis utilizados na manufatura dos braquetes ortodônticos contém entre 8% e 10% de níquel. Os braquetes Nu-Edge são fabricados com liga de cromo-cobalto essencialmente sem níquel. Os slots verticais dos braquetes NuEdge aceitam acessório

de tamanho até 0,018”. Uma opção a mais que pode simplificar e reduzir o tempo de tratamento. Enquanto alguns aços inoxidáveis são razoavelmente resistentes à corrosão, eles nem se comparam à liga CO-Cr. Mesmo os lançamentos mais recentes, fabricados com aço inoxidável PH 17-4, mostraram um potencial imenso de corrosão. Com o braquete Nu-Edge, o torque não é cortado em direção à face, mas é fundido na base. Está é uma ca-

racterística muito importante, não encontrada em todos os mini braquetes. O torque fundido na base auxilia na diminuição da altura do perfil do braquetes e assegura o nível do alinhamento do slot. Na prática clínica, nem sempre é possível conservar uma base de braquetes limpa e livre de umidade antes da colagem. A nova tecnologia Primekote é virtualmente inafetada pela contaminação por umidade. Demonstramos a superioridade do Primekote na colagem, mesmo num ambiente úmido. O Primekote aumenta a aderência do material de colagem à base do braquete, resultando em transferência máxima do produto da superfície do dente durante a descolagem.

Maiores informações: 0800-7743400 www.tportho.com

Morelli lança adesivo ortodôntico OrthoBond OrthoBond Morelli é um adesivo ortodôntico fotopolimerizável de alta performance, desenvolvido para colagem de braquetes, tubos e demais acessórios ao esmalte dentário. A formulação do OrthoBond Morelli oferece ótima consistência para o posicionamento de braquetes metálicos, cerâmicos e compósitos, oferecendo praticidade e segurança ao ortodontista. Maiores informações www.morelli.com.br

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Acontecimentos

Grupo de professores de Ortodontia UNESP Araraquara e GESTOS/FAMOSP brilham no Congresso Americano de Las Vegas/USA A Ortodontia da Faculdade de Odontologia - UNESP e GESTOS/FAMOSP, com seu grupo carinhosamente denominado “Grupo de Professores da Ortodontia de Araraquara”: Prof. Ary dos Santos Pinto, Prof. Dirceu Barnabé Ravelli, Prof. João Roberto Gonçalves, Profª. Lídia Parsekian Martins, Prof. Luiz Gonzaga Gandini Jr. e a Profª. “Voluntária” Márcia Regina E. Ap. S. Gandini, além dos instrutores Dra. Carolina Chan Cirelli, Dr. Helder B. Jacob e Dr. Renato P. Martins, uma vez mais busca e leva os seus conhecimentos além das fronteiras brasileiras. Novamente, participando do evento de maior projeção na Ortodontia mundial, o Congresso da Associação Americana de Ortodontia (AAO) sediado em Las Vegas/ USA, o grupo se destacou em vários aspectos. Anualmente a AAO convida a ministrar temas atuais da Ortodontia professores que têm se destacado no meio ortodôntico nos últimos tempos, além da sessão de temas livres e painéis científicos. A apresentação de uma das conferências de 40 minutos como parte do corpo principal do congresso, proferida pelo professor Gandini (Fig. 1) sobre um dos temas que tem projetado o grupo, Biomecânica Ortodôntica e Técnica do Arco Segmentado de Burstone, foi o ponto de destaque dessa participação. Outro aspecto foi a apresentação de 11 “poster boards” (Fig. 2, 3, 4) na seção de painéis, destacando os trabalhos clínicos e pesquisas desenvolvidos no Departamento de Clínica Infantil da FOAr - UNESP.

Parabéns a esse coeso grupo, que vem trabalhando há anos em prol de uma Ortodontia mais científica e em busca de resultados com excelência para seus pacientes.

FIGURA 1

FIGURA 2

FIGURA 3

FIGURA 4

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Acontecimentos

Defesa de Tese de Doutorado na Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP Foi realizada, no dia 7 de julho, na Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP, a defesa de tese de doutorado intitulada “Estabilidade da cirurgia ortognática combinada de maxila e mandíbula para tratamento da maloclusão de Classe III”, apresentada pelo candidato Fernando Antonio Gonçalves. Da esq. p/ dir: Prof. Dr. Roberto Henrique Barbeiro (FOAr-UNESP/ Araraquara), Prof. Dr. Élio Scavone Júnior (UNICID/São Paulo), Profa. Dra. Maria Beatriz Araújo Magnani (FOP-UNICAMP), Profa. Dra. Vânia Célia Vieira de Siqueira - orientadora (FOP-UNICAMP), o candidato Fernando Antonio Gonçalves e Prof. Dr. Darcy Flávio Nouer (FOP-UNICAMP).

Defesa de Tese de Doutorado na Universidade Federal de São Paulo Dr. José Luis Gonçalves Bretos (mestre em Ortodontia) defendeu tese de doutorado, intitulada “Comportamento sagital e vertical da maxila na expansão rápida assistida cirurgicamente, utilizando expansores tipos Hyrax e Haas”, no último dia 2 de junho, apresentada à Universidade Federal de São Paulo - Disciplina de Cirurgia Plástica - setor de Cirurgia Crâniomaxilo-facial. Da esquerda para a direita os professores que participaram da banca examinadora: Prof. Dr. Eduardo Kazuo Sannomiya, Dr. José Luis G. Bretos, Profª. Dra Anelisa Bittencourt Campaner, Prof. Dr. Max Domingues Pereira (orientador), Prof. Dr. José Benedito Dias Lemos e Prof. Dr. Claudio Costa.

Defesa de Tese de Mestrado na UNESP/São José dos Campos Jefferson Luis Oshiro Tanaka defendeu tese de dissertação de mestrado (Biopatologia Bucal Área Radiologia Odontológica) intitulada “Estudo da relação entre a análise de maturação das vértebras cervicais por meio de medidas em radiografias cefalométricas laterais e a curva de crescimeno ósseo” na UNESP São José dos Campos. Profa. Associada Emiko Saito Arita (FO-USP), Prof. Adjunto Julio Cezar de Melo Castilho (FOSJC-UNESP), orientador Prof. Titular Edmundo Medici Filho (FOSJC-UNESP), candidato CD Jefferson Luis Oshiro Tanaka e sua noiva, mestre Evelise Ono.

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Cursos

e

Eventos

16º Congresso Internacional de Odontologia Data: 14, 15 e 16 de setembro de 2006 Local: Ponta Grossa / PR Informações: [email protected] www.abopg.com.br (42) 3224-0556

Reservas: Léa Turismo - (16) 3333.5189 Falar com Lea ou Giovanna

X Encontro AOA - Associação de ex-alunos de Ortodontia de Araraquara I Encontro Internacional Prof. Dr. Joel Claudio da Rosa Martins Data: 28, 29 e 30 de setembro de 2006 Local: Bonito / MS - Zagaia Blue Tree Hotel Informações: (16) 3322-7833 (Adriana) (16) 3333-5189 (Léia/Giovana)

Inscrições: Adriana - (16) 3322.7833

15º Congresso Brasileiro de Ortodontia - spo Data: 4 - 7 de outubro de 2006 Local: Anhembi - São Paulo / SP Informações: www.orto2006spo.com.br [email protected] (11) 5574-7966 / fax: (11) 5573-6334

2º Encontro Catarinense de Cirurgia Ortognática para ortodontistas Data: 20 e 21 de outubro de 2006 Local: Florianópolis / SC Professor convidado: Leopoldino Capelozza Filho Informações: [email protected]

Iii Congresso Internacional de Odontologia de Santa Catarina - Iii Ciosc Data: 9, 10 e 11 de novembro de 2006 Local: Florianópolis / SC informações: [email protected] www.ciosc.com.br (48) 3222-1276 / (48) 3222-5657

37º Encontro do Grupo Brasileiro de Professores de Ortodontia e Ortopedia Data: 22 a 25 de novembro de 2006 Local: Porto de Galinhas / PE informações: (81) 2126-8813 / 9975-7707 www.grupo.odo.br [email protected]

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O

que há de novo na

Odontologia

Jorge Faber*

O uso de bochechos antimicrobianos é superior ao fio dental no controle da placa Índices de sangramento papilar e de placa proximal dos grupos foram colhidos por um mesmo examinador e comparados estatisticamente. Os resultados do trabalho mostram que o uso de qualquer uma das duas soluções testadas é melhor que o uso do fio dental, ou nenhum uso deste, na redução da placa interproximal. Por sua vez, o sangramento papilar apresentou um resultado diferente. Todos os grupos teste não diferiram entre si, mas diferiram do grupo controle, pois exibiram menor sangramento. O efeito colateral encontrado foi a pigmentação dos dentes e língua nos grupos que fizeram bochechos. Esses resultados indicam que o uso das soluções testadas foi clinicamente igual ou superior ao uso do fio dental. Ainda que isso não signifique que devemos trocar a prescrição do fio pelo bochecho, mostra que pacientes com grande dificuldade de higienização, possivelmente, se beneficiariam com a implementação dessas soluções. Estudos dessa natureza precisam ser feitos com pacientes ortodônticos e seriam interessantes temas de dissertações e teses.

O uso do fio dental todos os dias é de grande importância para redução da gengivite papilar e cárie interproximal. Entretanto, estudos representativos indicam que não mais que 10% a 15% das pessoas realmente usam o fio dental diariamente. Dessa forma, uma busca muito válida é por alternativas ao uso do fio dental que se enquadrem melhor na dinâmica da vida das pessoas, levando a maior aderência ao controle da placa. Possivelmente uma saída para o problema é o desenvolvimento de soluções para bochecho diário que atinjam adequados índices de controle de placa, com baixos ou nenhum efeito colateral. Essa idéia norteou um grupo de pesquisadores da Alemanha a comparar o uso de soluções de antimicrobianos para bochecho diário com o uso do fio dental, que publicaram os achados de seu estudo no Journal of Periodontology1 em agosto de 2006. Os autores estudaram quatro grupos de 39 indivíduos cada, que não faziam uso de aparelho ortodôntico fixo. O primeiro escovou os dentes e fez bochecho com solução de clorexidina (0,06%) e fluoreto (0,025%); o segundo escovou os dentes e bochechou com cloreto de cetilperidínio (0,1%) e fluoreto (0,025%); o terceiro escovou os dentes e usou fio dental; por fim, o quarto grupo serviu como controle e apenas escovou os dentes.

1.

ZIMMER, S. et al. Clinical efficacy of flossing versus use of antimicrobial rinses. J Periodontol, Chicago, v. 77, no. 8, p. 1380-85, 2006.

A biomecânica mandibular e o desenvolvimento do mento humano A presença do mento é uma característica atribuída exclusivamente ao Homo sapiens. O mento possui importante participação na estética da face e é uma aquisição relativamente recente no desenvolvimento da espécie – possui pouco mais de 10 mil anos. Antropologistas e anatomistas têm discutido, há muito tempo, sobre quais seriam as eventuais pressões de seleção que teriam culminado com o desenvolvimento dessa estrutura anatômica e pouca concordância existe a esse respeito. Já se sugeriu que o mento possui participação importante na distribuição das forças ao longo do osso durante a mastigação. Porém, essa hipótese ainda não havia sido testada. Pesquisadores da Nova Zelândia tomaram para si essa tarefa e publicaram seus resultados no Journal of Dental Research2. Os autores utilizaram os arquivos Dicom de uma tomografia computadorizada para modelar uma mandíbula dentada 3-D. Utilizando um programa convencional de computação gráfica, foram criados os alvéolos dentários pela subtração da área ocupada pelas raízes da área total da mandíbula. A seguir, os autores criaram uma mandíbula sem mento, pela modelagem de uma mandíbula anterior-

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mente obtida. Foram simuladas mordidas na região dos incisivos e molares em um modelo de elemento finito. Os resultados mostram que a mandíbula que possui o mento não exibe vantagens biomecânicas sobre aquela desprovida dessa área. Os estresses dissipados ao longo do osso não diferiram entre os dois modelos. Assim, não foi possível indicar possíveis fatores contribuidores para a geração dessa estrutura. É interessante notar que, durante a especiação, ou seja, o desenvolvimento de uma espécie, nem todas as estruturas anatômicas que se formam necessariamente desempenham alguma função. É possível que o mento seja uma área que se desenvolveu casualmente em nossa espécie e permaneceu porque, embora não traga qualquer vantagem funcional, não causa nenhum prejuízo. 2.

ICHIM, I.; SWAIM, M.; KIESER, J. A. Mandibular biomechanics and the development of the human chin. J Dent Res, Chicago, v. 85, no. 7, p. 638-42, 2006.

* Doutor em Biologia - Morfologia, Laboratório de Microscopia Eletrônica da Universidade de Brasília. Mestre em Ortodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Clínica privada focada no atendimento de pacientes adultos.

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Entrevista Por volta dos anos 80, como Presidente da Sociedade Paulista de Ortodontia, tive a oportunidade de conhecer o professor Hugo J. Trevisi e vislumbrar as qualidades inatas de liderança, criatividade, dedicação, de trabalho contínuo na busca da excelência em Ortodontia. Naquele tempo, o professor Trevisi já formava dupla com o professor McLaughlin, tendo este último ministrado um curso na cidade de Presidente Prudente à convite do primeiro. Feliz acontecimento, pois a partir desse evento surgiu uma união profissional que originou uma experiência ortodôntica ímpar para o desenvolvimento da Ortodontia brasileira e internacional. Podemos afirmar que o professor Hugo J. Trevisi é um dos principais, ou senão o principal responsável pela introdução e desenvolvimento da técnica ortodôntica com aparelhos préajustados no Brasil. Nas décadas de 80 e 90, o professor Trevisi coordenou inúmeros cursos para brasileiros, nos Estados Unidos, enfocando a técnica Straight Wire, divulgando e preparando, nesse campo, muitos professores patrícios. Dessa maneira, a técnica com aparelhos pré-ajustados teve condições de desenvolver-se, no Brasil, de maneira significativa. A trajetória de vida profissional do professor Trevisi, com certeza, foi pautada por sacrifícios pessoais, dedicação contínua e desprendimento, os quais são fatores fundamentais para o sucesso pessoal e, principalmente, para a contribuição científica decorrente, em prol das coletividades, brasileira e internacional, no campo ortodôntico. O emérito professor ministra, de maneira incansável, cursos por todas as regiões deste planeta, divulgando os seus conhecimentos e demonstrando a presença brasileira na estrutura de uma filosofia de tratamento internacional (Filosofia de tratamento MBT), engrandecendo a Ortodontia, como ciência, de uma maneira insofismável. O professor Trevisi fundou um centro de estudos ortodônticos (referência no Brasil), na cidade de Presidente Prudente, coordena um curso de especialização na regional da APCD e desenvolve trabalhos importantes na área específica. A técnica Ortodôntica Versátil MBT e o Aparelho Autoligado SmartClip foram idealizados pelos professores J. Bennett, Richard McLaughlin e Hugo Trevisi. Esta tecnologia, que dá sustentação à filosofia de tratamento MBT, é de importância capital para a formação dos ortodontistas, uma vez que os autores conseguiram facilitar o trabalho de correção das más oclusões dentárias, produzindo uma biomecânica compatível com os níveis científicos atualizados e com possibilidades de alcance das metas ideais de tratamento. Este fato e o trabalho dos autores supra-citados, por si só, recomendam o nome do professor Trevisi como um dos profissionais de relevo dentro da ciência de Angle. Estamos apresentando, formalmente, nesta entrevista, um digno e ilustre companheiro das lides ortodônticas neste Brasil, que a nosso ver, representa uma personalidade marcante na história da Ortodontia brasileira. Prof. Dr. Julio Wilson Vigorito

Hugo J. Trevisi

Dr. Hugo J. Trevisi recebeu sua formação ortodôntica na Faculdade de Odontologia de Lins/SP, em 1979. Desde então, dedica-se à prática ortodôntica em Presidente Prudente, Brasil. Dr. Trevisi é coordenador do curso de Especialização em Ortodontia da APCD – Regional de Presidente Prudente, é Professor do Curso de Especialização em Ortodontia da ABCD/MT, Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia da Universidad del Desarrollo no Chile e ministra vários cursos na América do Sul, América Central, EUA, Canadá, Europa, Ásia e Emirados Árabes. Dr. Trevisi tem mais de vinte e cinco anos de experiência com os aparelhos pré-ajustados e tem seu próprio centro de estudos ortodônticos em Presidente Prudente/SP. Juntamente com os doutores Bennett e McLaughlin, Dr. Trevisi é o idealizador da Técnica Ortodôntica Versátil MBT e um dos idealizadores do Aparelho Autoligado SmartClip.

Neste momento de glória desta renomada revista, que completa 10 anos de existência, quero agradecer a oportunidade de, mais uma vez, fazer parte de uma matéria de publicação e, também, quero agradecer aos profissionais que formularam as perguntas por mim respondidas. Nesta oportunidade, espero ter esclarecido tópicos importantes da prática diária dos profissionais, ajudando no engrandecimento da Ortodontia brasileira - Hugo Trevisi.

1) Por ser o senhor um grande conhecedor da Ortodontia praticada em quase todo o mundo, gostaria que situasse a Ortodontia nacional, considerando os aspectos técnicos, científicos e econômicos, quando comparada à de outros países? Reginaldo C. Zanelato A partir da década de 1980, momento em que se deu a introdução dos aparelhos pré-ajustados, a Ortodontia brasileira evoluiu muito, passando a ser

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uma das melhores praticadas no mundo, considerando-se o aspecto técnico e científico. Infelizmente, nos últimos anos, a ciência ortodôntica em nosso país vem decaindo, devido às dificuldades econômicas que estamos vivendo. Tal fato não é positivo, pois quando há empobrecimento, passamos a não nos enquadrarmos mais no contexto mundial e a sermos carentes de novas informações relacionadas à ciência e à tecnologia.

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Entrevista

de atrito: atrito clássico, atrito binding e atrito notching. Os dois últimos atritos são bastante difíceis de controlar na execução das biomecânicas. O atrito clássico ocorre devido às amarras que utilizamos para fixar o arco nos braquetes. O ortodontista tem de usar artifícios criativos no aparelho ligado para eliminar este atrito, pois a mesma faz-se presente em todas as fases do tratamento. Atualmente, tubos bucais de segundos pré-molares associados a tubos especiais de molares são uma boa opção na fase de fechamento de espaços.

2) Excesso de angulação dos braquetes dos dentes anteriores. 3) Posicionamento de braquetes utilizando o eixo vestibular das coroas clínicas como referência.

Adriano Cesar Trevisi Zanelato - Especialista em Ortodontia - ABO-MS; - Mestre em Ortodontia pela UMESP - São Bernardo do Campo (SP); - Professor do Curso de Especialização em Ortodontia APCD de Presidente Prudente (SP); - Professor do Curso de Especialização em Ortodontia - ABCD de Cuiabá (MT).

18) Sei da sua experiência com relação a exodontias de segundos molares como opção de tratamento. Gostaria que você justificasse quando devemos lançar mão deste recurso. Jurandir A. Barbosa A exodontia de segundos molares é uma boa opção de tratamento para determinadas más oclusões. As opções de tratamento para se fazer uso de extrações de segundos molares são: - Más oclusões de Classe II, extraindo-se os segundos molares superiores. - Más oclusões de Classe III com pequena mordida aberta, extraindo-se os segundos molares inferiores. - Más oclusões de Classe I com pequena mordida aberta, extraindo-se os quatros segundos molares. Quaisquer que sejam as opções utilizadas, devese considerar a idade ideal do paciente, que deve ser de 12 a 15 anos idade, momento em que se inicia a formação radicular dos terceiros molares, com forma e tamanho de coroa bem definidas.

Flávio Vellini-Ferreira - Doutor, Livre-Docente e Professor Associado pela USP; - Coordenador do Curso de Mestrado em Ortodontia da Universidade Cidade de São Paulo – UNICID; - Diretor do Centro de Treinamento Odontológico e Coordenador dos Cursos de Pós Graduação em Ortodontia do Instituto Prof. Flávio Vellini; - Member of the MBT Global Group; - Autor do Livro ORTODONTIA - Diagnóstico e Planejamento Clínico Ed. Artes Médicas 6ª Edição e 2ª Edição em Espanhol. Jurandir A. Barbosa - Mestre em Ortodontia pela USP-Bauru; - Professor coordenador do curso de especialização em Ortodontia da A.C.D.C - Campinas; - Professor na S.L.Mandic - Campinas; - Presidente do Grupo Straight Wire - Brasil. Reginaldo C. Zanelato - Especialista e Mestre em Ortodontia; - Professor do Curso de Especialização de Ortodontia da APCD de Presidente Prudente; - Professor do Curso de Especialização de Ortodontia da ABCD de Cuiabá; - Professor do Curso de Pós-graduação de Ortodontia da Universidad del Desarrollo de Concepción – Chile; - Coordenador do Curso de Especialização de Ortodontia da INAPÓS de Presidente Prudente.

19) O “efeito montanha russa” é um efeito colateral do Straight-Wire tradicional e, em algum momento, foi dito no livro do Dr. McLaughlin que era provocado pelo uso de forças pesadas. Qual sua opinião sobre este efeito? Jurandir A. Barbosa Em minha opinião, o “efeito montanha-russa” causado nas biomecânicas ortodônticas relacionase a três fatores: 1) Excesso de força aplicada nas biomecânicas ortodônticas.

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Ricardo Moresca - Especialista em Ortodontia – UFPR; - Mestre em Ortodontia – UMESP; - Doutor em Ortodontia – FOUSP; - Professor do Departamento de Anatomia da UFPR; - Professor da Disciplina de Ortodontia Preventiva e do Curso de Especialização em Ortodontia da UFPR; - Professor da Disciplina da Odontologia da Infância e da Adolescência e do Curso de Especialização em Ortodontia da UFPR; - Professor do Curso de Especialização em Ortodontia da ABO - Guarapuava; - Secretário Geral da Associação Paranaense de Ortodontia.

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Artigo Inédito

Efeitos dentoesqueléticos produzidos pelo aparelho de Herbst na dentadura mista* Marcio Rodrigues de Almeida**, José Fernando Castanha Henriques***, Renato Rodrigues de Almeida****, Weber Ursi*****, Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin******, James A. McNamara Jr.*******

Resumo

Objetivo: o objetivo desta pesquisa clínica prospectiva foi avaliar as alterações cefalométricas dentárias e esqueléticas produzidas pelo aparelho de Herbst em jovens com má oclusão de Classe II, 1ª divisão durante a dentadura mista. Metodologia: trinta jovens (15 do gênero masculino e 15 do feminino) com idade média inicial de 9 anos e 10 meses foram tratados com o aparelho de Herbst por um período de 12 meses. Para a comparação dos grupos utilizou-se uma amostra controle de 30 jovens (15 do gênero masculino e 15 do feminino) Classe II, 1ª divisão, com idade média inicial de 9 anos e 8 meses, que foram mantidos sem tratamento durante 12 meses. Para cada jovem foram utilizadas duas telerradiografias em norma lateral, obtidas ao início e no final do período de acompanhamento. Utilizou-se um método convencional de avaliação cefalométrica e o método proposto por Pancherz. Resultados e Conclusões: os resultados deste estudo demonstraram que os efeitos do aparelho de Herbst produzidos na dentadura mista foram primariamente de natureza dentoalveolar. Os incisivos inferiores foram inclinados para vestibular e os superiores foram retruídos; também houve uma extrusão significante dos molares inferiores, enquanto os superiores sofreram restrição de desenvolvimento no sentido vertical. Não houve diferença significante de restrição do crescimento anterior da maxila entre os dois grupos. No sentido vertical da face, a altura facial ântero-inferior se comportou de forma similar, não demonstrando alteração significante entre os grupos. O tratamento com o aparelho de Herbst produziu um aumento modesto, porém, significante no comprimento da mandíbula comparado ao grupo controle. Este aumento, entretanto, foi de menor magnitude que aquele observado em pacientes adolescentes utilizando o mesmo protocolo de tratamento. A correção do overjet (Herbst) ocorreu devido a 22% de alterações esqueléticas e 78% de alterações dentárias. A correção da relação molar ocorreu devido a 27% de alterações esqueléticas e 73% de alterações dentárias. Palavras-chave: Aparelho de Herbst. Tratamento ortodôntico. Efeitos de tratamento. Cefalometria.



* Trabalho apresentado na Faculdade de Odontologia de Bauru-USP para Conclusão do Programa de Pós-Doutorado em Ortodontia.

** Pós-Doutorado pela FOB-USP. Professor Doutor II da Faculdade de Odontologia de Lins-UNIMEP e Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da UNIMEP. *** Professor Titular do Departamento de Ortodontia, Odontopediatria e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru-USP e Coordenador do Doutorado. **** Professor Livre-Docente do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru-USP. Professor Titular da Faculdade de Odontologia de Lins – UNIMEP. Professor do Curso de Especialização em Ortodontia da UNIMEP. ***** Professor Associado do Departamento de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, UNESP. ****** Doutorado pela FOB-USP. Professora Doutora da Graduação e do Curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da UNIMEP. ******* Thomas M. and Doris Graber Endowed Professor of Dentistry, Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry, School of Dentistry. Professor of Cell and Developmental Biology, School of Medicine. Research Scientist, Center for Human Growth and Development, The University of Michigan; and private practice, Ann Arbor, Mich.

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Almeida , M. R.; Henriques, j. f. c.; ALMEIDA, r. r.; Ursi, w.; Almeida-Pedrin, r. r.; McNamara Jr., j. a.

devido a 27% de alterações esqueléticas e 73% de alterações dentárias.

extrusão dos molares superiores no grupo Herbst. 6) A correção do overjet ocorreu devido a 22% de alterações esqueléticas e 78% de alterações dentárias. A correção da relação molar ocorreu

Enviado em: maio de 2005 Revisado e aceito: junho de 2005

Dentoskeletal treatment effects produced by the Herbst appliance in the mixed dentition Abstract Aim: the purpose of this prospective clinical investigation was to evaluate the dentoalveolar and skeletal cephalometric changes produced by the Herbst appliance in individuals with a Class II division 1 malocclusion and who were in the mixed dentition. Methods: thirty patients (15 males, 15 females) treated with the Herbst appliance for a period of 12 months had an initial mean age of 9 years 10 months. For comparison, the records of a historical control group of 30 untreated Class II children (15 males, 15 females) with an initial mean age of 9 years 8 months and who were followed without treatment for a period of 12 months was established. Lateral cephalometric headfilms were available at the beginning and the end of the treatment/observation period. Results and Conclusions: the results of this study indicated that the treatment effects produced in mixed dentition patients were primarily dentoalveolar in nature. The mandibular incisors were tipped labially and the maxillary incisors were retruded; there also was a significant increase in mandibular posterior dentoalveolar height and a restriction in the vertical development of the maxillary molars. There was no difference in the forward growth of the maxilla between the two groups. Herbst treatment, however, produced a modest but statistically significant increase in total mandibular length in comparison to controls, an amount, however, that was less that that observed in adolescent patients treated with a similar Herbst protocol. There were no statistically significant differences in craniofacial growth direction between the Herbst and control groups. Overjet correction averaging 5.4mm was due to 22% skeletal and 78% dental changes. Class II molar correction averaging 4.4mm was due to 27% skeletal and 73% dental changes. Key words: Herbst appliance. Orthodontic treatment. Treatment effects. Cephalometrics.

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Efeitos dentoesqueléticos produzidos pelo aparelho de Herbst na dentadura mista

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Endereço de correspondência Marcio Rodrigues de Almeida Av. José Vicente Aiello, 7-70 CEP: 17.053-093 - Bauru/SP E-mail: [email protected]

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Artigo Inédito

Projeção ortodôntica de incisivos inferiores: um risco à recessão periodontal? Karen Ferreira Gazel Yared*, Elton Gonçalves Zenobio**, Wellington Pacheco***

Resumo

Para alguns casos ortodônticos, a projeção vestibular dos incisivos inferiores apresenta-se com notável significado. No entanto, após esse tipo de movimento ortodôntico, estudos observaram a ocorrência de um efeito periodontal indesejado, a recessão periodontal, em contraste a outros autores que não constataram igual associação. Diante das divergências encontradas, este estudo se propôs a analisar criticamente os resultados apresentados na literatura sobre a relação entre projeção ortodôntica e recessão periodontal vestibular em incisivos inferiores. O número de estudos sobre este tema, principalmente envolvendo adultos, é relativamente pequeno, e os resultados são conflitantes, possivelmente devido às diferenças metodológicas. Considerando-se que a recessão periodontal representa uma condição multifatorial, em que ocorre a associação entre variáveis externas e características anatômicas locais, os fatores de maior relevância detectados neste tema foram: inclinação final associada à espessura da gengiva marginal dos incisivos inferiores. Palavras-chave: Projeção ortodôntica. Incisivos inferiores. Recessão gengival.

togênica, trauma proveniente da escovação ou da inserção alterada do freio labial e características anatômicas locais relacionadas ao posicionamento dentário, largura da faixa de mucosa ceratinizada, espessura da gengiva marginal e tecido ósseo subjacente3,13,15,27. A recessão periodontal envolvendo a região vestibular de incisivos inferiores tem sido alvo de constantes discussões na literatura. Tal área apresenta uma das maiores ocorrências de recessão1, estando entre as menores faixas de gengiva ceratinizada da cavidade bucal16 e apresentando cobertura óssea vestibular à raiz bastante limitada em espessura22. Dessa forma, assim como o

introdução A recessão periodontal se caracteriza por uma perda de inserção, expondo a superfície radicular, estando a margem gengival localizada apicalmente à junção cemento-esmalte1. Os problemas clínicos associados incluem: sensibilidade dentinária, estética desagradável, perda de suporte periodontal, dificuldade da manutenção da higiene bucal, dificuldade no sucesso do reparo periodontal e aumento do risco de lesão de cárie na região. Os estudos sobre a etiologia da recessão periodontal têm demonstrado a importância da presença de fatores como: biofilme bacteriano dentário e inflamação gengival, oclusão trauma-

* Mestre em Ortodontia COP – PUCMINAS. ** Doutor em Periodontia FOA-UNESP. Professor Adjunto III Periodontia PUCMINAS. Coordenador área de Periodontia, Mestrado COP- PUCMINAS. *** Mestre em Ortodontia UFRJ. Professor Adjunto III do Mestrado em Ortodontia COP - PUCMINAS

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Projeção ortodôntica de incisivos inferiores: um risco à recessão periodontal?

reais fatores de relevância na relação com a recessão periodontal. A inclinação final dos incisivos centrais inferiores acima de 95˚, associada à espessura da gengiva marginal menor que 0,5mm, estiveram diretamente relacionadas às maiores incidência e gravidade da recessão nesses dentes, sendo a espessura mais determinante que a inclinação.

placa e ao trauma proveniente da técnica de escovação incorreta. Dessa forma se estabeleceria um ambiente propício ao desenvolvimento da recessão periodontal. Portanto, quando se referenciar a possibilidade da ocorrência da recessão periodontal durante ou após a fase ativa da movimentação ortodôntica, os fatores importantes a se considerar são: a direção e sentido do movimento, bem como a espessura vestíbulo-lingual da gengiva. O autor alerta que muitos estudos sobre o assunto não consideraram a espessura da gengiva marginal, daí a variabilidade das respostas encontradas. No entanto, nenhum valor limite entre espessura favorável ou desfavorável foi comprovado. Valores inéditos para espessura da gengiva marginal nesse tipo de estudo foram demonstrados por Yared, Zenobio e Pacheco32, que apresentaram os grupos de risco à recessão quando da projeção vestibular de incisivos centrais inferiores. O estudo foi composto por 34 adultos, entre 18 e 33 anos, saudáveis periodontalmente, com avaliação clínica após 7 a 47 meses do tratamento ortodôntico, e estabelecidos critérios rigorosos na obtenção da casuística. A movimentação foi avaliada por telerradiografias em norma lateral, não havendo magnificação radiográfica significativa entre as mesmas. A espessura da gengiva marginal foi medida por meio de um paquímetro digital modificado para fins próprios. Os resultados mostraram que a inclinação final, independente da quantidade total de projeção, e a espessura da gengiva marginal representaria

CONSIDERAÇÕES FINAIS - Existem controvérsias na literatura sobre a relação entre projeção ortodôntica de incisivos inferiores e o desenvolvimento da recessão periodontal. No entanto, os estudos apresentaram diferenças metodológicas significativas, como: heterogeneidade nas faixas etárias das casuísticas, a variedade da quantidade de projeção obtida e dos tratamentos ortodônticos incluídos; ausência de referências em relação à inclinação final dos incisivos inferiores; diferenças no período de avaliação pós-tratamento ortodôntico e na forma de avaliar as variáveis periodontais; - Há uma tendência entre os autores para reconhecer as características do tecido periodontal local, como a natureza mucogengival e do tecido ósseo subjacente como os fatores determinantes da recessão não inflamatória, após projeção ortodôntica de incisivos inferiores.

Enviado em: fevereiro de 2005 Revisado e aceito: janeiro de 2006

Orthodontic proclination of mandibular incisors: risk to gingival recession? Abstract The orthodontic proclination of lower incisors is very important in some cases. However, some investigations have shown that gingival recession could occur after this type of orthodontic movement, but other authors couldn’t prove this. The aim of this study was to analyze the literature finds about the relationship of lower incisors proclination and gingival recession. There are few studies about it, especially with adults and the results’ disagreement is possibly due to the different methods applied. Considering that association of many external and local anatomic factors represent the etiology of gingival recession, the most important factors detected in this literature review were: final inclination and the thickness of the free gingival margin of the lower incisors. Key words: Orthodontic proclination. Mandibular incisors. Gingival recession.

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Endereço de correspondência Karen Ferreira Gazel Yared Rua Pernambuco, 189, sala 502, bairro Funcionários CEP: 30.130-150 - Belo Horizonte/MG E-mail: [email protected]

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Artigo Inédito

Influência do complexo flúor-xilitol no controle da placa dentária e do sangramento gengival em pacientes herbiátricos com aparelho ortodôntico fixo* Fabíola Elias**, Arnaldo Pinzan***, José Roberto de Magalhães Bastos****

Resumo

Objetivo: avaliar os efeitos de um dentifrício contendo flúor/xilitol na redução da adesão da placa à estrutura dentária, bem como no índice de sangramento gengival, em portadores de aparelho ortodôntico fixo. Metodologia: foram avaliados 22 jovens, com idade entre 14 e 17 anos. Após a quantificação inicial dos índices, os jovens receberam instruções de escovação e começaram a utilizar somente os dentifrícios da pesquisa. Houve uma divisão aleatória da amostra em dois grupos (A e B). Na primeira semana todos utilizaram um dentifrício padrão e a partir da segunda semana os jovens do grupo A receberam um dentifrício contendo flúor, enquanto os do grupo B receberam um dentifrício contendo o complexo flúor-xilitol, que utilizaram durante vinte e oito dias, quando foram novamente avaliados (T1). Para a segunda fase (T2) houve inversão dos dentifrícios. Resultados: foram comparados os resultados intra-grupo e nos dois grupos houve redução estatisticamente significante entre as fases inicial e T1, inicial e T2 e entre T1 e T2. Já na comparação entre os grupos não houve diferença estatisticamente significante entre eles, embora o dentifrício contendo flúor/xilitol tenha proporcionado uma porcentagem de redução do índice de sangramento gengival maior que o dentifrício contendo apenas o fluoreto de sódio, principalmente entre as fases inicial e T2, onde a redução no grupo A foi de 90,13% e no grupo B foi de 78,84%. Conclusão: a utilização de dentifrícios contendo flúor e xilitol, associada à instrução e motivação, parece ser um recurso bastante promissor para a manutenção da saúde bucal nos pacientes ortodônticos. Palavras-chave: Aparelho ortodôntico fixo. Dentifrício. Xilitol. Paciente herbiátrico. Placa dentária. Sangramento gengival.



* Resumo da Dissertação (Mestrado) apresentada à Faculdade de Odontologia de Bauru - FOB - USP.



** Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Fundação Bauruense de Estudos Odontológicos – Bauru –SP. Mestre em Odontologia, área Odontologia em Saúde Coletiva pela Faculdade de Odontologia de Bauru-USP. Professora Assistente da Disciplina de Ortodontia da Universidade do Sagrado Coração – Bauru-SP. *** Professor Associado do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Odontologia em Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru –USP. **** Professor Titular do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Odontologia em Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru –USP.

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ra estatisticamente significante a porcentagem de sangramento gengival e os escores de placa dentária, tanto da fase inicial para o tempo T1, quanto do tempo T1 para o tempo T2, nos dois grupos avaliados; os menores índices de placa dentária e de sangramento gengival foram encontrados na fase T2, independente do dentifrício utilizado nesta fase, comprovando a importância de se instruir periodicamente o paciente ortodôntico sobre a escovação dentária bem como motivá-lo para manter sua saúde bucal. Portanto, há uma tendência em se afirmar que a associação dos dentifrícios avaliados e a instrução de higienização e constante motivação são capazes de reduzir gradativamente os índices de sangramento gengival e de placa dentária.

ao observado com o uso do dentifrício contendo 1.100ppm de fluoreto de sódio, em relação ao sangramento gengival; o dentifrício contendo 10% de xilitol e 1.100ppm de fluoreto de sódio não apresentou diminuição estatisticamente significante na redução dos escores de placa dentária, quando comparado ao dentifrício convencional; e os dois dentifrícios avaliados não apresentaram diminuição estatisticamente significante, quando comparados entre si, mas a diminuição dos índices de placa e de sangramento gengival das fases T1 (após 28 dias) e T2 (nos 28 dias subseqüentes), comparada aos valores iniciais, foi significante para os dois dentifrícios testados. Em uma comparação entre os dentifrícios dentro dos mesmos grupos foi possível observar que os dentifrícios contendo o complexo flúor-xilitol e o dentifrício convencional reduziram de manei-

Enviado em: junho de 2005 Revisado e aceito: agosto de 2005

Influence of fluorine-xylitol complex in the dental plaque and gingival bleeding control in herbiatric patients with fixed orthodontic brace Abstract Aim: to evaluate the effects of a dentifrice containing fluorine/xylitol in the reduction of the adhesion of the plaque to the dental structure, as well as in the gingival bleeding index in patients who had orthodontic braces. Methods: 22 teenagers, in between 14 and 17 years old were evaluated. After the initial quantification of the indexes, they received instructions of brushing and started to use only the dentifrices from the research. There was a random division of the sample into two groups, A and B. In the first week, they all used a standard dentifrice and since the second week the teenagers from group A received a dentifrice with fluorine, while the ones from group B received a dentifrice containing the fluorine-xylitol complex, using for 28 days, when they were evaluated again (T1). There was an inversion of dentifrices for second phase. Results: the results were compared intra-groups and in both groups there was a statistically significant reduction between phases initial and T1, initial and T2 and between T1 and T2. However, comparing the groups, there was no statistically significant difference between them, though the dentifrice containing fluorine/ xylitol provided a percentage of reduction of gingival bleeding index bigger than the one containing only sodium fluoride, specially between phases initial and T2, where reduction in group A was 90.13% and in group B was 78.84%. Conclusion: the utilization of dentifrice containing fluorine and xylitol, associated to instruction and motivation, seems to be a promising resource for maintenance of oral health in orthodontic patients. Key words: Fixed orthodontic appliance. Dentifrice. Xylitol. Herbiatric patients. Dental plaque. Gingival bleeding.

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Artigo Inédito

A utilização de diferentes configurações de molas “T” para a obtenção de sistemas de forças otimizados* Guilherme Thiesen**, Marcus Vinicius Neiva Nunes do Rego***, Luciane Macedo de Menezes****, Roberto Hideo Shimizu*****

Resumo

Objetivo: determinar as características mecânicas de molas “T” e “T” com helicóides, quando da incorporação de variações na liga metálica (aço inoxidável e beta-titânio), na intensidade de dobras de pré-ativação (0o e 40o/180o) e na secção transversal do fio utilizado para a construção destas molas (0,017” x 0,025” e 0,019” x 0,025”). Metodologia: foram submetidas ao ensaio mecânico 80 molas para fechamento de espaços, sendo estas centralizadas em um espaço de 21mm. As magnitudes de força horizontal, proporção momento/força e relação carga/deflexão produzidas pelos corpos de prova foram quantificadas utilizando-se um transdutor de momentos acoplado ao módulo indicador digital para extensiometria e adaptado a uma máquina universal de ensaios Instron. As molas foram submetidas a uma ativação total de 5mm, sendo registrados os valores a cada 1mm de ativação. No tratamento estatístico dos dados obtidos, foi realizada a análise de variância, sendo esta complementada pelo teste de comparações múltiplas de Tukey, considerando o nível de significância de 5%. Resultados e Conclusões: os resultados demonstraram que, de maneira geral, as molas “T” com helicóides produziram menores magnitudes de força horizontal e relação carga/deflexão do que as molas “T”. Na presença de pré-ativação, as molas produziram altas proporções momento/força, enquanto, na ausência de dobras de pré-ativação, as mesmas geraram baixas proporções momento/força. Dentre todas as variáveis analisadas, aquela que apresentou uma maior influência na força horizontal e na relação carga/deflexão produzidas pelas molas foi a liga metálica. Já a proporção momento/força mostrou ser influenciada em maior grau pela pré-ativação das molas de fechamento. Palavras-chave: Ortodontia. Biomecânica. Fechamento de espaço ortodôntico.

cionista” adotada por Angle, passaram a preconizar, dentro do planejamento ortodôntico, uma nova alternativa de tratamento, incluindo a extração de

introdução A partir da década de 40, ortodontistas como Tweed e Strang, discordando da teoria “não extra-



* Parte da Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul para obtenção do título de Mestre em Ortodontia e Ortopedia Facial.

** Mestre em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC-RS. Professor de Ortodontia da UNISUL-SC. *** Mestre em Ortodontia e Ortopedia Facial pela PUC/RS. Professor de Ortodontia da NOVAFAPI. **** Mestre e Doutora em Ortodontia pela UFRJ. Professora de Ortodontia da PUC/RS e ABO-RS. ***** Mestre e Doutor em Ortodontia pela FO de Araraquara - UNESP. Professor de Ortodontia da Universidade Tuiuti do Paraná e EAP/ABO Regional São José dos Pinhais e Cascavel -PR.

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A utilização de diferentes configurações de molas “T” para a obtenção de sistemas de forças otimizados

B.2) A inserção de dobras de pré-ativação nas molas ocasionou um aumento nos valores da proporção M/F, sendo que as magnitudes de força horizontal e relação C/D apresentaram em certas molas um pequeno aumento e em outros uma pequena diminuição. B.3) Quanto à liga metálica, as molas confeccionadas com beta-titânio produziram menores magnitudes de força horizontal e relação C/D. As molas de beta-titânio, quando na ausência de pré-ativação, geraram menores valores da proporção M/F quando comparadas às molas de aço inoxidável. Já quando a pré-ativação das molas de beta-titânio foi realizada com maior intensidade do que nas molas de aço inoxidável, ocorreu a geração de maiores magnitudes de proporção M/F. C) Dentre todas as variáveis analisadas, aquela que apresentou uma maior influência na força horizontal e na relação C/D produzidas pelas molas foi a liga metálica. Já a proporção M/F mostrou ser influenciada em maior grau pela pré-ativação das molas de fechamento.

como por exemplo, a incorporação de helicóides no seu desenho, a utilização de ligas metálicas de diferentes módulos de elasticidade, fios de diferentes secções transversais e a incorporação de dobras de pré-ativação. CONCLUSÕES A) De maneira geral, as molas “T” produziram maiores magnitudes de força horizontal e relação C/D do que as molas “T” com helicóides. Na inserção de dobras de pré-ativação, as molas “T” e “T” com helicóides de aço inoxidável e beta-titânio produziram altas proporções M/F quando ativadas. Na ausência de dobras de pré-ativação, todas as molas geraram níveis bastante baixos de proporção M/F. B) Analisando separadamente o efeito da secção transversal, pré-ativação e liga metálica quanto aos sistemas de forças produzidos, foi possível concluir que: B.1) O aumento da secção transversal do fio ortodôntico utilizado para a confecção da mola de fechamento promoveu um aumento na magnitude da força horizontal e na relação C/D, propiciando pequeno efeito na proporção M/F gerada pelas molas;

Enviado em: agosto de 2004 Revisado e aceito: fevereiro de 2005

Using different T-loops configurations to obtain optimized force systems Abstract Aim: the present study determined the force systems produced by T-loop and T-loop with helices, with employment of different alloys (stainless steel and beta-titanium), different preactivation bends intensities (0º and 40º/180º) and different transverse sections (0.017” x 0.025” and 0.019” x 0.025”). Methods: 80 loops for space closure were submitted to mechanical testing, which were centralized in a space of 21mm. The magnitudes of horizontal force, moment/force ratio and load/deflection ratio were quantified using a moment transducer connected to a digital indicator for extensometry adapted to an Instron universal testing machine (model TTDML). The specimens were distended to a total activation of 5mm, being registered the values at every 1mm of activation. The data achieved were statistically analyzed by means of variance analysis and the Tukey test for multiple comparisons at a significance level of 5%. Results and Conclusion: in general, the results indicated that the T-loops with helices produced lower magnitudes of horizontal force and load/deflection ratio than the T-loops. When inserted with the preactivation bends, the loops yielded high magnitudes of moment/force ratios, while when these preactivation bends were not presented, the moment/force ratios were low. The metallic alloy was the variable that presented the largest influence on the horizontal force and load/deflection ratio. The moment/force ratio was more intensely influenced by the incorporation of preactivation bends in the closure loops. Key words: Orthodontics. Biomechanics. Orthodontic space closure.

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THIESEN, G.; REGO, M. V. N. N.; MENEZES, l. M.; SHIMIZU, R. H.

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Endereço de correspondência Guilherme Thiesen Av. Madre Benvenuta, nº 1285, Bairro Santa Mônica CEP: 88.035 - 001 - Florianópolis/SC E-mail: [email protected]

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Artigo Inédito

Estudo da inclinação do plano palatino em relação à base posterior do crânio em indivíduos portadores de oclusão normal Cássia T. Lopes de Alcântara Gil*, Fernando Penteado Lopes da Silva**, Ademir Tadeu Ribeiro Grossi**, Marco Antônio Scanavini***, Fábio Trevisan****

Resumo

Objetivo: estudar a relação entre o plano palatino e a região posterior da base do crânio, em indivíduos portadores de oclusão normal. Metodologia: a amostra foi constituída por telerradiografias em norma lateral de 95 indivíduos portadores de oclusão normal natural. O plano palatino foi determinado pelos pontos Ena e Enp (Espinha Nasal Anterior e Posterior). Utilizou-se o ponto mais posterior e inferior do osso occipital (OPI), para definição da região póstero-inferior da base do crânio. Avaliou-se o comportamento do ângulo formado pelos planos OPI–Ena e Ena-Enp, denominado ângulo OPI.Ena.Enp, tendo como vértice o ponto Ena. Desta forma, valores angulares próximos a 0º indicaram tendência à coincidência entre os planos OPI-Ena e Ena-Enp, o que equivale a dizer que, nestes casos, a extensão do plano palatino tangencia a base posterior do crânio, representada pelo Ponto OPI. Resultados: a média de valor encontrada em relação ao ângulo OPI.Ena.Enp na referida amostra foi de -0,13º, valor próximo a zero, indicando tendência à coincidência entre os planos OPI-Ena e Ena-Enp. Conclusão: os resultados indicam que em pacientes portadores de oclusão normal natural, o prolongamento do plano palatino tende a tangenciar a região posterior da base do crânio, o que se revela uma característica estrutural em crânios de indivíduos portadores de oclusão equilibrada. Palavras-chave: Plano palatino. Oclusão normal. Osso occipital. Cefalometria.

bilitando a realização de estudos por sobreposições cefalométricas ou a obtenção de referências universais, permitindo comparações entre achados de diferentes autores. Com este objetivo, neste trabalho estudou-se a relação entre o prolongamento do plano palatino (Ena-Enp) e a base posterior do crânio (Ponto OPI),

introdução A literatura sempre se preocupou com o estudo da arquitetura craniofacial do chamado “padrão normal”, ou seja, oclusão equilibrada associada a uma face harmoniosa1,2,3,4,6,7,8,12,13. Para esta finalidade geralmente são escolhidos pontos, linhas e planos de fácil localização, possi-

* Professora Titular do Programa de Pós-Graduação em Odontologia: Área de Concentração Ortodontia da Universidade Metodista de São Paulo. ** Mestrando pelo Programa de Pós Graduação em Odontologia: Área de Concentração em Ortodontia da Universidade Metodista de São Paulo. *** Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Odontologia: Área de Concentração Ortodontia da Universidade Metodista de São Paulo. **** Mestre em Ortodontia pela Universidade Metodista de São Paulo.

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Estudo da inclinação do plano palatino em relação à base posterior do crânio em indivíduos portadores de oclusão normal

belecimento da inclinação do referido plano, em casos onde a mesma estiver alterada; - o presente estudo utilizou-se de medidas obtidas de cada indivíduo, sem a utilização de

médias amostrais, o que confere individualização à análise. Enviado em: setembro de 2004 Revisado e aceito: maio de 2005

Study of palatal plane inclination related to the posterior cranial base in subjects with normal occlusion Abstract Aim: to study the inclination of the palatal plane in 95 subjects with clinically normal occlusion. Methods: the study was made using lateral headfilms and the results showed that in normal occlusion the extension of the palatal plane (ANS-PNS) passes trough the most posterior and inferior region of the skull, defined as Point “OPI”. Results: OPI.Ena.Enp mean value was -0.13º, close to zero. Conclusion: the results indicated that in normal occlusion patients the palatal plane presents a tendency to be tangent with posterior cranial base. Key words: Palatal plane. Normal occlusion. Occipital bone. Cephalometrics.

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Endereço de correspondência Cássia T. Lopes de Alcântara Gil Rua Afonso Brás 525 - Vila Nova Conceição CEP: 04.511-902- São Paulo/SP E-mail: [email protected]

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Artigo Inédito

Estudo do relacionamento ântero-posterior entre os arcos dentários decíduos, de crianças nipo-brasileiras, dos dois aos seis anos de idade Dirce Yamada Kataoka*, Helio Scavone Jr.**, Flávio Vellini-Ferreira***, Flávio Augusto Cotrim-Ferreira**, Viviane Sato****

Resumo

Objetivo: verificar as prevalências dos diferentes tipos de relacionamentos ântero-posteriores entre os arcos dentários decíduos, bem como o possível dimorfismo sexual, em crianças nipo-brasileiras na faixa etária dos dois aos seis anos de idade. Metodologia: foram avaliadas por inspeção visual 310 crianças nipo-brasileiras, matriculadas em 19 escolas do estado de São Paulo, sendo 154 do gênero masculino e 156 do feminino. Os resultados foram submetidos ao teste do qui-quadrado e revelaram ausência de dimorfismo sexual para a maioria dos relacionamentos analisados, permitindo apresentar os resultados conjuntamente para ambos os gêneros. Resultados: as prevalências dos relacionamentos entre os segundos molares decíduos foram: 47,4% para o degrau mesial, 41,3% para o plano terminal reto, 5,5% para o degrau distal e 5,8% para os casos com assimetrias. Para os relacionamentos entre os caninos decíduos, conforme Foster e Hamilton, constataram-se prevalências de 77,4% para a Classe 1, 6,8% para a Classe 2, 6,8% para a Classe 3 e 9% para as relações assimétricas. Apenas a Classe 2 apresentou dimorfismo sexual, sendo de 3,9% para o feminino e de 9,7% para o masculino. Quanto à sobressaliência verificaram-se prevalências de 71,3% para a normal, 14,2% para a aumentada, 7,4% para a mordida cruzada anterior e 7,1% para a mordida topo-a-topo. Resultados: concluiu-se que a maioria das crianças nipo-brasileiras avaliadas neste estudo, apresentaram um relacionamento ântero-posterior normal entre os arcos decíduos, merecendo atenção uma ligeira tendência para o desenvolvimento da Classe 3. Palavras-chave: Dentição decídua. Oclusão dentária. Odontopediatria. Ortodontia.

segundos molares decíduos, a relação entre os caninos decíduos, bem como a sobressaliência. O conhecimento das mudanças ântero-posteriores que ocorrem entre as dentaduras decídua, mista e permanente é muito importante para o clínico no

INTRODUÇÃO Para o estudo do relacionamento sagital entre os arcos dentários da maxila e da mandíbula (relação ântero-posterior), na dentadura decídua, é importante analisar o plano terminal entre os

* Mestre em Ortodontia pela UNICID. ** Professores Associados do Curso de Mestrado em Ortodontia da UNICID. *** Coordenador do Curso de Mestrado em Ortodontia da UNICID. **** Aluno do Curso de Mestrado em Ortodontia da UNICID.

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KATAOKA, D. Y.; SCAVONE JR. H.; VELLINI-FERREIRA, F.; COTRIM-FERREIRA, F. A.; SATO, V.

Além disso, nos casos com assimetrias foram verificados índices de prevalência de 4,2% para a combinação do plano terminal reto com o degrau mesial, 1,3% para a associação do plano terminal reto com o degrau distal e 0,3% para a combinação do degrau mesial com o degrau distal. 2) Nos relacionamentos ântero-posteriores entre os caninos decíduos apenas a Classe 2 apresentou dimorfismo sexual, sendo, respectivamente, de 3,9% para o gênero feminino e 9,7% para o masculino. Como os demais relacionamentos não apresentaram diferenças estatisticamente significantes foram agrupados em um só grupo geral, conduzindo a índices de prevalência de 77,4% para a Classe 1 e de 6,8% para a Classe 3. Nos casos com assimetrias foram verificados índices de prevalências de 4,5% para a combinação Classe 1/Classe2 e de 4,5% para a associação Classe 1/Classe 3. 3) Devido à ausência de dimorfismo sexual, as taxas referentes aos diversos tipos de sobressaliência foram agrupadas em um só grupo geral, conduzindo a índices de prevalência de 7,4% para a mordida cruzada anterior, 7,1% para a mordida topo-a-topo, 71,3% para a sobressaliência normal e 14,2% para a sobressaliência aumentada.

plano terminal reto ou degrau mesial geralmente resultarão, na maioria das vezes, em normoclusão (Classe I) e, em poucos casos, em má oclusão de Classe III na dentadura permanente. Apesar da maioria das crianças deste estudo apresentar a relação entre os caninos em Classe 1 (77,4%), as prevalências da Classe 3 (6,8%) e da mordida cruzada anterior (7,4%) foram relativamente altas, quando comparadas com outros estudos6,8. Devemos ficar atentos para o diagnóstico precoce destas desarmonias oclusais, para podermos reverter esta situação o mais cedo possível, evitando que influências negativas atuem sobre o crescimento normal da face. CONCLUSÕES Com base nos resultados alcançados nesta pesquisa e de acordo com a amostra e a metodologia empregadas, julgamos lícito concluir que: 1) As prevalências dos diversos tipos de relacionamentos ântero-posteriores entre os segundos molares decíduos não apresentaram dimorfismo sexual. Portanto, as taxas de prevalências foram associadas em um só grupo geral, conduzindo a índices de 47,4% para o degrau mesial, 41,3% para o plano terminal reto e 5,5% para o degrau distal, nas situações com simetria bilateral.

Enviado em: outubro de 2004 Revisado e aceito: abril de 2005

Study of the anteroposterior relationship between deciduous dental arches of Japanese-Brazilian children, from 2 to 6 years of age Abstract Aim: the purpose of this cross-sectional study was to verify the prevalences of different types of anteroposterior relationships between deciduous dental arches and its possible sexual dimorphism, in Japanese-Brazilian children from 2 to 6 years of age. Methods: a total of 310 Japanese-Brazilian children from 19 schools in São Paulo, Brazil, comprising 154 males and 156 females, were examined by visual inspection. The qui-square statistical test was applied to evaluate the data, and the results revealed no statistically significant sexual dimorphism for the majority of types of anteroposterior relationship. Therefore, the results for both genders were grouped together. Results: the prevalences of anteroposterior relationships between deciduous second molars were: mesial step, 47.4%; flush terminal plane, 41.3%; distal step, 5.5% and asymmetric cases, 5.8%. The prevalences of anteroposterior relationship of deciduous canines were: Class 1, 77.4%; Class 2, 6.8%; Class 3, 6.8% and asymmetric cases, 9%. Only Class 2 revealed sexual dimorphism: 3.9% for female and 9.7% for male. The prevalences of overjet, were: normal, 71.3%; increased, 14.2%; anterior cross-bite, 7.4% and edge-to-edge bite, 7.1%. Conclusion: it was concluded that the majority of Japanese-Brazilian children evaluated in this study showed normal anteriorposterior relationship between dental arches, with a slightly tendency for the development of Class 3. Key words: Dentition primary. Dental occlusion. Pedodontics. Orthodontics.

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Estudo do relacionamento ântero-posterior entre os arcos dentários decíduos, de crianças nipo-brasileiras, dos dois aos seis anos de idade

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Endereço para correspondência Dirce Yamada Kataoka UNICID – Universidade Cidade de São Paulo Rua Correia de Lemos, 501, apto 171 – Chácara Inglesa CEP: 04.140-000 - São Paulo/SP E-mail: [email protected]

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Artigo Inédito

Estudo cefalométrico das características ânteroposteriores em jovens com dentadura decídua* Marcelo Flávio Rocha Mendlovitz**, Vânia Célia Vieira de Siqueira***

Resumo

Objetivo: esse estudo propôs-se a avaliar as características cefalométricas ântero-posteriores em jovens com dentadura decídua. Metodologia: foi avaliada uma amostra de 42 jovens do gênero masculino, divididos em dois grupos, um com 22 indíviduos aos 4 anos de idade (G1) e outro com 20 indíviduos aos 5 anos de idade (G2), no intuito de se obter valores cefalométricos e informações sobre o crescimento craniofacial. Selecionou-se apenas os que apresentavam tanto oclusão normal na dentadura decídua como perfis faciais harmoniosos. Foram avaliadas as medidas cefalométricas angulares SNA, SNB, ANB, SN.GoGn, 1.1, FMA, FMIA e IMPA e as lineares Nperp-A, Co-A, Co-Gn, diferença maxilo-mandibular, S-N, ENAENP, trespasse horizontal e a altura do ramo mandibular. Os dados obtidos foram analisados por meio do teste t de Student, com significância estatística de 5%, para detectar diferenças entre os grupos. Resultados e Conclusões: observou-se somente diferenças para as medidas relativas ao IMPA e ao ângulo inter-incisivos. Os jovens do G2 apresentaram os incisivos mais verticalizados em relação à sua base óssea que o G1. Todas as medidas lineares do G2 encontraram-se maiores que as do G1, mas somente as medidas relativas a Co-A, Co-Gn e diferença maxilo-mandibular apresentaram diferenças estatisticamente significantes. Palavras-chave: Cefalometria. Características ântero-posteriores. Oclusão decídua normal. Diagnóstico. Gênero masculino.

maneira a instituição do tratamento ortodôntico, quando existir indicação6,7,13,18,20,23,28. Brodie7, em 1941, observou que o padrão morfogenético do crânio e da face se estabelece aos três meses de idade ou mesmo antes, uma vez que o autor iniciou o acompanhamento dos jovens a partir do terceiro mês de vida pós-natal. Observou que o padrão craniofacial não sofreu mudanças ao longo do desenvolvimento e que a resultante da direção do deslocamento da face seguiu um sentido ântero-inferior. Apesar do crescimento facial

Introdução Desde a padronização da obtenção da telerradiografia, em norma lateral, realizada por Broadbent4, em 1931, alguns autores se preocuparam em estudar os padrões do crescimento craniofacial6,13,20. Os resultados demonstraram que o padrão de desenvolvimento da face determina-se ao nascimento ou até mesmo antes, durante o período pré-natal. Portanto, as alterações esqueléticas severas, no sentido ântero-posterior podem ser diagnosticadas ainda na fase da dentadura decídua, permitindo desta



* Resumo da dissertação de Mestrado apresentada ao curso de pós-graduação em Ortodontia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais PUC/Minas.

** Mestre em Ortodontia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais PUC/Minas. *** Professora Assistente Doutora da disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba UNICAMP. Professora Adjunta III da Disciplina de Ortodontia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais PUC Minas.

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Estudo cefalométrico das características ântero-posteriores em jovens com dentadura decídua

vestigação, pode-se concluir que: 1) Os valores angulares esqueléticos obtidos ressaltam a semelhança entre os padrões craniofaciais dos grupos de jovens de quatro e cinco anos. No entanto, as medidas angulares dentárias, expressas pelo ângulo interincisivos e IMPA, revelaram diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos, destacando-se que o grupo de cinco anos apresentou os incisivos mais verticalizados dentro de suas respectivas bases ósseas, quando comparado ao grupo de quatro anos, no qual os incisivos se encontravam mais projetados. 2) As medidas lineares apontaram para dife-

renças entre os grupos para o comprimento efetivo da maxila e da mandíbula e para a diferença maxilo-mandibular, com o grupo de jovens de cinco anos de idade apresentando valores maiores e com significado estatístico, quando comparado com o grupo de jovens aos quatro anos de idade. As demais variáveis ilustram o fato de que o comprimento da porção anterior da base do crânio e sua relação com a maxila não demonstram diferenças significantes.

Enviado em: março de 2005 Revisado e aceito: agosto de 2005

Cephalometric study of the antero-posterior characteristics in children with primary dentition Abstract Aim: the aim of this study was to evaluate the antero-posterior cephalometric characteristics in children until primary dentition. Methods: a group of 42 males, who had normal primary dentition, divided in two groups, one of four year-old boys (n=22) and the other of boys with five years old (n=20), were evaluated to determine cephalometric norms. Simultaneously, groups were evaluated to obtain information about the facial growth on those age. The measurements were taken on lateral cephalograms. Only those who had normal primary dentition and balanced profiles were selected. The cephalometric measurements were SNA, SNB, ANB, SN.GoGn, 1.1, FMA, FMIA and IMPA and linear measurements Nperp-A, Co-A, Co-Gn, maxillomandibular differential, S-N, ENA-ENP, overjet and ramus height. The Student´s t test, with significance level of 5%, was used to detect differences between the groups. Results and Conclusions: differences were detected only for angular measurements that involved the lower incisor (IMPA and 1.1). G2 individuals had their incisors more uprighted in their jaws than G1. All the linear measurements in G2 were higher than those in G1, but only Co-A, Co-Gn, and maxillomandibular differential presented a statistical significant difference. Key words: Cephalometry. Antero-posterior characteristics. Normal primary occlusion. Diagnosis. Male.

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Endereço de correspondência Vania C. V. Siqueira Rua José Corder 87 - Jardim Modelo CEP: 13.400-010 - Piracicaba/SP E-mail: [email protected]

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Artigo Inédito

Análise comparativa da maturação óssea determinada pelo método de Grave-Brown entre imagens convencionais e digitalizadas Marcia Spinelli Casanova*, Ana Isabel Ortega**, Francisco Haiter-Neto***, Solange Maria de Almeida***

Resumo

Objetivo: o presente estudo teve como objetivo comparar os estágios de maturação óssea estimados pelo método de Grave-Brown em radiografias de mão e punho convencionais e digitalizadas. Metodologia: a amostra foi composta por 129 radiografias de mão e punho de indivíduos brasileiros do gênero feminino, com idades cronológicas entre 84 e 199 meses. As radiografias foram digitalizadas e posteriormente analisadas por cinco observadores. Resultados e Conclusão: os resultados mostraram que não houve diferença estatisticamente significante entre os estágios de maturação óssea estimados, tanto nas imagens radiográficas convencionais como nas digitalizadas. Verificou-se ainda a reprodutibilidade dos observadores, sendo o valor de Kappa de 0,86 para as imagens convencionais e de 0,87 para as imagens digitalizadas. Recomenda-se a utilização de imagens digitalizadas como uma alternativa à imagem convencional para estimar a maturação óssea em radiografias de mão e punho. Palavras-chave: Desenvolvimento ósseo. Radiografias de mão e punho. Radiografia digital.

gênero, raça, fatores genéticos, ambientais, sócioeconômicos e hormonais. A avaliação em conjunto destes indicadores fornece uma medida da idade biológica do indivíduo, a qual é de grande utilidade na Odontologia, pois a idade cronológica nem sempre coincide com o estágio de maturação em que o paciente se encontra e por isso a idade cronológica, na maioria das vezes, não é um bom parâmetro para se estimar o estágio de maturação óssea de um indivíduo1. Na Ortodontia, a estimativa do grau de maturação do indivíduo constitui um auxiliar valioso na avaliação do potencial de crescimento do paciente durante o tratamento, sendo importante

introdução O grau de desenvolvimento de uma criança é freqüentemente avaliado utilizando-se indicadores que refletem as mudanças físicas que se produzem no indivíduo em processo de maturação. Avalia-se, por exemplo, a mineralização dos tecidos dentários, a ossificação das epífises e posterior fusão com as diáfises, o início do pico de velocidade de crescimento e a aparição de caracteres sexuais secundários. Estes indicadores obedecem a uma seqüência razoavelmente constante de aparecimento, porém as idades cronológicas nas quais são atingidos variam consideravelmente entre os indivíduos, sendo também influenciados pelo

* Doutoranda em Radiologia Odontológica. Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas/SP. ** Professora Assistente. Faculdade de Odontologia, Universidad del Zulia. Maracaibo, Estado Zulia, Venezuela. *** Professor Associado. Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas/SP.

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Maringá, v. 11, n. 5, p. 104-109, set./out. 2006

CASANOVA, m. s.; ORTEGA, a. i.; HAITER-NETO, f.; ALMEIDA, s. m.

Comparative analysis of bone maturation determined by Grave-Brown method in conventional and digitalized images Abstract Aim: the purpose of the present study was to compare the skeletal maturation stages estimated using the method of Grave-Brown in conventional and digitalized hand and wrist x-rays. Methods: the sample was composed by 129 hand and wrist radiographs of Brazilian girls, with chronological ages between 84 and 199 months. The radiographs were digitalized and analyzed by five observers. Results and Conclusion: the results showed no statistically significant difference between the skeletal maturation stages estimated in the conventional or the digitalized images by Grave-Brown’s method. The reproducibility of the observers was also verified, the value of Kappa was 0.86 for the conventional images and 0.87 for the digitalized images. Therefore digitalized images are a reliable alternative for skeletal maturation estimation. Key words: Bone development. Hand and wrist radiographs. Digital radiography.

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Endereço de correspondência Francisco Haiter Neto Faculdade de Odontologia de Piracicaba UNICAMP - Disciplina de Radiologia Av. Limeira, 901. Bairro Areião cx. postal 52 CEP: 13.414-901 - Piracicaba - SP E-mail: [email protected]

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Maringá, v. 11, n. 5, p. 104-109, set./out. 2006

Artigo Inédito

Análise da confiabilidade e da correlação de dois índices de estimativa da maturação esquelética: índice carpal e índice vertebral Melissa Feres Damian*, Fábio Eduardo Woitchunas**, Graziela Oro Cericato***, Fernando Cechinato***, Graziela Moro***, Michele Elisabete Massochin***, Florindo Luiz Castoldi****

Resumo

Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar a confiabilidade e a correlação de dois índices de estimativa da maturação esquelética. Metodologia: foi utilizada uma amostra de 210 radiografias carpais e telerradiografias laterais, de arquivo, de pacientes de ambos os gêneros, com idade entre 7 e 18 anos. As radiografias carpais foram utilizadas na determinação do Índice de Maturação Carpal (IMC) e as telerradiografias laterais na determinação do Índice de Maturação Vertebral (IMV). Cada grupo de radiografias foi examinado e reexaminado por 4 avaliadores, para analisar a confiabilidade de cada índice, e ainda foi realizada a comparação entre os estágios do IMC e do IMV, para avaliar a correlação entre os índices. Resultados: os resultados demonstraram que não houve diferença estatisticamente significante entre os 4 observadores nas avaliações do IMC e do IMV (p
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