Aos amigos da Índia, algumas palavras brasileiras sobre Paulo Freire, matemáticas e políticas que configuram matemáticas

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Aos amigos da Índia, algumas palavras brasileiras sobre Paulo Freire, matemáticas e políticas que configuram matemáticas Isabel Cafezeiro Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense (UFF)

Ivan da Costa Marques Programa de História de Programas e Tecnologia e Epistemologia Ciência (UFRJ)

Edwaldo Cafezeiro Faculdade de Letras (UFRJ)

Ricardo Kubrusly Programa de História de Programas e Tecnologia e Epistemologia Ciência (UFRJ)

Nosso primeiro encontro com os pesquisadores indianos ocorreu no congresso Culturas da Matemática, em abril de 2015, em Nova Delhi (http://www.math.unihamburg.de/spag/ml/Delhi2015/index.html), onde abordamos as possibilidades de reconhecimento de culturas matemáticas e a contribuição de Paulo Freire nesse tema. Após este encontro ocorreu uma segunda oportunidade, um convite para participação no Seminário sobre Pluralismo em Matemática, que foi realizado em dezembro de 2015, em Calcutá. Lá estavam presentes grupos de professores de matemática conhecedores de Paulo Freire e praticantes da Pedagogia do Oprimido no ensino da matemática. Em virtude das dificuldades de financiamento, a nossa presença no seminário em dezembro não se efetivou, mas despertou outras oportunidades, um novo convite para visita à Calcutá em 2017. Esta carta foi escrita em agradecimento a este convite, com o objetivo de comunicar um pouco do momento que vivemos no Brasil em maio de 2016.

Brasil e Índia, peles morenas, vastidão territorial, imensidão de gentes. Agregam uma diversidade de culturas e falares, e ainda hoje carregam as marcas de um passado colonial, herança de domínio e opressão das potências europeias. Figurando entre os cinco grandes nos BRICS, Brasil e Índia mostram ao mundo suas economias promissoras. No G-20, dentre as vinte maiores, enfatizam seu desprendimento do mundo subdesenvolvido. Mas o caminhar nas ruas exibe o contraste, pobreza que persiste. Dentre passado e presente, estas duas nações têm muito a dizer uma a outra. Dialogando e compartilhando experiências, amplificam-se as possibilidades de construções de trajetórias próprias, olhares cuidados às demandas das ruas, do cotidiano, da miséria e da pobreza. Aos amigos da Índia, seguem aqui algumas palavras do Brasil sobre matemática e políticas que a configuram e por vezes sufocam possibilidades de construções locais.

Nosso ponto de partida é carta1 encaminhada por dona Ana Maria Araújo Freire, viúva do educador brasileiro Paulo Freire, ao atual presidente do Brasil Michel Temer no mês de junho de 2016. Antes, cabe esclarecer: Michel Temer é recém empossado como presidente substituto (em 13 de maio de 2016), em consequência do impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff. Sob um forte empenho da imprensa, a presidente Dilma foi acusada pelo atraso no repasse de verbas de pagamentos de programas sociais: o programa Bolsa Família, iniciado no governo Lula com o objetivo de livrar parte da população do estado de miséria absoluta, e em seguida o Programa Minha Casa Minha Vida, iniciado no governo Dilma, para prover moradia à população paupérrima. O atraso no repasse de verbas é um procedimento que vinha sendo adotado pela sequência de governos anteriores 2 , mas que assumiu o status de crime na gestão de Dilma valendo-lhe o impeachment. A posse do novo presidente configurou um golpe de estado 3, uma vez que, juridicamente, não foram constatados atos extremamente graves na prática de Dilma, intencionalmente atentando contra a constituição. Este episódio faz o Brasil reviver momentos que já se consideravam superados, abrindo espaço para o ressurgimento de grupos com propostas autoritárias e retrógradas especialmente no campo da educação. Em vida, Paulo Freire (1921-1997) havia enfrentado um outro golpe de estado em 1964. Ele foi um educador brasileiro sensivelmente interessado na compreensão das questões humanas e na superação de situações de opressão, e extremamente incomodado com a realidade brasileira, um país dominado pelo analfabetismo. De início, suas práticas educativas envolviam o contato direto com grupos populares aos quais ele discursava e apresentava conceitos. Porém, ainda no início dos anos 1960, ele percebeu que o discurso abstrato repleto de conceitos estabilizados não provocava no oprimido/opressor uma atitude diferente com relação às situações de opressão, uma vez que não estimulava a percepção de cada indivíduo com relação ao seu papel 1 http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/241874/A-carta-aberta-da-vi%C3%BAva-de-Paulo-Freire-a-Temer.htm 2 A entrevista concedida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em inglês ao jornalista Mehdi Hasan da rede de televisão internacional Al Jazeera mostra a extensão desta prática em governos anteriores e a acusação à expresidente Dilma Roussef: http://www.pt.org.br/em-entrevista-a-al-jazeera-sobre-o-golpe-fhc-fica-sem-argumentos/ 3 Segundo o relato do advogado geral da União José Eduardo Cardoso, em matéria veiculada pela BBC-Brasil.

social. A partir daí ele reverteu sua ação educativa:

no lugar de levar a palavra,

expressão elitista dos educadores, aos grupos populares em discursos e conceitos como fazia de início, passou a procurar meios de estimular no indivíduo e nos grupos a expressão de sua própria palavra. Concebeu uma abordagem que causou mudanças no cenário do analfabetismo na região castigada do nordeste brasileiro. O sucesso do método de Paulo Freire foi reconhecido e acolhido pelo governo brasileiro de então, sob a presidência de João Goulart. Mas, em seguida, ocorreu o golpe militar de 1964. Sob os olhos do novo governo repressivo, a abordagem de Freire foi considerada subversiva e por isso foi interrompida. Freire passou 75 dias na prisão acusado de subversivo e ignorante, e foi mandado ao exílio. O Brasil adentrou em regime de ditadura, autoritarismo, violência e repressão das liberdades mais essenciais, que se estendeu por vinte anos. Faremos aqui algumas considerações sobre o caráter matemático presente na proposta de Freire. Mas antes disso, voltemos à carta da viúva e sucessora legal de Paulo Freire, para compreender a conjuntura da educação no Brasil de hoje e a matemática que vem se conformando nessa conjuntura. Ana Maria Freire se dirigiu ao atual presidente substituto do Brasil para protestar contra o ato “que partiu de dentro do governo através da rede do SERPRO, uma entidade pública, portanto sob a responsabilidade do Estado Brasileiro” (Freire, 2016). O ato foi a alteração no conteúdo da biografia de Freire na enciclopédia livre Wikipedia. O texto inserido identifica a obra de Freire como “projeto de educação atrasado e fraco de caráter, doutrinário marxista e manipulador”. Já foi dito aqui, mas convém repetir, que o Brasil vive agora um momento de fortalecimento do autoritarismo e intolerância. Nisso incluem-se as manifestações nas ruas em favor do retorno da ditadura por parte das classes média e alta que se veem ameaçadas com o recente acesso das classes menos favorecidas a condições mínimas de dignidade e cidadania. Incluem-se também os movimentos BBB, das bancadas rurais defensoras das elites do agronegócio (bancada do boi), em favor da liberação do

uso de armas (bancada da bala), e os grupos religiosos (bancada da bíblia 4. Incluem-se ainda diversas manifestações de caráter homofóbico e racista. No campo da educação essas manifestações vêm tomando forma a partir de movimentos que defendem aquilo que dizem ser uma “educação neutra” e combatem o que dizem ser uma “doutrinação ideológica”, e assim repudiam qualquer iniciativa de educação crítica e reflexiva, e situam o professor na condição de mero transmissor de conteúdos. Atualmente, estão em trâmite nas instâncias legais alguns projetos de lei5 que procuram instituir estas propostas. Está claro aqui que Paulo Freire, com seu estímulo à conscientização social e com seu intuito transformador, é inimigo prioritário destes movimentos. Como um resgate da velha prática medieval da inquisição, seus livros povoam as listas de livros considerados por estes grupos “perigosos e proibidos”, a despeito de serem os mais reconhecidos nacional e internacionalmente no campo da pedagogia. Neste cenário de confronto, o Brasil dá prosseguimento ao projeto que o governo julga ser primordial para a educação: o estabelecimento de um currículo unificado para todo o território. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) fixa uma lista mínima de conteúdos 6 , e mostra uma política educacional fortemente comprometida com um padrão universal de qualidade, a despeito das necessidades locais. A lista de conteúdos atua como uma forma de controlar o que acontece em cada escola buscando garantir que as coisas caminhem na "direção certa", rumo ao sucesso do mundo desenvolvido. O que certamente fica fora desta estratégia são os interesses locais, o respeito pela cultura e singularidades regionais, embora estes sejam justamente as prioridades elencadas no texto. Aqui, novamente, voltamos à Freire. No sentido inverso de uma proposta educativa engessada em conteúdos prontos, a prática de Paulo Freire se baseava na flexibilidade do diálogo e na construção de conceitos a partir da localidade (do indivíduo e seu convívio social). Suas propostas eram frutos de uma vivência, o que se percebe

4 http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bancadas-da-bala--da-biblia-e-do-boi-pressionam-temer,10000027834 5 http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=1050668 6 http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/inicio

claramente em seus livros pela fartura de histórias narradas envolvendo grupos diversos: índios, camponeses, operários, estudantes, professores, presidiários. Ele não foi um teórico de escritório. Ao contrário, a observação da vida e do viver não eram para ele apenas propostas teóricas educativas, eram o seu próprio modo de operar. Ele ia à campo e fazia política. No período em que assumiu a secretaria de educação da cidade de São Paulo, em 1989, ele criticou explicitamente a abordagem pedagógica tradicional, regulada por conteúdos, uma pedagogia repetidora e desconectada do social, em que professores têm o domínio memorizado dos conceitos que ensinam, mas apresentam dificuldades de trabalhar sem um modelo fixado, no fluxo das coisas locais: Eu acho que só há validade de algum pensamento quando ele é passível de ser refeito. Quando um pensamento ou uma proposta teórica tem que ser repetida estritamente como ela é feita eu não acredito nela. Eu acho que a validade de uma proposta está na possibilidade que ela tem de ser recriada, que ela tem de ser reinventada.7

Aí reside o ponto de conflito: na medida em que o governo brasileiro estabeleceu um projeto de educação fixado em bases nacionais e focado em conteúdos, abriu um espaço receptivo às manifestações das propostas educativas que, na reprodução dos conceitos prontos, sufocam a dimensão política do aprendizado. De fato, em 31 de maio de 2016, o projeto da BNCC foi levado à instância legislativa do governo (Câmara dos Deputados)8. As discussões foram encaminhadas por entusiastas dos movimentos conservadores calcados no combate a uma suposta "hegemonia ideológica da esquerda". Os grupos conservadores se fortalecem, e incrementam os ataques à figura de Paulo Freire e às suas propostas, como denunciou a viúva Ana Maria Freire. É um cenário confuso porque ao mesmo tempo em que encontram acolhimento na proposta do governo, estes movimentos defensores da educação tradicionalista e repetidora também criticam a BNCC em seu conteúdo humanístico por abordar “os mundos ameríndios, africanos e afrobrasileiros; interpretar os movimentos sociais negros e quilombolas; valorizar e promover o respeito às culturas africanas e

7 https://www.youtube.com/watch?v=YcS9lW2Jqow 8 http://www.camara.leg.br/internet/ordemdodia/integras/1457112.htm

afroamericanas” e por abordar questões de gênero 9 . Mas, com relação à parte matemática, não há críticas. Porquê? Passamos agora a falar da matemática de Paulo Freire. Freire tinha uma abordagem bastante matemática da alfabetização, ao que ele se refere como “uma montagem de um sistema de sinais” [Freire, 1985]. Ele buscava a construção de conceitos elaborados a partir da reflexão sobre os acontecimentos. Como foi dito, a proposta de Freire é produzida a partir de uma abundância de casos narrados, descrições em que se percebe o esforço para trazer ao leitor a percepção da experiência vivida por ele, e a formulação de conceitos a partir destas situações. Naquele tempo a alfabetização era feita a partir da repetição exaustiva de frases artificialmente montadas, por exemplo, “Vovó viu a uva” para ensinar a letra V. Eram sistemas de sinais desconectados do cotidiano, unicamente baseados na repetição de sons. Ao agricultor, ao operário, adultos alfabetizandos, essas combinações formais não comunicavam nada. Na verdade, não comunicavam também às crianças alfabetizandas. Este método deixou um rastro de analfabetismo, naturalizando a opinião de que ler e escrever seriam coisas muito difíceis. Este panorama não era diferente da matemática que se ensinava então e que se ensina ainda nos dias hoje nas escolas no Brasil, um conhecimento hermético, formal, sem vínculos com o mundo de quem aprende. Uma matemática baseada no enunciado de conceitos estabilizados e na aplicação de fórmulas prontas, onde o aprendiz, impotente e submisso, se vê no papel de absorver e reproduzir. Paulo Freire propôs um método diferente para a alfabetizar que tinha como ponto de partida a reflexão do indivíduo a respeito da sua própria condição social, o que ele chamou de “conscientização”. Com isso, envolvia o próprio indivíduo na construção de seu processo de aprendizagem. Da fala de cada um sobre sua própria vida, Paulo Freire retirava as palavras e frases para serem usadas na expressão escrita. Ou seja, mantendo aparente o processo de construção da escrita, procurava deixar evidentes os vínculos da linguagem abstrata com as coisas da vida. Ainda mais, reposicionou o 9 http://www.escolasempartido.org/artigos-top/576-quem-deve-aprovar-a-bncc

papel do aprendiz, que passou a ser agente ativo na construção do seu próprio saber. Os registros da reportagem de 201310 em comemoração aos 50 anos do primeiro grupo de alfabetização de Paulo Freire dá ideia da importância desta abordagem. Somente naquela ocasião, foram 300 trabalhadores alfabetizados em 40 horas: Aos 83 anos de idade, Idália Marrocos da Silva diz que se lembra 'como se fosse hoje' das aulas. "Nós íamos para uma casa e tínhamos aula na sala. Naquela época essas aulas aconteciam em todo lugar: na igreja, na delegacia, nas casas das pessoas. Muita gente aprendeu a ler com essas aulas", lembra. De sorriso fácil e boa memória. Dona Idália lembra que muita gente tinha medo de ir às aulas porque na época diziam que Paulo Freire era comunista e que os alunos do curso seriam perseguidos. "Muita gente tinha medo. Minha mãe não queria que eu fosse, mas essas aulas mobilizaram a cidade inteira. Foi quase uma revolução e eu queria fazer parte", conta, na cadeira de balanço, em uma casa simples onde mora sozinha.

Tempos mais tarde, como Secretário de Educação da cidade de São Paulo, Paulo Freire situou o ensino da matemática e conhecimentos considerados exatos da mesma forma como havia, antes, compreendido o ensino da leitura e escrita11: O processo de conhecimento tem (...) um momento individual do sujeito cognoscente, mas é um processo social (...). O diálogo é exigência epistemológica, faz parte do processo de conhecimento (...) É possível o diálogo no ensino das ciências exatas? Se diz “não, não é possível” (...). Reduzse o ensino da matemática a uma mera transmissão, repetir e provocar a memória mecânica do perfil do conceito que você descreve. (...) O diálogo na matemática é a indagação das relações entre o aprendizado da matemática (da aritmética, da álgebra) e a experiência social. No momento em que ele (o aluno) aprende a rigorosidade que a matemática sugere ele deve estar aberto a uma relação ou uma compreensão do social ligado a matemática.

Daqui então se compreende porque os atuais movimentos que se colocam contrários à uma educação crítica não se opõem à parte matemática da BNCC. É que ainda hoje, no Brasil, nós não aprendemos a lidar com a matemática em uma relação de diálogo, a partir da experiência social. Não temos intimidade com as entidades matemáticas ao ponto de revivê-las, experimentá-las e transformá-las. Somos meros repetidores. Assim, a discussão referente à matemática na BNCC se restringe a uma re-arrumação de conteúdos nos anos letivos, o que já atende à proposta dos grupos conservadores.

10 http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2013/04/1-turma-do-metodo-paulo-freire-se-emociona-aolembrar-das-aulas.html

11 https://www.youtube.com/watch?v=YcS9lW2Jqow

Alcançar a proposta de uma educação matemática construída sobre a experiência social exige uma mudança de postura com relação às concepções matemáticas que nos foram transmitidas, onde a matemática ocupa a posição de um saber privilegiado, cuja conformação e existência não está posta em discussão. Faz-se necessário passar a verificar que as entidades e conceitos da matemática – incluindo-se aí toda a matemática hegemônica - são construções sociais. Isto significa, deixar aparente o processo histórico de construção de entidades e conceitos para que fique claro que se desenvolveram em um determinado tempo e momento como resposta a uma demanda local. Somente assim, desprovida desse ar de saber universal, a matemática pode assumir um caráter plural, tornar-se matemáticas, permitindo transparecer as construções locais.

Esse tipo de abordagem coloca em cheque a concepção de

ciências exatas: se são construídas pelos humanos, a partir de suas demandas momentâneas e sob a lente de suas culturas e de seu tempo, a “exatidão” destas ciências se dá na mesma medida em que também se dá o rigor das outras ciências (humanas, naturais), ou seja, faz sentido em relação àquele momento, demandas e cultura. Assim, a partir de seu processo histórico, a matemática contextualiza-se, tornase alcançável, e abre-se caminho a uma pluralidade de possibilidades de construções matemáticas que se colocam ao lado da matemática hegemônica. Para este Seminário sobre Pluralismo em Matemática, compartilhamos com os amigos da Índia algumas palavras sobre matemáticas e políticas, inspiradas em Paulo Freire, sua vivência e ideias: reconhecer a experiência social da matemática possibilita acolher as manifestações matemáticas que se apresentam nas demandas do nosso cotidiano, seja no Brasil, seja na Índia, a expressão matemática dos nossos povos. Isabel Cafezeiro, Ivan da Costa Marques, Edwaldo Cafezeiro e Ricardo Kubrusly

Referências Freire, P & Betto, F. (1985) Essa escola chamada vida: depoimentos ao repórter Ricardo Kotscho, Rio de Janeiro: Ática. Freire, P. Extensão ou Comunicação? Editora Paz e Terra, 2a edição, 1974, p.41. Freire, P. (1987) Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra. Freire, P. (1989) Freire, P., D’Ambrosio, U. & Mendonça, M. C. (1997) A Conversation with Paulo Freire. For the Learning of Mathematics, vol 17, no 3, nov 1997, pp. 7-10. Gadotti, M. (2015) A voz do biógrafo brasileiro: a prática à altura do sonho. In: Paulo Freire, uma Biobibliografia. Instituto Paulo Freire. Retrieved from http://seminariopaulofreire.pbworks.com/f/unid2_ativ4paulofreire_umabiobibliografia.pdf, in Portuguese.

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