APLICAÇÃO ANDROID PARA MONITORAR OS TRANSPORTES PÚBLICOS COLETIVOS DE MOSSORÓ/RN

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APLICAÇÃO ANDROID PARA MONITORAR OS TRANSPORTES PÚBLICOS COLETIVOS DE
MOSSORÓ/RN



ANDROID APPLICATION FOR MONITORING THE PUBLIC TRANSPORTATION SYSTEM IN
MOSSORÓ-RN



João Leno Alfredo Souza[1]

Ronnison Reges Vidal [2]


RESUMO


O presente trabalho tem como objetivo principal apresentar uma solução
desenvolvida para plataforma Android, capaz de monitorar os transportes
públicos coletivos de Mossoró/RN em tempo real, assim como consultar os
pontos de parada, além de fornecer itinerários e suas respectivas rotas. A
forma de desenvolvimento abordada neste trabalho foi à utilização de
técnicas de geoprocessamento baseadas em API's (Application Programming
Interface) especializadas. Desta forma, irá possibilitar aos usuários
visualizarem onde um determinado ônibus se encontra e assim planejar suas
rotinas, evitando o desperdício de tempo nas paradas de ônibus.

Palavras Chaves: Google Maps, Ônibus, Itinerários, Geoprocessamento.



ABSTRACT


The main goal this work is presenting a solution developed for Android
platform, capable of monitoring in real time the public transportation
system in Mossoró-RN, as well as consulting the bus stops, in addition to
provide itineraries and their respective routes. The development approach
discussed in this work was of using geoprocessing techniques based on
specialized API's - Application Programming Interface. Thus enabling users
visualize where a particular bus is and thus, plan their routines avoiding
wasted time in bus stops.

Keywords: Google Maps, Bus, Itineraries, Geoprocessing.





1. INTRODUÇÃO

Desde os primórdios, a humanidade vem buscando formas de melhorar
sua qualidade de vida, seja, ela através de automatização de tarefas ou de
disseminação de informação. Tal conceito está amplamente aplicado à área de
computação, onde diversos equipamentos são utilizados para realizarem
tarefas repetitivas e automatização de processos.

Segundo (REZA B´FAR, 2005), Sistemas Computacionais Móveis são
sistemas que podem facilmente ser movidos fisicamente ou cujas capacidades
podem ser utilizadas enquanto eles estão sendo movidos. Os Sistemas Móveis
estão permitindo aos usuários que pertencem a esse meio, terem acesso a
informações em qualquer lugar unindo dessa forma alguns elementos desta
tecnologia como processamento, mobilidade e comunicação.

Além disso, a computação móvel vem ganhando espaço no mercado, e a
cada dia que passa a quantidade desses dispositivos vem crescendo cada vez
mais. De acordo com a pesquisa realizada pela IDC[3] (International Data
Computer), esta revela que no segundo trimestre de 2014 as vendas de
smartphone cresceram 23,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Isso representa um volume de 295,3 milhões de smartphones vendidos. A
expectativa é mais otimista ainda em relação ao terceiro trimestre.

A IDC prevê que pela primeira vez na história, serão vendidos mais
de 300 milhões de smartphones em um período de três meses. Com o aumento na
aquisição de dispositivos móveis por parte da população abre-se um leque de
oportunidades para o desenvolvimento de aplicações e serviços para
usuários.

Visto a grande demanda de dispositivos no mercado e oportunidades
de desenvolvimento de aplicativos para solucionar problemas do cotidiano,
tornou-se viável a elaboração de uma solução móvel de fácil acesso para os
usuários da rede de transporte público, de modo a auxiliar os cidadãos
mossoroenses chegarem a seus respectivos destinos, fornecendo informações
essenciais para sua locomoção como, por exemplo: itinerários de ônibus,
rotas, horários de todas as linhas e localização em tempo real da frota.

A partir deste momento será abordado as seguintes seções: na seção
2 será apresentado o referencial teórico que tem por objetivo explicar os
conceitos fundamentais deste trabalho. Na seção 3 será abordado a
metodologia utilizada para o desenvolvimento do mesmo. Na seção 4 é
apresentado a aplicação desenvolvido assim como seu funcionamento. Na seção
5 são apresentados os resultados e discussões e por último na seção 6 são
abordados à conclusão e os trabalhos futuros.

1.1 Problemática

Atualmente os usuários da rede de transporte público coletivo são
dependentes de informações como as rotas dos ônibus, de seus horários e sua
localização, pois atrasos decorrem de problemas mecânicos ou de
dificuldades no trânsito.

Os usuários são reféns de problemas como dificuldades de divulgação
das informações sobre os itinerários e da falta de sinalização de pontos de
paradas.
Os transportes públicos possuem um papel fundamental na vida de
milhares de pessoas, pois são os cidadãos que dependem delas para
desempenhar suas rotinas operacionais sendo que o uso dos transportes
públicos pode acarretar em vantagens como a redução de custos, poluição –
tanto sonora quanto atmosférica – e a otimização do uso das vias urbanas
(GOLDSMITH, 2006).

2. Proposta para solução do problema

A insatisfação por parte dos usuários dos transportes públicos
coletivos, devida à falta de informação e a quantidade de ônibus reduzida
são alguns dos fatores responsáveis, pela má qualidade do transporte
público. Diante desse problema foi possível buscar uma solução plausível
que abrangesse os cidadãos mossoroenses.
Com o intuito de melhorar a qualidade do serviço prestado, foi
desenvolvido um aplicativo para plataforma Android que permite identificar
e localizar em tempo real a chegada dos ônibus, assim como fornecer
horários de todas as linhas dos ônibus, pontos de paradas e itinerários.
Além de procurar minimizar o tempo gasto dos usuários em paradas de
ônibus devido a problemas com os atrasos decorrentes dos transportes
públicos, o aplicativo busca incentivar os usuários a fazer uso dos mesmos,
trazendo benefícios para cidade de Mossoró como, por exemplo: baixo índice
de poluição, fluxo de veículos reduzido etc.


1 Justificativa

A informação sobre os itinerários, horários das linhas de ônibus,
sinalização de pontos de parada, é de suma importância para locomoção dos
usuários de transporte público, pois através dela é possível que os
usuários cheguem ao destino desejado de forma simplificada, como o
trabalho, por exemplo. Também é de relevância deste trabalho viabilizar o
uso das tecnologias a favor dos cidadãos, utilizando técnicas avançadas de
hardware e software para o monitoramento dos transportes públicos de
Mossoró/RN. Considerando que dispositivos móveis atualmente possuem
recursos tais como GPS (Global Positioning System) e conectividade com a
internet, estes se tornam principais plataformas-alvo de desenvolvimento. A
facilidade no acesso a dispositivos com tais configurações é uma motivação
para o desenvolvimento da aplicação.

1.4 Objetivos


1.4.1 Objetivo Geral
Este trabalho tem como objetivo desenvolver um aplicativo na
plataforma Android para disseminar informações referentes ao transporte
público coletivo da cidade de Mossoró/RN. Assim como realizar o
monitoramento da frota de ônibus, de maneira que os resultados obtidos com
o uso do aplicativo auxiliem os usuários a chegarem aos seus respectivos
destinos de forma clara e concisa.
1.4.2 Objetivos Específicos
Mapear as rotas dos ônibus e os pontos de parada;
Realizar o monitoramento dos transportes públicos em tempo real;
Disponibilizar as informações em forma de itinerários digitais;
Estudo das tecnologias disponíveis e como estão sendo utilizadas para
a disponibilização de mapas.
2. REFERENCIAL TEORICO

A seguir serão listados os conceitos fundamentais para o
entendimento e desenvolvimento do trabalho proposto.



2.1 Trabalhos Relacionados

Nesta seção serão apresentados alguns trabalhos relacionados aos
problemas do transporte público urbano e suas aplicações tecnológicas,
todas elas voltadas para plataforma móvel.

2.1.1 Ônibus, Trem e Metrô: Moovit

O primeiro trabalho abordado é o aplicativo: Ônibus, Trem e
Metrô[4]. É um projeto colaborativo, feito com a participação dos usuários.
O aplicativo coleta inicialmente a grade horária dos veículos e então
adicionam dados em tempo real vindos dos operadores de transporte público,
do GPS dos veículos e dos próprios usuários.

2.1.2 Hora do Ônibus - Metropolitano

O próximo trabalho se trata do transporte coletivo metropolitano no
estado de São Paulo. O aplicativo Hora do Ônibus - Metropolitano[5] tem
como foco disponibilizar os horários de todas as linhas de ônibus, realizar
o monitoramento do veículo em tempo real. O mesmo inclui todas as regiões
de Campinas, Baixada Santista (Santos), São Paulo, Vale do Paraíba e
Litoral Norte, além do Corredor Metropolitano ABD.

2.1.3 Busão Curitibano

E por último o aplicativo Busão Curitibano[6], desenvolvido para os
usuários do transporte público curitibano. O aplicativo utiliza-se dos
dados sobre os ônibus coletados pela URBS (Urbanização de Curitiba S/A)
para fornecer aos usuários um sistema de monitoramento dos ônibus em tempo
real, bem como informações sobre linhas, pontos, conexões entre pontos de
linhas, horários e linhas turísticas.



2. Plataforma Android, Mapas e GPS

O sistema operacional do Android foi baseado no kernel 2.6 do
Linux, e é responsável por gerenciar a memória, os processos, threads e a
segurança dos arquivos e pastas, além de redes e drivers (LECHETA, 2010).

As aplicações desenvolvidas para essa plataforma Android são
executadas em uma máquina virtual Dalvik otimizada para dispositivos
móveis. Assim como temos a JVM para aplicações desktop temos a Dalvik para
Android, todo aplicativo desenvolvido para essa plataforma é executado
sobre essa máquina virtual. De acordo com (DARCEY e CONDER, 2012) cada
aplicativo Android roda em um processo separado, com sua própria instância
de máquina virtual Dalvik (VM).

Cada aplicativo no Android dispara um novo processo no sistema
operacional. Alguns deles podem exibir uma tela para os usuários, e outros
podem ficar em execução em segundo plano por tempo indeterminado. Diversos
aplicativos podem ser executados simultaneamente, e o kernel do sistema
operacional é responsável por todo o controle de memória (LECHETA, 2010).

O Android é a nova plataforma de desenvolvimento para aplicativos
móveis como smartphones, possui uma interface rica, GPS, diversas
aplicações já instaladas e ainda um ambiente de desenvolvimento bastante
poderoso, inovador e flexível (LECHETA, 2010).

O Google Maps é um poderoso serviço que fornece mapas e rotas para
qualquer lugar do mundo, com API do Google Maps é possível adicionar
marcadores, polígonos, sobreposições e alterar a perspectiva de uma área.
Além do mais a mesma disponibiliza uma série de recursos nativos para o
desenvolvedor como, por exemplo: Zoom e navegação pelo o mapa de forma
intuitiva.

A possibilidade de visualização do mapa com a adição de dados
específicos do aplicativo é o verdadeiro motor de sua aceitação como uma
ferramenta de visualização geoespacial (GHELMAN, 2009).

Provavelmente uma das funcionalidades do Android que mais chama a
atenção é a integração com o Google Maps e a possibilidade de desenvolver
aplicações de localização com GPS (LECHETA, 2010).

Atualmente está API se encontra na versão 3, e fornece uma vasta
gama de recursos.


2.3 Raspberry PI

De acordo com a página do Raspberry PI[7], o Raspberry PI é um
micro computador de baixo custo do tamanho de um cartão de crédito que se
conecta a um monitor ou TV, usa teclado e mouse padrão. É um pequeno
dispositivo que permite pessoas de todas as idades explorarem a computação.
Com o Raspberry PI é possível fazer quase tudo que faria com o desktop,
como por exemplo: Navegar na internet, Reproduzir vídeos em alta definição,
trabalhar com planilhas e jogar.

Além do mais, O Raspberry PI tem a capacidade de interagir com o
mundo exterior por intermédio de sensores, e tem sido usado em uma gama de
projetos.

Figura 1 – Raspberry PI



Fonte: http://www.raspberrypi.org/

O Raspberry PI está disponível em dois modelos, o modelo A e o
modelo B. A grande diferença entre os modelos é que na versão mais recente,
o modelo B possui uma porta Ethernet que possibilita realizar a conexão com
a internet.

Embora o modelo A não possua uma porta desse tipo, nada impede que
um adaptador de internet seja conectado a uma porta USB para que ele possa
se conectar a internet.
Visto a grande quantidade de poder de processamento que esse micro
computador possui e a possibilidade de interagir com o mundo externo, foi o
que viabilizou o seu uso no projeto em conjunto com o GPS responsável por
captar os sinais dos satélites em órbita e armazenar as informações para
que posteriormente possa ser transmitida para um servidor web.

2.4 Web Services

Segundo (SAMPAIO, 2006): "Um Web Service é um aplicativo Servidor
que disponibiliza um ou mais serviços para seus clientes, de maneira
fracamente acoplada". Ou seja, por meio do Web Service é possível integrar
diversos sistemas, independente da linguagem de programação utilizada, e
realizar a comunicação entre aplicações distintas.

De acordo com (TIDWELL, SNELL e KULCHENKO, 2001), SOAP (Simple
Object Access Protocol) se coloca no topo da pilha de tecnologias para
serviços web como protocolo padrão para empacotamento de mensagens
compartilhadas por aplicações. O SOAP é baseado em XML (eXtensible Markup
Language) e sua comunicação é realizada entre as aplicações por meio do
protocolo HTTP.

Para entendermos como funciona o Web Service é importante entender
o que são arquivos XML. Segundo a W3C[8] um arquivo XML é uma linguagem de
marcação utilizada para criação de documentos com dados organizados
hierarquicamente, como por exemplo: textos e banco de dados. É um dos
subtipos da SGML[9] (acrônimo de Standard Generalized Markup Language) ou
Linguagem Padronizada de Marcação Genérica capaz de descrever diversos
tipos de dados.

Basicamente o XML é uma estrutura de documento que possui atributos
organizados, permitindo que os desenvolvedores definam as tags (etiquetas)
que serão utilizadas para descrever os documentos. Dessa forma, o XML
agregar semântica, estrutura e a unidade de informação, utilizando uma
abordagem independente de plataforma, compreensível tanto pelo homem quanto
pelo computador. A seguir, vamos representar os dados da localização de um
ônibus em XML.


Abolição I
001

-5.176846
-37.349700
23:30





Como mostrado na Figura 2, o web service funciona da seguinte
maneira: o cliente realiza a requisição, o servidor processa a requisição e
retorna os dados em um arquivo no formato XML, o cliente que solicitou
recebe o arquivo XML e exibe os dados para o usuário. Todo o processo
comentado anteriormente pode ser visto na imagem a seguir:

Figura 2 – Funcionamento do Web Service.



Fonte: http://imasters.com.br/artigo/2345/flash/flash-com-webservices/

3. METODOLOGIA

3.1 Engenharia de Software

Engenharia de software é uma abordagem sistemática e disciplinada
para o desenvolvimento de software (PRESSMAN, 2006). E a base da
engenharia de software são conjuntos de atividades para o processo de
desenvolvimento de software. Como por exemplo, analise de requisito. De
acordo com (JALOTE, 2005) é através da analise de requisito é o momento
onde efetua o conhecimento do problema para desenvolver o software.

Sendo assim o foco da engenharia de software é o desenvolvimento de
sistemas com alta qualidade dentro de custos adequados. Para se alcançar
esse desenvolvimento deve-se elaborar um projeto formal de software.
(SOMMERVILLE, 2007) e (FILHO, 2000) os autores apresentam visões amplamente
esmiuçadas e que se complementam nas suas abordagens sobre os processos e
projetos de Engenharia de Software.

Com base nas definições apresentadas acima foi desenvolvido um
documento que contempla os requisitos funcionais e não funcionais do
software. O documento produzido será utilizado no desenvolvimento do
aplicativo. Além das especificações de requisitos também faz parte desse
documento o diagrama DER (Diagrama de Entidade e Relacionamento).

3.1.1 Documentação de Requisitos de Software

Os requisitos funcionais descrevem a funcionalidade ou os serviços
que se espera que o sistema realize em benefício dos usuários (FILHO,
2000). Eles variam de acordo com o tipo de software em desenvolvimento.

Requisitos funcionais podem ser expressos de diversas maneiras e,
como já foi dito antes, em diferentes níveis de detalhamento. Os requisitos
funcionais de usuários definem recursos específicos que devem ser
fornecidos pelo sistema (SOMMERVILLE, 2008).

Os requisitos não funcionais são restrições sobre serviços ou
funções oferecidas pelo sistema. Dentre elas destacam-se restrições de
tempo, sobre o processo de desenvolvimento e de padrões. A descrição das
restrições complementa a definição de requisitos (FILHO, 2000).

A seguir são apresentados os requisitos funcionais e não funcionais
do sistema.

3.1.2 Requisitos Funcionais

RF01 – O sistema deverá fornecer a localização do ônibus em tempo real
quando estiver conectada à internet.

RF02 – Ao localizar o ônibus, o sistema deverá estimar o seu tempo de
chegada até a parada de ônibus que o usuário se encontra.

RF03 – O sistema deverá exibir a rota feita pelo o ônibus.

RF04 – O sistema deverá exibir os pontos de parada.

RF05 – O sistema deverá fornecer os itinerários dos ônibus
independentemente de está conectado a internet.

RF06 – O sistema deverá informar ao usuário em qual sentido o ônibus se
desloca.

3.1.3 Requisitos Não Funcionais

RNF 01 – Ao localizar o ônibus, o sistema deverá mostrar o sentido em que o
ônibus está se deslocando por meio de um rastro no mapa no qual perderá a
opacidade à medida que se locomove, em termos de analogia, seria como um
rastro de um cometa, ficando evidente assim o sentido ao qual o mesmo está
deslocando.

RNF 02 – Todas as telas do sistema deverão ser padronizadas.

RNF 03 – Cada requisição realizada no banco dados SQLite[10] deverá ser
processada em menos 1s.

3.1.4 Diagrama de Entidade e Relacionamento

O DER (diagrama de entidade e relacionamento) descreve a estrutura
lógica do banco de dados. De acordo com (SILBERSCHATZ, 1999) o diagrama de
entidade-relacionamento, tem por base a percepção do mundo real como um
conjunto de objetos básicos, chamados entidades e o relacionamento entre
eles. As entidades são descritas por meio de seus atributos. O número das
entidades às quais outra entidade se relaciona é determinado pelo
mapeamento das cardinalidades.

Para um projeto de banco de dados bem sucedido é essencial a
modelagem do DER. A ferramenta utilizada para a modelagem foi o MySQL
WorkBench[11], na Figura 3 é mostrado o DER do sistema. A partir do DER
foi gerado os script´s de criação de tabelas, index e seus respectivos
relacionamentos para serem aplicados no banco de dados.
Figura 3 – Diagrama de Entidade e Relacionamento



Fonte: Desenvolvido pelo autor.

3.2 Arquitetura MVC

MVC (Modelo-Visão-Controle) é uma arquitetura de software que
divide a aplicação em três camadas: modelo, visão e controle.

Camada de Visão: é responsável por apresentar toda interface
gráfica do sistema para o usuário. Essa camada não possui
lógicas de negócios, portanto todo o processamento é feito pelo
modelo e então repassada para a visão (COSTA, 2008).

Camada de Modelo: é responsável por manipular toda regra de
negócio do sistema e acesso ao banco de dados.

Camada de Controle: atua como intermediário entre as camadas de
visão e modelo realizando o processamento dos dados submetidos
pelo o usuário. Essa camada seleciona uma visualização para ser
exibida como elemento da resposta a requisição do usuário
(ROHLOFF, 2007).

Na Figura 4, é mostrado o fluxo de eventos que ocorre em uma
arquitetura MVC. Tem-se primeiramente o controlador que interpreta os dados
enviados pelo o usuário por intermédio da camada de visualização, e os
envia para a camada de modelo processar a requisição. Como por exemplo: O
usuário quer saber a localização de um determinado ônibus. O modelo
simplesmente realizar uma consulta no banco de dados, obtém a localização e
logo em seguida envia para a camada de visualização, que exibe os dados
atualizados para o usuário.

Figura 4 - Fluxo de eventos e informações em uma arquitetura MVC











Fonte: Desenvolvido pelo o autor

Essa arquitetura foi adotada no desenvolvimento do aplicativo pelo
o fato da organização do projeto, reusabilidade de código, manutenção
facilitada e otimização da aplicação desenvolvida, pois caso precise
realizar uma modificação apenas na interface gráfica do sistema, então
basta apenas alterar camada de visualização sem precisar se preocupar com
as demais camadas.

A estrutura do projeto ficou separada da seguinte forma: Na Figura
5, é exibida a camada de visão, está camada é responsável por conter todas
as interfaces gráficas do sistema. Na Figura 6, é mostrada a camada de
controle, essa por sua vez realiza o processamento dos dados vindo da
camada de visão e repassa-los para o modelo. Na figura 7, é exibida a
camada de modelo, responsável por validar as regras de negócios e
funcionalidades de acesso ao banco de dados.

"Figura 5 – Visão "Figura 6 – Controle "Figura 7 – Modelo "
" Fonte: " " "
"Desenvolvido pelo o "Fonte: Desenvolvido "Fonte: Desenvolvido pelo"
"autor "pelo o autor "o autor "


4. APLICAÇÃO

4.1 Funcionamento

A base do sistema é formada pelo os seguintes componentes:
Raspberry PI, juntamente com um Shield de GPS [12]e um modem de internet
que ficará dentro do veículo.

O GPS é responsável por captar os sinais de posicionamento dos
satélites em órbita. Uma vez captado os sinais, um script desenvolvido na
linguagem de programação Python [13] é executado no Raspberry PI, o mesmo
realiza a leitura dos dados obtidos pelo satélite, e armazena as
informações de latitude, longitude e hora em um arquivo de lote, para
posteriormente transmitir as informações para um banco de dados na web.

Antes das informações serem transmitidas, são armazenadas
primeiramente em um arquivo de formato txt, para posteriormente serem
enviadas ao servidor.

Caso o sistema perca a conectividade com a internet as informações
ainda estarão armazenadas em um arquivo de lote, e quando o sistema se
reconectar à internet, um mecanismo de sincronização transmitirá as
informações automaticamente, mesmo que as informações não tenham mais
relevância para os usuários, mas é de suma importância para os controles
administrativos.

Figura 8. Funcionamento do Sistema.



Fonte: Desenvolvido pelo o autor

Na Figura 8 é mostrado o processo do sistema. Onde no lado do
Cliente, é disponibilizado um aplicativo Android que permite realizar a
localização do ônibus.

Já no lado do Servidor, quando o usuário solicita a localização de
um ônibus é realizada uma requisição por meio do web service que se
comunica com o banco de dados. As informações são obtidas por intermédio de
um dispositivo GPS, que capta os sinais de posicionamento oriundos de
satélites artificiais.

O Raspberry PI por sua vez processa a leitura desses dados e envia
para um Servidor Web por intermédio de uma rede GPRS[14]. Essas informações
são retornadas no formato de arquivo XML e o aplicativo por sua vez, lê os
dados contidos no arquivo e através da API do Google Maps, é desenhada à
localização do veículo em tempo real.

Na medida em que o ônibus se desloca é realizado o rastro do
veículo, e quanto mais ele se distancia mais fraco vai ficando o rastro no
ponto de origem, ficando assim explicito o sentido para o qual o mesmo se
desloca.


4.2 Protótipo

Um protótipo é um produto de trabalho de fase de teste e/ou
planejamento de um projeto. Pode ser compreendido como um modelo
parcialmente funcional construídos com base nos requisitos definidos para
simular o funcionamento do software a ser desenvolvido. Por meio de um
protótipo é possível interagir com o software em questão e diminuir os
riscos e incertezas. Também podem diminuir:
A viabilidade de negócio de um produto que está sendo desenvolvido
A estabilidade ou o desempenho da tecnologia-chave
Compromisso do projeto ou provisão de fundos: construindo um pequeno
protótipo de prova de conceito
O entendimento de requisitos
A aparência do produto, sua usabilidade.
A seguir é apresentado a tela de abertura do sistema (ver Figura 9)
e posteriormente o menu principal (ver Figura 10) com todas as opções
disponíveis do sistema.
Através do menu principal é possível localizar ônibus, consultar
horários, visualizar itinerário, agenda de alguns telefones úteis como por
exemplo: Samu, Polícia, empresa do ônibus entre outras.




"Figura 9. Tela de Apresentação "Figura 10. Menu Principal "
" "Fonte: Desenvolvido pelo o autor "
"Fonte: Desenvolvido pelo autor " "



As próximas imagens apresentadas mostram a lista de bairros aos
quais o transporte público transita (ver Figura 11) e seus respectivos
horários (ver Figura 12).
" Figura 11. Bairros "Figura 12. Itinerários "
" " "
"Fonte: Desenvolvido pelo o autor "Fonte: Desenvolvido pelo o autor "

Na tela de Itinerários é possível filtrar por tipo de viagem, as
opções disponíveis são: Ida/Volta, Ida ou Volta. Sendo assim se o usuário
quiser saber somente que hora o ônibus de um determinado bairro vai passar,
então basta ele selecionar o bairro e no filtro optar pela a opção de "Ida"
e as respectivas informações serão exibidas.
Na Figura 13 temos a representação de um percurso realizado por um
ônibus e a marcação de alguns pontos de paradas, e a partir da localização
de onde o usuário encontra-se é realizado um raio de x km, possibilitando o
usuário analisar qual parada de ônibus está mais próxima dele.
A Figura 14 mostra a localização de um determinado ônibus, assim
como o percurso que o mesmo realizou e o seu tempo estimado de chegada até
o local onde o usuário encontra-se.

"Figura 13. Rota e Pontos de "Figura 14. Localização do ônibus "
"Parada " "
"Fonte: Desenvolvido pelo o autor "Fonte: Desenvolvido pelo o autor "

5. RESULTADOS E DISCURSÕES

Como resultado final deste trabalho, procurou-se focar nos
problemas encontrados por parte dos usuários da rede do transporte público
urbano, com o objetivo de desenvolver uma solução de fácil acesso, que
venha contribuir de forma significativa na vida dos cidadãos mossoroenses.


Com o uso do aplicativo espera-se um aumento na utilização dos
transportes públicos urbanos por parte da sociedade, visto que muitos já
não utilizavam antes devidos aos problemas de atrasos dos ônibus, falta de
informação e sinalização de pontos de parada.

Portanto, todos os requisitos estabelecidos no início do trabalho
foram alcançados e seguidos, contribuindo de forma simbólica para o
desenvolvimento do mesmo.

6. CONCLUSÃO

Este trabalho apresentou um aplicativo que utiliza a plataforma
Android para consulta de itinerários, horários das linhas de ônibus, pontos
de parada e monitoramento em tempo real da frota de ônibus da cidade de
Mossoró/RN, com o intuito de auxiliar os usuários que fazem uso do
transporte público urbano.

O projeto também teve êxito na aplicação de boas práticas de
programação utilizando o padrão MVC (Modelo, Visão e Controle) e orientação
a objetos. Também foi de relevância deste trabalho o estudo de tecnologias
como o Raspberry, GPS e Web Services.

Ao termino deste trabalho foi constatado que os objetivos propostos
inicialmente foram alcançados, atendendo as expectativas das pessoas
envolvidas no processo.

6.1Trabalhos Futuros

Como continuação deste projeto, fica em aberto o estudo e a
expansão do aplicativo móbile para um setor administrativo, onde a
localização de toda frota de ônibus possa ser exibida em uma TV.

Também como trabalho futuro a possibilidade de desenvolver uma
rotina para que os usuários que fazem o uso do transporte público marcarem
onde existe um determinado ponto de parada, e um sistema web
administrativo, que utilize a mesma base de dados do aplicativo, para
decidir se aquele ponto vai ser aceito ou não, caso a decisão seja positiva
então esse novo ponto de parada é compartilhado para todos os usuários.

REFERÊNCIAS:

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UML and XML. First Edition, the Edinburgh Building, Cambridge: CAMBRIDGE
UNIVERSITY PRESS, 2005.
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Desligamento de Linhas de Transmissão. 2009. Monografia–Departamento de
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Janeiro. Disponível em:
. Acesso
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2006.
JALOTE, P. An Integrated Approach to Software Engineering. 3. ed: New York:
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MARTINS, José Carlos Cordeiro. Gerenciando Projetos de Desenvolvimento de
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PAULA FILHO, W.P. Engenharia de software: fundamentos, métodos e padrões.
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PRESSMAN, R. S. Engenharia de Software. 6. ed: Rio de Janeiro: McGraw-Hill,
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-----------------------
[1] Discente do Curso de Graduação em Sistemas de Informação – Faculdade de
Ciências e Tecnologia Mater Christi – Mossoró – RN – Brasil. E-mail:
[email protected]. URL do Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/6939326895526780
[2] Docente do Curso de Graduação em Sistemas de Informação – Faculdade de
Ciências e Tecnologia Mater Christi – Mossoró – RN – Brasil. E-mail:
[email protected]. URL do Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/7194044069233334.
[3]IDC. Chinese Vendors Outpace the Market as Smartphone Shipments Grow
23.1% Year over Year in the Second Quarter, According to IDC. Disponível
em:. Acesso em: 07
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[4] Aplicativo: Ônibus, Trem e Metrô: Moovit. Disponível em:
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Acesso em: 19 dez. 2014.
[5] Aplicativo. Hora do ônibus – Metropolitano. Disponível em:
. Acesso em: 19 dez. 2014.
[6] Aplicativo. Busão Curitibano. Disponível em:
. Acesso em: 19
dez. 2014.
4 Raspberry PI. What is a raspberry PI. Disponível em:
. Acesso em: 10
nov. 2014.
[7] W3C. Extensible Markup Language (XML). Disponível em:
. Acesso em: 15 de nov. 2014.
[8] SGML é um sistema usado para definir as linguagens de etiquetagem ou
criação de tags. Os autores etiquetam os seus documentos através da
representação de informações referentes à sua estrutura, apresentação e
semântica, ao longo do seu conteúdo. Disponível em: <
http://desenaviegas.dnsalias.com/sgmltut.html>. Acesso em: 15 de nov. 2014.
[9] SQLite é uma biblioteca em linguagem C que implementa um banco de dados
SQL embutido. Programas que usam a biblioteca SQLite podem ter acesso a
banco de dados SQL sem executar um processo SGBD separado.
[10] Mysql. Mysql Workbench. Disponível em:
. Acesso em: 25 nov. 2014.
[11] Shield de GPS é um módulo utilizado para captar os sinais dos
satélites. Como por exemplo: as coordenadas de latitude e longitude.
[12] Python é uma linguagem de programação de alto nível, interpretada,
imperativa, orientada a objetos, funcional, de tipagem dinâmica e forte.
[13] GPRS é a sigla de General Packet Radio Services, ou Serviços Gerais de
Pacote por Rádio. GPRS é uma tecnologia que tem o objetivo de aumentar as
taxas de transferência de dados entre celulares, facilitando a comunicação
e o acesso a redes.


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Modelo



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