Aplicação de dados de Sensoriamento Remoto na pesquisa e ensino da Geomorfologia

APLICAÇÃO DE DADOS DE SENSORIAMENTO REMOTO NA PESQUISA E ENSINO DA GEOMORFOLOGIA

1

Marcelo Henrique Viana Soares 2 Professor Orientador: Ernane Cortez Lima

Introdução: O presente trabalho apresenta as experiências de uma atividade de monitoria em forma de oficina, apresentada aos acadêmicos do curso de Geografia - Licenciatura na disciplina de Geomorfologia. Optou-se por trabalhar com o Sensoriamento Remoto (SR), que pode ser entendido conforme Florenzano (2002, p.09) como sendo “a tecnologia que permite obter imagens e outros tipos de dados da superfície terrestre, através da captação e do registro da energia refletida ou emitida pela superfície”. Ou seja, trata-se comumente de imagens (de satélite ou de Radar), que são adquiridas por meio de sensores remotos, sem necessitar de contato físico entre o sensor e a área a ser imageada. Logo, os produtos de SR tem se mostrado muito úteis nos estudos dos recursos naturais, por conta de sua visão sinóptica (de conjunto) e multitemporal (em diferentes datas), o que torna essa tecnologia de grande importância para a Geomorfologia. Objetivos: O propósito da oficina foi de apresentar aos alunos, a utilização de dados de Sensoriamento Remoto enquanto subsídio às atividades de pesquisa e ensino na disciplina já mencionada. Metodologia: A demonstração das potencialidades das imagens de satélite e de Radar na ciência geomorfológica foi feita por meio de uma oficina ministrada durante a monitoria no semestre 2014.2. Os principais tópicos abordados foram: os conceitos básicos do SR, onde obter e inserir os dados (demonstrado o uso de Sistemas de Informações Geográficas – SIG’s), exemplos de aplicação no ensino e na pesquisa e a apresentação de estudos de caso, em trabalhos feitos no próprio curso utilizando-se dos materiais e métodos mencionados. Resultados: Após essa atividade, os alunos passaram a conhecer os potenciais dos produtos de SR nas atividades de pesquisa e na possibilidade de serem utilizados como recursos didáticos no ensino da Geomorfologia, principalmente na análise das formas de relevo e de suporte aos estudos ambientais. Destaque para o conhecimento que obtiveram sobre a aquisição dos materiais, feitos principalmente nos sites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE e do United States Geological Survey – USGS, em que por meio destes órgãos é possível adquirir imagens de satélite e de Radar gratuitamente. Da mesma maneira, acharam interessante a inserção destes dados em ambiente SIG, onde conseguiram inseri-los no SIG QGIS para visualizar e analisar o espaço geográfico. Conclusão: A realização da oficina mostrou-se uma metodologia eficaz no aprendizado da temática em questão, em que se constatou seu papel integrador, já que pode ser utilizado como recurso didático/material de pesquisa científica. Podendo ser explorado em outras áreas da Geografia Física, a fim de se obter resultados mais precisos nas análises sócio-ambientais. Diante deste trabalho, cabe mencionar a importância da participação no programa de monitoria, que permitiu desenvolver com eficácia e autonomia os conhecimentos a partir da vivência em sala de aula, como também no contato com a pesquisa e com o ensino. Assim, o aprendizado obtido enquanto monitor contribui de forma positiva na formação acadêmica e futuramente na vida profissional.

Palavras-chave: Ensino. Pesquisa. Geomorfologia. Sensoriamento Remoto. Geografia Física.

_________________________________________________________________________________ 1 Estudante de Graduação do 7º semestre do curso de Geografia (Licenciatura), pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e bolsista do Laboratório de Geoprocessamento. 2 Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professor das disciplinas de Geomorfologia e Hidrogeografia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Anais do XII Encontro de Iniciação a Docência / organização Petrônio Emanuel Timbó Braga... [et al.]. – Sobral: Edições UVA, 2015.