APOIO LOGÍSTICO INTEGRADO (ALI) DO SUBMARINO NUCLEAR BRASILEIRO

May 27, 2017 | Autor: Marcos Santos | Categoria: Logistics
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APOIO LOGÍSTICO INTEGRADO (ALI) DO SUBMARINO NUCLEAR BRASILEIRO

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Na Marinha: 23 anos no Serviço Ativo da Marinha; Colégio Naval; Escola Naval (Engenharia de Sistemas); Viagem de Ouro em 2001; 10 anos embarcado em navios de guerra; 6 anos no CASNAV: Pesquisador e Gerente de Projetos da Divisão de PO; Instrutor de PO do CAAML e EsAO.

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Extra MB: Licenciatura em Matemática; Especialização em Instrumentação Matemática (UFF); Aperfeiçoamento em Matemática (IMPA); Governança de TI (FGV-RJ) e Ferramentas Estatísticas (IBMEC-RJ); Mestrado em Engenharia de Produção – PO (COPPE/UFRJ); Doutorado em Modelagem Matemática – UFF; Professor de PO, CEQ, Matemática Aplicada e Gestão da Qualidade no SENAI CETIQT

INTRODUÇÃO Submarino Nuclear  Submarino de Propulsão Nuclear

Obs: o Brasil é signatário da convenção de não proliferação de armas nucleares.

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

OBJETIVO

Destacar a importância do Apoio Logístico Integrado (ALI) para que o futuro submarino nuclear brasileiro possa exercer plenamente a sua capacidade de dissuasão.

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

PRIMÓRDIOS DA LOGÍSTICA

"Ciência militar que trata do alojamento, equipamento e transporte de tropas, produção, distribuição, manutenção, transporte de material e de outras atividades não combatentes relacionadas."

Association Française des Logisticiens d'Entreprises

"A logística é o conjunto de atividades que tem por fim a colocação, com um custo mínimo, duma quantidade de produto no local e no momento em que existe procura. A logística abarca, pois, todas as operações que condicionam o movimento dos produtos, tais como: localização das fábricas e entrepostos, abastecimentos, gestão física de produtos em fabricação, embalagem, formação e gestão de estoques, manutenção e preparação das encomendas, transportes e circuitos de entregas."

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

LIÇÕES APRENDIDAS Passados mais de 20 anos de operação no país, o grau de nacionalização das peças que compõem os equipamentos e sistemas dos ILK - 209 é muito baixo, correspondendo a menos de 3% do total.

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

LIÇÕES APRENDIDAS Este é um dos fatores que dificultam a realização da manutenção desses meios, uma vez que a maioria esmagadora dos sobressalentes precisa ser importada, demandando um tempo maior para a chegada do material ao país. Essa situação é agravada ainda mais pelo fato de que o fabricante alemão do submarino IKL – 209 (empresa HDW) impede, por contrato, que as empresas fabricantes dos equipamentos e sistemas de bordo forneçam sobressalentes diretamente para a MB. Outra grande dificuldade para a manutenção dos sistemas do submarino IKL – 209 é que não foi transferida essa tecnologia, obrigando a MB a ficar dependente de assistência técnica de empresas alemãs para algumas manutenções preventivas e corretivas. Além disso, os próprios manuais são incompletos, impedindo, muitas vezes, a realização da manutenção por contra própria. Quando isto é feito, corre-se o risco de perder a garantia do fabricante.

A IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DO MAR PARA O BRASIL -

Escoamento de 95% de nosso comércio exterior é realizado por via marítima, cujo valor, atualmente, chega a cerca de US$ 300 bilhões entre importações e exportações;

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Existência de grandes reservas de hidrocarbonetos na plataforma continental; e

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Extenso litoral marítimo com mais de 7.000 km de extensão e uma Zona Econômica Exclusiva (ZEE) de área correspondente a 4,5 milhões de quilômetros quadrados.

O QUE UM SUBMARINO TEM DE ESPECIAL?

Um submarino é uma arma de destruição ou uma arma de neutralização?

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

SUBMARINO NUCLEAR NAUTILUS O primeiro submarino nuclear do mundo foi o Nautilus, fabricado pelos Estados Unidos em 1954. Hoje, 62 anos depois, apenas cinco países contam com esse tipo de embarcação – Rússia, China, Inglaterra e França, além dos Estados Unidos. Todos integram o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

E POR QUE UM SUBMARINO NUCLEAR? Os submarinos de propulsão diesel-elétrica (chamados de convencionais) possuem reduzida autonomia e desenvolvem baixa velocidade de deslocamento. Assim, para que um submarino convencional realize um ataque eficaz, ele precisa fazer uma abordagem no setor do través para vante do navio que será atacado. Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

E POR QUE UM SUBMARINO NUCLEAR? O afundamento do cruzador General Belgrano ocorreu a 2 de maio de 1982, em consequência do ataque do submarino nuclear britânico HMS Conqueror

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

A ULTRACENTRÍFUGA NUCLEAR

Identificados os principais aspectos técnicos do desenvolvimento da ultracentrifugação, o programa nuclear da MB construiu todos os meios laboratoriais e industriais necessários para se desenvolver e implantar esta tecnologia no Brasil.

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MASSA CRÍTICA e FISSÃO NUCLEAR

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE UMA PLANTA NUCLEAR

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

DIFICULDADE DO PROJETO

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

ARRASTO TECNOLÓGICO A MB entende que é estratégico para a Defesa Nacional projetar e construir submarinos nucleares no país, visando obter um adequado poder de dissuasão, na mesma medida é vital também possuirmos a capacidade de realizar a sua manutenção, seguindo o princípio da independência nacional, alcançada pela capacitação tecnológica autônoma, inclusive nos estratégicos setores espacial, cibernético e nuclear. Portanto, a MB deve projetar todo o sistema de apoio logístico do SN-BR da maneira mais independente possível, com o apoio da indústria nacional, a fim de extrair o máximo do seu inerente poder de dissuasão.

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

MUDANÇA DE MENTALIDADE Esquadra Branca Perderam considerável parte do seu poder de dissuasão, pela absoluta falta de capacidade técnica de o país prover apoio logístico àquelas plataformas.

MUDANÇA DE MENTALIDADE ALI: coloca a logística no mesmo patamar de importância da capacidade do país em projetar, construir e operar submarinos com propulsão nuclear.

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

APOIO LOGÍSTICO INTEGRADO (ALI) Planejar e orientar a implementação do apoio logístico de um novo meio (navio, submarino, aeronave) ou sistema, desde sua concepção e ao longo de sua vida útil, compatibilizando o máximo de disponibilidade com o mínimo de custos de operação e manutenção.

O termo ALI teve origem no âmbito das Forças Armadas dos EUA. Apoio Logístico Integrado ou ALI, na tradução direta para a língua portuguesa ― Integrated Logistics Support, refere-se ao gerenciamento disciplinado e unificado em um só processo das técnicas da Logística, em benefício do desenvolvimento de produtos e fornecimento de serviços. Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

APOIO LOGÍSTICO INTEGRADO (ALI) Um dos propósitos do ALI é o de garantir a disponibilidade dos sistemas ou equipamentos, ou seja, maximizar a probabilidade de que eles estejam prontos para executar aquilo que se espera, quando necessário, através do correto dimensionamento financeiro e físico do apoio logístico. É uma atividade multidisciplinar que requer o envolvimento dos diferentes setores da organização, relacionados à operação e à manutenção do novo meio, para que, de uma forma integrada, sejam desenvolvidas as especificações técnicas associadas a este.

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

APOIO LOGÍSTICO INTEGRADO (ALI) A DCNS proverá à Marinha a Assistência Técnica necessária para a elaboração e conclusão do Processo de Projeto do SN-BR, visando a completa elaboração do Projeto Preliminar do SN-BR, Projeto Básico, Projeto de Definição e Projeto de Construção, para a perfeita construção, testes, operação e manutenção do SN-BR.

APOIO LOGÍSTICO INTEGRADO (ALI)

Essa é a principal ação em curso da MB na área de apoio logístico, visando garantir, desde o início do projeto, a manutenção dos futuros SN-BR através do prévio delineamento e prontificação de toda a estrutura de apoio logístico de manutenção da Base Naval e Estaleiro de Manutenção em Itaguaí

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

APOIO LOGÍSTICO INTEGRADO (ALI) Como o projeto do SN-BR está em sua fase inicial, o ALI está voltado, no momento, em trabalhar a concepção deste meio com ênfase no aspecto de manutenção, definindo os parâmetros iniciais que irão nortear a escolha dos sistemas e equipamentos que irão compor a plataforma. Somente após a conclusão dessa etapa é que o ALI poderá avançar na definição do ferramental e demais itens que deverão existir na Base Naval e Estaleiro de Manutenção em Itaguaí em apoio ao submarino nuclear.

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

APOIO LOGÍSTICO INTEGRADO (ALI) Como a própria MB admite, o Estaleiro de Construção e Estaleiro de Manutenção em Itaguaí estão sendo construídos porque o AMRJ e qualquer outro estaleiro no país não atendem as condições necessárias para a construção e manutenção de submarinos nucleares, principalmente requisitos ambientais e de controle de qualidade, exigidos pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) e pelo Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

APOIO LOGÍSTICO INTEGRADO (ALI) Visando atender esses requisitos, a MB optou por escolher uma área localizada na região de Itaguaí – RJ, devido aos seguintes motivos: -Proximidade da empresa Nuclebrás Equipamentos Pesados (NUCLEP) que, desde o projeto de construção dos submarinos IKL - 209, confecciona os cascos resistentes. Essa mesma empresa deverá fabricar o casco do futuro SN-BR. -Proximidade do parque industrial brasileiro, localizado entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. -Proximidade de um canal de acesso marítimo, com profundidade que permite o trânsito de submarinos. -Disponibilidade de vias de acesso, infraestrutura e de mão-de-obra especializada. -População local de baixa densidade demográfica e características geográficas adequadas ao empreendimento. -Proximidade da Base Aérea de Santa Cruz, que pode prover proteção aérea ao complexo naval. -Proximidade das usinas nucleares de Angra dos Reis, que já possuem planos de emergências nucleares, necessários à evacuação dos residentes em caso de acidente nuclear.

APOIO LOGÍSTICO INTEGRADO (ALI) Considerando que o SN-BR não é uma plataforma estática, e por isso mesmo deve operar com frequência afastado de sua base, é lógico afirmar que há a possibilidade, em algum momento, desse meio vir a necessitar de manutenção corretiva urgente de forma inopinada. Portanto, a MB deve estudar opções para que a logística naval possa apoiar prontamente o SN-BR nessa situação, onde quer que ele esteja.

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

A LOGÍSTICA E SEU VIÉS ESTRATÉGICO Não basta ter a capacidade de projetar, construir e operar um submarino de propulsão nuclear. Se quisermos extrair do futuro SN-BR todas as suas potencialidades e, consequentemente, todo o seu poder dissuasório intrínseco, a logística nacional e, mais específicamente, a logística naval, tem que ter a capacidade de apoiar este meio onde quer que ele esteja.

Prof. M.Sc. Marcos dos Santos

RETORNO PARA A SOCIEDADE

Milhares de empregos para a construção da Base de Submarinos

Saneamento da economia de Itaguaí e adjacências

Coloca o Brasil em outro patamar geoestratégico

Arrasto tecnológico; Criação de tecnologias duais

Proteção dos interesses nacionais

CONTATOS

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