Apresentação \" Conceptualizing Culture in Social Movement Research \"

June 3, 2017 | Autor: Britta Baumgarten | Categoria: Social Movements, Culture, Movimentos sociais
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Apresentação "Conceptualizing Culture in Social Movement Research"

O livro é um produto de uma rede de cooperação entre investigadores que trabalham sobre movimentos sociais. Tivemos financiamento para três anos da fundação DFG para encontros e para convidar cientistas reconhecidas na área de movimentos sociais e cultura. Então o livro resulta de um debate profunda de mais que quatro anos entre os autores e os membros da uma rede. Encontramos duas vezes por ano para discutir cada uma das contribuições ao menos duas vezes. Foi um processo extraordinário de aprendizagem e de produção de qualidade. Mas vamos agora falar sobre a ideia e o conteúdo do livro.
Primeiro: Porque é que nos queríamos editar um livro teórico sobre cultura e movimentos sociais?
Cultura tornou-se realmente num conceito muito prominente na pesquisa sobre movimentos sociais. Apesar da sua omnipresença, no entanto, o conceito de cultura é geralmente usado numa forma não sistemática e desnecessariamente limitada. É frequentemente usado como uma simples adição aos modelos existentes. Abordagens recentes começaram a responder a algumas dessas deficiências, mas continuam a ficar à margem da investigação sobre movimentos socias.
O livro pretende contribuir para a sistematização destes diferentes novos conceitos de cultura. Quer comparar abordagens, avaliar deficiências teóricas e apresentar novas formas de análise cultural no estudo dos movimentos sociais e de protesto.
Há de fato uma longa tradição de incluir a cultura na pesquisa sobre movimentos sociais. Recentemente cultura tem sido entre os campos de pesquisa que no âmbito da chamada "virada cultural" tenham ganhado notavelmente importância. Cultura foi introduzida na pesquisa sobre movimentos sociais mais a sério a partir da década oitenta. Isto levou a uma série de conceitos inovadores que influenciaram a literatura sobre os movimentos consideravelmente. Especialmente as abordagens dos novos movimentos sociais e identidade coletiva são abordagens culturais que pertencem ao núcleo da teoria atual dos movimentos sociais. Além disso, os modelos clássicos tenham incluído fatores culturais. Então vimos o nascimento de "estruturas de clivagem", "estruturas de oportunidade culturais" ou o "contexto discursivo".
No nível conceitual de definição de cultura, as abordagens culturais existentes no âmbito da teoria dos movimentos sociais atual variam muito. Alguns aplicam conceitos weberianos da cultura como valores e crenças ou a cultura como um conjunto de práticas utilizáveis disponíveis. Existe ademais a cultura como organização de esquemas de cognições.
Até agora há só poucos estudos que usam uma perspetiva "total" e não "parcial" de cultura. O uso de conceitos de cultura na pesquisa em movimentos sociais manteve-se limitada e fragmentada.
Isto é principalmente devido a três tendências de liderar com a cultura:
Em primeiro lugar, um foco em apenas certas dimensões da cultura;
em segundo lugar, uma definição estreita de cultura; e
em terceiro lugar, uma oposição enganosa entre cultura e estrutura.

O livro sistematiza o uso de conceitos de cultura na pesquisa em movimentos sociais em três maneiras:
Primeiro, todos os capítulos deste livro têm um forte enfoque conceitual. Para efeitos de clareza conceitual pedimos cada autor responder três perguntas sobre a sua abordagem cultural. Estas questões foram:
1) Como é definida a cultura e como esta definição se relaciona com outras existentes?
2) Quais perguntas podem ser respondidas com sua abordagem e quais perguntas seriam melhor tratadas em outras?
3) Quais aspetos da cultura estão em destaque na sua abordagem e por quê?
Isso ajuda a comparar e conectar as diferentes abordagens culturais apresentados no livro. Há diferencias importantes nos conceitos usados. Em primeiro lugar, a cultura é definida restrito - então apenas relativa a uma esfera específica da vida social - ou ampla (relativa a maioria ou todas as esferas da vida social). Com boa razão, nenhum dos autores deste livro restringe a cultura aos chamados movimentos culturais (Para nos não existem movimentos não-culturais). No entanto, uns autores empregam conceitos mais amplos do que outros, notando que um conceito amplo é ´convincente mas traz desafios práticos.
O segundo critério de distinguir as abordagens é se a cultura é prioritariamente conceitualizada a partir de um ponto de vista individual ou coletiva. Essas duas abordagens são ligados a diferentes tradições sociológicas mais amplas. Muitos capítulos deste livro combinam as vantagens de ambas as tradições. Além disso, os autores enfocam diferentes tipos de coletividades.
O último critério lida com a questão se a cultura é criado e usado conscientemente ou inconscientemente. Aqui, novamente, as duas abordagens podem ser encontrados nos capítulos deste livro. Os autores consideram tanto o uso estratégico da cultura, bem como rituais menos refletidos.
2 Cada das partes do livro aborda uma dimensão diferente da relação entre cultura e movimentos. A primeira parte usa a cultura como um quadro ou uma condição formativa dos movimentos sociais. A minha contribuição argumenta pela constante importância do estado nacional pelos movimentos sociais. Peter Ullrich e Reiner Keller sugerem um projeto de pesquisa comparativa cross- cultural usando métodos qualitativos de análise de discurso. Jochen Roose propõe um modelo teórico para medir quantitativamente o impacto das culturas nacionais de mobilização.
3 A segunda parte se concentra na cultura interna dos movimentos sociais - tanto influenciando ações do movimento, bem como sendo desenvolvida por eles. Priska Daphi conceitualiza espaço como parte de cultura interna de movimentos sociais. Cristina Flesher Forminaya usa o conceito do habitus (Bourdieu) e mostra como habitus pode significar um obstáculo à cooperação entre subculturas de movimentos sociais. Memória coletiva e seu papel no diálogo interno de movimentos sociais é o foco de Nicole Doerr enquanto Jeffrey Juris focaliza no papel da performance cultural na geração de imagens, emoções e alternativas subjetividades políticas.
4 A terceira parte conceptualiza a cultura e a mudança cultural como resultado da ação dos movimentos sociais. Então enfoca nos resultados culturais de movimentos sociais. Olga Malets e Sabrina Zajak exploram o papel dos movimentos sociais na mudança cultural através da difusão global. Erik Neveu representa a transformação de eventos de mobilização para a memória em processos de longo prazo.
5 Além disso, uma parte introdutória oferece uma visão geral das abordagens existentes e suas deficiências. James Jasper por exemplo examina o papel das emoções, Laurence Cox explora os méritos de teorias marxistas ocidentais em examinar a cultura dos movimentos socais e Junho Nash analisa a cultura de movimentos sociais a partir da perspetiva antropológica.
Para concluir: o livro pretende contribuir para a literatura sobre a cultura e os movimentos sociais. Fornece uma vis o sistemática dos diferentes conceitos de cultura em pesquisa sobre movimentos sociais e introduz abordagens inovadoras para superar algumas das lacunas da literatura. Esperamos informar os leitores sobre conceitos promissores, a sua aplicação e os seus pontos fortes e pontos fracos. Esperamos inspirar os futuros debates sobre o papel da cultura na dinâmica dos movimentos sociais.


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