Apresentação: Tropicália

June 3, 2017 | Autor: Thais Vinhas | Categoria: Literatura brasileira, Literatura, Tropicália
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ANTIGO NOVO

Seminário - Tropicalismo -

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POESIA CONCRETA... Fase literária voltada para a valorização e incorporação dos aspectos geométricos à arte. Grandes nomes: Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos. Década de 50.

A comunicação através do VISUAL era a forma de expressão de todas as poesias concretas.

Rompimento com o verso tradicional...

Arte poética que tivesse forma de um modo diferente, aproveitando conceitos pouco ou nunca antes explorados pelos autores consagrados. Engoliu-se o ‘poema pílula’ de O. Andrade. Língua dinâmica, em harmonia com a realidade.

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Ver navios, Haroldo de Campos (1957/1959)

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CONTEXTO HISTÓRICO... Década de 60, século XX. ►

1964

• Mundialmente: auge da Guerra Fria • Brasil: concretização do Golpe Militar

CASTELLO BRANCO (1964-1967) Eleições indiretas para presidente. Dissolução dos partidos políticos (bipartidarismo). Aprovação da Constituição de 67 legitimando atuação do regime militar. COSTA E SILVA (1967-1969) Protesto e manifestações sociais. Oposição ao regime militar cresce. UNE (Passeata dos Cem Mil), greves operárias em Minas Gerais e São Paulo. Guerrilha urbana, juventude de esquerda. Decreto do AI-5 (13/12/68). GOVERNO DA JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969) Decretada a Lei de Segurança Nacional (29/09/1969). Reclusão (pena mínima) e morte (pena máxima) aos tipificados como criminosos, já que Art. 1º Toda pessoa natural ou jurídica é responsável pela segurança nacional, nos limites definidos em lei. Art. 2º A segurança nacional a garantia da consecução dos objetivos nacionais contra antagonismos,tanto internos como externos. Art. 3º A segurança nacional compreende, essencialmente, medidas destinadas à preservação da segurança externa e interna, inclusive a prevenção e repressão da guerra psicológica adversa e da guerra revolucionária ou subversiva .

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CONTEXTO HISTÓRICO... Década de 70, século XX. MEDICI (1969-1974) “Anos de chumbo”. Uma severa política de censura. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. Economia a todo vapor, porém os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevadíssima GEISEL (1974-1979) Insatisfação popular em altas taxas. Militares insatisfeitos começam atacar ataques clandestinamente aos membros da esquerda. Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus. Surge uma luz para a volta da democracia no Brasil. GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985) MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. Lei da Anistia.

1984 – movimento da Diretas Já...

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FERREIRA GULLAR

DIZ....

“A VANGUARDA (avant-garde) como movimento artístico ou literário é um fenômeno relativamente recente. Personalidades inovadoras, artistas que se adiantaram a seu tempo, que romperam com os estilos consagrados, não são raros na história da arte desde quando se tornou possível identificar a autoria da obra.”

“(...) vanguarda” das artes, abrindo novos domínios à expressão estética.” “(...) a “politização” penetra no campo da arte, provocando inclusive a divisão do movimento em facções, em correntes, que polemizam entre si.” O HOMEM É NADA E A OBRA, TUDO - Sartre –

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FERREIRA GULLAR

DIZ....

Vencer a contradição arte-sociedade, o artista “elimina” um dos polos da contradição – a sociedade; a contradição reaparece noutros termos: entre o homem (a vida) e a arte; ele então “elimina” o homem, e a contradição, radicalizada se põe dentro de seu próprio trabalho, entre a arte e a fonte dela que, se não é mais o homem, é a natureza como sistema abstrato de leis: a obra seria, então, fruto da probabilidade, luta contra o acaso.

“(...) a problemática da arte é uma parte da problemática geral da História em cada época, em cada sociedade.”

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MOVIMENTO... Cultura Popular + Vanguarda + Tradicional + Radical =

Formado por um grande Coletivo. O movimento fez uma reforma cultural, sobretudo na música, mas também no teatro, cinema e artes plásticas.

Sincretismo das mais variadas formas...

► SER AUTENTUICO é SER REVOLUCIONÁRIO◄ Inovações... Romper com Bossa Nova e Música de Protesto. “Precisamos resistir, preciso cantar” Diálogo com tudo e mais uma coisa. ALVO: a Massa

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CPCS Centro de Popular de Cultural Arte popular revolucionária

• Arena de Cultural, ampliou os eventos culturais além burguesia por meio do Movimento Estudantil;

• O tropicalismo criou uma visão a mais sobre a Cultura e Política da frente Esquerda; •Tropicalismo disputando com a frente de Esquerda;

• Tropicalismo era tido como um desfoque da luta revolucionária pela frente; • A esquerda queria combater o imperialismo; A Tropicália queria mostrar que a luta contra o atraso social era mais complexos; Seminário - Tropicalismo -

BRASIL É UM CONTRASTE

CRÍTICA:

NOVO ANTIGO ANTIGO NOVO A coisa MODERNA tem efeito estético PODEROSO; A necessidade de ser autênticos!

A alegoria do Tropicalismo é um ABSURDO; ABSURDO que evidencia os contrastes insolúveis;

ESPERANÇA com toque de REBELDIA? A necessidade de se enxergar o mundo que se precisa ver... ► O PROGRESSO NAO EXISTE ◄

Um Neo Antropofagismo de O. Andrade. É uma tentativa PAULO FREIRE.

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TROPICÁLIA –

CAETANO VELOSO Título

"Tropicália"

Caetano Veloso

"Clarice"

Caetano Veloso José Carlos Capinan

"No dia em que eu vim-me embora" "Alegria, alegria" "Onde andarás?" "Anunciação"

Lançamento

LP 1968

Gravação

1967

Gênero(s)

Tropicália, MPB, Rock Psicodélico

Gravadora(s)

Philips

Produção

Rogério Duprat

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Compositor(es)

Caetano Veloso Gilberto Gil Caetano Veloso Ferreira Gullar Caetano Veloso Rogério Duarte

"Superbacana" "Paisagem útil" "Clara"

"Soy Loco Por Ti America"

Caetano Veloso Perinho Albuquerque Gilberto Gil Torquato Neto Capinam

"Ave Maria" "Eles"

Caetano Veloso Gilberto Gil

Quando Pero Vaz Caminha Descobriu que as terras brasileiras Eram férteis e verdejantes, Escreveu uma carta ao rei: Tudo que nela se planta, Tudo cresce e floresce. E o Gauss da época gravou. Sobre a cabeça os aviões Sob os meus pés os caminhões Aponta contra os chapadões Meu nariz Eu organizo o movimento Eu oriento o carnaval Eu inauguro o monumento No planalto central do país Viva Viva Viva Viva

a a a a

Bossa, sa, as Palhoça, ça, ça, ça, ça Bossa, sa, as Palhoça, ça, ça, ça, ça

O monumento É de papel crepom e prata Os olhos verdes da mulata A cabeleira esconde Atrás da verde mata O luar do sertão O monumento não tem porta A entrada é uma rua antiga Estreita e torta E no joelho uma criança Sorridente, feia e morta Estende a mão Viva Viva Viva Viva

a a a a

mata, ta, ta mulata, ta, ta, ta, ta mata, ta, ta mulata, ta, ta, ta, ta

No pátio interno há uma piscina Com água azul de Amaralina Coqueiro, brisa e fala nordestina E faróis

Na mão direita tem uma roseira Autenticando eterna primavera E no jardim os urubus passeiam A tarde inteira entre os girassóis Viva Viva Viva Viva

Maria, ia, ia a Bahia, ia, ia, ia, ia Maria, ia, ia a Bahia, ia, ia, ia, ia

No pulso esquerdo o bang-bang Em suas veias corre Muito pouco sangue Mas seu coração Balança um samba de tamborim Emite acordes dissonantes Pelos cinco mil alto-falantes Senhoras e senhores Ele põe os olhos grandes Sobre mim

Viva Viva Viva Viva

Iracema, ma, ma Ipanema, ma, ma, ma, ma Iracema, ma, ma Ipanema, ma, ma, ma, ma

Domingo é o fino-da-bossa Segunda-feira está na fossa Terça-feira vai à roça Porém...

O monumento é bem moderno Não disse nada do modelo Do meu terno Que tudo mais vá pro inferno Meu bem Que tudo mais vá pro inferno Meu bem Viva a banda, da, da Carmem Miranda, da, da, da, da Viva a banda, da, da Carmem Miranda, da, da, da, da

Lançamento

LP 1967

Gravação

1967

Gênero(s)

Tropicália Rock Psicodélico

Gravadora(s)

Philips

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ALEGRIA ALEGRIA CAETANO VELOSO

Caminhando contra o vento Sem lenço, sem documento No sol de quase dezembro Eu vou

Ela pensa em casamento E eu nunca mais fui à escola Sem lenço, sem documento, Eu vou

O sol se reparte em crimes, Espaçonaves, guerrilhas Em cardinales bonitas Eu vou

Eu tomo uma coca-cola Ela pensa em casamento E uma canção me consola Eu vou

Em caras de presidentes Em grandes beijos de amor Em dentes, pernas, bandeiras Bomba e Brigitte Bardot O sol nas bancas de revista Me enche de alegria e preguiça Quem lê tanta notícia Eu vou

Por entre fotos e nomes Sem livros e sem fuzil Sem fome sem telefone No coração do Brasil

Por entre fotos e nomes Os olhos cheios de cores O peito cheio de amores vãos Eu vou Por que não, por que não

Ela nem sabe até pensei Em cantar na televisão O sol é tão bonito Eu vou Sem lenço, sem documento Nada no bolso ou nas mãos Eu quero seguir vivendo, amor Eu vou Por que não, por que não...

REFERENCIA • Augusto e Haroldo de Campos, Décio Pignatari: Teoria da Poesia Concreta • Ferreira Gullar: Vanguarda e subdesenvolvimento • Caetano Veloso: Verdade Tropical

• Roberto Schwarz: Cultura e Política (1964-1969) Verdade Tropical: um percurso do nosso tempo

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OBRIGADA Universidade Federal do Rio de Janeiro Faculdade de Letras Departamento de Ciência da Literatura Rio de Janeiro, abril de 2014. Seminário apresentado a fim de obtenção de nota para a disciplina: Teoria Literária IV, ministrada pelo Prof. Dr. André Bueno. Alunas/DRE: Chuana Di Franco 109066444 Cleyssiane Oliveira 112226891 Thaís Vinhas 112202384

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