Apresentaçãopôster UFSBA 2016.pdf: A articulação de objetos midiáticos e fenômenos culturais: do percurso da operatividade figurativa transformadora no ensino de língua portuguesa

May 31, 2017 | Autor: E. Damasceno | Categoria: Ensino Língua Portuguesa, arte, educação e linguagens
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68ª Reunião Anual da SBPC -1636

8.01.06 – Linguística/Linguística Aplicada

A articulação de objetos midiáticos e fenômenos culturais: do percurso da operatividade figurativa transformadora no ensino de língua portuguesa Elizabete Aparecida Damasceno¹ ¹profa. - Departamento de Humanidades – FICS (2012-2015) afiliada SBPL e CNPq - ABRALIN (Associação Brasileira de Linguística)

E-mail: [email protected] Palavras-chave: ensino de português; comunicação e tecnologias; linguística aplicada RESULTADOS

INTRODUÇÃO O signo lateja: o importante é saber ouvi-lo. (Ignácio Assis Silva)

Nas aulas de leitura e produção de textos, considerados os diferentes níveis inerentes racionalidade mítica (tensivizante) e racionalidade algorítmica (discretizante) - seja em relação ao estudos da Linguagem Jurídica/Argumentação e Retórica (quadro2), seja em relação ao Projeto de Comunicação em Mídias Digitais/Comunicação Empresarial (quadro1),

Em aulas de língua portuguesa (espaço de discursos interculturais), nos cursos de Direito e de

foi possível estabelecer metodologia ativa para estudar estrutura estruturante ou subjacente

Administração (FICS/2012-2015), este estudo, no âmbito da semiologia da linguagem, teve

a instaurar um sistema de significação e um ritmo e metacognição, remetendo a um sistema

como tarefa a interpretação de objetos de códigos culturais (cinema, pintura, desenho,

de valores e à assunção dos objetos a uma função simbólica determinada por sintaxe que -

fotografia, escultura, arquitetura, gastronomia), objetos essencialmente não-linguísticos e a

pela semiótica narrativa e discursiva (GREIMAS) e por um campo ideológico, sujeitos ao jogo

leitura, interpretação e produção de textos - orais e escritos - de diferentes tipos e gêneros

de oscilações entre formas e história, princípios e estruturação, na camada profunda –

textuais em diferentes suportes de comunicação. Propôs, por operação cognitiva, reduzir objetos

possibilitou organizar o substrato figurativo a partir do qual o objeto, o texto ou o

não-linguísticos a pressupostos e categorias linguísticas (BARBOSA), reconhecendo-se, dessa

microuniverso semântico, enreda, molda e enforma tema(s) e sentido(s). E o discurso, sob

prática, que a composição de objetos não-linguísticos não se dá por uma característica

figuratividade profunda e inquietante, fez/faz circular, ativa e passivamente, valores e

relacional, propriedade constitutiva essencial dos objetos linguísticos, por excelência. A

crenças, que, repercutindo e ressoando, na estrutura de superfície de diferentes fenômenos

modelagem, problematização de temas e a seleção de fenômenos culturais objetivaram a

culturais, num movimento incessante de linguagem, constrói percursos e processos de

articulação de tecnologias de informação e comunicação (TICs) em sistema híbrido de ensino,

conceptualização

com a manipulação de objetos midiáticos, para reconhecer, em diferentes textos - tipos e

transformadora - que perpassa diferentes linguagens e não só a linguagem verbal, de modo

gêneros - variedades multifacetadas e multidimensionais do comportamento humano na textura

interdisciplinar, de que resultou um espectro significativo da proximidade entre diferentes

e tessitura do próprio universo sociocultural. Também situações de comunicação foram centro

percursos figurativos de semelhante tensão figurativa (quadro 3).

de

mundo,

operatividade

e

função

da

racionalidade

mítica



de atividades de manipulação léxico-sintáxico-semântica e discursiva (CHARAUDEAU), considerando-se que o percurso de produção e apreensão do saber é um ato de vontade do destinatário, o que pode obrigar o destinador não apenas a um fazer-saber, mas, sobretudo, a um fazer-crer e a um fazer-fazer, o que já é um ato de interpretação a considerar não só determinações e sobredeterminações, como também modalizações e sobremodalizações discursivas (PAIS). Haveria, então, uma figuratividade profunda atuante, repercutindo e ressoando na superfície dos textos - orais e escritos - em seus diferentes gêneros e suportes? E haveríamos de pensar em um componente mítico a dar conta dos processos de figurativização e dos jogos de figuratividade nas diferentes linguagens e correspondentes retóricas, considerados interesse e pertinência de um substrato figurativo para a transformação de um estado de coisas (macrossemiótica do Mundo Natural) num estado sígnico (macrossemiótica da Língua Natural) e o processo humano da semiose ilimitada?

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O estudo de fenômenos culturais considerou a interdependência de relações complexas entre fenômenos de comunicação (sistemas de signos inscritos e constituídos na e pela relação social humana), sistema híbrido de comunicação e a problematização de temas transversais para operatividade, essencial, histórica e social da situação comunicativa intercultural de que participam atores sociais, estudadas e destacadas, em diversas situações discursivas, as competências: a) modal (modalidades epistêmicas do querer, do saber, do poder, do dever relacionadas ao Ser e Fazer, possibilitando-se um jogo dialógico entre universal afirmativo

Quadro 3 – arquitetura de um modelo didático de análise semiolinguística. textual e discursiva em aulas de leitura, análise e produção textual

universal negativo particular afirmativo particular negativo); b) semântica (valores,

CONCLUSÕES

crenças, emoções, aspirações e projetos determinantes da comunicação decorrentes das relações históricas, sociais e ideológicas). Por outro lado, a significação tem sido tratada pela

Partindo-se do funcionamento e da

vertente do logos, pela taxonomização, formalização tendente a uma racionalização algorítmica,

imaginário), na camada profunda, para organizar o substrato figurativo a partir do qual o texto

Todavia, há outra vertente da linguagem: o mythos, em que a palavra conserva, e também

entrama, molda e enforma tema(s) que o discurso coloca em movimento e da análise textual e

renova o seu poder figurador original ao se transformar em expressão artística (SILVA).

discursiva, determinaram-se valores, hábitos e força de certas cargas emotivo-afetivas. E sob

estruturação de primitivos figurativos (arcabouço do

dimensão de análise transversal foi possível identificar redes de conhecimento e competências comunicativas (inter)culturais. Dos aspectos epistemológicos vivenciados, foi possível pensar em

componentes

míticos

subjacentes

(matriz

figurativa)

a

diferentes

processos

de

figurativização, que, com o auxílio de instrumentos e ferramentas midiáticas, possibilitaram atestar o papel crescente de modelos figurativos na inventividade e criatividade científica como balizas para a construção de novas arquiteturas de ensino-aprendizagem de línguas.

REFERÊNCIAS PAIS, C.T. -

Les procedes de structuration semiologique et les univers semantiques. In.:

Conditions semantico-syntaxiques et semiotiques de la productivité systemique, lexicale et discursive, Thèse de Docteur d’Etat dès-Lettres’Université-IVParis, tomo I, 1993. BARBOSA, M. A. _ Língua e discurso: contribuição aos estudos semânticos-sintáxicos, Quadro 1 . curso de ADM- ESTUDO DE CASO “RENNER” - anotações do processo de elaboração do estudo e produção de textos em diferentes suportes de comunicação .

Quadro 2 – exposição do Tribunal de Justiça - SP na IES (em 2015) para o curso de Direito: decurso de motivação para estudos de peças discursivas (textos verbais e sincréticos) sobre a temática da mulher em sociedade/ Argumentação e Retórica.

_________________________________________________________________________________________________________________________ CNPq SBPL http://lattes.cnpq.br/9366808294245314

Sociedade Brasileira dos Professores de Linguística

S.P: Plêiade Editora,1996. BITTAR, E.C.B.-Linguagem Jurídica -5ªed., SP, Saraiva, 2010. CHARAUDEAU,P. - Linguagem e discurso: modos de organização, SP, Ed. Contexto, 2008. GREIMAS, A.J. – Du sens, Paris, Seul, 1970. SILVA, I. A. – Figurativização e metamorfose – o mito de Narciso, Ed. da UNESP, 1995

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