Apresentação_TransforAmar a Prática Educativa_CARNEIRO_Fábio

July 14, 2017 | Autor: Fabio Delano | Categoria: Education, Pedagogy, Pedagogia, Pedagogie
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TransforAmar a prática educativa: Competência e afeto na construção de uma escola motivadora Fábio Carneiro (Colégio e Faculdade 7 de Setembro)

Sentimento do mundo

Cada$ %jolo$ que$ compõe$ o$ nosso$ ser$ psíquico$ nasce$ da$ autoescuta,$ da$ reflexão$e$avaliação$do$vivido.$Como$ o$ artesão,$ todo$ ser$ humano$ precisa$ ouvir$ a$ própria$ alma,$ a$ fim$ de$ fiar$ o$ seu$sen%mento$do$mundo.$

Sentidos e Significados



Tal como o pintor coleta as cores da paisagem para compor seu quadro, a pessoa coleta os sentidos e significados das interações humanas, transmutando-os em representações, em crenças, em modos de agir e de pensar, quer sejam essas interações positivas, negativas ou contraditórias.

Práticas de Vida e Morte



O humano-aprendente sorve todo o espectro das práticas sociais: desde a libertadora v i v ê n c i a d o a m o r, d a amizade, das forças éticas e estéticas capazes de gerar a esperança; aos dramas pessoais, familiares e sociais portadores dos vetores de autossabotagem e morte das pessoas e de suas relações.

Nos dirigimos aqui aos professores, pais, mães, formadores, cuidadores, supervisores, mentores, todos aqueles que laboram no ofício da formação intelectual e humana.

Qual a participação desses atores no desenvolvimento dos “novos seres humanos” enquanto indivíduos e do humano enquanto espécie?

Finalidade da Educação



Ao nascermos para o mundo cultural, os “velhos seres humanos” nos acolhem no funcionamento coletivo das práticas sociais, nos mundos do linguagear, do emocionar, do laborar, do consumir, do vender, do produzir, do seduzir etc.

Finalidade da Educação



Ao nascermos para o mundo cultural, os “velhos seres humanos” nos acolhem no funcionamento coletivo das práticas sociais, nos mundos do linguagear, do emocionar, do laborar, do consumir, do vender, do produzir, do seduzir etc.

Finalidade da Educação



A essa introdução (acolhedora ou violenta) que acontece em todas as fases da vida – mas que se dá de forma constante durante a infância – damos

dimensão socioformativa do desenvolvimento humano o nome de

(CARNEIRO, 2011, 2013).

O Desenvolvimento Humano Práticas concretas Funcionamento coletivo Préconstrutos Sócio-históricos

Representações

Normas

ESCOLAS INSTITUIÇÕES

Indivíduo

Agir

Reconstrução Gnoseológica

Ação

Emocionar e linguagear Emocionar é colocar em ação modos de convivência.

Emocionar e linguagear

Coordenações, acordos e desacordos de intencionalidades e desejos compõem a dinâmica do emocionar que conectado ao linguagear constitui o fluxo de conversações e os modos de conviver caracterizadores de uma cultura.

qual é o projeto DO EDUCAR

A atividade educativa – enquanto projeto político, científico e filosófico - é a prática social voltada para o acolhimento dos humanos em tudo que é humanizante. Na verdade, é forma de apresentar a totalidade sob o filtro de uma dinâmica humanizadora.

A educação é um grande projeto formado por três verbos:

PROJETO DE EDUCAÇÃO

INSTRUIR

FORMAR

EMANCIPAR

Projeto Cultural:

Projeto Político:

Projeto Filosófico:

Assegurar um lugar entre as gerações

Construir um espaço devotado à busca pela verdade

Fazer surgir a humanidade na pessoa humana; tornar cada um capaz de pensar por si mesmo

INSTRUIR:! Projeto revelador de uma ambição cultural, isto é, de assegurar um lugar entre as gerações, através da instrução não apenas enquanto comunicação dos saberes e conquistas culturais, mas da colocação em cena das capacidades reflexivas e produtivas do fazer científico.!

INSTRUIR A escola deve ser o último lugar onde se deve temer o conhecimento. É onde ele deve ser reverenciado enquanto produção coletiva, mas acima de tudo, enquanto processo em curso, sustentador do potencial inventivo humano.

FORMAR: O aspecto formativo da escola, traduz-se na construção do projeto político, do lugar social voltado à busca pela verdade. Não pode haver mentiras na boca de professores ou de alunos.

Não se trata de moralismo, mas da promoção de um ambiente de confiança mútua, na qual as assimetrias se diluam em torno da discussão de ideias.

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FORMAR

EMANCIPAR: No âmbito da emancipação, ambiciona-se fazer surgir a humanidade na pessoa humana; tornar cada um capaz de pensar por si mesmo. abrir vias para a busca de tudo o que é belo, bom ou justo.

EMANCIPAR

É como se a pessoa só se tornasse pessoa na medida em que desenvolvesse camadas de sínteses-compromissos em que se fundem aspectos cognitivos relacionados ao saber e ao conhecer e aspectos praxiológicos relacionados ao fazer, ao pertencer e ao interagir.

ATUAÇÃO DO EDUCADOR: Através da sua atuação didáticolúdico-afetiva, o educador vai colocando de forma mais ou menos segura a criança e o jovem diante da mais importante prática social: a de atualizar e transformar o humano e suas relações.

O que busca o homem?

Sócrates– [...] Vê se assim sucede com o que é justo e o que é injusto, o que é belo e o que é feio, o que é bom e o que é mau. Não são estes os assuntos por causa dos quais nos tornamos inimigos uns dos outros, se estivermos em desacordo e não pudermos atingir uma decisão satisfatória? [...] Êutifron– É de fato esse o desacordo, Sócrates e acerca dessas coisas.

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qual é o projeto DO EDUCAR

FORMAÇÃO HUMANA “Viver é a profissão que eu quero que ele aprenda. Saindo de minhas mãos, ele vai ser, eu admito, nem juiz, nem soldado, nem padre. Mas tudo o que um homem deve ser, ele será, [...]. E a fortuna fará bem em fazê-lo mudar de lugar, pois ele sempre estará em seu lugar.” Jean – Jacques Rousseau, « Emílio ou Da Educação »

FORMAÇÃO HUMANA É a pessoa que Constrói seu lugar no mundo. Construamos, pois a pessoa e ela saberá sempre construir e ocupar o seu lugar.

O conversar e o dialogar são verdadeiramente planos de ação , pois a partir do diálogo educador-educa ndo vão se desdobrando as transform ações atitudinais, emocionais e cognitiv as.

Somente quando educador e educando inserem constantemente sua energia ética, sua humanidade enquanto intelecto, reflexão e afeto esse processo se sustenta em longo prazo.

A essa força ética que impulsiona a vida coletiva damos o nome de

AMOR.

CONCEITO DE AMOR !  Se

eu consigo descobrir a beleza no outro eu o amo. !  Eu só consigo amar quando reconheço a beleza: - Em mim. - No outro. - Nos coletivos.

Precisamos reaprender a contemplar a nossa beleza de educadores e a beleza de nossos educandos, a fim de que amando-nos, sejamos capazes de coproduzir a beleza do ensinaraprender. É preciso que a prática educativa seja encarada e vivida enquanto modo de convivência (MATURANA, 2002).

É preciso que o educador antes de tudo perdoe a si mesmo. Aceite a sua incompletude, suas limitações, para que apenas assim passe a servir de referência real para seus alunos.

Referência verdadeira capaz de ajudá-los naquilo em que é especialista: a busca, a análise e a manipulação de saberes. Essa especialidade torna o professor capaz de tocar o pensamento e a inteligência de seus alunos através das interações que coordena em sala de aula.

alunos

r o s s e f o r p

s ab e r

Do ponto de vista do professor, ensinar é colocar o pensamento do aluno em rede com o conhecimento instigando a inteligência.

O pensamento é involuntário, já a inteligência é uma atividade voluntária. A inteligência acontece quando me organizo. Por outro lado o pensamento revela o que realmente sei, que emerge organicamente. O pensamento e não a inteligência revela o “requinte” da minha estruturação psíquica.

alunos

r o s s e f o r p

s ab e r

Pensamento e inteligência Nem sempre em sala de aula ou mesmo quando estudamos em casa o nosso pensamento é tocado. É preciso dar tempo de vida para que o encontro pensamentointeligência aconteça.

Pensamento e inteligência Atualmente, está muito difícil deixar que inteligência e pensamento se encontrem pois: 1. Estamos o tempo inteiro sendo convocados para a desatenção. 2. Somos uma sociedade de deprimidos que não suporta estar consigo mesmo.

Desatenção e Depressão Dessa forma, desatenção e depressão deixam de ser comportamentos e se transformam em fenômenos sociais.

Amor = Força ética em ação Justificativa ética para o agir humano: Estar vivo é buscar o outro. Acordamos para interagir com os outros. Spinoza: A ética não é apenas um conjunto de regras. A ética nasce da potência do encontro. O encontro com o outro aumenta a minha potência para agir.

Como encontro o outro?

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A única possibilidade do encontro entre os humanos é através de um diálogo qualificado, fruto de uma inter(ação) comunicativa.

Amor = Força ética em ação Nossa proposta é que a ação docente se paute pela colocação em cena de gestos e dispositivos didáticos impulsionadores do debate e do diálogo enquanto promotores da reflexão praxiológica, epistemológica e ética sobre o fenômeno do saber humano enquanto produtor da sua emancipação.

Amor = Força ética em ação Em outras palavras, o que faço com o que sei (praxiologia); quais as minhas possibilidades de saber (epistemologia) e qual a justeza do que sei (ética) e como essas três dimensões se articulam para promover o bem comum.

Para concluir? Para uma pedagogia fundada na totalidade do humano é preciso criar uma esfera comunicativa em que o agir pedagógico seja interligado à totalidade do saber, i.e., integrado às atividades, práticas e formações sociais. O mundo da vida e os conflitos devem ser o foco do educar, pois a meta da educação é preparar pessoas para intervir no mundo.

TransforAmar a prática educativa: Competência e afeto na construção de uma escola motivadora Fábio Carneiro (Colégio e Faculdade 7 de Setembro)

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