Arboviroses com destaque à Dengue

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Descrição do Produto

ARBOVIRUS SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA, DIAGNÓSTICO E MANEJO Dr. André Ricardo Ribas Freitas Médico Epidemiologista – Mestre em Clínica Médica Doutor em Epidemiologia Depto Vigilância em Saúde – SMS/Campinas Prof. Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic

Campinas, o Aedes aegypti e os Arbovirus

Epidemia de Febre Amarela iniciada em 1889: Rosa Beck, nascida na Suíça, foi a Campinas, passando pelo Rio de Janeiro, adoeceu antes de chegar e morreu na madrugada do dia 10 de fevereiro de 1889. Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Emílio Ribas

Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Saturnino de Brito Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Arbovirus 

 

Compartilham do fato de serem transmitidos por artrópodes (ARthropod-BOrne VIRUS) Não têm necessariamente relação filogenética Principais famílias de Arbovirus Nem todos os membros destas famílias são arbovírus:  







Togaviridae (gen. Alphavirus): Flaviviridae (gen. Flavivirus)

Outros: Reoviridae, Rhabdoviridae, Bunyaviridae, Arenaviridae, Poxviridae, Herpesviridae e Coronaviridae Arbovírus em geral circulam entre os animais selvagens, humanos e/ou animais domésticos geralmente são hospedeiros acidentais. Alguns vírus perderam a exigência de amplificação enzoótica e agora produzem epidemias urbanas extensas. 

dengue(DENV), chikungunya (CHIKV) e mais recentemente Zika

Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Principais síndromes clínicas causadas por Arbovírus    

Febre, mialgia, cefaléia e prostração Febre, exantema e artralgia Febres hemorrágicas Encefalites

Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Febre e artralgia Chikungunya disease

Togaviridae (Alphavirus) Mosquitoes Aedes sp

Mayaro virus

Togaviridae (Alphavirus) Mosquitoes

Africa, India, Guam, Southeast Asia, New Guinea, limited areas of Europe Brazil, Bolivia, Trinidad

Haemogus sp Ross River virus

Togaviridae (Alphavirus) Mosquitoes Aedes sp

Barmah Forest virus

Togaviridae (Alphavirus) Mosquitoes

Australia, New Guinea, Solomon Islands, Samoa, Cook Islands Australia

Aedes sp Sindbis virus disease (Ockelbo disease, Karelian fever)

Togaviridae (Alphavirus) Mosquitoes

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Culex sp

Africa, Australia, former Soviet Union, Finland, Sweden

Febres hemorrágicas Yellow fever

Flaviviridae

Mosquitoes

Central and South America, Africa

Aedes spp Dengue hemorrhagic fever

Flaviviridae

Kyasanur Forest disease Flaviviridae

Mosquitoes Aedes sp

Southeast Asia, West Africa, Oceania, Caribbean

Ticks

India

Haemaphysalis sp Omsk hemorrhagic fever Flaviviridae

Ticks

Russia

Dermacentor spp Crimean-Congo hemorrhagic fever

Bunyaviridae (Nairovirus) Ticks Hyalomma sp

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Africa, southern and eastern Europe, India, China, Middle East, former Soviet Union

Encefalites Eastern equine encephalitis Western equine encephalitis West Nile virus

Togaviridae (Alphavirus)

Mosquitoes

Togaviridae (Alphavirus)

Culex sp Mosquito

Flaviviridae

Mosquitoes

Culex sp St. Louis encephalitis Flaviviridae Venezuelan equine encephalitis

Togaviridae (Alphavirus)

La Crosse Bunyaviridae encephalitis Japanese encephalitis Flaviviridae

Mosquitoes Culex sp Mosquitoes Culex sp Mosquitoes Aedes spp. Mosquitoes Culex sp

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Atlantic and Gulf coasts of US, Caribbean, upper New York, western Michigan US, Canada, Central and South America Africa, Middle East, southern France, former Soviet Union, India, Indonesia, US US, Caribbean Argentina, Brazil, northern South America, Panama, Mexico, Florida North Central States, New York Japan, Korea, China, India, Philippines, Southeast Asia, Russia

Arbovírus emergentes no Brasil (2014)

LOPES, Nayara; NOZAWA, Carlos e LINHARES, Rosa Elisa Carvalho. Características gerais e epidemiologia dos arbovírus emergentes no Brasil. Rev Pan-Amaz Saude [online]. 2014, vol.5, n.3, pp. 55-64. ISSN 2176-6223 Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Expansão do DENV-1 nos últimos 70 anos

Trends Microbiol. 2014 Mar; 22(3): 138–146. Global spread of dengue virus types: mapping the 70 year history Messina, et al Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Campinas, 1996

Expansão do DENV-2 nos últimos 70 anos

Trends Microbiol. 2014 Mar; 22(3): 138–146. Global spread of dengue virus types: mapping the 70 year history Messina, et al Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Campinas, 1998

Expansão do DENV-3 nos últimos 70 anos

Trends Microbiol. 2014 Mar; 22(3): 138–146. Global spread of dengue virus types: mapping the 70 year history Messina, et al Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Campinas, 2002

Expansão do DENV-4 nos últimos 70 anos

Trends Microbiol. 2014 Mar; 22(3): 138–146. Global spread of dengue virus types: mapping the 70 year history Messina, et al Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Campinas, 2012

Co-Circulação dos sorotipos do DENV

Trends Microbiol. 2014 Mar; 22(3): 138–146. Global spread of dengue virus types: mapping the 70 year history Messina, et al Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Coeficiente de incidência mensal (casos/100.000) de Dengue e sorotipos predominantes (Campinas, 19982015) 2.500

DENV-1

2.000

1.500

DENV-1 DENV-2 1.000

DENV-3

DENV-1 DENV-3*

DENV-4

500

DENV-1

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jul/15

jan/15

jul/14

jan/14

jul/13

jan/13

jul/12

jul/11

jan/12

jan/11

jul/10

jul/09

jan/10

jan/09

jul/08

jul/07

jan/08

jan/07

jul/06

jul/05

jan/06

jan/05

jul/04

jul/03

jan/04

jan/03

jul/02

jul/01

jan/02

jan/01

jul/00

jan/00

jul/99

jan/99

jul/98

jan/98

0

Dengue em Campinas (2014-2015) 30.000

25.000

70% (66-73) dos casos do ano ocorrem em março e abril somados

20.000

15.000

2014 2015

10.000

5.000

0 Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Dengue em Campinas

Dengue em Campinas

Dengue em Campinas

Dengue em Campinas

Estrutura do Vírus da Dengue

v

RNAss

C

E M 10 genes:  3 estruturais C, E, M  7 não estruturais: NS-1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B, NS5 Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Virus da Dengue Vírus RNA, gênero flavivírus; família flaviviradae  4 Sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4  Todos sorotipos podem causar doença grave  Imunidade permanente ao sorotipo que causador da doença  Predisposição a casos mais graves aos outros sorotipos  Circulando os 4 sorotipos em Campinas a possibilidade de reinfecção aumenta muito 

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Ciclo do vírus Homem  incubação: 3-15 dias (média 6 dias)  transmissibilidade: 1 dia antes até 5 dias depois da febre  Mosquito  incubação: 8-10 dias  transmissibilidade: vida do mosquito (40 dias) 

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Fisiopatologia perda de plasma

Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e- Campinas SLMANDIC Campinas

Papel das células endoteliais na fisiopatologia da dengue

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Esquema geral da fisiopatologia da dengue

Simmons et al., N Engl J Med 2012;366:1423-32. Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Manifestações atípicas (lesões diretas)     

 

Células endoteliais Fígado Médula óssea Presentações Baço atípicas Coração Cérebro Pulmão

Lee et al. Virus Res126 Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA - Campinas (2007) 216–225

J Immunol, 1998, 161: 6338–63

BJID 2005; 9 (August)

J Clin Virol 40 (2007) 50–

Fisiopatologia II Complexo AgAc-NS1

Ativação da cascata do complemento

Macrófago Anti-NS1 (reação cruzada)

Célula endotelial

IL-6 e IL-8

Apoptose

Vírus (infecção direta) Depressão medular Anti-corpos anti-plaquetas Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Adesão e agregação plaquetária

Fragilidade capilar

Plaquetopenia

Aumento na permeabilidade capilar Hemoconcentração, hipo proteinemia, efusões serosas, hipovolemia e choque

Fenômenos hemorrágicos* *em casos graves pode haver consumo de fatores de coagulação com hemorragias maciças

Classificação antiga da Dengue* Infecção pelo vírus DEN 10.000

Assintomática

Sintomática

9.000

Indiferenciada 500

1.000

Febre do Dengue

Febre Hemorrágica do Dengue

400

100

sem hemorragia

com hemorragia

sem choque

com choque

1-2 *Classificação modificada por: Dengue: guidelines for diagnosis, treatment, prevention and control. WHO, 2009. New edition, nov/2009 Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Espectro Clínico da Dengue

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Dengue sem e com sinais de alarme

Dengue grave • Extravasamento plasmático grave

Sem sinais Com sinais de . de alarme alarme

• Hemorragia grave • Comprometimento grave de órgãos

A

B

Classificação clínica

Fonte: WHO/TDR, 2009 e SVS/MS, 2013 Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Febre indiferenciada e assintomáticos Febre indiferenciada é a apresentação mais comum  Estudos prospectivos mostram que cerca de 87% dos casos são oligossintomáticos  Estima-se que o número de casos real é cerca de 10 a 20 vezes maior que os casos notificados Portanto: pode haver transmissão sem que casos sejam observados 

DS Burke, et al. A prospective study of dengue infections in Bangkok. Am J Trop Med Hyg 1988; 38:172-80. Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Dengue Sintomas por ordem de frequência:  Febre  Cefaléia  Mialgia e artralgia  Prostração  Alteração no paladar  Dor retrorbitária  Anorexia  Náuseas  Rash (20 a 30%, tardio)  Manifestações hemorrágicas Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Apresentações atípicas     



Encefalite Meningoencefalite Mielite Miocardite Hepatite Outras

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Febre Hemorrágica da Dengue (em desuso)   

Manifestações hemorrágicas e Contagem de plaquetas (1000), sistema nervoso central (alteracão da consciência), coração (miocardite) ou outros órgãos, ex: acumulação de líquidos com insuficiência respiratória

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Atenção! 

A plaquetopenia isolada  Não

significa gravidade  Não modifica a classificação clínica  Mas aumenta o risco para agravamento  O Ministério da Saúde recomenda internação para observação nos casos < 20.000 pqt/mm³ mesmo sem repercussão clínica*

*Dengue : diagnóstico e manejo clínico – 4. ed. 2013 Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Risco para casos graves Idade avançada  Doença crônicas prévias  Re-infecções subseqüentes Portanto, quanto maior o número de sorotipos circulantes e maior número de pessoas com infecções prévias: maior o risco de casos graves 

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SÍNDROME DO CHOQUE:

DENGUE

TODAS CAUSAS DE CHOQUE SÉPTICO

(diag diferencial)

(nem sempre com hemorragia evidente)

SÍNDROME

Sd FEBRIL

Sd FEBRIL

FEBRIL

EXANTEMÁTICA

HEMORRÁGICA

VIROSES NÃO ESPECIFICADAS (GECA, IRA) FEBRE DO CHIKUNGUNYA FEBRE DO ZIKA

ABDOME AGUDO MALÁRIA (área endêmica) Quadros iniciais de: FEBRE MACULOSA

RUBÉOLA SARAMPO

FEBRE DO CHIKUNGUNYA FEBRE DO ZIKA ESCARLATINA MONONUCLEOSE (EBV) ERITEMA INFECCIOSO (parvovírus B19)

LEPTOSPIROSE

EXANTEMA SÚBITO (roséola, HHV-6 e 7)

MENINGITE

ENTEROVIROSES

MENINGOCOCCEMIA

FEBRE MACULOSA SEPTICEMIA MALÁRIA GRAVE FEBRE DO CHIKUNGUNYA Geralmente com icterícia: LEPTOSPIROSE FEBRE AMARELA

Dengue Síndrome febril ou  Síndrome febril exantemática ou  Síndrome febril hemorrágica 

Petéquias

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Exantema

Sarampo 

Definição de caso: exantema maculo-papular febril agudo acompanhado de: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite (independente de idade ou estado vacinal)

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Rubéola 

Definição de caso: exantema maculopapular febril com linfoadenopatia. (independente de idade ou estado vacinal)

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Doença meningocócica 

Lembrar que:  Pode cursar sem meningite

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Febre Maculosa Sd. febril aguda associada a picada de carrapatos ou contato em área sabidamente de transmissão, nos últimos 15 dias ou  Febre hemorrágica ou exantemática sem outra causa definida, independente de exposição 

OU

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Febre do Chikungunya (Fase Aguda) 





Febre, pode ser alta (40o C); a duração habitual da febre é de três a cinco dias (intervalo de 1 a 10 dias). Poliartralgia começa dois a cinco dias depois do início da febre e comumente simétricas (punho, cotovelo, tornozelo e joelhos principalmente) As manifestações cutâneas Exantema macular ou máculo-papular  Prurido foi reportado em 25 a 50 por cento dos pacientes  Lesões cutâneas bolhosas também foram descritas, mais frequentemente em crianças.  As manifestações hemorrágicas são incomuns. 

Fonte: Preparación y respuesta ante la eventual introducción del virus chikungunya en las Américas. Organización Panamericana de la Salud. Washington, D.C.: OPS, © 2011 Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Febre do Chikungunya

Fonte: Preparación y respuesta ante la eventual introducción del virus chikungunya en las Américas. Organización Panamericana de la Salud. Washington, D.C.: OPS, © 2011 Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Febre do Zika 

Início agudo de febre,    





Auto-limitante leve, dura 4-7dias sem complicações graves, não há mortes e uma taxa de hospitalização baixa (viremia pode durar até 11 dias) Complicações identificadas na Polinésia Francesa*:  



exantema maculo-papular hiperemia ocular (não purulenta, não pruriginosa) edema de extremidades artralgia, mialgia, astenia, dor de cabeça,

38 casos de síndorme de Guillain-Barre 25 outras complicaçõe neurológicas (encefalite, meningoencefalite, parestesia, paralisia facial e mielite)

CDC Europeu alerta que*: 

Deve notar-se que a descrição da apresentação clínica baseia-se num número limitado de relatórios de caso e investigações de surtos

*ECDC, 2014. RAPID RISK ASSESSMENT Zika virus outbreak, French Polynesia . 14

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Febre Zika

Direction des Affaires Sanitaires et Sociales de Nouvelle Calédonie. Information aux professionnels de santé et au public. Dengue, Chikungunya, Zika-virus 2014 [cited 2014 31 Januray 2014]. Available from: http://www.dass.gouv.nc/portal/page/portal/dass/librairie/fichiers/24792169.PDF. Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Diferenças clínicas entre Dengue, Chikungunya, Zika e Sarampo

e ou coriza

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Exame clínico objetivo: (diagnóstico diferencial e sinais de gravidade) 

Anamnese buscando ativamente  

Sintoma de outras doenças (diagnóstico diferencial) Sinais de alarme 

dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, hipotensão postural ou lipotímia, sonolência ou irritabilidade, sangramento em mucosas

(gengivorragia, epistaxe, metrorragia, melena) 

Dados vitais:  

    

P. A.* (deitado ou sentado e em pé) Pulso e temperatura

Estado geral Hidratação Perfusão Prova do laço Sinais de outras doenças (diagnóstico diferencial)

*ATENÇÃO: hipotensão postural (PA sentado - PA em pé ≥ 20 mmHg) ou estreitamento da pressão de pulso (PAS- PAD ≤ 20mmHg, hipotensão (PAS ≤ 90mmHg em adultos) Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Prova do laço  Insuflar o manguito entre a PA sistólica e a diastólica, deixando:  5 minutos adultos  3 minutos em crianças

 Contar o número de petéquias em um quadrado de 2,5 cm de lado, no local com maior concentração, positivo se:  > 20 em adultos  >10 em crianças INDICAÇÃO

QUANDO INFORMAÇÃO FOR MUDAR CONDUTA

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Exames complementares I: hemograma 







 

Exame básico para manejo de paciente com suspeita de dengue Recomendado para todo paciente com suspeita (obrigatório em todos pacientes com fator de risco ou com prova do laço positivo) Reforça suspeita de dengue (podendo ter uso como instrumento de vigilância) Classifica risco do paciente e monitora evolução Aumenta a segurança do profissional Chegando até as 14h00 no Lab Municipal=> resultado no mesmo dia

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Alterações no hemograma de pacientes com Dengue 90%

% alterações laboratoriaisriais

80% 70% 60% 50%

Leucopenia Plaquetopenia

40% 30% 20% 10% 0% 1º

















10º

11º

12º

dia de sintoma

Plaquetas Leucócitos Hematological and clinical evaluation of a cohort of 345 acute Dengue-3 infection patients during 2002 outbreak in Campinas - SP - Brazil Freitas ARR, et al. First Pan-American Dengue Research Network Meeting, 22-25 July 2008. Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

(mais precoce)

Alteração no hemograma de pacientes com dengue não complicada Leucocytes count versus Platelets count (Fitted Line Plot)

Platelets counts versus Days of symptoms (Interval Plot)

LEUCmin_1 = 1934 + 10,93 PQTmin_1

260

12000

240

10000 Leucocytes x 10³/mm³

Platelets x 10**9/L

95% CI for the Mean

220 200 180 160 150 140 120

3

4

5 6 7 Days of symptoms

6000

8

9

4000 2000 Pearson correlation=0,43 P-Value 500 Alterações significativas de bilirrubinas

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História natural da dengue

WHO, 2009. Adaptado de: Yip WCL. Dengue haemorrhagic fever: current approaches to management. Medical Progress, October 1980. Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

MARCADORES ESPECÍFICOS DA INFECÇÃO POR DENGUE

NS-1, PCR e isolamento IgG infec secund IgM infec prim

IgG infec prim IgM infec secund

Viremia

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0

4

6

14-21

>50

Dias

Exames específicos e rotina da vigilância Notificar todo suspeito de dengue Exames específicos:  Até 3º dia (Pronto-Socorros, Unidades-Sentinela e Áreas com Transmissão) Antígeno NS-1  Isolamento viral e RT-PCR (identificação do sorotipo) 



Após 6º dia: Sorologia ELISA: IgM (rotina)  Teste rápido IgG/IgM (resultado em 15 minutos) 

Estes exames não devem nortear a conduta clínica Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Exames específicos: situações especiais 

Imunohistoquímica: material de necropsia

Macrófago alveolar com antígenos de DENV



Isolamento viral: identificação de sorotipo Antígenos de DENV em cultura de células C6/36

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Princípios do Tratamento 

Hidratação (oral ou venosa)  Iniciar

o mais rápido possível, independentemente do local de atendimento  Se oral orientar muito bem e fracionar  



Orientação para pacientes e familiares Monitoramento dos sinais de agravamento (em casa ou internado) Sintomáticos  Analgésicos

e anti-térmicos (paracetamol ou dipirona)  Somente se necessário: anti-eméticos e anti-histamínicos Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Perguntas Básicas para Classificação Inicial: A DENGUE É DINÂMICA É suspeita de dengue? => A Há tendência a sangramento de pele ou fator de risco? => B Há sinais de alarme? => C

Há sinais de choque? => D Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

DENGUE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS

GRUPO A Azul

MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS CUTÂNEAS

GRUPO B Verde

SINAIS DE ALARME

GRUPO C Amarelo

SINAIS DE CHOQUE

GRUPO D Vermelho

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Classificação: Grupo A (azul) 

Identificação: Febre há menos de 7 dias sem foco definido SINTOMAS ASSOCIADOS À DENGUE mialgia, protração cefaléia e dor retroorbitária, alteração do paladar, diminuição do apetite, exantema escassez de sintomas respiratórios







Ausência de FENÔMENOS HEMORRÁGICOS (prova do laço negativas), HEMOGRAMA SEM ALTERAÇÕES SIGNIFICATIVAS, SEM FATORES DE RISCO Ausência de SINAIS DE ALARME Ausência de SINAIS DE CHOQUE

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Colher hemograma* com retorno em 24 horas em pacientes do GRUPO A



Recomendado para todos suspeitos de dengue

*Hemograma pode ser simplificado: Hb, Ht, leucocitos totais e plaquetas. Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Conduta terapêutica (GRUPO A) 

Hidratação oral (60-80ml/kg/dia, pelo menos 1/3 com soro de reidratação oral) 

 





Deve ser bem orientada e fracionada para facilitar adesão e evitar esquecimentos ou rejeição

Sintomáticos (paracetamol ou dipirona) Orientação sobre Sinais de alarme para paciente e seus familiares Observação em casa + reavaliação no primeiro dia sem febre

Hemoconcentração (hmg)

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Reclassificação

Classificação: Grupo B (verde) Idem GRUPO A, QUALQUER um dos seguintes achados:

Prova do laço positiva Petéquias Presença de fatores de risco  

Ausência de SINAIS DE ALARME Ausência de SINAIS DE CHOQUE

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Alteração do hemograma ou tendência hemorrágica: Grupo B

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Classificação: Grupo B - verde Suspeita de dengue, com sangramento de pele ou prova do laço negativa, sem sinais de alarme e sem alterações hemodinâmicas.

FATORES DE RISCO

Idosos > 65 anos

Crianças < 2 anos

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Gestantes

Classificação: Grupo B - Verde Suspeita de dengue, com sangramento de pele ou prova do laço negativa, sem sinais de alarme e sem alterações hemodinâmicas.

FATORES DE RISCO

Hipertensão arterial Diabetes

Outras doenças crônicas Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Grupo B (verde): conduta 

Hemograma simplificado de urgência (resultado no mesmo dia) 

Obs: se inviável ter resultado na UBS no mesmo dia, encaminhar para Pronto Atendimento.

Tratamento:  Adultos: 80 ml/kg/dia, sendo 1/3 do volume administrado em quatro a seis horas como isotônico  Crianças: oferecer soro de reidratação oral (50-100 ml/kg em 4 horas).  Se necessário, hidratação venosa Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Grupo B (verde): conduta com resultado do hemograma 

Sem hemoconcentração: retorno em 24 horas para reavaliação clínicalaboratorial e orientação quanto à hidratação e SINAIS DE ALARME



Com hemoconcentração: encaminhar a uma Unidade de Saúde com possibilidade para observação e repetir hemograma após hidratação

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Parâmetros de hemoconentração 



Paciente com hematócrito aumentado em mais de 10% acima do valor basal Na ausência deste, com as seguintes faixas de valores:  crianças

maiores de 10 anos > 42%  crianças < 10 vide Manual de Dengue  mulheres: > 44%  homens: > 50% Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Grupo C (amarelo) Paciente sem sinais de choque com qualquer SINAL DE ALARME PRINCIPAIS SINAIS DE ALARME: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, hipotensão postural ou lipotímia, sonolência ou irritabilidade (principalmente em crianças) sangramento de mucosa aumento do hematócrito, queda abrupta de plaquetas,

Outros sinais de alarme: diminuição da diurese, diminuição repentina da temperatura, desconforto respiratório. hepatomegalia dolorosa Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Grupo C - amarelo SINAIS DE ALARME EM DESTAQUE

Dor abdominal intensa e contínua Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Vômitos persistentes

Grupo C - amarelo SINAIS DE ALARME EM DESTAQUE

Lipotímia / Hipotensão postural / (variação da PA sentado/deitado em pé ≥ 20mmHg) Sonolência ou irritabilidade Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Grupo C - amarelo SINAIS DE ALARME EM DESTAQUE

Aumento repentino hematócrito ou queda abrupta de plaquetas Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Sangramento de mucosa

Classificação: Grupo C - amarelo Suspeita de dengue, com sinais de alerta, sem hipotensão

Hepatomegalia dolorosa

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Classificação: Grupo C – amarelo Suspeita de dengue, com sinais de alerta, sem hipotensão.

Hipotermia

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Classificação: Grupo C - amarelo Suspeita de dengue, com sinais de alerta, sem hipotensão.

Desconforto respiratório

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Diminuição da diurese

Conduta: Grupo C (amarelo) 

Fase inicial de expansão (adulto ou criança)  Hidratação

IV imediata: 20 ml/kg em duas horas, com Soro Fisiológico ou Ringer Lactato.

 



Reavaliação clínica e de hematócrito em 2 horas Repetir fase de expansão até três vezes, se não houver melhora do hematócrito ou dos sinais hemodinâmicos. Iniciar hidratação antes da transferência

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Conduta: Grupo C (amarelo) 

Se resposta inadequada após as três fases de expansão  Conduzir



como Grupo D.

Se resposta adequada  Readequar

volume para manutenção  Cuidado com hiperhidratação

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Exames inespecificos: obrigatórios Grupo C (amarelo) e D (vermelho) Hemograma completo  Dosagem de albumina sérica e transaminases  Radiografia de tórax (PA, perfil e incidencia de Laurell)  Ultrassonografia de abdome Exames conforme necessidade: 

 glicose,

ureia, creatinina, eletrólitos, gasometria, coagulo grama, ecocardiograma.



Exames específicos: obrigatórios

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Classificação: Grupo D (vermelho) Paciente com QUALQUER dos seguintes SINAIS DE CHOQUE: 

Pressão arterial convergente  (PA

   

sist - PA diast ≤ 20mmHg)

Extremidades frias e cianóticas Pulso rápido e fino Enchimento capilar lento (> 2 segundos) Hipotensão arterial (só aparece no choque descompensado)

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Conduta: Grupo D (vermelho)

Hidratação EV imediata inicial*: Soro Fisiológico 0,9% ou Ringer: 20 mL/Kg em até 20 min repetir até 3 vezes se necessário

* Iniciar antes da transferência Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Conduta: Grupo D (vermelho) Com melhora hemodinâmica (PA em 2 posições, débito urinário e pulso):  adequar

volume infundido para reposição de perdas (cuidado com hiperhidratação).  Internação hospitalar: reavaliação clínica a cada 15 a 30 minutos, hematócrito cada 2h até estabilização  Conduzir como grupo C Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Sem melhora hemodinâmica fase inicial de hidratação Hematócrito aumentando:  Infundir plasma ou albumina ou colóide sintético Hematócrito diminuindo:  Investigar sangramento e colher coagulograma Com sangramento importante  Transfundir

concentrado de hemácias  Corrigir coagulopatia se presente Sem

sangramento

 Investigar

hipervolemia, insuficiência cardíaca congestiva  Tratar com diminuicao da infusao de liquido, diureticos e inotropicos. Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Duração do choque da dengue não complicado 100%

0.5 %

(48-72 h)

12.0 % (24-47 h)

87.5 % (0-23 h)

Torres EM, 2005

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Considerações importantes I 



Pacientes dos Grupos C e D podem apresentar edema subcutâneo generalizado e derrames cavitários, pela perda capilar, que nao significa, a principio, hiperhidratação, e que pode aumentar apos hidratação satisfatória; O acompanhamento da reposição volêmica é feita pelo hematócrito, diurese e sinais vitais. Além do padrão respiratório e ausculta pulmonar.

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Considerações importantes II 





Deve-se cuidar para não hiperhidratar principalmente após a recuperação do choque. Com a resolução do choque, há reabsorção do plasma extravasado, com queda adicional do hematócrito, mesmo com suspensão da hidratação parenteral. Essa reabsorção poderá causar hipervolemia, edema pulmonar ou insuficiência cardíaca, requerendo vigilância clínica redobrada.

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Pacientes que necessitam cuidados especiais na hidratação

Gestantes  Insuficiência Cardíaca  Insuficiência Renal Crônica 

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Pacientes em uso de AAS (clopidogrel)

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Pacientes em uso de warfarina

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Hemoderivados 



Não há indicação de transfusão profilática de plaquetas, nem baseado na contagem isolada Indicação de transfusão de plaquetas:  

Suspeita sangramento SNC + plaquetas < 50 000 Sangramento importante + plaquetas < 20 000 







Dose = 1 U / 7 a 10 Kg cada 8 a 12h até parar sangramento (e não normalizar a contagem de plaquetas) Pode induzir ou piorar CIVD se choque associado

Sangramentos com alterações de TP/AP e TTPA (atividade 1,25)  Plasma fresco (10 ml/kg de oito em oito horas ou de 12 em 12 horas), e vitamina K, ate a estabilizacao do quadro hemorragico. Hemorragias importantes, com descompensacao hemodinamica,  Concentrado de hemácias 10 ml/Kg, repetido a critério medico.

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Indicação de internação*    







Presença de sinais de alarme. Recusa na ingestão de alimentos e líquidos. Comprometimento respiratório Plaquetas< 20.000/mm³ independentemente de manifestações hemorrágicas. Impossibilidade de seguimento ou retorno à unidade de saúde. Co-morbidades descompensadas como diabetes mellitus, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, uso de dicumarínicos, crise asmática etc. Outras situações a critério clínico.

*Dengue : diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança. 4. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013. Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Critérios de alta  

   

Estabilização hemodinâmica durante 48 horas Ausência de febre por 48 horas Melhora visível do quadro clínico Hematócrito normal e estável por 24 horas Plaquetas em elevação e acima de 50.000/mm³ Derrames cavitários  Em

regressão  Sem repercussão clínica

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Pontos-chave no tratamento   

Hidratação Orientação (ao paciente e familiares) Monitoramento 

 



Cartão Dengue

(PA, hb, ht, pqts e outros sinais de agravamento)

Aumentar a resolutividade da Atenção Básica Evitar transferências desnecessárias para rede de urgência Toda consulta deve incluir:  Avaliação

da pressão arterial (2 posições) estado geral, consciência, sangramentos, sinais de alarme, hidratação e perfusão



Reavaliar os pacientes até diariamente se necessário

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Erros comuns em relação ao hemograma e outros achados  

 



Hemograma normal descarta dengue Fazer hemograma só a partir do terceiro dia por que “aí sim dá pra ver alteração” Plaquetas normais indicam que não há gravidade Fazer hemogramas diários para todos os pacientes até normalização das plaquetas e leucócitos Não valorizar os sinais de alarme, destacando: Vômitos, dor abdominal  Hemoconcentração  Hipotensão postural 

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Atenção! 

A plaquetopenia isolada  Não

significa gravidade  Sim, aumenta o risco para agravamento  Não modifica a classificação clínica  O Ministério da Saúde recomenda internação para observação nos casos < 20.000 pqt/mm³ mesmo sem repercussão clínica*

*Dengue : diagnóstico e manejo clínico – 4. ed. 2013 Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Atenção! 

A plaquetopenia isolada  Não

significa gravidade  Sim, aumenta o risco para agravamento O hematócrito tem  Não modifica a classificação clínica sido negligenciado  O Ministério da Saúde recomenda internação para médicos!!! observaçãopelos nos casos < 20.000 pqt/mm³ mesmo sem repercussão clínica*

*Dengue : diagnóstico e manejo clínico – 4. ed. 2013 Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

CARTÃO DENGUE •Qualifica a assistência e orienta o paciente •Permite monitoramento e integração de diferentes serviços •Pode ser usado como receituário Este pode ser impresso na unidade de saúde

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UBS

Fichas de notificação de acordo com o perfil da Unidade

PS

Laboratórios (autopreenchimento) Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Guia de bolso

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Cartaz

Distribuído para rede pública e privada (um em cada consultório, sala de observação, conforto, sala do café...)

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Outros impressos Receituário pré preenchido

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Prontuário

MANUAIS DE DENGUE: Manejo Clínico e Organização da Assistência

http://www.prefeitura.sp.go v.br/cidade/secretarias/upl oad/chamadas/diretrizes_ para_a_organizacao_dos_ servicos_de_atencao_a_s aude_em_situacao_de_au mento_de_casos_ou_de_ epidemia_de_dengue_138 9634901.pdf http://whqlibdoc.wh o.int/publications/2 009/978924154787 1_eng.pdf Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

http://bvsms.saude.gov.br/b vs/publicacoes/dengue_ma nejo_adulto_crianca__4ed_ 2011.pdf

http://portal.saude.gov.br/portal/arq uivos/pdf/diretrizes_epidemias_den gue_11_02_10.pdf

Letalidade em Campinas e Estado de São Paulo óbitos

casos

letalidade/1.000 casos

2007

2

11.442

0,17

2008

0

306

0,00

2009

0

200

0,00

2010

3

2.647

1,13

2011

1

3.178

0,31

2012

0

979

0,00

2013

0

6.976

0,00

2014

10

42.109

0,24

2015 Est São Paulo ano 2015

15

63.444

0,2

410

516.650

0,73

Letalidade em Campinas 67% menor que o ESP Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Letalidade por dengue por faixa etária (Campinas, 2015)

Idade

óbitos

menos de 25 anos 25-44 45-64 65-84 85 e mais total Dr. André Ricardo Ribas Freitas – DEVISA e SLMANDIC Campinas

Casos

0 5 3 5 2 15

20.504 22.595 15.365 4.721 259 63.444

óbitos para cada 1.000 casos

0 0,2 0,2 1,1 7,7 0,2

Outros resultados 



Dos 63.444 pacientes 81% tiveram o primeiro atendimento na rede pública, dos quais 79% na rede básica Mesmo que tenham 57% de moradores de Campinas com planos de saúde  Grande

parte deste fazem todo atendimento nas UBSs  Parte significativa dos pacientes que são inicialmente atendidos na rede privada fazem seguimento nas UBSs

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