Arqueologia Experimental na Olaria Romana da Quinta do Rouxinol (Seixal): investigação, interpretação, valorização e divulgação patrimonial de um Monumento Nacional

August 29, 2017 | Autor: Jorge Raposo | Categoria: Arqueologia experimental, Quinta Do Rouxinol
Share Embed


Descrição do Produto

Arqueologia Experimental na

Olaria Romana da Quinta do Rouxinol

(Seixal): investigação, interpretação, valorização e divulgação patrimonial de um monumento nacional Quinta do Rouxinol (Corroios, Seixal): desenfornamento de réplicas de ânforas e de peças de loiça doméstica, acompanhado pelos participantes no ateliê de Arqueologia experimental. Arquivo CMS-Ecomuseu / CDI.

Jorge Raposo 1

Valor, responsabilidade e potencial A presença de um sítio arqueológico classificado como Monumento Nacional no território do Município do Seixal traz responsabilidades acrescidas à administração pública local, reforçadas pelo facto de este estar localizado em parcela do Domínio Privado Municipal, isto é, sob gestão da Câmara Municipal do Seixal. No plano científico, a olaria da Quinta do Rouxinol (Corroios, Seixal) é um elemento indispensável para a compreensão da sociedade e da economia em Época Romana e na transição para a Alta Idade Média, pelo menos no seu período de funcionamento, entre os finais do século II e o século V. A afirmação faz sentido tanto em termos locais como no de abordagens alargadas a toda a região estuarina do Tejo, ou que incidam nas relações de longa distância entre a Lusitânia e outras províncias ou o centro do Império. É um facto amplamente reconhecido na bibliografia nacional e internacional, que os estudos realizados ao longo dos anos confirmam e reforçam (ALARCÃO, 1997; DUARTE, 1990; DUARTE e RAPOSO, 1996; FABIÃO, 2004 e 2008; FILIPE e RAPOSO, 2009; QUARESMA, no prelo; RAPOSO et al., 2005; RAPOSO, SABROSA e DUARTE, 1995; SANTOS, 2011; SANTOS, RAPOSO e QUARESMA, 2012). Do ponto de vista patrimonial, a importância das estruturas preservadas “in situ” foi atestada pela rápida atribuição do grau de classificação mais elevado do nosso país (Monumento Nacional, pelo Decreto-lei 26A 1992, de 1 de Junho). A avaliação subjacente a essa distinção justificou também a inclusão no nível de topo da 81

* Câmara Municipal do Seixal / Ecomuseu Municipal do Seixal

81 a 89 arqueologia seixal Jorge Raposo.indd 81

14/11/01 15:28:38

Arqueologia experimental na olaria romana da Quinta do Rouxinol (Corroios, Seixal): forno cerâmico em fase de aquecimento e aspectos do desenfornamento de algumas das réplicas de ânforas que integraram a fornada. Arquivo CMS-Ecomuseu / CDI.

escala valorativa da Carta do Património Cultural Imóvel do Município do Seixal (nível 4, equivalente a valor excepcional). A par deste Património imóvel, os bens móveis recolhidos na escavação arqueológica realizada entre 1986 e 1991 enriqueceram entretanto o acervo do Ecomuseu Municipal do Seixal e constituem uma das mais abundantes e diversificadas colecções de cerâmica romana em museus portugueses. Entre outras, incluem as produções locais de ânforas, loiça doméstica, lucernas e materiais de construção, acompanhadas de peças de variadas e por vezes longínquas proveniências, fruto dos contactos culturais e comerciais com o vale do Tejo e a Quinta do Rouxinol em particular. O sítio e o espólio associado materializam, portanto, um recurso cultural local e regional muito relevante. Integrados na orgânica territorial e funcional do Ecomuseu Municipal do Seixal, sustentam uma das frentes de trabalho mais activas e produtivas para o cumprimento da sua missão museal e social. Estimulam uma relação dinâmica, dialéctica e multidisciplinar entre a investigação, a conservação, a documentação e inventário, a interpretação, a valorização e a difusão do Património cultural imóvel e móvel. Facilitam ainda aproximações coerentes e fundamentadas ao Património cultural imaterial, nomeadamente ao relacionado com a prática oleira, de tradição milenar.

Investigação e sociabilização do conhecimento A investigação em meio museológico, de natureza arqueológica ou outra, desenvolve-se assim em condições que permitem mas, por outro lado, também impõem preocupações reforçadas de contextualização num discurso histórico interpretativo, que promova a sociabilização alargada do conhecimento e o retorno social do investimento público e/ou privado na prática científica e museal.

81 a 89 arqueologia seixal Jorge Raposo.indd 82

82

14/11/01 15:28:39

Aspecto parcial da olaria romana da Quinta do Rouxinol (Corroios, Seixal). Arquivo CMS-Ecomuseu / CDI. Aspecto parcial da exposição “Quinta do Rouxinol: uma olaria romana no estuário do Tejo (Corroios / Seixal”, patente no Museu Nacional de Arqueologia (Lisboa) entre Março de 2009 e Maio de 2013, em resultado de parceria estabelecida entre esse museu e a Câmara Municipal do Seixal, através do Ecomuseu Municipal do Seixal. Arquivo CMS-Ecomuseu / CDI.

83

81 a 89 arqueologia seixal Jorge Raposo.indd 83

14/11/01 15:28:40

Um museu e a sua equipa técnica obrigam-se a um exercício qualificado dos pontos de vista profissional, ético e deontológico, que respeitem os princípios, os normativos, as recomendações e as boas práticas nacionais e internacionais, no cumprimento das estratégias aprovadas pelas respectivas tutelas. Mas instituição e profissionais vivem igualmente para os seus públicos e para as comunidades em que se inserem, e não somente na perspectiva de garantir às gerações presentes e futuras a fruição dos bens patrimoniais. É fundamental que estas os conheçam, lhes atribuam sentido e deles se apropriem, incorporando-os nos mecanismos individuais e colectivos da construção de identidades e da afirmação e diferenciação social. Ao longo dos anos, a olaria romana da Quinta do Rouxinol esteve na base de múltiplas iniciativas da Câmara Municipal do Seixal através do Ecomuseu Municipal do Seixal, em grande parte dirigidas a públicos escolares locais ou regionais, sem esquecer a comunidade científica e públicos mais especializados. Incluem-se aqui a participação nos trabalhos arqueológicos e no tratamento e documentação do espólio, as visitas ao sítio, acções de introdução à Arqueologia ou de Educação Patrimonial, reuniões científicas, edições, exposições… Nestas últimas, a mais recente e de maior impacto teve por título “Quinta do Rouxinol: uma olaria romana no estuário do Tejo (Corroios, Seixal)” e esteve patente no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, entre Março de 2009 e Maio de 20131. Resultou de uma parceria entre o MNA e o Ecomuseu Municipal do Seixal, estabelecida ao abrigo do Programa ProMuseus, promovido pelo extinto Instituto dos Museus e da Conservação no âmbito da Rede Portuguesa de Museus. Com perto de 400 mil visitantes, justificou um balanço quantitativo e qualitativo globalmente positivo, aferido em sessão pública de reflexão e avaliação realizada com a colaboração do Observatório das Actividades Culturais2. Obedeceu a um programa museológico intimamente relacionado com o processo de investigação, de documentação e de valorização do sítio arqueológico, com objectivos bem definidos e direccionados à exploração do seu potencial para a mediação de conhecimentos sobre a temática dos centros produtores de cerâmica em Época Romana e a actividade oleira em geral.

Registo e interpretação arqueológica Ao tomar por objecto principal um sítio arqueológico, quer a conceptualização museológica da exposição sobre o Rouxinol, quer a sua tradução em soluções museográficas foi fortemente condicionada pela realidade física preservada no terreno. Na olaria do Rouxinol, como é comum em casos similares, a passagem do tempo fez com que os fornos chegassem aos nossos dias com problemas de conservação, parcialmente arruinados, incompletos, colocando problemas complexos de interpretação arquitectónica e quanto ao seu modo de funcionamento. Essas eram, contudo, questões essenciais para o discurso expositivo projectado: como seriam e como funcionariam os fornos cerâmicos do Rouxinol? Assumindo a concepção e produção da exposição como parte integrante do processo de documentação e investigação, definiu-se uma metodologia iniciada com o registo rigoroso do existente em suporte que permitisse ensaiar posteriormente hipóteses restitutivas da integridade e operacionalidade dos fornos, acrescentando conteúdo à exposição e valor científico e patrimonial ao sítio. Isso foi conseguido com a digitalização de um dos fornos através de tecnologia laser 3D com fotogrametria digital incorporada, que produziu resultados de grande qualidade entretanto largamente publicitados (RAPOSO e OLIVEIRA, 2009; RAPOSO et al. 2009)3. A modelação tridimensional registou fielmente a parte conservada do forno e criou o objecto virtual e interactivo onde se trabalharam depois as soluções interpretativas.

Arqueologia e Antropologia Transformar a informação lacunar do registo arqueológico em modelos interpretativos de cadeias operatórias e processos técnicos do passado exige recursos multidisciplinares e direccionados para fontes diversas. Naturalmente, as principais serão de natureza arqueológica, recorrendo-se no caso presente à revisão e sistematização da informação relacionada com a olaria do Rouxinol, e ao método comparativo com sítios e estru-

81 a 89 arqueologia seixal Jorge Raposo.indd 84

84

14/11/01 15:28:40

Digitalização e fotogrametria de um dos fornos romanos da Quinta do Rouxinol, executada pela empresa Artescan – Digitalização Tridimensional. Arquivo CMS-Ecomuseu / CDI.

Paulo Franco na olaria de Álvaro Silvestre Gomes (Sobreiro, Mafra), executando réplicas de loiça doméstica de Época Romana, com base em originais recolhidos na escavação arqueológica da Quinta do Rouxinol. Arquivo CMS-Ecomuseu / CDI.

turas de tipologia e cronologia similares presentes na bibliografia portuguesa e internacional, complementado com o que se sabe sobre as técnicas arquitectónicas romanas. Contudo, sendo a olaria uma arte milenar com tradição até à contemporaneidade, foi igualmente abordada a realidade passada e presente da olaria tradicional portuguesa, não para transposição acrítica a contextos culturais e temporais muito diferentes, mas por constituir base de conhecimento empírico não despicienda. A questão mereceu desenvolvimento por duas vias: a pesquisa de imagens em movimento no Arquivo da RTP, onde se isolaram cerca de 90 minutos de programas e documentários sobre olarias das zonas de Montemor-o-Velho, Mafra, Lisboa e Viana do Alentejo, gravados entre 1960 e 19864; uma segunda em trabalho de campo e diálogo directo com actuais e antigos oleiros das povoações do Sobreiro e da Achada, na zona de Mafra, que partilharam memórias, experiências, histórias de vida e um saber técnico valiosíssimo e indispensável.

Restituição

85

A representação digital da estrutura preservada “in situ” e a investigação arqueológica, bibliográfica, arquivística e antropológica forneceram as bases objectivas para o desenvolvimento de uma proposta científica de restituição integral de um dos fornos do Rouxinol, trabalhada de forma interactiva entre a equipa de Arqueologia e a de Engenharia e Informática (RAPOSO e OLIVEIRA, 2009; RAPOSO et al. 2009). A solução encontrada reproduz com fidelidade o que subsiste do forno original, isto é, a parte inferior da câmara de combustão e do respectivo corredor de acesso, e o arranque das arcadas de suporte da grelha onde assentavam as cerâmicas a cozer. Sobre esta reprodução, foram modeladas as zonas incompletas e implantadas as desapare-

81 a 89 arqueologia seixal Jorge Raposo.indd 85

14/11/01 15:28:42

Restituição de forno cerâmico na exposição “Quinta do Rouxinol: uma olaria romana no estuário do Tejo (Corroios / Seixal” (Museu Nacional de Arqueologia, Lisboa, 2009-2013). Arquivo CMS-Ecomuseu / CDI.

cidas, incluindo a grelha já mencionada e toda a câmara de cozedura. Com base em paralelos arqueológicos e etnográficos, esta última foi concebida como um espaço subcilíndrico, aberto no topo superior e com uma entrada lateral orientada na perpendicular do corredor de acesso à câmara de combustão. O modo de funcionamento associado a esta solução arquitectónica pressupunha que o oleiro introduziria a lenha na câmara de combustão pelo corredor de acesso, num nível mais baixo, e as peças a cozer pela abertura lateral da câmara de cozedura, num nível superior, acima da grelha. O topo da câmara de cozedura e a sua entrada lateral seriam preenchidos com fragmentos de peças partidas, com os intervalos parcialmente vedados com barro, de modo a criar o ambiente de cozedura mais adequado. O modelo tridimensional virtual obtido é, por si só, uma ferramenta de trabalho interactiva, mas teve como utilidade principal a extracção dos documentos técnicos convencionais (plantas, alçados e cortes) para a construção física de um forno no contexto da exposição, em escala natural, como elemento central dos conteúdos e do discurso museográfico5. Esse modelo esteve ainda na base da criação de uma animação 3D que ilustra a arquitectura e o modo de funcionamento do forno, transformando uma proposta cientificamente coerente e geometricamente correcta num objecto visualmente apelativo e perceptível para públicos alargados, também ele integrado no percurso expositivo.

81 a 89 arqueologia seixal Jorge Raposo.indd 86

86

14/11/01 15:28:42

Arqueologia experimental Concebida como factor de desenvolvimento do processo de investigação e de valorização patrimonial do sítio arqueológico da Quinta do Rouxinol, a exposição para o Museu Nacional de Arqueologia deu azo, desde início, a um planeamento muito mais abrangente do que o de um simples projecto expositivo, incluindo um vasto programa de iniciativas complementares e prevendo um evento final com vertentes científicas e experimentais. A Arqueologia experimental tem uma tradição internacional já relativamente longa, principalmente em países onde predominam as abordagens etnoarqueológicas. Contudo, só recentemente encontrou tradução prática em contextos ibéricos e, particularmente, portugueses, quer enquanto processo científico de testar hipóteses baseadas na evidência arqueológica, quer como instrumento de divulgação científica6. No caso do Rouxinol, sem perder de vista a perspectiva comunicacional, importava essencialmente testar e avaliar a proposta de restituição arquitectónica e funcional do forno, usando para tal um exemplar construído nos mesmos moldes do integrado em exposição, também à escala natural, mas agora implantado na própria olaria7 e pronto a funcionar. Para o efeito, a Câmara Municipal do Seixal organizou em Fevereiro de 2010 o Seminário Internacional e Ateliê de Arqueologia Experimental “A Olaria Romana”, onde criou condições técnicas para a cozedura experimental e controlada de uma fornada de réplicas de ânforas e de loiça doméstica8. Para além da observação empírica de arqueólogos e oleiros, monitorizou-se analiticamente o comportamento do forno e estabeleceu-se o respectivo ciclo de cozedura (ritmo de aquecimento e arrefecimento, temperatura máxima atingida a vários níveis das câmaras de combustão e de cozedura). Foi ainda possível analisar amostras das cerâmicas cozidas e tecer considerações sobre as manchas de cor observadas na sua superfície. Os resultados foram apresentados e discutidos em reuniões científicas nacionais e internacionais (RAPOSO et al., no prelo; RAPOSO et al., 2013), e divulgou-se no Youtube um pequeno filme que resume toda a experiência (www.youtube.com/watch?v=vFSvOgRvsuY). A experiência foi claramente bem sucedida, provando a exequibilidade da proposta arquitectónica e funcional para o forno romano do Rouxinol. Naturalmente, no plano do controlo das variáveis experimentais com incidência nos resultados observados, deve mencionar-se o uso de matérias-primas modernas, nomeadamente argilas industriais para a modelação das peças cozidas e eucaplito como madeira de combustão. Abrem-se agora novas perspectivas de investigação experimental, no sentido de testar as potencialidades e os limites da aproximação às especificidades formais, tecnológicas e técnicas da olaria romana, e sem perder de vista a rentabilização do forno restituído como recurso formativo e pedagógico.

Notas finais

87

Considerando os objectivos de natureza científica, patrimonial e pedagógica traçados aquando do lançamento do projecto expositivo do Rouxinol, a sua amplitude e o ciclo marcado pelo seminário e ateliê experimental, que ganhos duradouros podemos constatar? Desde logo, sabemos hoje bastante mais sobre a olaria e os seus fornos e dispomos de novas ferramentas interpretativas e comunicacionais. Para além disso, valorizou-se o acervo de bens imóveis e móveis incorporados no Ecomuseu Municipal do Seixal e produziu-se um conjunto significativo de materiais impressos e audiovisuais sobre a cadeia operatória da olaria tradicional. Resta avançar decisivamente na concretização de um objectivo perseguido há anos (FILIPE, 1996; RAPOSO e DUARTE, 2000): a interpretação e valorização do sítio arqueológico, com criação de condições de visita regular e instalação de um núcleo museológico monográfico, de acordo com programa cuja última versão foi aprovada pela administração municipal em 2010. Identificada e estudada há quase 27 anos, classificada como Monumento Nacional há 20 anos, a olaria da Quinta do Rouxinol é uma referência incontornável na bibliografia nacional e internacional dedicada à economia romana e da Alta Idade Média. Constitui hoje um dos principais recursos patrimoniais, culturais e educativos do Município do Seixal, impossível de ignorar em todas as opções estratégicas regionais de desenvolvimento turístico e económico sustentado. Por isso, precisa e merece ter um futuro longo e digno, compatível com os seus mais de 1500 anos de história.

81 a 89 arqueologia seixal Jorge Raposo.indd 87

14/11/01 15:28:43

Bibliografia ALARCÃO, Adília (coord.) (1997) – Portugal Romano: a exploração dos recursos naturais. Lisboa: Instituto Português de Museus. BOLADO DEL CASTILLO, R.; GÓMEZ ARCE, S.; GÓMEZ CASTANEDO, A.; GUTIÈRREZ CUENCA, E. y HIERRO GÁRATE, J. A. (2007) – “Arqueología Experimental como Herramienta de Divulgación Científica: el ejemplo del Grupo Arqueológico Attica”. In RAMOS SÁINZ, M. L.; GONZÁLEZ URQUIJO, J. E. e BAENA PREYSLER, J. (2007). Arqueología Experimental en la Península Ibérica: investigación, didáctica y patrimonio. Santander: Asociación Española de Arqueología Experimental, pp. 21-27 (actas del I Congreso Español de Arqueología Experimental, Santander, 2005). DUARTE, A. L. C. (1990) – “Quinta do Rouxinol. A produção de ânforas no vale do Tejo”. In ALARCÃO, A. e MAYET, F. (eds.) As ânforas lusitanas. Tipologia, produção, comércio. Coimbra/Paris: MMC/Diff. E. de Boccard, pp. 97-115 (actas da mesa-redonda de Conímbriga, 1988). DUARTE, A. L. C. e RAPOSO, J. M. C. (1996) – “Elementos para a Caracterização das Produções Anfóricas da Quinta do Rouxinol (Corroios/Seixal)”. In FILIPE, G. e RAPOSO, J. (eds.). Ocupação Romana dos Estuários do Tejo e do Sado. Lisboa: Câmara Municipal do Seixal / Publicações Dom Quixote, pp. 237-247 (Actas das Primeiras Jornadas sobre a Romanização dos Estuários do Tejo e do Sado, Seixal, 1991). FABIÃO, C. (2004) – “Centros Oleiros da Lusitania. Balanço dos conhecimentos e perspectivas de investigação”. In BERNAL, D. e LAGÓSTENA, L. (eds.). Figlinae baeticae. Talleres alfareros y producciones cerámicas en la bética romana. Actas del Congresso Internacional (Cádiz, 12-14 de noviembre de 2003). Universidad de Cadiz, pp. 379-410 (BAR International Series, 1266). FABIÃO, C. (2008) – “Las Ánforas de Lusitania”. In BERNAL CASASOLA, D. e RIBERA I LACOMBA, A. (eds.). Cerámicas hispanorromanas. Un estado de la cuestión. Cádiz: Universidad de Cádiz, pp. 725-745. FILIPE, G. (1996) – “Olaria Romana da Quinta do Rouxinol: um museu de sítio num parque histórico-natural”. In FILIPE, G. e RAPOSO, J. (eds.). Ocupação Romana dos Estuários do Tejo e do Sado. Lisboa: Câmara Municipal do Seixal / Publicações Dom Quixote, pp. 397-400 (Actas das Primeiras Jornadas sobre a Romanização dos Estuários do Tejo e do Sado, Seixal, 1991). FILIPE, G. e RAPOSO, J. (2009) – Quinta do Rouxinol: uma olaria romana no estuário do Tejo (Corroios, Seixal), Seixal, Câmara Municipal do Seixal [livro-guia de exposição]. QUARESMA, J. C. (no prelo) – “A Dimensão Cronológica do Atelier da Quinta do Rouxinol a Partir dos Materiais de Cronologia Fina (terra sigillata, cerâmica africana de cozinha e vidros)”. In Olaria Romana. Seminário Internacional e Ateliê de Arqueologia Experimental (Seixal, 17-20 Fev. 2010). RAPOSO, J. (2009) – “A Olaria Tradicional: a propósito de uma exposição de Arqueologia”. Ecomuseu Informação. Seixal: Câmara Municipal do Seixal. 52: 12-14. RAPOSO, J. e DUARTE, A. L. C. (2000) – “Olaria Romana da Quinta do Rouxinol: investigação arqueológica e valorização patrimonial”. In Jornadas Arqueológicas e do Património da Corda Ribeirinha Sul. Barreiro: C. M. do Barreiro, pp. 126-140 (Actas das 1.ªs Jornadas Arqueológicas e do Património da Corda Ribeirinha Sul, Barreiro, 1999). RAPOSO, J. e OLIVEIRA, A. (2009) – “Tecnologias de Informação e Comunicação, Património Cultural e Museologia: a propósito de um dos fornos romanos da Quinta do Rouxinol”. Museologia.pt. Lisboa: Instituto dos Museus e da Conservação. 3: 164-171. RAPOSO, J.; COROADO, J.; TRIÃES, R.; FABIÃO, C.; ALMEIDA, J. e SANTOS, C. (no prelo) – “Restituição Formal de Forno Romano da Quinta do Rouxinol (Seixal): Arqueologia experimental, controlo das condições de cozedura e análise do material cerâmico”. In actas do 8º Encontro de Arqueologia do Algarve (Silves, 2123 Out. 2010). RAPOSO, J.; COROADO, J.; TRIÃES, R.; FABIÃO, C.; ALMEIDA, J. e SANTOS, C. (2013) – “Restitución formal y funcional de un horno romano de la alfarería de Quinta do Rouxinol, Seixal (Portugal): Arqueología experimental, control de las condiciones de cocción y análisis cerámico”. In PALOMO, A.; PIQUÉ, R. e

81 a 89 arqueologia seixal Jorge Raposo.indd 88

88

14/11/01 15:28:43

TERRADAS, X. Experimentación en Arqueología: estudio y difusión del pasado. Girona, pp. 461-469 (Sèrie Monogràfica del MAC – actas del III Congreso Internacional de Arqueología Experimental, Banyoles, Girona, 17-19 Out. 2011). RAPOSO, J.; FABIÃO, C.; GUERRA, A.; BUGALHÃO, J.; DUARTE, A. L.; SABROSA, A.; DIAS, M. I.; PRUDÊNCIO, M. I. e GOUVEIA, M. A. (2005) – “OREsT Project: late roman pottery productions from the lower Tejo”. In LRCW1. Late Roman Coarse Wares, Cooking Wares and Amphorae in the Mediterranean: Archaeology and Archaeometry. Oxford, pp. 37-54 (BAR International Series, 1340). RAPOSO, J.; OLIVEIRA, A.; FABIÃO, C.; CATARINO, L. e ALMEIDA, J. (2009) – “Quinta do Rouxinol (Seixal, Portugal): surveying, reconstructing, 3D modelling and digital representing a roman era pottery kiln”. Poster apresentado ao I Congreso Internacional de Arqueologia e Informática Gráfica, Patrimonio e Innovación – Arqueológica 2.0 (Sevilha, 17-20 Jun. 2009). RAPOSO, J.; SABROSA, A. J. G. e DUARTE, A. L. C. (1995) – “Ânforas do Vale do Tejo. As olarias da Quinta do Rouxinol (Seixal) e do Porto dos Cacos (Alcochete)”. In Actas do 1º Congresso de Arqueologia Peninsular. Porto, 1993. Vol. VII, pp. 331-352 (Trabalhos de Antropologia e Etnologia. Vol. 35, n.º 3). SANTOS, C. R. dos (2011) – As Cerâmicas de Produção Local do Centro Oleiro Romano da Quinta do Rouxinol. Dissertação de Mestrado em Arqueologia apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Disponível em http://hdl.handle.net/10451/6119. SANTOS, C. R. dos; RAPOSO, J. e QUARESMA, J. C. (2012) – “Análise Crono-Estratigráfica da Olaria Romana da Quinta do Rouxinol (Seixal)”. Comunicação apresentada ao Colóquio “Contextos Estratigráficos Romanos na Lusitania (da República à Antiguidade Tardia)”, “Actas em preparação.” Associação dos Arqueólogos Portugueses, Lisboa, 24 Nov. 2012. Disponível em http://www.academia.edu/.

notas 1 Entre outros materiais, foi editado um livro-guia da exposição (FILIPE e RAPOSO, 2009) e a visita virtual é ainda possível através do sítio web do Museu Nacional de Arqueologia, em http://www.museuarqueologia.pt/default. asp?a=2&x=3&i=78. Para além do signatário, a equipa de investigação e programação museológica integrou Carlos Fabião e João Almeida, tendo por parceiros científicos a UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa e o Centro de Arqueologia de Almada. A solução museográfica foi desenvolvida com a empresa LAB [ d ] _ Oficina de Design, Lda. 2 Realizada a 27 de Maio de 2013, no Museu Nacional de Arqueologia. A gravação integral das intervenções, realizada por uma equipa do Centro de Arqueologia de Almada, está disponível no Youtube, em http://www.youtube.com/playlist? list=PLvPFKKqvZAKnnAqDQucO4eWesi6ylAgKR. 3 A digitalização “in situ” e o tratamento informático foram realizados pela empresa Artescan – Digitalização Tridimensional. 4 Para mais detalhe desta vertente do projecto ver RAPOSO, 2009. 5 O forno foi construído pelos mestres Amândio Dias dos Santos e Nuno Dias do Santos. No seu interior foi simulada uma fornada constituída por réplicas de ânforas e loiça doméstica provenientes de contextos arqueológicos da olaria do Rouxinol, executadas pelo oleiro Paulo Franco, na olaria de Álvaro Silvestre Gomes (Sobreiro, Mafra), com a colaboração de Michael Silva Gomes, José Luís Pires e Francisco Abel da Silva. 6 Sobre o tema ver, por exemplo, BOLADO DEL CASTILLO et al. 2007. 7 Sem intrusão ou afectação de níveis arqueológicos. 8 Foram cozidas 150 taças e 28 ânforas das formas Almagro 50/Keay 16, Almagro 51c e Lusitana 9. Para além dos parceiros gerais, a UNIARQ e o CAA, esta acção contou com o envolvimento técnico do Departamento de Arte, Conservação e Restauro do Instituto Politécnico de Tomar e mereceu co-financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Teve também a participação dos oleiros Paulo Franco, José Luís Pires, Álvaro Silvestre Gomes, Michael Silva Gomes e Francisco Abel da Silva. 89

81 a 89 arqueologia seixal Jorge Raposo.indd 89

14/11/01 15:28:43

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.